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Atenção

Do golpe das bolsas de luxo ao do mecânico, 14 mil foram vítima de estelionato em 2024

Golpistas utilizaram até o nome de hospitais e órgãos públicos para tirar dinheiro das vítimas; relembre para não cair

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De janeiro a dezembro do ano passado, 14.231 pessoas foram vítimas de estelionato, crime previsto no Código Penal Brasileiro e definido como "obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento", ou seja, o "famoso" golpe.

Os estelionatos podem acontecer de diversas formas, como através de vendas fraudulentas, pirâmides financeiras, falsificação de documentos, roubo de dados bancários, falsas ofertas, e muitos outros.

Com o intuito de alertar para as possibilidades do crime, o Correio do Estado relembra alguns casos que marcaram 2024, dentre eles de vendas de itens de luxo, pneus, entrega de presentes, prestação de serviços e até mesmo envolvendo o uso do nome de órgãos públicos.

O caso das bolsas de luxo

O Correio do Estado expôs em primeira mão, em setembro do ano passado, o "golpe das bolsas de luxo"mencionando um primeiro caso, que foi registrado em uma delegacia da Capital, e um segundo, de uma fonte. Além dos depoimentos, foram encontrados diversos processos contra a vendedora na Justiça.

Após a publicação, outras vítimas procuraram pela reportagem. No mês seguinte, outras quatro mulheres fizeram reclamação sobre a vendedora.

Os casos consistem na compra e venda de bolsas de luxo por parte de um brechó gerenciado por uma moradora da capital sul-mato-grossense. Segundo as denúncias, a empresária praticava estelionato de duas formas: a primeira, através da venda de bolsas de luxo, que não eram entregues às clientes; e a segunda, pela compra de bolsas de luxo usadas, que eram recebidas por ela e avaliadas, mas nunca foram pagas às pessoas que forneceram os itens.

Em um dos casos, a vítima havia vendido cinco bolsas, de grifes como Gucci e Chanel, avaliadas em R$ 57,6 mil. Oito meses após a venda, a vítima ainda não havia recebido o pagamento. A empresária chegou a enviar comprovantes de PIX e Transferência Eletrônica Disponível (TED) falsos.

Já em outro caso, a vítima comprou uma bolsa de R$ 6 mil, e não recebeu o produto ou o reembolso da compra.

Além de denúncias no Reclame Aqui, a empresária responde a diversos processos

Conforme consta no JusBrasil, a proprietária do brechó de luxo responde diversos processos semelhantes aos casos citados acima. Em um deles, deve R$ 96,1 mil pela compra e não pagamento de bolsas de grife e uma pulseira.

Vítimas de todo o Brasil

As quatro reclamações feitas em outubro de 2024 foram de mulheres residentes de Vila Velha, no Espírito Santo; Aracaju, em Sergipe; Natal, no Rio Grande do Norte e na Capital do Rio de Janeiro. Em três dos casos, há o relato de que a vendedora ofereceu fazer acordos (que não foram cumpridos) para a remoção das denúncias.

Golpe do Mecânico

Na véspera do Natal, uma idosa de 60 anos recebeu duas ligações de um número desconhecido. O homem se identificou como mecânico, e informou que estava prestando socorro a um conhecido da família, que parou na estrada com problemas no veículo, e que precisava de dinheiro para os reparos.

Para fazer com que a idosa colaborasse, ele afirmou ainda que o suposto conhecido estaria se dirigindo à casa dela. Inicialmente, ele pediu uma quantia de R$ 2 mil, que seria utilizada para a compra de peças. Assim que recebeu o depósito, o estelionatário voltou a pedir dinhero, alegando outros problemas no veículo.

Após diversos pix e transferências, que totalizaram R$ 13,2 mil, o homem pediu mais R$ 20 mil, afirmando que o carro precisaria ser trocado por completo. Foi nesse momento que a idosa percebeu que havia caído em um golpe.

