Cidades

MATO GROSSO DO SUL

Conflitos com indígenas 'pipocam' pelo interior de MS

Após semana de escalada de violência em Antônio João, Sete Quedas encerrou o final de semana com processo de recuperação rechaçado e carro de indígenas incendiado

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Após a semana de escalada de violência desde 12 de setembro, que culminou em um indígena morto por forças policiais em Mato Grosso do Sul no último dia 18 em Antônio João, o final de semana foi de tensão para povos originários que tiveram até um veículo ontem (23) em outro município sul-mato-grossense. 

Indígenas da Tekoha Garcete Kuê, que fica dentro do município de Sete Quedas - distante cerca de 469 km da Capital de Mato Grosso do Sul -, que há cerca de 10 anos esperam a conclusão de grupo de estudo sobre a delimitação de seu território, ainda no último domingo (22) iniciaram um processo de recuperação. 

Em busca de uma parcela de seu território tradicional, já na data de ontem (23) os indígenas passaram a relatar o movimento de caminhonetes ao redor da comunidade, aponta a Assembleia Geral do povo Kaiowá e Guarani (Aty Guasu).

Segundo representantes dos povos originários, ainda na segunda-feira (23) houve um princípio de confronto, com a Força Nacional e equipes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) chegando ao local do confronto só no período da noite. 

Essas equipes ouviram da comunidade os relatos de uma tentativa de expulsão, que seria feita sem o devido processo legal, bem como o incêndio ao veículo de um dos integrantes da comunidade, com um vídeo mostrando o estado do carro. 

"Olha o que os fazendeiros fizeram com esse carro... Eles queimaram ontem, ficamos desesperados, viram que estávamos em poucos aqui na retomada. Estamos aqui ainda", expõe um dos indígenas em fala na língua nativa em vídeo que circula pelas redes sociais. 

Escalada de violência

Como tem acompanhado o Correio do Estado, desde o dia 12 deste mês o trato das forças policiais para com povos originários tem registrado uma escalada de violência, quando o conflito em Antônio João deixou três indígenas feridos. 

Menos de uma semana depois, em 18 de setembro, Nery Ramos da Silva Guarani Kaiowá foi morto com um tiro na região da cabeça, horas após protocolado um pedido de socorro urgente ao Ministério da Justiça.

Informações da Assembleia Geral Guarani Kaiowá apontam que o clima segue tenso agora também na região de Sete Quedas, sendo que os indígenas locais ouvem boatos até de que a Polícia Militar iria expulsá-los da retomada. 

Como aponta a Aty Guasu em nota, em texto redigido pelo Assessor jurídico do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) regional do Estado, Anderson Santos, outras retomadas em um passado recente foram alvos dessas forças. 

Isso porque operações de reintegração de posse, sem a devidor ordem judicial, foram feitas nas seguintes retomadas: 

  • Kurupi – Naviraí, Guapoy – Amambai, em 2022;
  • Laranjeira Nanderu – Rio Brilhante – 2022; 
  • Nanderu Marangatu – Antônio Joao, 2024, 
  • Yvy Ajhere - Douradina 2024.

 

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Cidades

Apenas 32% das crianças e adolescentes tomaram a 2° dose da Qdenga em MS

É importante lembrar que o esquema vacinal requer um intervalo de três meses, e a população precisa ficar atenta à caderneta de vacinação para garantir a imunização completa

24/09/2024 15h30

Apenas 32% das crianças e adolescentes tomaram a 2° dose da Qdenga em MS

Apenas 32% das crianças e adolescentes tomaram a 2° dose da Qdenga em MS Marcelo Victor

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Dados divulgados pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI) indicam que em Mato Grosso do Sul das 173 mil doses recebidas, apenas 66,7 mil primeiras doses foram aplicadas, e pouco mais de 21,5 mil pessoas retornaram para a segunda dose.

Como o público, em 2024, é composto por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, alerta para a necessidade de se vacinar. 

“Dentro da faixa etária indicada pelo laboratório para receber a vacina, selecionamos o intervalo com maior número de hospitalizações por dengue no Brasil. Contudo, esse público tem uma adesão menor, justamente por não ser uma idade que frequenta os serviços de saúde rotineiramente. Por isso, os pais e responsáveis precisam levar as crianças e adolescentes para se vacinar. É um ato de amor e de responsabilidade”, destaca. 

É importante lembrar que o esquema vacinal requer um intervalo de três meses, e a população precisa ficar atenta à caderneta de vacinação para garantir a imunização completa.

Em âmbito nacional, o Brasil registra 2,2 milhões de primeiras doses de vacinas aplicadas contra a dengue. No entanto, há 636 mil registros de segundas doses. Os critérios para a definição dos municípios escolhidos para receber as doses da vacina foram definidos seguindo as recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da OMS. 

“As vacinas serão direcionadas a regiões de saúde que incluam municípios de grande porte, com população residente de 100 mil habitantes ou mais, que apresentaram alta transmissão nos últimos dez anos, considerando também as taxas elevadas nos últimos meses”.

Combate ao mosquito

De acordo com o Ministério da Saúde, embora o imunizante ajude a conter o avanço da doença, não é a ferramenta mais eficaz para seu combate, devido à capacidade de produção do laboratório fornecedor, que não é suficiente para atender à demanda do Brasil. 

Portanto, além das ações realizadas pelos agentes de saúde, a população também deve fazer sua parte:

  • Use de telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão;
  • Remova recipientes nos domicílios que possam se transformar em criadouros de mosquitos;
  • Vede reservatórios e caixas de água;
  • Desobstrua calhas, lajes e ralos;
  • Participe da fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo SUS.

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Interior

Grupo invade casa e esfaqueia jovens em vingança pela morte de idoso

De acordo com relatos de uma das vítimas, o grupo de pessoas esfaqueou os jovens em vingança a morte do idoso no dia 7 de setembro. O caso segue em investigação na Polícia Civil.

24/09/2024 15h03

O caso segue em investigação na Polícia Civil de Aral Moreira

O caso segue em investigação na Polícia Civil de Aral Moreira Foto: Reprodução/Polícia Civil - MS

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Em busca de vingança pela morte de um idoso de 63 anos, quatro rapazes invadiram uma residência e esfaquearam dois jovens, de 23 e 28 anos, em Aral Moreira, a 377 quilômetros de Campo Grande. O caso foi registrado na delegacia do município como tentativa de homicídio e lesão corporal, e será investigado pela Polícia Civil

Conforme informações do boletim de ocorrência, o rapaz de 28 anos relatou que quatro homens invadiram sua residência e atacaram ele e seu cunhado, de 23 anos. Em depoimento, o jovem informou que foi atingido por três facadas nas costas, desferidas com um facão, enquanto seu cunhado foi atingido na cabeça.

As vítimas foram socorridas por testemunhas e encaminhadas ao hospital do município para receber os primeiros socorros. Aos policiais, uma das vítimas relatou que vem sofrendo ameaças de morte desde o dia 7 de setembro, após o assassinato do idoso de 63 anos. O idoso é pai de um dos envolvidos e sogro do outro.

Em depoimento à polícia, o jovem que foi esfaqueado afirmou que o autor do ataque e o idoso foram presos em flagrante no dia da morte do idoso. Desde então, ele passou a relatar que os familiares do autor estão ameaçando vingar o crime.

Diante das informações, o caso foi registrado na Polícia Civil e será investigado.

 

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