Cidades

DEFESA GRATUITA

Defensoria pública de MS irá atender presos por vandalismo em Brasília

Residentes do Estado que participaram de depredação dos Poderes terão defesa gratuita

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A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul designou um defensor público para atender pessoas que tenham familiares presos por vandalismo em Brasília.

Milhares foram presos após invadirem a Praça dos Três Poderes e depredarem prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e o Planalto, no último domingo (8), em Brasília.

Entre eles, há sul-mato-grossenses que participaram do "quebra-quebra" e foram presos pelo delito de "golpe de estado",

O atendimento gratuito da Defensoria é para famílias de baixa renda e que o parente que foi preso nos atos antidemocráticos seja residente de qualquer município de Mato Grosso do Sul.

Segundo a Defensoria, foi criado um canal online, [email protected], para atender estas pessoas.

Manifestantes foram presos após invadir a Praça do Três Poderes e depredarem o Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e o Planalto, no último domingo (8), em Brasília.

Conforme o defensor público-geral em exercício, Homero Lupo Medeiros, a Defensoria Pública de MS designou um defensor público para realizar o atendimento aos familiares das pessoas presas no Distrito Federal.

Todos os atendimento deverão ser pré-agendados pelo canal.

Ainda segundo a Defensoria, o atendimento a pessoas hipossuficientes já é realizado diariamente, mas foi necessário a criação de um novo mecanismo devido "a amplitude dos acontecimentos".

O atendimento poderá ser realizado de forma presencial ou videoconferência, sendo que para as pessoas residentes fora de Campo Grande, o atendimento será exclusivamente por videoconferência.

“A Defensoria Pública tem a missão constitucional de promover o acesso à justiça de forma abrangente no país, e a defesa do estado de direito exige que a Instituição atue nas garantias individuais de todas as pessoas presas, qualquer que seja a acusação”, apontou o presidente do Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais  (Condege), Florisvaldo Fiorentino Júnior.

Vandalismo

Manifestantes golpistas entraram na Esplanada dos Ministérios no último domingo (8), invadiram áreas do Congresso, do Planalto e do STF (Supremo Tribunal Federal), espalharam atos de vandalismo e entraram em confronto com a PM.

A Polícia Militar lançou bombas de efeito moral contra um grupo de centenas de manifestantes.

Eles saíram do acampamento diante do Quartel-General do Exército e, depois, uma parte invadiu a parte superior e a área interna do Congresso e, em seguida, os manifestantes avançaram para a Praça dos Três Poderes, onde houve confronto, e se dirigiram ao Palácio do Planalto, onde entraram em uma parte do complexo e perduraram bandeira do Brasil em uma janela.

Depois, eles se dirigiram ao STF, onde alcançaram uma área restrita de segurança.

Em Brasília, em reação às bombas, manifestantes soltaram fogos de artifício.

No confronto, atiraram grades de ferro e outros objetos contra os policiais, que tiveram carros quebrados.

Os responsáveis poderão ser punidos na Justiça com base na Lei Antiterrorismo.

Financiamento

Segundo informações, os estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo são os que mais possuem financiadores dos atos golpistas identificados até o momento.

A investigação considera como financiador qualquer cidadão que tenha pago por transporte, alimentação e outros itens utilizados pelos manifestantes que invadiram as sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Governo Federal.

Durante coletiva, o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, revelou que os primeiros financiadores a serem identificados foram os que pagaram pelos ônibus, que transportaram os vândalos à Brasília.

TRAGÉDIA

Dois sul-mato-grossenses morrem carbonizados após acidente em SP

Ambos eram de Três Lagoas e seguiam pela Rodovia Marechal Rondon, quando foram atingidos por outro carro; dois adolescentes, um de 14 e outro de 17 anos, conseguiram sair do veículo antes de pegar fogo

17/02/2025 11h45

Eduardo, de 42 anos, o carro pegando fogo e Nádia, de 45 anos

Eduardo, de 42 anos, o carro pegando fogo e Nádia, de 45 anos Foto: Montagem

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Acidente entre dois carros resultou na morte de dois três-lagoenses carbonizados, na Rodovia Marechal Rondon (SP-300), em Mirandópolis, interior de São Paulo, na manhã deste domingo (16). Eles viajavam para participar de uma trilha nas cachoeiras da região, acompanhados por um grupo de amigos.

