Cidades

ABUSO DE AUTORIDADE

Condução coercitiva sem
prévia intimação agora é crime

Trinta condutas não foram vetadas por Bolsonaro

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Decretar condução coercitiva sem prévia intimação, deixar de comunicar prisão em flagrante, temporária ou preventiva à autoridade judiciária no prazo legal, não comunicar a família o local onde a pessoa está presa, dentre outras condutas, passaram a ser considerados crime desde o momento em que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) sancionou lei que prevê penalidade para abusos de autoridade.

O projeto de lei, de autoria do Senado Federal, apresentado em 2016, foi aprovado pela Congresso no mês passado e sancionado pelo presidente na última quinta-feira (5). Porém, a sanção veio com 19 vetos, resultantes de pedidos feitos por aliados de Bolsonaro, como o ministro Sérgio Moro e deputados da “bancada da bala”. Mesmo com alguns vetos, pontos considerados prejudiciais para policiais, juízes e promotores foram mantidos. 

No total, 30 condutas foram consideradas como abuso de autoridade. 

Além das citadas acima, outras condutas que serão consideradas crime é a invasão das autoridades em imóvel alheio sem determinação judicial ou fora das condições estabelecidas em lei, bem como obter provas por meios ilícitos e depois usá-las contra o investigado com prévio conhecimento de sua ilicitude.

Outra conduta que passou a ser crime é a divulgação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do investigado ou acusado e realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, promover escuta ambiental ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

Todas as penalidades das quebras de condutas são em torno de seis meses a quatro anos de prisão e multa.

Além das 30 condutas, outra previsão da lei é de que aquelas autoridades que foram reincidentes no crime poderão perder o cargo ou o mandato, e podem ficar inabilitados para o serviço público pelo período de cinco anos.

Apesar da proposta estar sancionada, o Congresso Nacional ainda vai analisar os vetos do presidente. Se assim os deputados considerarem impróprios, as negativas de Bolsonaro poderão ser derrubadas na Câmara dos Deputados.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o relator do projeto na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR) declarou que considera lamentável a atitude do presidente e que agora vai depender dos líderes “a decisão de como os partidos se posicionarão nessa sessão do Congresso Nacional”.
O ministro da Justiça, Sérgio Moro, também se manifestou nas redes sociais e disse que o presidente teve muito equilíbrio e respeito à sociedade a ao Parlamento.

Cidades

Exército nega irregularidade em visitas a presos no Inquérito do Golpe

Visitas são feitas conforme regras militares, diz corporação

26/12/2024 20h00

Agência Brasil

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O Exército negou, nesta quinta-feira (26), irregularidades nas visitas de familiares e advogados aos presos no inquérito que apura a tentativa de instauração de um golpe de Estado no país após as eleições de 2022.

As explicações foram enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) após o ministro Alexandre de Moraes pedir que a corporação informe se os generais Braga Netto e Mario Fernandes, além dos tenentes-coronéis Rodrigo Bezerra Azevedo e Hélio Ferreira Lima, estariam recebendo visitas diárias de parentes e advogados sem autorização judicial.

De acordo com ofício do Comando Militar do Leste, não há irregularidades nas visitas, que ocorreram conforme as regras militares. De acordo com as informações prestadas, Fernandes recebeu visitação às segundas, quartas e sextas-feiras e aos domingos. As visitas a Braga Netto ocorreram às terças e quintas-feiras e aos domingos.

"Esta divisão de Exército esclarece que não há que se falar em visitação diária por ocasião da custódia do general de brigada Mario Fernandes, tampouco do general de Exército Walter Souza Braga Netto. Neste sentido, salvo outro juízo, não houve desrespeito ao regulamento de visitas estabelecido nesta OM [organização militar]", declarou o Exército.

No mês passado, Mario Fernandes, Rodrigo Bezerra e Hélio Fernandes foram presos no Rio de Janeiro e transferidos para Brasília. Braga Netto continua detido na capital fluminense.

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Golpe

Estelionatário se passa de médico e idosa perde R$ 4,2 mil em MS

Criminoso relatou que valor seria destinado a compra de medicamentos para seu esposo, que está internado

26/12/2024 18h31

Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário Centro, onde o caso foi registrado

Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário Centro, onde o caso foi registrado Divulgação Depac

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Uma idosa de 74 anos perdeu R$ 4,6 mil após cair em golpe na manhã desta quinta-feira (26), em Campo Grande.

Conforme boletim de ocorrência, o criminoso entrou em contato por telefone se passando por um médico. Ele justificou a ligação para informar a suposta necessidade de compra de medicamentos. Os remédios seriam destinados a seu marido, que de fato está internado na Santa Casa de Campo Grande desde o dia 9 de dezembro.

Além dos medicamentos, o criminoso informou à vítima que seu marido também precisava urgentemente de um novo aparelho hospitalar. Nesse sentido, ele solicitou duas transferências bancárias, uma de R$ 4 mil e outra de R$ 600 reais. Os pedidos foram prontamente atendidos pela idosa, que preocupada com a saúde de seu marido, não cogitou ser um golpe no momento.

Ao tentar transferir o valor, contudo, a idosa enfrentou problemas e não conseguiu realizar o depósito. Assim, ela pediu a seu irmão fazer o pagamento.

Momentos depois, ao entrar em contato com seu marido, a idosa percebeu que foi vítima de um golpe. Após este momento, a vítima reembolsou seu irmão e posteriormente procurou a Polícia Civil para relatar a situação.

O caso está registrado como crime de estelionato e está em investigação.

Idosa cai em golpe e perde R$ 13,2 mil na véspera de Natal em MS

Uma idosa de 60 anos caiu em um golpe e perdeu R$ 13,2 mil reais nessa terça-feira (24), véspera de Natal, em Dourados, interior de Mato Grosso do Sul.

Conforme o boletim de ocorrência, a vítima recebeu duas ligações de uma pessoa que se identificou como mecânico. Na chamada, o estelionatário informou que estava socorrendo uma pessoa conhecida da família, que supostamente estava parado na estrada com problemas em seu veículo.

O criminoso ainda revelou uma falsa surpresa: o suposto conhecido estava se dirigindo a casa da idosa. A vítima então prontamente passou a colaborar com o criminoso. Inicialmente, o golpista pediu R$ 2 mil, que supostamente seria para a compra de peças do veículo.

Ainda segundo o registro policial, assim que recebia o depósito solicitado, o estelionatário relatava um problema diferente no carro. Depois do primeiro Pix, ele pediu mais um de R$ 2 mil, depois um depósito de R$ 4,5 mil e outro de R$ 5,2 mil. Por fim, ele entrou em contato novamente e pediu à idosa uma transferência de R$ 1,5 mil. 

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