Cidades

FEMINICÍDIO

Comoção do Caso Vanessa "derruba" delegadas da DEAM

Titular e duas delegadas que atenderam a jornalista antes de ser assassinada foram transferidas para outras delegacias

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Quase um mês e meio depois do assassinato da jornalista Vanessa Ricarte, fato que gerou repercussão nacional por conta de supostas falhas no atendimento na Delegacia da Mulher, o Governo do Estado anunciou nesta quinta-feira (27) a saída da delegada titular, troca das duas que atenderam a jornalista e licença para uma quarta profissional que atua na Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande. 

A delegada titular, Elaine Cristina Ishiki Benicasa, deixou o comando da delegacia e foi realocada na Diretoria Geral da Polícia Civil (DGPC). Conforme publicação do diário oficial, ela deixou o cargo “a pedido, atendido a conveniência do serviço”. 

Além disso, o Governo também transferiu, “ex-officio”, a delegada Riccelly Maria Albuquerque Donha, que também atuava na delegacia que funciona na Casa da Mulher Brasileira, para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário de Campo Grande, e Depac.

A delegada Lucélia Constantino de Oliveira, por sua vez, foi transferida da Casa da Mulher Brasileira para a Depac,  a pedido. Lucélia e Riccelly foram as responsáveis pelo atendimento direto de Vanessa Ricarte.

E, além da transferência destas três, o Governo do Estado também atendeu a pedido de afastamento, sem remuneração, por três anos, da delegada Patrícia Peixoto Abranches. Conforme o diário oficial, a licença vigora a partir de 15 de abril. 

Em substituição às quatro, a administração estadual nomeou, por enquanto, apenas duas delegadas para a especializada.  As delegadas Cynthia Karoline Bezerra Gomes Tapias e Laís Mendonça Alves estavam na Depac e agora vão atuar na DEAM. 

Por enquanto, não foi nomeada a nova titular para a especializada, que estava com 12 profissionais e passa a contar com com dez.  Porém, segundo o secretário de Segurança Pública, José Carlos Videira, é provável que ainda nesta quinta-feira seja definido o nome da nova titular da delegacia. 

As trocas ocorreram uma semana depois de a corregedoria “engavetar” as reclamações sobre o suposto mau atendimento da jornalista Vanessa Ricarte, que foi orientada na delegacia da mulher e voltar para sua cara e retirar seus pertences, sem acompanhamento de uma equipe da Maria da Penha. 

Porém, quando chegou em casa, acabou sendo morta pelo companheiro, Caio Nascimento, que está preso. Antes de ser morta, enviou um áudio para uma amiga reclamando da frieza com que foi tratada por uma das delegadas. 

Este áudio ganhou repercussão nacional e no dia seguinte ao crime o governador Eduardo Riedel reconheceu que haviam ocorrido falhas no atendimento. Porém, as autoridades estaduais não quiseram punir ninguém por conta destas supostas falhas. 

Na manhã desta quinta-feira, o secretário Antônio Carlos Videira, da Justiça e Segurança Pública, admitiu que as trocas na DEAM foram resultado da comoção gerada pelo assassinato de Vanessa e por conta de uma série de outras reclamações sobre o atendimento no local. 

“Elas já tinham pedido isso e agora que terminou a apuração pela Corregedoria, nada mais justo do que você oxigenar, dar oportunidade para outras pessoas que se voluntariaram a ir para lá ajudá-las”, 

SAÚDE

Teto para reajuste de medicamentos será divulgado nesta segunda

Limite de reajuste máximo visa proteger consumidores

30/03/2025 19h00

Foto: ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL

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A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) divulga, nesta segunda-feira (31), a lista com o novo teto de preços dos remédios vendidos em farmácias e drogarias.

A Lei nº 10.742, de 2003, que trata da regulação do setor farmacêutico, prevê o reajuste anual dos medicamentos.

Isso não significa, entretanto, que haverá aumento automático dos preços praticados, mas uma definição de teto permitido de reajuste. Cabe aos fornecedores – farmacêuticas, distribuidores e lojistas - fixarem o preço de cada produto colocado à venda, respeitados o teto legal estabelecido e suas estratégias diante da concorrência.

Para definição dos novos valores, o conselho de ministros da CMED leva em consideração fatores como a inflação dos últimos 12 meses, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a produtividade das indústrias de medicamentos e custos não captados pela inflação, como o câmbio e tarifa de energia elétrica e a concorrência de mercado.