Segundo informações da Rádio Caçula, uma Ford Belina II, do qual era ocupado por Eduardo Carrapó, professor no município sul-mato-grossense, Nádia Souza e dois adolescentes de 14 e 17 anos, ambos filhos do rapaz, seguiam pela rodovia quando foram atingidos por um VW Santana, que vinha em alta velocidade.

O impacto fez com que o veículo pegasse fogo imediatamente. Presos às ferragens, Nádia e Eduardo não conseguiram escapar e morreram carbonizados. Já os adolescentes saíram do carro e foram resgatados com vida, mas precisaram ser encaminhados ao hospital de Mirandópolis, um deles em estado grave.

Além disso, outras três pessoas, que ocupavam o Santana, ficaram em estado crítico e foram encaminhadas ao pronto-socorro municipal. O condutor do veículo foi submetido ao teste do bafômetro, do qual constatou 0,37 mg/L de álcool no sangue, acima do permitido (0,33mg/L). Ainda, o rapaz não era habilitado e sofreu ferimentos, ficando internado durante o resto do dia.

Depois de receber alta hospitalar, o motorista do Santana foi encaminhado para a Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Andradina (SP), onde deve passar por audiência de custódia nesta segunda-feira (17). Ele deve responder por homicídio culposo na direção do veículo, lesão corporal culposa, dirigir sob efeito de álcool e sem carteira de habilitação.

Outro caso

No final do ano passado, no dia 21 de dezembro, José Carlos Lada, de 43 anos, morreu carbonizado, na rodovia MS-276, entre as cidades de Batayporã e Anaurilândia.

Segundo informações do jornal local Nova News, o acidente foi entre um VW Gol, que seguia sentido Anaurilândia-Batayporã, e uma carreta, que vinha na pista contrária. Por motivos que ainda a perícia vai concluir, o condutor do carro bateu na lateral do caminhão e, devido ao impacto, pegou fogo.

Com as chamas e a forte colisão, o Gol ficou bastante danificado e resultou na morte instantânea do motorista. Até o momento da publicação desta reportagem, o rapaz ainda não foi identificado. Mesmo com o impacto, o condutor da carreta não sofreu ferimentos e ficou no local para os procedimentos policiais.

Ainda, o acidente envolveu um terceiro carro, uma Fiat Strada, que seguia no mesmo sentido do Gol, e teria caído em uma ribanceira após tentar tirar o veículo da pista ao perceber o acidente. Com isso, a picape ficou danificada, mas o motorista saiu ileso e sem grandes ferimentos.

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"NOTA 8"

Alunos ganham armários em volta às aulas sem celular em MS

Estudantes da Escola Estadual Maestro Frederico Liebermann veem com bons olhos a mudança sobre a proibição do aparelho telefônico em colégios de Mato Grosso do Sul

17/02/2025 11h30

Marcelo Victor/Correio do Estado

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Alunos da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul voltaram às aulas, nesta segunda-feira (17), sob uma nova ótica dentro das escolas: a proibição do uso de aparelhos telefônicos nas instituições, que adotaram até armários para auxiliar seus estudantes a ficarem longe dos celulares. 

Conforme números da Secretaria de Estado de Educação (SED), as 348 unidades escolares da Rede Estadual de Ensino (REE) recebem mais de 180 mil estudantes. Somente Campo Grande (onde ficam 75 dessas escolas), comporta 40 mil desse total de estudantes. 

Além disso, houve expansão do atendimento do ensino em tempo integral, sendo que 213 do total oferecem turmas nessa modalidade que, juntos, comportam cerca de 50 mil estudantes integralmente. 

É o caso da escola estadual com quase 50 anos de história, Maestro Frederico Liebermann, que fica no Monte Castelo e, no melhor estilo "colégio estadunidense" , disponibilizou armários para seus alunos nas próprias salas de aula.

Celulares em escola do Monte Castelo ficam em armários no fundo da sala de aula. Foto: M.V

Ana Eliza Spazzapan é diretora em segundo mandato e já está há cinco anos na unidade, que atende estudantes desde o quarto ano do fundamental 1 até o terceiro ano do Ensino Médio. 

