Cidades

EM CAMPO GRANDE

Delegado-geral da Polícia Civil atira contra carro de mulher que se recusou a parar veículo

A condutora teve os três pneus do carro atingidos; Polícia Civil disse que a ação do delegado-geral foi tomada em cumprimento ao dever legal

Continue lendo...

O delegado-geral da Polícia Civil, Adriano Garcia Geraldo, atirou três vezes contra o veículo de uma mulher, de 24 anos, após ela ter se recusado à ordem de parada. A ação aconteceu na noite desta quarta-feira (16).

Em entrevista, nesta quinta-feira (17), à rádio Capital 95 FM, o delegado disse que se agisse de outra forma estaria prevaricando, que é o descumprimento do dever. A mulher chegou a mostrar o dedo, como forma de ofensa.

"Eu tenho o dever de agir. Se eu tivesse feito de outra forma aí sim, eu estaria prevaricando. Eu vi aquela situação de potencial risco, além da ofensa, liguei os sinais intermitentes, luminosos. Lembrando, veículo descaracterizado que é essencial para o serviço de investigação policial", explicou.

Segundo informações da Polícia Civil, o delegado estava em um veículo descaracterizado, na avenida Mato Grosso, quando a motorista jogou o carro em frente ao veículo policial, infringindo algumas regras de trânsito e começou a fugir da polícia. A mulher estava em um Renault Kwid.

O delegado, então, se identificou como policial através de sinais sonoros da viatura, determinando que a mulher parasse o veículo, o que não foi obedecido. 

O agente conseguiu realizar uma manobra para impedir que o veículo continuasse a transitar. Garcia saiu do veículo, foi até o automóvel da jovem e pediu para que ela saísse do veículo.

Mais uma vez, o pedido não foi obedecido. A condutora efetuou novas manobras no intuito de atingir o delegado-geral e evadir-se.

Com isso, o delegado efetuou dois disparos contra os pneus do veículo. Mesmo assim, a condutora continuou a fuga e mais à frente, e novamente o delegado a alcançou e determinou que parasse.

O comando novamente não foi obedecido e então foi efetuado o terceiro disparo no pneu dianteiro direito do veículo.

Mesmo com três pneus atingidos a condutora conseguiu realizar um retorno no sentido contrário, subindo o canteiro central da Av. Mato Grosso.

Após ser interceptada mais uma vez, a mulher parou próximo a uma escola de inglês.

Então, foi acionado reforço e mesmo com a presença de outros policiais civis e militares a condutora se recusou a sair do veículo.

Após mais de 30 minutos, a condutora decidiu sair do veículo.

Ainda segundo a Polícia Civil, a ação teria sido filmada por uma câmera do tipo “GoPro” que estava no veículo.

Foi testemunhado por um Policial Militar que a condutora teria tentado engolir o chip que estava no equipamento.

Questionada sobre a atitude, a mulher inicialmente negou. Depois já na delegacia, ela entregou um chip a seu advogado, que entregou aos policiais para perícia.

A ocorrência foi apresentada na DEPAC, onde estão sendo colhidos os depoimentos e adotadas as demais medidas.

AÇÃO LEGAL

A Polícia Civil informou que a ação do Delegado Geral foi tomada em cumprimento ao dever legal de agir de um policial que se depara com situação de clara afronta à Lei.

"A reação adotada pelo agente público foi proporcional e necessária frente a agressão sofrida, sendo único meio eficaz, naquele momento, a fazer cessar a ação contrária à Lei", informou.   

Matéria atualizada 12h15min para acréscimo de informações.

Assine o Correio do Estado

ALÍVIO

Aneel confirma reajuste da energia perto de zero em MS

Consumidores residenciais, que representam 99,6% do total, tiveram as contas reajustadas em 0,69% a partir desta terça-feira (8)

08/04/2025 09h35

Consumidores de média e alta tensão tiveram as constas reajustadas em 3,09%. Assim, o aumento médio foi de 1,33%

Consumidores de média e alta tensão tiveram as constas reajustadas em 3,09%. Assim, o aumento médio foi de 1,33%

Continue Lendo...

A Agência Nacional de Energia elétrica homologou nesta terça-feira (8) reajuste de 0,69% nas contas de energia para consumidores de baixa tensão, que são os residenciais. Este setor engloba 99,63% dos clientes atendidos pela Energisa nos 74 municípios de Mato Grosso do Sul nos quais atua. 

O reajuste vale já a partir desta terça-feira e para clientes do chamado grupo  Grupo B residencial, a tarifa de teve acréscimo ainda menor, de 0,56%. Para o Grupo A, que compreende os consumidores da média e alta tensão, o reajuste médio ficou em 3,09%. Assim, o efeito médio para os clientes da Energisa é de 1,33%.

Inicialmente previsto para ser anunciado no dia primeiro de abril, a relatora do processo, a diretora da autarquia Agnes Maria de Aragão da Costa, pediu vistas e por conta disso os índices foram oficializados somente nesta terça-feira. 

Com este reajuste, a tarifa de energia elétrica pelo segundo ano consecutivo teve aumento abaixo da inflação acumulada, de 10,70%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2024, foi aplicada a redução média de 1,61%, enquanto a inflação em Campo Grande ficou em 5,06%. 

Nos últimos 12 meses, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que é o índice oficial para correção das tarivas, foi de 9,29%. Já Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 5,48% nos últimos 12 meses.   

O descolamento do reajuste do índice inflacionário se dá porque no reajuste entra uma cesta de custos relacionada ao valor da energia comprada pela Energisa, custo de distribuição, encargos e financeiro. 