Pneus

A Polícia Civil, junto com a Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), deflagrou uma operação nomeada de “Pneu Furado”, e prendeu um um grupo que aplicou um golpe de R$ 119 mil a uma vítima em um lote de pneus, em Fátima do Sul.

Os criminosos faziam parecer que havia tido um "erro" na negociação, e que os pagamentos não estavam sendo concluídos. 

Segundo informações divulgadas pela Polícia, o grupo já praticou as mesmas ações criminosas em São Paulo e Goiás, antes de atuar no Mato Grosso do Sul.

Até em presentes

Golpistas aproveitaram o aniversário da vítima para aplicar o famoso "golpe da maquininha" em Campo Grande. O caso aconteceu em setembro, mas registros semelhantes foram feitos em outubro e novembro.

O golpe possui a seguinte dinâmica: o criminoso entra em contato com o aniversariante, afirmando ser motoentregador contratado para entregar um presente. Hora e local são marcados. Ao chegar, o criminoso afirma que há uma taxa de entrega a ser paga, e que só aceita pagamento via cartão.

Ao colocar o cartão na maquininha, a vítima consegue checar o valor que está sendo pago, que costuma ser baixo. No entanto, o monitor está adulterado, e a quantia cobrada no aparelho é bem superior.

Para incrementar o golpe, o criminoso diz que a transferência não foi concluída, apontando possível problema com o cartão. Assim, a vítima precisa "tentar" passar o valor várias vezes.

No caso mencionado na reportagem, a vítima chegou a testar até mesmo o cartão de sua mãe. O prejuízo foi de R$ 12 mil.

Ingresso para eventos

O golpe também é comum na venda de ingressos para shows e eventos. Em agosto, um jovem de 19 anos, residente de Campo Grande, tomou um golpe de R$ 1.080,00 ao tentar comprar ingresso para assistir ao show do rapper norte-americano Travis Scott, que veio ao Brasil em setembro. O criminoso ainda utilizava o nome de pessoas que ele já havia aplicado golpes.

A vítima viu o perfil de uma mulher no X anunciando a venda de três ingressos, sendo duas meias-entradas (R$ 534 cada) e uma inteira (R$ 1.068). Entrou em contato e acertou a compra. Assim que fez o pagamento e mandou o comprovante, foi bloqueado pelo perfil, tanto no WhatsApp quanto no X.

Nem prefeitura, hospital, bombeiros e órgãos públicos ficaram ilesos

Após suspeitas de golpes envolvendo o envio de boletos falsos, a Prefeitura de Campo Grande publicou uma nota alertando os contribuintes sobre a necessidade de atenção redobrada na hora de emitir e pagar guias de tributos municipais, como Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU).

A Agência Municipal de Tecnologia da Informação e Inovação de Campo Grande (Agetec) tomou medidas imediatas para bloquear o IP identificado e reforçar a segurança, incluindo também a inserção do 'recaptcha' no sistema.

No caso do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran - MS), o golpe era realizado através de SMS. A mensagem dizia que a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do contatado entrou em processo de suspensão. Na sequência, havia um "saiba mais", com link que levava a uma página que imitava o portal do governo federal (gov.br).

Ao preencher os dados para fazer a consulta, o site mostra dados pessoais da vítima, seguido de supostas informações de infrações que teriam sido cometidas pelo condutor, bem como os valores de multa a serem pagos, além de um campo com a opção "regularizar".

Até o momento, não há registro de quantas pessoas já caíram no golpe em Mato Grosso do Sul. Os primeiros casos surgiram em Nova Andradina, onde cerca de dez pessoas relataram ter recebido a mensagem, e pelo menos duas chegaram a efetuar o pagamento, com valores de R$ 119 e R$ 193. 

O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Humap-UFMS) também emitiu uma nota após golpistas se apresentarem como médicos com o intuito de aplicar golpes nas famílias de pacientes, pedindo dinheiro para a realização de exames e tratamentos.

“Todos os serviços prestados à população são 100% gratuitos, seguindo as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Não há nenhuma cobrança por consultas, exames ou procedimentos realizados na instituição”, precisou destacar o hospital.

