Cidades

PARCERIA

Convênio entre TJMS e universidade da Itália disponibiliza mestrado para magistrados

A partir do ano que vem serão oferecidas 60 vagas em dois cursos de mestrado

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Para assegurar o respeito aos direitos individuais e uma maior eficiência do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul, o Tribunal de Justiça do Estado assinou na manhã de hoje (20), em Brasília, convênio de parceria, de quatro anos, com a Universidade de Girona, da Itália.

A partir do ano que vem serão oferecidas 60 vagas em dois cursos de mestrado: Processo Penal e Garantismo e Fundamentos da Responsabilidade Civil.

 O convênio garante a cooperação com o Instituto de Direito e História (IDH)  e da Escola Judicial do Estado de Mato Grosso do Sul (EJUD), sendo que os cursos “são um complemento de formação muito adequado para os Magistrados e Servidores”, de acordo com o documento assinado. 

Os participantes terão aulas presenciais e on-line, com os cursos tendo a duração de dois anos, sendo que os formados receberão a titulação das universidades de Girona e também de Gênova, ambas italianas. Os professores serão vinculados ao programa por meio da Universidade de Girona.

O presidente do TJMS, desembargador Sérgio Martins, afirmou durante a solenidade que a Universidade de Girona, além de muito respeitada, é renomada.

"O resultado esperado é fazer com que magistrados e servidores se especializem nas duas áreas disponibilizadas: área cível, com a responsabilidade civil, e na área penal, com o garantismo, pois esses são os problemas que mais se enfrenta no judiciário estadual sul-mato-grossense; que o juiz enfrenta no dia a dia", segundo o desembargador.

Martins explicou que o mestrado em garantismo é muito importante por aprimorar a atuação do juiz com a certeza “de que os direitos e as liberdades individuais não estão sendo violados. Então, quando se fala que um juiz é garantista, é no sentido de que ele examina as provas, examina todo o processo e verifica que não está vendo uma atuação do Estado. Um juiz que vai verificar primeiro as questões do inquérito policial e que não vai se confundir com um juiz que vai julgar o processo. Para evitar exatamente que o mesmo juiz que apura, que vê a questão do inquérito, seja aquele que julga.”, detalhando que o juiz de garantias deve ser implementado em no máximo um ano, como definiu o Supremo Tribunal Federal.

O desembargador Sérgio Martins manifestou em sua fala na assinatura a do convênio que o TJMS tem “muito interesse no doutorado, porque nós já temos magistrados com o mestrado concluído e alguns que têm mestrado que gostariam de fazer o doutorado. Em 2024 eu ainda estarei na presidência, vou até um pouquinho em 2025, então nós vamos agilizar isso da nossa parte.”

O diretor da Universidade de Girona, Jordi Ferrer Beltran, enfatizou que a instituição que os cursos vão contribuir para ampliar o conhecimento utilizando “linhas teóricas mais modernas, ajudando também a transferir o conhecimento que se gera na universidade e na academia ao exercício prático da judicatura e, portanto, ao benefício dos cidadãos de Mato Grosso do Sul.  O objetivo desse mestrado é, como o professor falou, capacitar, mas também agilizar os trâmites, tornar a justiça brasileira mais dinâmica” emendando que “uma melhor prática do processo gera mais seguridade jurídica, gera melhor serviço à cidadania.”

Beltran explicou que já são dez anos de colaboração com várias instituições judiciais no Brasil, em um constante processo de aprimoramento do intercâmbio intelectual e teórico. Ele destacou que a intenção é já começar as aulas em março e abril de 2024 e que dependendo da demanda os dois mestrados podem ser oferecidos simultaneamente.

“Procuramos que o número de cada uma das turmas não seja muito elevado para facilitar que haja uma comunicação muito estreita entre os professores e as professoras e os magistrados. Quando a formação é massiva, em alguma medida também se perde qualidade.”