No aumento deste ano, o maior peso está relacionado às despesas da concessionária para levar a energia elétrica até os consumidores finais, com 3,10%, seguido pelos encargos setoriais, de 1,10%, e a compra de energia, de 0,53%. 

Puxaram para baixo o reajuste as despesas com encargos financeiros, que tiveram porcentual negativo de 3,13%, e o transporte da energia da produção até a distribuidora, com porcentual negativo de 1,24%.

INVESTIMENTOS E LUCRO

Conforme dados da Energisa, nos últimos cinco anos, a empresa investiu R$ 3,5 bilhões para distribuição de energia no estado. Em 2025, serão aplicados R$ 771 milhões com foco no fortalecimento e na expansão das redes na capital e no interior.

Com o contrato de concessão de 30 anos prestes a vencer, a Energisa fechou 2024 com lucro líquido diário de R$ 1,65 milhão e sob esta condição deixou claro que pretende renovar por mais três décadas, conforme balanço anual divulgado no dia 22 de março.

A concessão, assinada em 4 de dezembro de 1997, vence no dia 3 de dezembro de 2027. Porém, a renovação precisa ser feita pelo menos dois anos antes desta data para não haver o risco de o serviço ficar sem empresa responsável pela manutenção.

Depois da renovação do contrato, o índice de correção das tarifas deixa de ser o IGP-M e passa a ser o IPCA, o que pode colocar um freio nos seguidos aumentos das contas de energia. Entre  2017 e 2022, por exemplo, o IGP-M acumulado foi de 61,21%. No mesmo período, os preços corrigidos pelo IPCA subiram 28,42%. 

Embora estratosférico, o lucro da concessionária em 2024 encolheu em 0,88% na comparação com o ano anterior, recuando de R$ 609 milhões para R$ 603,5 milhões. A queda no lucro do quarto trimestre, que em 2023 havia sido influenciado pelo aumento no consumo decorrente do forte calor, é uma das explicações. 

(Colaborou Clodoaldo Silva)

INFRAESTRUTURA

Solução para a drenagem na Capital passa por projeto de R$ 542 milhões

Miglioli informou que um programa deve ser viabilizado com a aprovação de financiamento com a Caixa

08/04/2025 09h30

Buracos nas ruas voltaram a ser tapados por equipes da operação

Buracos nas ruas voltaram a ser tapados por equipes da operação Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

Continue Lendo...

Em busca de soluções para resolver os problemas de drenagem em diversas localidades de Campo Grande, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) aguarda uma autorização de financiamento com a Caixa Econômica Federal (CEF) para iniciar um programa de estruturação viária em 16 bairros.

O projeto entregue à CEF no ano passado foi orçado em R$ 542 milhões e contempla obras de estruturação 
e expansão urbana nos bairros Vila Nasser, Jardim Noroeste, Tiradentes, Vilas Boas, Rita Vieira, Moreninhas, Los Angeles, Pioneiro, Aero Rancho, Centenário, Parati, Guanandi, Tarumã, Coophavilla, Batistão e São Conrado.

De acordo com o titular da Sisep, Marcelo Miglioli, dentro desse programa, serão realizados 230 km de pavimentação.

“Os bairros contemplados foram escolhidos por serem os mais afetados pela chuva e precisam receber obras de drenagem”, informou o secretário em entrevista para o Correio do Estado.

Para o investimento sair do papel, é necessário que o programa passe por um processo burocrático de aprovação do financiamento solicitado pela prefeitura por meio de carta-convite.

O processo de aprovação do projeto passará por análise e aprovação do Ministério das Cidades, seguido por uma avaliação de crédito pela CEF.

A proposta apresentada na carta-convite, conforme informou a Prefeitura de Campo Grande na reunião com a Caixa, foi cadastrada no Novo Programa de Aceleração de Crescimento (Novo PAC), do governo federal, e cobre mais de 20% da demanda e da necessidade de asfalto do município.

As atualizações na drenagem da chuva nos bairros vão fazer parte do programa Avançar Cidades – Mobilidade Urbana, também do governo federal, o qual visa melhorar a qualidade dos deslocamentos da população nos ambientes urbanos pelo financiamento de ações de mobilidade urbana voltadas aos transportes público coletivo e não motorizado (transporte ativo) e à elaboração de planos de mobilidade municipais e metropolitanos, além de estudos e projetos básicos/executivos.

TAPA-BURACOS

Enquanto o dinheiro para essa requalificação de ruas não vem, Miglioli afirmou que começou ontem uma operação de serviço de tapa buracos em função dos estragos causados pelas chuvas ocorridas em março – as quais pioraram o acesso de diversas ruas na Capital.

Conforme pontuou o secretário ao Correio do Estado, nessa operação, sete equipes vão trabalhar diariamente em todas as regiões da cidade nos reparos. O serviço só será suspenso novamente e com seu cronograma diário revisto em caso de previsão de chuvas.

Até então fora de atividade, as equipes de tapa-buracos da prefeitura somam sete grupos em operação. Esse número já foi de 10 e de até 15 equipes atuando no reparo das vias urbanas.

Durante a pandemia de Covid-19, em 2020, porém, a fim de poupar cerca de R$ 1 milhão por mês, a prefeitura reduziu o número de equipes e vem mantendo essa quantidade desde então. Segundo Miglioli, a previsão é de que o serviço consiga fechar 1,5 mil buracos por dia.

NECESSÁRIO

Com pontos falhos, o sistema de drenagem de Campo Grande foi pauta do evento Campo Grande que Queremos, em julho do ano passado, uma iniciativa do Correio do Estado.

Na ocasião, o então diretor da Águas Guariroba, Themis Oliveira, avaliou que seria necessário um investimento de R$ 2 bilhões para sanar a problemática na cidade.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail marketing@correiodoestado.com.br na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).