Cidades

Consciência Negra

Comunidade Quilombola Tia Eva irá protagonizar festival cultural neste domingo

A 20ª edição do Sarau no Parque é dedicada ao Dia da Consciência Negra

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Neste domingo (20) acontecerá a 20º edição do Festival Sarau Cidadania e Cultura no Parque, na Comunidade Quilombola Tia Eva, com programação dedicada ao Dia da Consciência Negra, a partir das 16h. 

O evento é gratuito e visa reunir artistas da comunidade com talentos de outras regiões da Capital, do interior do Estado, para estabelecer campos de debate acerca das questões que perpassam o racismo no Brasil. Será na rua Eva Maria de Jesus, nº 274.

Para Eduardo Romero, secretário de Estado de Cidadania e Cultura, a Comunidade Quilombola Tia Eva possui uma posição de importância para a história da Capital.

“Temos vários relatos históricos mostrando que Tia Eva estava aqui antes mesmo de José Antônio Pereira, ou seja, antes mesmo da fundação oficial da cidade”, relembra.

Além disso, segundo ele, o estado de Mato Grosso do Sul tem 22 comunidades quilombolas, e possuem uma participação legítima no processo histórico que constitui a cidade de Campo Grande.

Dentre as atrações previstas, estão expressões artísticas que trazem estilos e linguagens originárias da população negra, como por exemplo o Black Music, com o cantor Black Jackson. O estilo musical surgiu como forma de resistência, no período em que os negros foram sequestrados da África, para serem escravizados.

“Usando a tecnologia musical a meu favor, farei uma apresentação usando pedais de loop e bateria eletrônica, misturando tudo isso com o Black Music, Reggae, e brasilidades”, enfatiza o artista que levará ao público um trabalho autoral. “Eu preparei um EP chamado ‘Eu’ que traz o meu momento de introspecção pela pandemia e que traz muito das minhas vivências enquanto músico”.

Além disso, o Sarau contará também com a Cristine Wutzke, professora e corumbaense, a artista irá apresentar a  Cultura Africana de uma forma lúdica e musical, através dos contos africanos.

“Sou professora e gosto muito dessa questão multicultural, o meu esposo já esteve duas vezes na África e dessa vivência tive a possibilidade de pesquisar sobre a riqueza dos contos africanos. Um trabalho que me veio da minha experiência de vida e que me possibilita trazer a música, as cores, os ensinamentos tão presentes na cultura africana”, garante.

De acordo com a assessoria, a programação ainda traz outras atrações da cultura afro. Como por exemplo os sambistas mirins Paulo e Pedro, DJ Larcyke, Kerubins (Jazz Dance), Liga All Style, Grupo Ubu de Artes Cênicas, Grupo de Capoeira Porto da Barra e Monteiro Zatula (declamação de poesias). 

Já nos estandes a imersão cultural fica a cargo de Jaiminho (Literatura), Chavosa Store (Moda e Design) e Marcelo França Soares (artesanato).

A responsável pela produção do Sarau do Parque, Thathy Dmeo, afirma que eventos dessa natureza são importantes sobretudo para o fomento da pluralidade cultural.

“Gosto de dizer que o sarau é uma alquimia humana porque toda edição é sempre um desafio novo e uma experiência incrível. Já chegamos a 330 artistas das mais diversas linguagens e diversidade e, com certeza, será ultrapassado nossa meta de 400 atrações”, informa a produtora.

O Sarau no Parque é viabilizado pela Secretaria de Estado de Cidadania e Cultura (Secic), órgão vinculado ao Governo de Mato Grosso do Sul.

Desiguldade racial em dados

De acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), publicada em agosto deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trabalhadores pretos ganham menos do que os brancos, com informações que dizem respeito ao  segundo trimestre.

A diferença salarial por hora de trabalho de uma pessoa preta valeu 40,2% menos que a de um branco no país entre abril e junho deste ano. Quanto aos pardos, o valor foi 38,4% menor que o recebido pelos brancos.

Em média, a hora de trabalho do brasileiro vale R$ 15,23.

Além disso, ainda conforme o IBGE, no Brasil, a taxa de analfabetismo entre os negros (9,1%) de 15 anos ou mais é superior ao dobro da taxa de analfabetismo entre os brancos da mesma faixa de idade (3,9%), em 2018, 6,8% da população brasileira era considera analfabeta.

 

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PARALISAÇÃO DOS ÔNIBUS

Audiência termina sem conciliação e greve dos ônibus continua em Campo Grande

Motoristas ficaram indignados com a decisão judicial, a qual determina que 70% da frota volte a funcionar em horários de pico.

16/12/2025 19h22

Muitos motoristas do Consórcio Guaicurus compareceram à audiência no Tribunal Regional do Trabalho

Muitos motoristas do Consórcio Guaicurus compareceram à audiência no Tribunal Regional do Trabalho Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Motoristas do transporte coletivo urbano de Campo Grande lotaram o plenário do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, na tarde desta terça-feira (16), para acompanhar a audiência que debateu sobre a greve que paralisou os ônibus desde segunda-feira (14).

A audiência terminou sem conciliação e possibilidades entre o Consórcio Guaicurus, Município de Campo Grande e os profissionais da categoria. No entanto, o desembargador César Palumbo Fernandes determinou que 70% da frota voltasse a funcionar nos horários de pico.

"Não pode existir greve de 100% dos serviços essenciais. A determinação judicial deve ser cumprida. Amanhã, no primeiro período, a categoria vai estar trabalhando. Amanhã, pela manhã, o sindicato vai garantir que haja no período compreendido entre 6h e 8h30, 70% da frota funcionando. De 8h30 a 17h, 50% da frota atendendo a população. Entre as 17h e as 20h, 70% da frota. E após, 50% da frota no horário normal.", disse o desembargador.

