Cidades

FINALMENTE

Depois de 2 anos, revitalização da Praça dos Imigrantes é retomada

Empresa campo-grandense H.G.W. Muhlen Ltda será responsável pela obra, que está desde agosto de 2023 abandonado

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Sob responsabilidade da empresa H.G.W. Muhlen Ltda, as obras da Praça dos Imigrantes, localizada na região central de Campo Grande, foram retomadas depois de dois anos paradas, sob valor de R$ 600 mil. De acordo com o contrato, a empresa terá 180 dias (6 meses) para realizar o serviço, que tem como objeto “execução da revitalização e construção”.

Conforme observou o Correio do Estado, o espaço conta com equipes da empresa responsável sob trabalho no local, o que não se via desde agosto de 2023.

A licitação foi aberta no dia 24 de julho deste ano, por intermédio da Secretaria Especial de Licitações e Contratos (Selc). Diante das propostas enviadas pelas empresas até o dia 8 de agosto, a H.G.W. Muhlen Ltda saiu vencedora do processo licitatório, com celebração do contrato na primeira semana de outubro.

Mesmo que a empresa terá até 180 dias para concluir o serviço, o contrato tem vigência até 4 de julho de 2026, de acordo com o portal da transparência da Prefeitura de Campo Grande. No acordo assinado há cerca de dois meses, o Executivo municipal deixa explícito que pode haver prorrogação do prazo estabelecido inicialmente.

"O prazo de execução total dos serviços será de até 180 (cento e oitenta) dias, contados a partir do recebimento pela Contratada da Ordem de Execução dos Serviços, podendo ser prorrogado conforme necessidade", esclarece.

Além da Praça dos Imigrantes, a H.G.W. Muhlen também está responsável pela revitalização da Praça Cidade Jardim, na Rua Petúnias com a Rua Centáurea, Rua dos Álamos e Rua Taioba, no Bairro Cidade Jardim, contrato que também foi assinado em outubro deste ano, sob valor de R$ 529 mil.

Novela

Localizada no quadrilátero entre a 26 de agosto, Joaquim Murtinho, Barão de Melgaço e rua Imigrantes, essa praça, no "coração" da Cidade Morena", recebeu sua última reforma há cerca de 25 anos, sendo que ainda em junho de 2022 um investimento de R$ 268 mil foi anunciado para revitalização do ponto

Já em 1º de agosto de 2023, em agenda na praça, a prefeita Adriane Lopes assinou nova ordem para execução das obras por parte da empresa Tascon Engenharia, que deveria ter entregue o espaço revitalizado em dezembro do ano passado.

Nesse evento, às vésperas do ano eleitoral, a chefe do Executivo chamou a secretária Municipal de Cultura e Turismo de Campo Grande, Mara Bethânia Gurgel, e o então responsável pela pasta de Infraestrutura e Serviços Públicos, Domingos Sahib Neto, para posarem na assinatura da ordem.

Com pompa e circunstância, uma orquestra foi colocada debaixo do sol para "celebrar" a assinatura e, em menos de um ano o espaço já estava esquecido, acumulando lixo e vandalismos.

Abandono

Longe de possuir uma piscina ou fonte em seu interior, como na Ary Coelho, a Praça dos Imigrantes têm se tornado um espaço de "banhistas", como flagrado pelo Correio do Estado em maio deste ano, já que as torneiras constantemente quebradas servem para que alguns moradores de rua realizarem sua higiene no local. 

Em visita in loco, a reportagem conversou com populares, que confirmaram que as raras visitas de agentes da Prefeitura acontecem de forma isolada, trazendo manutenções que não costumam durar.

Até meados de abril, segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), a Praça dos Imigrantes havia recebido duas limpezas em 2025, a primeira em 30 de janeiro e a segunda no dia 15 do quarto mês deste ano.

Exatamente um mês após a dita limpeza da praça, no último dia 15 de maio o cenário do local já mostrava a destruição nos quiosques e um mesmo ponto de água desperdiçada - denunciada pelo Correio do Estado em fevereiro, que foi encontrado mais uma vez aberto e jorrando litros sem parar, como visualizado em uma gravação do local feita uma semana depois. 

