Cidades

MERCADORIA PROIBIDA

Cresce o contrabando de pneus
na região de fronteira

Diferença entre os preços praticados no Estado e no país vizinho alimenta o comércio ilegal

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O contrabando de pneus paraguaios tem crescido nos últimos meses, em Mato Grosso do Sul, considerando o aumento no volume de apreensões desse tipo de mercadoria. A constatação é da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), organismos com atribuições de policiamento e repressão na região de fronteira.

Nos primeiros seis meses deste ano, por exemplo, a PRF e DOF interceptaram 6.071 pneus vindos do Paraguai. São quase dois mil a mais se comparar às apreensões do mesmo período do ano passado, quando os dois segmentos recolheram 4.107 unidades.

Somente a PRF, no último semestre, apreendeu 5.157 pneus adquiridos no país vizinho e trazidos ilegalmente para o Brasil. Em todo o ano passado foram 9.101. O DOF recolheu 914 unidades no semestre computado. O comércio ilegal é alimentado por uma diferença de preço de quase 50% entre os praticados no Estado e no Paraguai.

A fiscalização tem sido rotineira nas rodovias que dão acesso às cidades paraguaias e, conforme os policiais que trabalham na área, a compra de pneus, mesmo para quem os troca lá, é ilegal e sujeita o dono à perda dos produtos, do veículo e a um processo criminal por contrabando ou descaminho. Situações como essas são observadas principalmente em carretas, que vão ao país vizinho com pneus velhos e retornam com pneus novos.

AUMENTOS
Ainda segundo a polícia, a tendência é de que o ano feche com aumento significativo nas apreensões. No início, do mês, por exemplo, quatro homens foram flagrados na região de Maracaju e Dourados, pelo Departamento de Operações de Fronteira, com pneus contrabandeados. 

As quatro apreensões ocorreram com minutos de intervalo, em duas regiões diferentes. Na primeira abordagem, um caminhão Mercedes-Benz transportava de Ponta Porã para Campo Grande 51 pneus, novos e usados, sem a documentação de regularidade fiscal. O motorista disse ter sido contratado para distribuir os pneus em várias borracharias de Campo Grande.

Já em um veículo Santana, os policiais localizaram 24 pneus novos para carro, dois para motocicleta e 51 unidades de câmara de ar para pneus. O motorista também afirmou que as mercadorias destinavam-se à revenda na Capital.

Em outros dois veículos,  uma equipe policial da Força Tática do 3º Batalhão de Polícia Militar de Dourados e o DOF apreenderam também mais pneus. Um deles era um Ford Deserter, com 147 pneus. Outro veículo era um VW Gol, branco, que transportava 24 pneus.

CASO RECENTE
Na quarta-feira à noite, policiais do Departamento de Operações de Fronteira apreenderam um veículo Fiat Palio branco, com placas de Campo Grande, carregado com 20 pneus novos. A mercadoria foi adquirida no Paraguai e o condutor não portava a documentação de regularidade fiscal. A apreensão ocorreu durante abordagem para fiscalização na região de Ponta Porã.

O motorista, de 28 anos de idade, contou aos policiais que revenderia os pneus na Capital. A ocorrência foi registrada e entregue à Receita Federal de Ponta Porã para os procedimentos legais.

INTERIOR

Mulher passa por cirurgia após ser atingida por bala perdida no MS

Além da moça de 46 anos, um homem também foi encaminhado ao Hospital, após um dos disparos o atingir na perna; carro ficou marcado pelos tiros, que devem ter passado dos 15

21/12/2024 12h30

Carro envolvido no tiroteio ficou com marcas de balas

Carro envolvido no tiroteio ficou com marcas de balas Foto: Montagem

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Um tiroteio no Centro de Cassilândia, mais especificamente na Vila Izanópolis, deixou dois feridos, na tarde desta sexta-feira (20). Uma das vítimas é uma mulher de 46 anos, que estava transitando pela região na hora do acontecido e não havia sentido a perfuração.

Segundo informações, um dos feridos, um homem de 21 anos, disse aos policiais que passava de carro pelo local, quando viu um rapaz, conhecido como “Azul”, agredindo a namorada na frente de uma residência. Então, o homem, junto com outros dois que estavam no veículo com ele, teria tentado intervir.