Além disso, a multa, caso os ônibus não voltem a circular na manhã de quarta-feira (17), imposta ao Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande, aumentou de R$ 100 mil para R$ 200 mil por dia de descumprimento da decisão.

Apenas metade da folha salarial de novembro foi paga, sendo que a outra parte não tem previsão de pagamento. Ao todo, a dívida em aberto chega a R$ 1,3 milhão líquidos a serem repassados aos trabalhadores.

Diante da decisão do desembargador, os profissionais da categoria se indignaram, levantaram e saíram da audiência. Demétrio Freitas, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande (STCU-CG), disse que a greve está mantida por decisão dos próprios motoristas.

"A gente tá muito chateado com a Justiça do Trabalho por entender que quem paga a conta é sempre o trabalhador. No nosso entendimento, 70% ele simplesmente acabou com a greve. Infelizmente, vai continuar parado. Não é o que a gente quer, a população tá sofrendo muito, vai para três dias sem ônibus em Campo Grande, mas o trabalhador também precisa receber, todo mundo que trabalha precisa receber seus vencimentos", concluiu Demétrio Freitas.

O que disse o Município?

Na audiência, representando a Prefeitura de Campo Grande, a procuradora-geral do Município Cecília Saad afirmou que os repasses foram feitos pelo Executivo e, devidamente, depositados na conta do Consórcio Guaicurus.  De acordo com a representante, o valor destinado, na última sexta-feira (12), foi de R$  3.074.148,73.

Ela também relatou que, em junho/julho de 2024, foi publicado no Diário Oficial do Estado, que o governo se comprometeu em repassar quatro parcelas em torno de R$ 3 milhões, sendo duas no ano de 2025, e a terceira e a quarta em janeiro e fevereiro de 2026, respectivamente.

Diante destas afirmações, ela solicitou ao juiz o prazo de 24 horas para juntar a documentação e comprovar o pagamento ao Consórcio, o qual foi aceito pela autoridade.

Consórcio afirma que não tem dinheiro

Temis de Oliveira, presidente do Consórcio Guaicurus, confirmou o recebimento por parte da Prefeitura, mas alega que há outras pendências a serem pagas além da folha salarial, como os gastos com manutenção, diesel, mecânico, etc.  

"Hoje, o consórcio não tem caixa para pagar a parcela de 50% de novembro. Desses R$ 3 milhões (recebidos), haviam recursos que eram devidos de meses passados e a gente tinha outros compromissos".

"Sem aporte de alguma dessas verbas (cerca de R$ 4 milhões a serem recebidas pelo Consórcio), não temos mais saúde financeira, crédito nos bancos para poder buscar e resolver esses acordes", disse o prsidente Temis de Oliveira. Ele complementa: "Nós vamos procurar conversar com a Prefeitura para receber o que nós temos a receber ainda e negociar, negociar o tempo inteiro".

O presidente do Consórcio Guaicurus lembra que há o cumprimento do quarto termo aditivo do contrato, que precisa ser apurado mensalmente e um valor a ser recebido, algo que não ocorre desde 2022.

"Tem uma obrigação da AGEREG para, ao final de cada mês, fazer a apuração da diferença da tarifa pública para a tarifa técnica ou tarifa de remuneração e a prefeitura buscar os meios para pagar. Isso não tem sido pago desde 2022. Nós buscamos o recebimento dessas verbas também".

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ALERTA

OMS emite alerta sobre falsificação de medicamento usado no tratamento do câncer de mama

De acordo com a OMS, os medicamentos falsificados foram identificados em países da África, do Mediterrâneo Oriental e da Europa

16/12/2025 19h00

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado Divulgação

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre a circulação de versões falsificadas do medicamento palbociclibe, comercializado sob o nome Ibrance.

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado.

De acordo com a OMS, os medicamentos falsificados foram identificados em países da África, do Mediterrâneo Oriental e da Europa.

Ao todo, nove lotes do produto foram relatados à organização em novembro deste ano, com registros na Costa do Marfim, Egito, Líbano, Líbia e Turquia.

Segundo o comunicado, os produtos falsificados foram oferecidos aos consumidores por meio de plataformas online e também encontrados em farmácias dessas regiões.

Fabricado pela Pfizer, o Ibrance tem alto custo. No Brasil, conforme dados da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), a menor dosagem do medicamento pode chegar a R$ 10.182.

Lotes falsificados

Os lotes confirmados como falsificados são: FS5173, GS4328, LV1850 e TS2190.

Já os lotes considerados suspeitos, ou seja, possivelmente falsificados, são: GK2981, GR6491, GT5817, HJ8710 e HJ8715.

A OMS classifica esses medicamentos como falsificados por apresentarem, de forma enganosa, informações sobre identidade, composição e origem.

Testes realizados pela Pfizer indicaram que as amostras analisadas não continham nenhum princípio ativo farmacêutico.

Além disso, foram identificadas discrepâncias nas embalagens. Alguns produtos falsificados chegaram a utilizar números de lote legítimos, mas apresentavam anomalias na embalagem, na serialização e na impressão das cápsulas.

Riscos e recomendações

De acordo com a OMS, o uso de medicamentos falsificados, como no caso do Ibrance, pode resultar em falha no tratamento, progressão descontrolada do câncer e aumento do risco de morte devido à ausência de efeito terapêutico.

A organização orienta que profissionais de saúde comuniquem quaisquer reações adversas inesperadas, ausência de resposta ao tratamento ou defeitos de qualidade às autoridades regulatórias nacionais ou aos sistemas locais de farmacovigilância. Em caso de identificação de lotes suspeitos ou falsificados, a recomendação é notificar a OMS.
 

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