Cidades

MATERIAL GENÉTICO

DNA de familiares serão coletados para encontrar pessoas desaparecidas em MS

Semana "D" de coleta de DNA ocorre de 14 à 18 de junho; recurso agiliza o trabalho da polícia

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Por meio da coleta do ácido desoxirribonucleico (DNA) de familiares será possível localizar crianças, adultos e idosos desaparecidos em Mato Grosso do Sul.

O objetivo é incentivar famílias que possuem entes desaparecidos à fornecerem material genético para ajudar na busca ativa do desaparecido, facilitando o trabalho da polícia.

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O banco de dados do material genético é nacional e permite que famílias residentes em determinado Estado encontrem o desaparecido em qualquer outro lugar do Brasil.

A semana “D” de coleta de DNA acontece de 14 à 18 de junho. 

Em Campo Grande, a coleta será na Delegacia Especializada de Homicídios, e, no interior em locais regionais de perícia. 

O exame de amostra de DNA é coletado a partir do esfregaço da bochecha com um cotonete. 

Podem doar material genético dois familiares de primeiro grau do desaparecido. Pode ser pai, mãe, filhos ou irmão.

O DNA do próprio desaparecido é ainda mais eficaz para busca. Familiares podem colaborar com escova de dente do desparecido, dente de leite ou aparelho ortodôntico.

Para coletar o DNA, é necessário que haja algum Boletim de Ocorrência (B.O) sobre o desaparecimento do familiar.

O voluntário terá de preencher um Termo de Consentimento autorizando a coleta do material genético. O exame será utilizado exclusivamente para reconhecimento do parente desparecido.

Caso o desaparecido seja identificado e esteja vivo, a família será avisada sobre informações e localização da pessoa. 

Caso esteja morto, o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) entrará em contato com familiares para agilizar procedimentos legais.

Evento

O Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou a “Campanha Nacional para coleta de DNA de familiares” nesta terça-feira (25) em todas as 27 unidades federativas do país.

Em Mato Grosso do Sul, a campanha foi inaugurada às 9h desta terça no auditório da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), localizado no Parque dos Poderes, em Campo Grande. 

A data de 25 de maio é considerada como Dia Internacional das Crianças Desparecidas. 

O delegado titular da Delegacia Especializada de Homicídios, Carlos Delano, ressalta a importância em doar o material genético para identificação de pessoas desaparecidas. 

“Esse banco de dados vai criar uma grande agilidade na solução de casos que demorariam um ano. Nós pouparíamos meses de trabalho”, disse.

O secretário adjunto de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Ary Carlos Barbosa enfatiza que famílias que possuem parentes desaparecidos precisam de respostas, e, para isso, é necessário que haja a doação do DNA para facilitar o trabalho de autoridades.

O mecânico David Alves tem uma irmã desaparecida desde 2018. A moça sumiu após o tio a deixar em um ponto para pegar ônibus no bairro São Jorge da Lagoa, em Campo Grande. 

“Depois disso, não tivemos mais nenhuma notícia. Nenhuma pista. Nada. Lembro muito do sorriso dela”, lamenta.

De acordo com o rapaz, caso esteja viva, a moça teria 24 anos hoje. Ela possui dois filhos, que atualmente estão com a sogra. Com o novo recurso, David tem esperanças de encontrar a irmã viva. 

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PARALISAÇÃO DOS ÔNIBUS

Audiência termina sem conciliação e greve dos ônibus continua em Campo Grande

Motoristas ficaram indignados com a decisão judicial, a qual determina que 70% da frota volte a funcionar em horários de pico.

16/12/2025 19h22

Muitos motoristas do Consórcio Guaicurus compareceram à audiência no Tribunal Regional do Trabalho

Muitos motoristas do Consórcio Guaicurus compareceram à audiência no Tribunal Regional do Trabalho Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Motoristas do transporte coletivo urbano de Campo Grande lotaram o plenário do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, na tarde desta terça-feira (16), para acompanhar a audiência que debateu sobre a greve que paralisou os ônibus desde segunda-feira (14).

A audiência terminou sem conciliação e possibilidades entre o Consórcio Guaicurus, Município de Campo Grande e os profissionais da categoria. No entanto, o desembargador César Palumbo Fernandes determinou que 70% da frota voltasse a funcionar nos horários de pico.

"Não pode existir greve de 100% dos serviços essenciais. A determinação judicial deve ser cumprida. Amanhã, no primeiro período, a categoria vai estar trabalhando. Amanhã, pela manhã, o sindicato vai garantir que haja no período compreendido entre 6h e 8h30, 70% da frota funcionando. De 8h30 a 17h, 50% da frota atendendo a população. Entre as 17h e as 20h, 70% da frota. E após, 50% da frota no horário normal.", disse o desembargador.

Além disso, a multa, caso os ônibus não voltem a circular na manhã de quarta-feira (17), imposta ao Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande, aumentou de R$ 100 mil para R$ 200 mil por dia de descumprimento da decisão.

Apenas metade da folha salarial de novembro foi paga, sendo que a outra parte não tem previsão de pagamento. Ao todo, a dívida em aberto chega a R$ 1,3 milhão líquidos a serem repassados aos trabalhadores.