Porém, o Azul estava com posse de uma arma e, ao tentar ser “parado” pelo trio, efetuou disparos contra eles. Além dele, um outro homem encapuzado estava envolvido no local. Com isso, vários tiros atingiram o carro, onde se encontrava o trio, batendo na traseira de uma carreta. Após a colisão, os homens saíram do carro e o deixaram no local.

Foi neste momento dos disparos que uma mulher, de 46 anos e ainda não identificada, estaria passando de moto pelo local e acabou sendo atingida na barriga. Ela só percebeu a perfuração quando olhou para a região do tórax e avistou o sangramento. 

A Polícia encontrou o carro e 15 cápsulas de tiro, todas elas de calibres 9mm e de .357. No carro também tinha dois aparelhos celulares, do qual foram apreendidos. Ambos os feridos foram encaminhados ao Hospital, mas a mulher precisou passar por intervenção cirúrgica e segue internada na Santa Casa.

Até o momento, os cidadãos que efetuaram os disparos não foram localizados e estão sob suspeita de terem fugido em direção a Serra. Também há a suspeita de os homens que estavam no carro também terem efetuado disparos, já que havia perfurações de balas de dentro para fora.

Tiroteio recente no MS

No último domingo (15), dois homens morreram e um ficou ferido após um tiroteio, no Bairro Aero Rancho, em Campo Grande.

Informações preliminares apontam que estava acontecendo uma festa em uma residência localizada na Avenida Arquiteto Vila Nova Artigas quando, por volta das 22h, uma briga teve início em frente à casa.

Um homem, identificado como Alex Junior Zinatto, de 34 anos, teria ido até o carro, que estava estacionado na rua, quando vizinhos iniciaram uma discussão, cujo teor ainda não foi apurado. Alex teria sacado um revólver e tentado disparar contra o morador da residência, um homem de 41 anos identificado como Ronil Anderson Porto Negrão.

A arma teria falhado três vezes até efetuar um disparo, momento em que Ronil foi até o interior de sua casa, buscou um revólver, voltou para a rua e efetuou diversos disparos contra Alex, que já estava entrando na garagem para retornar à festa. Ele morreu no local.

*Colaborou Alanis Netto

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Cidades

Golpistas usam celular do professor assassinado para pedir dinheiro

Por meio de grupos do WhatsApp, familiares do professor Roberto Figueiredo alertaram que bandidos estão pedindo doações para um memorial simbólico

21/12/2024 12h09

Reprodução Redes Sociais

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Cerca de sete dias após o assassinato do professor e ex-superintendente da Cultura de Campo Grande, Roberto Figueiredo, de 63 anos, golpistas estão pedindo dinheiro com a justificativa de um “memorial simbólico”.

Por meio do WhatsApp, familiares avisaram que o celular do professor, morto a facadas na sexta-feira (13), ainda não foi recuperado e alertaram para que não façam doações, pois se trata de oportunistas tentando aplicar um golpe.

Entenda

Professor de História da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) e ex-superintendente de Cultura de Campo Grande, Roberto Figueiredo, de 68 anos, foi assassinado a facadas na última sexta-feira (13), dentro de sua própria casa, localizada na rua Bárbara de Paula Ribeiro, bairro Altos do São Francisco, em Campo Grande.

O suspeito, um adolescente de 17 anos, confessou o crime ao ser apreendido pelo Choque no mesmo dia do assassinato. O veículo do professor, um Jeep Renegade, foi recuperado, mas o celular não foi encontrado.

Cultura de MS em luto

Roberto, carinhosamente conhecido como "Beto" ou "Betinho", foi responsável pela formação de milhares de acadêmicos em Campo Grande, como bem destacou a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), instituição onde Figueiredo atuava há 39 anos, em sua nota de pesar.

Beto coordenava o grupo de teatro "Senta que o Leão é Manso", de dança "Ararazul", e de música da UCDB, com o "Corda", "Aves Pantaneiras" e "Coral UCDB".

Ministrou aulas em diversos cursos, como História, Design, Arquitetura e Gastronomia. Também foi coordenador dos grupos de teatro, dança e música da universidade, além de membro do Conselho Universitário da UCDB (Consu).

Fora do meio universitário, atuou como presidente da Fundação de Cultura de Campo Grande, e teve passagem como superintendente de Cultura da Capital. Pelo Estado, foi gerente de Patrimônio Histórico da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS).

** Colaborou Alanis Netto

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