O diretor-geral da Escola Judicial de MS, desembargador Odemilson Roberto Castro Fassa, explicou que este é o segundo convênio do Tribunal com a Universidade de Girona, por meio do IDH, que nesse primeiro momento vai oferecer o mestrado, mas que o convênio assinado já a primeira etapa para garantir a oferta do doutorado aos magistrados e servidores do judiciário sul-mato-grossense, além da intenção de ofertar a integrantes outros órgãos parceiros.

Outro objetivo destas capacitações é tornar mais ágil o atendimento do poder judiciário por meio da ampliação do conhecimento.  “Não há dúvida, todo conhecimento facilita. Na medida que você tenha mais conhecimento você terá mais condições de resolver uma demanda que que lhe é colocada”. Fassa ressaltou que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) “avaliou que Tribunal do Mato Grosso do Sul, entre os tribunais, é o melhor tribunal do país. Então, claro que tudo isso vai facilitar pra que ainda se tenha mais eficiência”.

O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Reynaldo da Fonseca, que participou do evento disse estar satisfeito e feliz de ver o Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul inserido no processo de aperfeiçoamento, “capacitação da sua magistratura e dos seus servidores e fazendo com que, efetivamente, tenhamos a educação como mola-mestra de tudo. Eu sou fruto de alguém que veio pela educação. Só tenho a parabenizar os colegas, os desembargadores, os colegas juízes e a universidade que se propõe com o Instituto a celebrar este convênio. Na verdade, a pós-graduação dos magistrados foi uma conquista histórica”.

MANIFESTAÇÃO

"Sem anistia", manifestantes protestam contra PL da Dosimetria em todo o Brasil

Atos ocorreram em diversas cidades e classificam projeto como anistia disfarçada aos envolvidos no 8 de Janeiro

14/12/2025 17h00

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo Divulgação/ Agência Brasil

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Manifestantes de diversas cidades brasileiras foram às ruas neste domingo (14) em protesto contra a aprovação do chamado Projeto de Lei da Dosimetria, que altera o cálculo das penas aplicadas aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Para os organizadores, o texto representa uma “anistia disfarçada” e abre caminho para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de seu governo.

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reuniram movimentos sociais, centrais sindicais, estudantes e partidos de esquerda. Pela manhã, manifestações ocorreram em capitais como Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Maceió, Fortaleza, Salvador e Brasília.

Na capital federal, o protesto teve início em frente ao Museu da República e seguiu em direção ao Congresso Nacional. Durante o trajeto, manifestantes entoaram palavras de ordem e exibiram cartazes com frases como “Sem anistia para golpista” e críticas diretas ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Campo Grande

Em resposta a aprovação por 291 a 148 votos na última quarta-feira (10), centenas de campo-grandenses liberais se encontraram na esquina da Rua 14 de Julho com a Avenida Afonso Pena para protestar contra a tentativa de Anistia das pessoas que foram condenadas pelo 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além de apoiadores, a manifestação contou com a presença de algumas autoridades da esquerda de MS, como o deputado estadual Pedro Kemp (PT), que foi o primeiro político a chegar no local.

Em conversa com a reportagem, o parlamentar falou sobre o movimento desta manhã e a importância de dar uma rápida resposta ao PL da Dosimetria.

"Mais uma vez, a população dá um recado para a Câmara dos Deputados, que está votando na contramão de tudo aquilo que a população deseja, porque quem atentou contra a democracia, quem quebrou a série dos poderes em Brasília, quem tentou dar um golpe de estado no Brasil tem que ser condenado e pagar por esses crimes. Dar uma lição na história de que nós não aceitamos mais golpes no Brasil", disse o petista.

O ex-deputado estadual e agora candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pelo Partido dos Trabalhadores, como oficializado neste sábado (13) pelo presidente do partido, Fábio Trad também compareceu ao protesto.

"É um momento muito importante, mas não só para a esquerda, para todos os democratas. Eu convido também a direita liberal que respeita a democracia, aquela direita dos anos 90 que respeitava a vontade das urnas, que não apoiava os Estados Unidos contra o próprio Brasil. Ela deveria estar aqui conosco, porque o que está em jogo aqui hoje não é só uma disputa partidária, é uma questão de civilização e barbárie", destaca.