Diante da decisão do desembargador, os profissionais da categoria se indignaram, levantaram e saíram da audiência. Demétrio Freitas, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande (STCU-CG), disse que a greve está mantida por decisão dos próprios motoristas.

"A gente tá muito chateado com a Justiça do Trabalho por entender que quem paga a conta é sempre o trabalhador. No nosso entendimento, 70% ele simplesmente acabou com a greve. Infelizmente, vai continuar parado. Não é o que a gente quer, a população tá sofrendo muito, vai para três dias sem ônibus em Campo Grande, mas o trabalhador também precisa receber, todo mundo que trabalha precisa receber seus vencimentos", concluiu Demétrio Freitas.

O que disse o Município?

Na audiência, representando a Prefeitura de Campo Grande, a procuradora-geral do Município Cecília Saad afirmou que os repasses foram feitos pelo Executivo e, devidamente, depositados na conta do Consórcio Guaicurus.  De acordo com a representante, o valor destinado, na última sexta-feira (12), foi de R$  3.074.148,73.

Ela também relatou que, em junho/julho de 2024, foi publicado no Diário Oficial do Estado, que o governo se comprometeu em repassar quatro parcelas em torno de R$ 3 milhões, sendo duas no ano de 2025, e a terceira e a quarta em janeiro e fevereiro de 2026, respectivamente.

Diante destas afirmações, ela solicitou ao juiz o prazo de 24 horas para juntar a documentação e comprovar o pagamento ao Consórcio, o qual foi aceito pela autoridade.

Consórcio afirma que não tem dinheiro

Temis de Oliveira, presidente do Consórcio Guaicurus, confirmou o recebimento por parte da Prefeitura, mas alega que há outras pendências a serem pagas além da folha salarial, como os gastos com manutenção, diesel, mecânico, etc.  

"Hoje, o consórcio não tem caixa para pagar a parcela de 50% de novembro. Desses R$ 3 milhões (recebidos), haviam recursos que eram devidos de meses passados e a gente tinha outros compromissos".

"Sem aporte de alguma dessas verbas (cerca de R$ 4 milhões a serem recebidas pelo Consórcio), não temos mais saúde financeira, crédito nos bancos para poder buscar e resolver esses acordes", disse o prsidente Temis de Oliveira. Ele complementa: "Nós vamos procurar conversar com a Prefeitura para receber o que nós temos a receber ainda e negociar, negociar o tempo inteiro".

O presidente do Consórcio Guaicurus lembra que há o cumprimento do quarto termo aditivo do contrato, que precisa ser apurado mensalmente e um valor a ser recebido, algo que não ocorre desde 2022.

"Tem uma obrigação da AGEREG para, ao final de cada mês, fazer a apuração da diferença da tarifa pública para a tarifa técnica ou tarifa de remuneração e a prefeitura buscar os meios para pagar. Isso não tem sido pago desde 2022. Nós buscamos o recebimento dessas verbas também".

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ALERTA

OMS emite alerta sobre falsificação de medicamento usado no tratamento do câncer de mama

De acordo com a OMS, os medicamentos falsificados foram identificados em países da África, do Mediterrâneo Oriental e da Europa

16/12/2025 19h00

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado Divulgação

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre a circulação de versões falsificadas do medicamento palbociclibe, comercializado sob o nome Ibrance.

O remédio, apresentado em cápsulas, é utilizado no tratamento do câncer de mama em estágio avançado.

De acordo com a OMS, os medicamentos falsificados foram identificados em países da África, do Mediterrâneo Oriental e da Europa.

Ao todo, nove lotes do produto foram relatados à organização em novembro deste ano, com registros na Costa do Marfim, Egito, Líbano, Líbia e Turquia.

Segundo o comunicado, os produtos falsificados foram oferecidos aos consumidores por meio de plataformas online e também encontrados em farmácias dessas regiões.

Fabricado pela Pfizer, o Ibrance tem alto custo. No Brasil, conforme dados da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), a menor dosagem do medicamento pode chegar a R$ 10.182.

Lotes falsificados

Os lotes confirmados como falsificados são: FS5173, GS4328, LV1850 e TS2190.

Já os lotes considerados suspeitos, ou seja, possivelmente falsificados, são: GK2981, GR6491, GT5817, HJ8710 e HJ8715.

A OMS classifica esses medicamentos como falsificados por apresentarem, de forma enganosa, informações sobre identidade, composição e origem.

Testes realizados pela Pfizer indicaram que as amostras analisadas não continham nenhum princípio ativo farmacêutico.

Além disso, foram identificadas discrepâncias nas embalagens. Alguns produtos falsificados chegaram a utilizar números de lote legítimos, mas apresentavam anomalias na embalagem, na serialização e na impressão das cápsulas.

Riscos e recomendações

De acordo com a OMS, o uso de medicamentos falsificados, como no caso do Ibrance, pode resultar em falha no tratamento, progressão descontrolada do câncer e aumento do risco de morte devido à ausência de efeito terapêutico.

A organização orienta que profissionais de saúde comuniquem quaisquer reações adversas inesperadas, ausência de resposta ao tratamento ou defeitos de qualidade às autoridades regulatórias nacionais ou aos sistemas locais de farmacovigilância. Em caso de identificação de lotes suspeitos ou falsificados, a recomendação é notificar a OMS.
 

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