Entre pedaços de forro; potes de xampu; garrafas pet; pacotes de sabonete; roupas, o espaço que já abrigou até mesmo um sarau, também servia como ponto de acúmulo de lixo e banheiro ao ar livre para usuários de substâncias entorpecentes que trafegam pelo centro da cidade.

Agora, com a retomada das obra, é esperado que a praça volte a ser um ponto de referência cultural na cidade.

História da Praça

A Praça dos Imigrantes é palco da história de Campo Grande desde 1888, quando um povoado sediava casamentos e desfiles. O local servia também de estacionamento para carros de boi.

Em 1912, o espaço público recebeu a denominação de Costa Marques, em homenagem ao governador do Estado que, pela primeira vez, visitava o povoado.

Com o passar dos anos, passou a ser conhecida como Praça dos Imigrantes, em homenagem à dedicação e à contribuição de pessoas de todas as partes do mundo que escolheram Campo Grande para viver.

Em 2000, a praça foi totalmente revitalizada para funcionar como a Feira dos Artesãos. No local, podem ser encontrados diversos tipos de artesanato e trabalhos manuais, tais como: cerâmica, couro, arte indígena, arte em mosaico, trabalhos em biscuit, madeira, tecelagem, bordados, pinturas diversas, bijuterias, licor de pequi, entre outros.

O espaço funcionava de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados até o meio-dia, onde continha lanchonete e estacionamento para ônibus de turismo. Todas as quintas-feiras, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo promovia apresentações musicais e culturais no espaço.

*Colaborou Leo Ribeiro e Laura Brasil

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rodovia

Auditoria vê falta de transparência da ANTT em concessão da BR-163 em MS

Técnicos apontaram fragilidades na divulgação de informações sobre investimentos e execução contratual com a Motiva

26/12/2025 08h40

BR-163 foi a leilão de novo este ano, em repactuação com a Motiva

BR-163 foi a leilão de novo este ano, em repactuação com a Motiva Marcelo Victor/Correio do Estado

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O Tribunal de Contas da União (TCU) conduz acompanhamento regular da infraestrutura rodoviária e de aviação civil do País e identificou que ações adotadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em contrato com a Motiva Pantanal, antiga CCR MSVia, apresentou problemas de transparência na comunicação de informações. Esse relatório foi divulgado neste mês. 

O novo contrato da concessionária foi divulgado pela agência em agosto deste ano e envolve quase R$ 9,31 bilhões em investimento, além de outros R$ 7,15 bilhões em custos operacionais.

A Unidade de Auditoria Especializada em Infraestrutura Rodoviária e Aviação Civil está realizando o acompanhamento operacional das ações adotadas pela ANTT nos contratos de rodovias federais, principalmente nos processos que constam no Programa de Exploração da Rodovia (PER).

Nessa análise, que foi divulgada no dia 3, os técnicos apontaram fragilidades na divulgação de informações sobre investimentos e execução contratual, desorganização e falta de padronização no portal eletrônico.

Os problemas identificados na concessão da BR-163 em Mato Grosso do Sul estão concentrados na falta de transparência no detalhamento de cifras de mais de R$ 16 bilhões, entre investimentos e custos operacionais a que a Motiva se comprometeu em contrato, e cabe à ANTT cobrar que seja realizado.

“[...] a equipe identificou em sua análise que a ANTT não centraliza todas as informações de uma concessão rodoviária em uma única página, fazendo com que o usuário navegue por diversos menus para se obter um entendimento global de determinados contratos de concessão. Um exemplo é o contrato de concessão da BR-163/MS, que passou por reestruturação e mudou de nome de MSVia para Pantanal”, especificou o relatório do TCU.

Os analistas detalharam que qualquer averiguação sobre o contrato envolve idas e vindas na internet, acesso a diferentes links e uma busca complexa para conseguir reunir todas as informações sobre os compromissos da concessionária. Esse tipo de medida deveria estar mais acessível tanto para órgãos fiscalizadores, como é o caso do TCU, como para o usuário da rodovia.

“Para se acessar o processo de reestruturação, o usuário precisa acessar página dedicada à reestruturação desse contrato. As informações estão localizadas em seção própria sobre as reestruturações de contrato. Por outro lado, para se obter acesso às informações gerais do contrato, o usuário deve acessar a página principal da concessão. Isso implica que o usuário precisa navegar por menus diferentes para acessar toda a informação, estar previamente ciente de que houve uma reestruturação, de que a concessionária mudou de nome e que se trata da mesma concessão”, descreveram os analistas.

