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Criança autista saiu gritando com rompimento de barragem do Nasa Park

Mãe conseguiu avisar apenas o filho do rompimento da barragem que chegou aos gritos "O Nasa vem aí"

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Moradores que residem no entorno do Nasa Park, em Jaraguari, relataram que conseguiram sair de casa ao terem sido informados no “boca a boca” do rompimento da barragem do Nasa Park. Incluindo, um menino autista de 12 anos, que deixou o local aos gritos.

Um dos residentes da área atingida contou ao Correio do Estado, que essa era uma tragédia anunciada

O relato foi feito pela mãe Gabriele Lopes, que lamentou a destruição da residência e entorno da propriedade dos pais. No momento do incidente, estavam os avós com os netos, o filho e duas meninas.

“Eu sai fui levar o carro na oficina quando recebi um áudio do Rogério dizendo que informaram ele do estouro da barragem do Nasa Park. Ele até falou que achava que não ia chegar aqui, mas eu disse que ia sim. Liguei para os meus pais, meu filho especial que atendeu”, contou Gabriele.

Após orientar o menino a avisar o tio para retirar a avó que tem dificuldade para se mover. Com isso, o menino chegou gritando “O Nasa está vindo, está vindo”. 

“Ele chegou gritando, a minha mãe assustou e dava para ouvir o barulho da água quebrando a mata e vindo. Foi só o tempo do meu irmão pegar o carro, a lama chegou a atingir eles, meu pai não queria deixar os porcos quase foi arrastado. Meu pai quase foi embora com a lama”. 

A família recuperou apenas 8 porcos, perderam toda a plantação de mandioca e toda a horta”

“Nossa venda é por conta própria, a gente não tem empréstimo de banco, não tem nada. O prejuízo é inestimável. Comprei mil mudas de alface e perdi tudo”. 

Crédito: Paulo Ribas / Correio do Estado - A lama levou a vegetação e "varreu" tudo pelo caminho

Lama

Com relação aos porcos recuperados, a enxurrada, segundo informou Gabriele, levou os leitões. No momento, estão preocupados com relação ao solo que usam para plantio.

“Com esse lamaçal alto, como vamos ter uma terra boa de novo? Produtiva? A gente dependia de poço, tínhamos placa solar. Perdemos tudo”. 

A nota oficial do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul informa que três residências foram atingidas pela água

 

 

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TRAGÉDIA

Acidente aéreo mata 179 pessoas na Coreia do Sul

Apenas duas pessoas sobreviveram; todos os outros à bordo foram presumidos mortos pelos bombeiros

29/12/2024 07h45

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Um avião que transportava 175 passageiros e 6 tripulantes saiu da pista, bateu contra um muro e explodiu no Aeroporto Internacional de Muan, no sudoeste da Coreia do Sul, na noite deste sábado (28), já manhã de domingo no horário local.

De acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap, apenas duas pessoas sobreviveram. Todos os outros à bordo foram presumidos mortos pelos bombeiros.

A aeronave, um Boeing 737-800, decolou de Bancoc, na Tailândia, com destino a Muan. Na lista de passageiros do voo 2216 aparecem 173 pessoas de nacionalidade sul-coreana e dois tailandeses.
A Coreia do Sul cancelou todos os voos domésticos e internacionais que tinham como origem ou destino o terminal envolvido no acidente.

O acidente aconteceu às 9h07 no horário local (21h07 no horário de Brasília). Segundo a polícia e os bombeiros, o avião, operado pela companhia aérea Jeju Air, tentava pousar em Muan, localizado a 288 km de Seul.

Uma apuração preliminar indicou que o acidente foi causado por "contato com pássaros, o que resultou em uma falha no trem de pouso" enquanto o avião tentava aterrissar.

Em vídeo compartilhado pela imprensa sul-coreana, é possível ver a aeronave derrapando pela pista, aparentemente sem o trem de pouso acionado, antes de se chocar contra uma parede do terminal, o que resultou na explosão.

Equipes de emergência trabalhavam para resgatar passageiros pela cauda da aeronave, informou a Yonhap. Ainda segundo a agência, autoridades tinham conseguido apagar o incêndio. Também iniciaram uma investigação para determinar as causas do acidente.

Uma imagem mostra a parte traseira do avião em chamas no que parece ser a lateral da pista, com bombeiros e veículos de emergência próximos aos destroços da aeronave. Outras fotos mostraram fumaça e fogo em pedaços do avião.