Ela esclarece as medidas adotadas na escola, frisando que o contato prévio e aviso aos pais já rendeu bons frutos para esse primeiro dia de aula. 

"Nós sabemos que temos um embate grande pela frente, mas hoje, por exemplo, tivemos a grata visão de não ter nenhum estudante com o celular na mão. Tivemos lista de transmissão pros pais já na semana que antecede ao dia de hoje (17), pedindo que não deixassem os filhos trazerem e que, se fossem trazer, que fizessem as orientações pertinentes para que eles não ficassem usando dentro da escola", diz. 

Nessa escola cada estudante recebeu um armário, que fica aos fundos da sala de aula, onde será possível armazenar o aparelho telefônico do estudante, caso seja levado para o colégio, havendo inclusive consequências que a diretora faz questão de "atenuar". 

Segundo a diretora, as estratégias do trato com os estudantes foram discutidas durante a semana pedagógica, sendo que a postura orientadora deve ser adotada nesse primeiro momento, porém, aqueles que insistirem em não obedecer à lei estarão sujeitos ao regimento escolar. 

 "Tentando primeiro um trabalho orientativo, para que eles entendam o motivo e o porquê, mas a gente sabe que sempre vai ter um que vai destoar da situação, aí esse não vai ter jeito. É educar o estudante, usar o amor, na verdade, porque não adianta ir na punição direto", afirma. 

Visão dos estudantes

Em um novo cenário de ambiente escolar, a aluna Isadora Correa, de 15 anos, lembra que, antes da nova resolução de proibição, os celulares inclusive eram usados de forma pedagógica dentro das salas de aula. 

Segundanista que em 2025 completa um ano nesse colégio do Monte Castelo, ela não deixa de ponderar ambos os lados da medida, seja o que vê como positivo e também aquilo preocupa ela e outros estudantes. 

"Às vezes a gente usava como método pedagógico, mas muita gente usava pra fazer besteira, tipo, coisas que não era pra estudar mesmo. Então eu acredito que pode ser bom, mas surgem muitas preocupações de como falar com os pais, etc.", expõe. 

Colega de sala, Heitor Saldanha, também com 15 anos, também encara com bons olhos a proibição do uso de celulares, seja pelos malefícios quanto pelos pontos flexíveis que podem extrair um melhor uso do equipamento por parte dos professores. 

"Vejo como um avanço, tanto em pensar que o celular atrapalha muito, sim, e também achei legal a ideia de não tirar totalmente, mas deixar também para fins pedagógicos", diz. 

Heitor não descarta ainda aqueles casos de rejeição à mudança, porém, ressalta que até mesmo nesses casos o impacto a longo prazo pode ser positivo. 

"Claro que muita gente vai se incomodar, muitos são antissociais, não gostam muito de conversar, então preferem ficar isoladas no seu celular, vendo a internet... mas também vai dar uma alavanca para pessoas que são assim a tentar se desenvolver mais, conversar, socializar", indica ele. 

Isadora, Carlos e Heitor deram nota 8 para a escola, já que nada é tão perfeito que não possa melhorar com o tempo”. Foto: M.V

Aluno da E.E Maestro Frederico há seis anos, Carlos Eduardo Machado, também de 15 anos, enxerga que a proibição deve mudar bastante a rotina da escola, principalmente na convivência entre os próprios estudantes. 

"Atrapalhava um pouquinho a comunicação entre os alunos. Ficou melhor pra todo mundo se conhecer e, também, vai ter mais aprendizado, estudos e pessoas inteligentes na escola", cita. 

Em um "raio-x" do passado, ele lembra que "geral ficava muito tempo no celular", sendo que a proibição servirá até como uma espécie de "detox" para os estudantes. 

"Tinha algumas pessoas que se isolavam, mexendo no celular, não se comunicavam. Tinha quem brigava porque não conseguia ficar sem internet. A gente já usa muito em casa, você vai tirando e vai se resolvendo com essa dependência dele", conclui.

Por fim, trocando os papéis e avaliando a recepção da  E.E Maestro Frederico Liebermann, cada um dos estudantes, simbolicamente, deu nota “8” para escola, dizendo que ainda estão vivendo esse experiência e, ainda que a pontuação sirva para passar de ano, eles frisam que “nada é tão perfeito que não possa melhorar com o tempo”. 

 

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