Em 2024, por exemplo, o reajuste anual do preço de medicamentos foi de 4,5%, equivalente ao índice de inflação do período anterior. A lista com os preços máximos que podem ser cobrados pelos produtos fica disponível no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com a Anvisa, a lei prevê um reajuste anual do teto de preços com o objetivo de proteger os consumidores de aumentos abusivos, garantir o acesso aos medicamentos e preservar o poder aquisitivo da população. Ao mesmo tempo, o cálculo estabelecido na lei busca compensar eventuais perdas do setor farmacêutico devido à inflação e aos impactos nos custos de produção, possibilitando a continuidade no fornecimento de medicamentos.

Caso o consumidor encontre irregularidades, é possível acionar os órgãos de defesa do consumidor, como os Procons e a plataforma consumidor.gov.br. Também é possível encaminhar denúncia diretamente à CMED, por meio de formulário disponível na página da Anvisa.

A CMED é composta pelos ministérios da Saúde, Casa Civil, da Justiça e Segurança Pública, da Fazenda, e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária exerce a função de secretaria executiva, fornecendo o suporte técnico às decisões.

TELECOMUNICAÇÕES

Apenas 18 municípios de Mato Grosso do Sul contam com acesso à tecnologia 5G

As 483 estações instaladas no Estado representam 1,18% do total disponível nacionalmente

30/03/2025 17h00

Estado detêm 483 estações de 5G instaladas em seu território, este quantitativo equivalente a 1,18% do total nacional

Estado detêm 483 estações de 5G instaladas em seu território, este quantitativo equivalente a 1,18% do total nacional Foto: Reprodução / Governo do Estado de Mato Grosso do Sul

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Ampliação de tecnologia e rapidez no acesso a internet com o 5G está presente em apenas 18 municípios do Mato Grosso do Sul.

Isso representa que o acesso ao 5G se encontra em 22,8% do municípios sul-mato-grossense entre o total de 79 cidades do Estado.

No ano passado 13 municípios receberam autorização do governo federal para implementar o sinal de telefonia móvel 5G das seguintes localidades: Paranaíba, Antônio João, Aquidauana, Chapadão do Sul, Corguinho, Inocência, Itaquiraí, Laguna Carapã, Naviraí, Nova Andradina, Ponta Porã, Rio Verde de Mato Grosso e Selvíria.

Segundo informações da Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (ABRINTEL), o Estado detêm 483 estações de 5G instaladas em seu território, este quantitativo equivalente a somente 1,18% do total nacional.

Em defesa do acesso igualitário à internet, a ABRINTEL entende que "Os dados indicam a necessidade de políticas e regras que garantam a rápida expansão do 5G e o acesso igualitário à internet, como a obrigatoriedade de uso compartilhado de torres com afastamento de 500 metros", declarou.

Para tentar diminuir o abismo digital que ainda é presente em diversas regiões do Brasil, garantindo assim a democratização do acesso à internet, o tema ganhou destaque no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 7.708, sobre a obrigatoriedade de compartilhamento de torres de telecomunicações instaladas a menos de 500 metros umas das outras.

O relator do processo, o ministro Flávio Dino, determinou o restabelecimento liminar da norma que prevê o compartilhamento obrigatório.

Contudo, um pedido de vistas do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, adiou a decisão. A norma tem como objetivo otimizar o uso da infraestrutura já existente e é considerada essencial para garantir que os investimentos em telecomunicações sejam mais eficientes e sustentáveis.

De acordo com a Abrintel, a eliminação da obrigatoriedade de compartilhamento pode ter consequências ruins para os investimentos em infraestrutura e conectividade no país, pois a construção indiscriminada de torres de telecomunicações além de ineficiente do ponto de vista de utilização de recursos, pode ampliar as desigualdades no acesso à internet.

"No lugar de priorizar a instalação em torres já existentes, os investimentos serão desperdiçados em novas estruturas desnecessárias, próximas a outras", afirma Luciano Stutz, presidente da Abrintel.

REDE NACIONAL

Dados mostram que, nos últimos quatro anos, cerca de 800 torres foram erguidas a menos de 500 metros de outras já existentes, em diversas regiões do Brasil.

Os recursos aplicados nessas estruturas equivaleriam ao suficiente para atender outras 500 localidades brasileiras que realmente necessitam de cobertura. "Isso evidencia uma falha crítica na alocação de investimentos", entende a Abrintel.

A associação destaca que mais de 80% das antenas de 5G do país foram instaladas aproveitando estruturas já existentes, como torres, fachadas e topos de edifícios, entre outros.

Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em fevereiro de 2025 apenas 1.251 municípios brasileiros o que representa 22% do total de cidades do país tinham Estações Rádio Base (ERBs) de 5G instaladas, e quase 20% das 41 mil Estações 5G do país estavam concentradas apenas nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo.

"Para levar essa evolução tecnológica a mais cidades e democratizar o acesso à quinta geração de conectividade é imprescindível contar com as torres existentes para que outros municípios não fiquem à margem da evolução tecnológica", destaca a Abrintel.

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