O presidente em exercício da Coreia do Sul, Choi Sung-mok, exigiu que todos os esforços se concentrem no resgate às vítimas, informou seu gabinete. Choi foi nomeado líder interino do país em meio à crise política após o impeachment de Yoon Suk Yeol, que tentou dar um autogolpe no último dia 3.

POR: FOLHAPRESS

 

Cidades

Decisão de Barroso sobre câmeras da PM é importante, mas não encerra violência, dizem especialistas

28/12/2024 21h00

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O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso, determinou que o uso das câmeras corporais por parte da Polícia Militar de São Paulo deve acontecer obrigatoriamente em três situações: operações de grande envergadura, incursões em comunidades vulneráveis e em operações deflagradas para responder a ataques contra policiais.

Para especialistas, as especificações do ministro são importantes, porém não cessam o problema de violência policial no estado de São Paulo. Pedro Souza, professor da Universidade de Queen Mary no Reino Unido, afirma ser importante estabelecer a clareza sobre as circunstâncias que devem justificar o uso das câmeras.

"A discricionariedade no uso do equipamento não é benéfica para a polícia ou cidadãos", diz o professor, que também pondera que as três situações delimitadas alcançam uma pequena fração das ocorrências atendidas pela polícia e, assim, a maior parte das mesmas seguirão sem obrigatoriedade de uso.

O especialista também recomenda que todas as viaturas ou grupos tenham ao menos uma câmera, mesmo que nem todos os policiais faça uso do equipamento.

"No longo prazo, o ideal é que haja câmeras em quantidade suficiente para todo o efetivo. Estudos mostram que câmeras corporais podem reduzir a letalidade policial em cerca de 50%", conclui.

O pesquisador Pablo Nunes, do CeSec (Centro de Estudos de Segurança e Cidadania), concorda com a importância da medida e destaca que chama atenção que, nos últimos anos, o Judiciário tenha se manifestado para aumentar a transparência da atividade policial.

Além da decisão sobre as câmeras corporais, ele cita o caso do Rio de Janeiro, com a ADFP 635, que teve início em 2020 com a restrição de operações policiais nas favelas em meio à pandemia de Covid-19, exceto em casos excepcionais e devidamente justificados pelo estado.

"A força pública, aquela que possui monopólio do uso da força pelo Estado, tem que ser a mais transparente para que a gente possa garantir exatamente que não haja desvios", diz Nunes.

Em relação à recente decisão de Barroso, ele considera as decisões dão um sinal de que é desejável que se retorne para a política de câmeras corporais tal qual ela foi desenhado no início, ou seja, um projeto que conseguiu registrar grandes reduções de violência policial no estado de São Paulo.

"Menos as determinações em si e mais o espírito sobre os quais essas determinações do STF são feitas dão um sinal ao governo que, dentro da legalidade e da Constituição, não será possível desmantelar e comandar a política pública de flexibilização de direitos e de brutalidade policial", afirma o pesquisador.

Ele também relembra que há casos também em que as câmeras foram violadas, com a cobertura dos equipamentos e mudanças técnicas. "Temos que estudar para não permitir que essas estratégias continuem sendo usadas e que as câmeras possam sim servir de um meio de controle de violência policial".

A decisão de Barroso também define que os equipamentos devem ser estrategicamente distribuídos pela corporação para regiões com maior índice de letalidade policial.

De acordo com informações enviadas ao tribunal pelo governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), as câmeras corporais estão distribuídas apenas em parte do estado, em especial na capital e região metropolitana, e contemplam cerca de 52% das unidades da PM.

Na decisão, o presidente do STF afirmou que a definição das três situações de uso obrigatório não significa que o porte dos equipamentos não seja importante e recomendável em outras circunstâncias.

"O estado de São Paulo deve garantir que unidades que realizam patrulhamento preventivo e ostensivo também sejam contempladas, conforme diretrizes a serem publicizadas", disse.

A definição do Judiciário acontece após o governo paulista pedir um detalhamento a respeito da obrigatoriedade do uso do equipamento.

No dia 9 de dezembro Barroso determinou o uso obrigatório de câmeras por policiais militares do estado. Na ocasião, a assessoria jurídica de Tarcísio alegou que a adoção de um conceito amplo de operações policiais, incluindo atividades de rotina, tornaria inviável o cumprimento integral da decisão.

Em resposta, Barroso afirmou que a delimitação do alcance do que fora por ele determinado deve "conciliar as limitações materiais e operacionais apresentadas com a necessidade de conferir efetividade à política pública de uso de câmeras corporais".

O Governo de São Paulo informou ao STF que não tem câmeras suficientes para todos os funcionários. No estado, há 80 mil PMs, porém apenas 10.125 equipamentos de gravação.
 

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