A averiguação que consta nesse relatório ocorreu em 22 de setembro deste ano, pouco mais de 30 dias depois que a ANTT divulgou o novo contrato da Motiva Pantanal. 

“[...] a página deveria conter, no exemplo citado, no mínimo, informações básicas de que o contrato passou por reestruturação e um link que direcione à página da respectiva reestruturação na seção correspondente. Outra informação que se encontra descentralizada das páginas principais dos contratos é o cronograma de reuniões das comissões tripartites. Esse aspecto é detalhado no item IX. Além disso, parte dos documentos é divulgada em versões digitalizadas sem reconhecimento de caracteres, o que restringe a realização de pesquisas textuais automáticas”, constataram os analistas. 

Por conta das falhas identificadas, o TCU notificou a agência federal para promover alterações nesse contrato e em outros no prazo de 180 dias. 

O TCU fez essa fiscalização com base em regulamentações como os artigos 4º da Resolução Cginda nº 3/2017 e 3º, I, do Decreto nº 8.777/2016, além dos artigos 5º da Lei nº 12.527/2011 (LAI), 5º, XIII e XIV, da Lei nº 13.460/2017 e 2º, I, da Portaria ANTT nº 227/2020. Ainda há determinações para que seja feita a padronização das informações sobre as concessões de acordo com os artigos 8º da Lei nº 12.527/2011 e 6º, VI, da Lei nº 13.460/2017.

A aprovação do relatório foi feita pelos ministros Vital do Rêgo (presidente do TCU), Walton Alencar Rodrigues, Benjamin Zymler, Augusto Nardes, Aroldo Cedraz, Bruno Dantas, Jorge Oliveira (relator) e Antonio Anastasia, bem como os ministros substitutos Augusto Sherman Cavalcanti e Weder de Oliveira.

NOVO CONTRATO

A Motiva Pantanal é concessionária do trecho da BR-163 que liga Mundo Novo a Sonora (845 quilômetros), passando por 19 municípios. O nome foi alterado, mas a empresa que administra a via é a mesma que venceu a licitação em 2013 e vem cobrando pedágio na rodovia desde setembro de 2014. Ao todo, são 29 anos de concessão.

A empresa que está com o contrato, em seu primeiro período de concessão, conseguiu cobrar pedágio sem ter duplicado grandes trechos da BR-163 e também não conseguiu viabilizar a obra do Anel Viário em Campo Grande. 

Saiba

As novas exigências envolvem a duplicação de 203 km e a implantação de 150 km de faixas adicionais na rodovia.

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DISCURSO

Papa leão XIV pede que fiéis abandonem a indiferença diante da desigualdade e da guerra de Gaza

Leão XIV dirigiu-se a cerca de 26 mil pessoas na Praça de São Pedro para o tradicional discurso papal "Urbi et Orbi", em latim "Para a Cidade e para o Mundo"

25/12/2025 22h00

Papa Leão XIV

Papa Leão XIV Foto; Divulgação

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O Papa Leão XIV, durante seu primeiro discurso de Natal nesta quinta-feira, 25, instou os fiéis a abandonarem a indiferença diante daqueles que perderam tudo, como em Gaza, daqueles que estão empobrecidos, como no Iêmen, e dos muitos migrantes que cruzam o Mar Mediterrâneo e o continente americano em busca de um futuro melhor.

No discurso, o papa enfatizou que todos poderiam contribuir para a paz agindo com humildade e responsabilidade. O pontífice pediu ainda por "justiça, paz e estabilidade" no Líbano, Palestina, Israel e Síria, orações para "o povo atormentado da Ucrânia" e "paz e consolação" para as vítimas de guerras, injustiça, estabilidade política, perseguição religiosa e terrorismo, citando Sudão, Sudão do Sul, Mali, Burkina Faso e Congo.

Leão XIV dirigiu-se a cerca de 26 mil pessoas na Praça de São Pedro para o tradicional discurso papal "Urbi et Orbi", em latim "Para a Cidade e para o Mundo", que serve como um resumo dos males que afligem o mundo.

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