Paulista ocupada

Em São Paulo, a Avenida Paulista foi ocupada por manifestantes concentrados nos quarteirões próximos ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). O ato reuniu representantes de sindicatos, movimentos sociais, estudantis e partidos políticos contrários ao projeto.

Durante o protesto, o coro de “sem anistia” foi repetido diversas vezes. Cartazes com dizeres como “Congresso inimigo do povo” ganharam destaque, assim como críticas ao comando da Câmara. Parte dos participantes vestiu roupas verde e amarelas para reforçar a rejeição à anistia dos envolvidos nos atos golpistas.

A votação do PL na Câmara ocorreu em meio a um episódio de tensão, após a retirada forçada do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) da Mesa Diretora pela Polícia Legislativa. Jornalistas foram impedidos de acompanhar a ação, e profissionais da imprensa relataram agressões.

Parlamentares da oposição avaliam que, com as mudanças previstas no texto, Bolsonaro poderia ter a pena reduzida de 7 anos e 8 meses para cerca de 2 anos e 4 meses em regime fechado, conforme o cálculo atual da Vara de Execuções Penais.

Segundo Juliana Donato, da Frente Povo Sem Medo, a mobilização foi motivada pela gravidade da proposta. “Nós entendemos que isso é uma anistia. Os crimes cometidos contra a democracia são muito graves e não podem ser perdoados. A impunidade abre espaço para novas tentativas de golpe”, afirmou. Ela acredita que a pressão popular pode influenciar a tramitação do projeto no Senado.

Protestos no Rio

No Rio de Janeiro, milhares de pessoas ocuparam as ruas próximas ao Posto 5, em Copacabana. O ato contou com a participação de movimentos sociais, sindicatos, estudantes, parlamentares, artistas e militantes de esquerda.

A manifestação ganhou caráter cultural com a participação de artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil, que se apresentaram durante a tarde. O evento foi batizado de “Ato Musical 2: o retorno”, em referência a uma mobilização anterior contra a PEC da Blindagem.

Além do PL da Dosimetria, os participantes protestaram contra a escala de seis dias de trabalho por um de descanso, o marco temporal para demarcação de terras indígenas, o feminicídio e cobraram transparência em investigações envolvendo o Banco Master.

Uma performance realizada por um grupo de mulheres chamou atenção ao comparar parlamentares favoráveis ao projeto a “ratos traiçoeiros”, com a distribuição de animais de borracha e fotos de deputados que votaram pela redução das penas.

A aposentada Angela Tarnapolsky, de 72 anos, afirmou que não poderia se omitir diante do que considera retrocessos democráticos. “Depois de tudo o que vivi desde a ditadura, é impossível aceitar um Congresso com esse nível de retrocesso”, declarou.

O deputado Glauber Braga participou do ato e agradeceu o apoio popular. Com a suspensão de seu mandato por seis meses, ele afirmou que levará o gabinete “para as ruas” e seguirá mobilizado contra o PL da Dosimetria e contra as chamadas emendas Pix, que permitem repasses de recursos públicos sem detalhamento do uso.

O que prevê o projeto

O PL da Dosimetria estabelece que os crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado Democrático de Direito, quando cometidos no mesmo contexto, sejam punidos apenas com a pena mais grave, e não pela soma das penas. O texto também reduz o tempo necessário para a progressão de regime, do fechado para o semiaberto ou aberto.

A proposta pode beneficiar, além de Bolsonaro, militares e ex-integrantes do alto escalão do governo anterior, como Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e Augusto Heleno.

Parlamentares da oposição preveem, para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que o total da redução pode levar ao cumprimento de 2 anos e 4 meses em regime fechado em vez dos 7 anos e 8 meses pelo cálculo atual da vara de execução penal, segundo a Agência Câmara de Notícias. Mas a definição dos novos prazos será do STF e pode ser influenciada pelo trabalho e estudo em regime domiciliar, que diminuem o período de prisão.

O texto original previa anistia a todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e dos acusados dos quatro grupos relacionados à tentativa de golpe de Estado julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mas esse artigo foi retirado do projeto.

**Colaborou Felipe Machado**

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Desconto em dívidas

Prazo para adesão ao Refis 2025 encerra nesta segunda-feira; veja os descontos

O requerimento deve ser protocolado no portal e-Fazenda. O pagamento à vista ou da primeira parcela deve ocorrer até 30 de dezembro

14/12/2025 16h30

Moradores de Campo Grande esperando para serem atendidos e fazer o Refis

Moradores de Campo Grande esperando para serem atendidos e fazer o Refis Gerson Oliveira

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Termina nesta segunda-feira (15) o prazo para adesão ao Programa de Recuperação de Créditos – REFIS 2025, que estabelece condições para quitação ou parcelamento de débitos de ICMS constituídos ou não, inscritos ou não em dívida ativa, incluindo autos de infração, notificações prévias, débitos do Simples Nacional e saldos de parcelamentos anteriores.

O requerimento deve ser protocolado no portal e-Fazenda. O prazo para o pagamento à vista ou da primeira parcela deve ocorrer até 30 de dezembro.

Os descontos variam conforme o número de parcelas:

  • À vista: redução de 80% das multas e 40% dos juros.
  • De 2 a 20 parcelas: redução de 75% das multas e 35% dos juros.
  • De 21 a 60 parcelas: redução de 70% das multas e 30% dos juros, com entrada equivalente a 5% do débito.

Aos produtores rurais, o programa também permite a regularização de débitos vinculados ao Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário do Estado (Fundersul), com parcelamento em até 36 vezes, restabelecendo automaticamente o direito aos incentivos fiscais.

Além disso, até 15 de dezembro, os contribuintes podem entregar as Escriturações Fiscais Digital (EFDs) e demais documentos atrasados com anistia total de multas.

Para o secretário de Fazenda de MS, Flávio César de Oliveira, o Refis 2025 é “uma política de cooperação econômica”, a qual permite que empresas retomem a capacidade de investimento ao mesmo tempo em que o Estado fortalece sua arrecadação.

Datas e descontos próximos

Além do Refis, há benefícios no Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD) e o desconto para pagamento à vista do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) 2026, com datas-limite próximas, exigindo atenção redobrada dos contribuintes neste fim de ano.

A Lei nº 6.472/2025 institui um desconto inédito de 30% no pagamento à vista do ITCD incidente sobre doações de bens e direitos formalizadas até 30 de dezembro de 2025.

O imposto abrange doações de imóveis, veículos, numerários, quotas sociais, rebanhos, títulos, obras de arte e outros bens. A combinação de fatores estruturais, isenção de até R$ 100 mil por donatário (a maior do país), alíquota reduzida de 3% e desconto temporário de 30%, posiciona Mato Grosso do Sul entre os estados com melhor ambiente para regularização patrimonial.

Já o pagamento à vista do IPVA 2026, com desconto de 15%, vence em 5 de janeiro de 2026, segundo maior desconto do país, ao lado da Bahia, Espírito Santo e Piauí, abaixo apenas do Amapá.

O Estado mantém uma política de incentivos reconhecida nacionalmente, com ampla lista de isenções e reduções de alíquota, que inclui veículos com mais de 15 anos, PCDs (60% de redução), táxis, mototáxis, ambulâncias, diplomáticos, caminhões, ônibus, motorhomes e veículos movidos a GNV.

Para quem optar pelo parcelamento, o calendário segue as seguintes datas:

  • 30 de janeiro
  • 27 de fevereiro
  • 31 de março
  • 30 de abril
  • 29 de maio de 2026

O valor mínimo por parcela é de R$ 30 (motocicletas) e R$ 55 (demais veículos). 

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