O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul também foi utilizado pelos golpistas, que enviavam e-mails falsos pedindo quantia em dinheiro para realizar vistoria em imóveis ou como taxas para emissão de certificados. Em nota, o CBMMS precisou reforçar que não envia e-mails.

Cuidados para não tomar golpe:

  • Desconfie de facilidades;
  • Não compartilhe informações com desconhecidos;
  • Confira todos os dados antes de efetuar uma transação financeira;
  • Opte por segurança adicional;
  • Confirme a veracidade de quem entrou em contato.

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Oportunidade

Concurso do TRT-MS registra mais de 13 mil inscritos, confira relação de vagas

Provas serão realizadas em março; candidatos disputarão 13 vagas imediatas com oportunidade de cadastro reserva

15/01/2025 16h00

Fachada do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região

Fachada do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região Divulgação, TRT-MS

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O concurso do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (TRT-MS) registrou mais de 13 mil inscritos e terá uma forte concorrência pelas vagas.

A informação foi divulgada nesta quarta-feira (15), pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), banca organizadora do certame. As provas objetivas estão marcadas para ocorrer no dia 9 de março de 2025.

No total, o concurso recebeu 13.080 incritos, que disputarão 13 vagas imediatas para os cargos de Analista Judiciário e Técnico. Além disso, há oportunidade de cadastro reserva.

Salários

Entre as remunerações disponíveis para os aprovados, os valores variam de acordo com a categoria dos cargos selecionados.

Para Técnico Judiciário, os salários estão entre R$ 8.529,65 a R$ 9.773,56, dependendo da especialidade. Para Analista Judiciário, por sua vez, os valores estão entre R$ 13.994,78 a R$ 16.035,69.

Vale destacar que o salário R$ 16.035,69 - maior salário do edital - é destinado para a especialidade de Oficial de Justiça Avaliador Federal.

Concorrência 

Conforme a FGV, a maior concorrência será para a vaga de Analista Judiciário - Área Judiciária. A categoria possui 3.257 candidatos inscritos para apenas uma vaga.

Na sequência, está o cargo de Técnico Judiciário - Área Administrativa. Esta categoria por sua vez, possui 5.041 candidatos para 4 vagas, gerando uma relação de 1.260 candidatos por vaga. 

A terceira maior concorrência é para o cargo de Analista Judiciário - Área Administrativa. Para este grupo, são 1.425 inscritos para apenas uma vaga.

Confira a relação completa de candidatos por vaga:

Polícia

Polícia Civil fecha boca de fumo em Dourados

Três suspeitos foram presos na operação

15/01/2025 15h45

Objetos apreendidos durante a operação

Objetos apreendidos durante a operação Reprodução

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Na manhã da última terça-feira (14), a Seção de Investigações Gerais (SIG) da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Dourados realizou uma operação bem-sucedida de combate ao tráfico de drogas.

A ação resultou na prisão de três indivíduos diretamente envolvidos no comércio ilegal de substâncias ilícitas e na apreensão de uma quantidade significativa de entorpecentes.

Operação

A operação teve início por volta das 10h45, quando investigadores da SIG, em diligências na Rua Deolinda Rosa da Conceição, na Vila Cachoeirinha, observaram um usuário de entorpecentes aguardando o recebimento de substâncias em frente a um imóvel. A equipe decidiu realizar vigilância e monitoramento do local.

Durante o período de observação, os policiais notaram diversos usuários adquirindo entorpecentes no local, indicando que tratava-se de uma "boca de fumo". Diante das evidências claras de tráfico de drogas, a autoridade policial determinou a abordagem.

Na ação, três suspeitos foram detidos. Um indivíduo foi encontrado com entorpecentes prontos para venda e outros dois outros homens foram flagrados dentro do imóvel realizando a pesagem e partilha da droga em porções para venda.

Apesar de um dos suspeitos tentar assumir toda a responsabilidade do crime para isentar os demais, as evidências apontavam para o envolvimento dos três no tráfico de drogas. Todos foram conduzidos à Delegacia e presos pelo crime de tráfico de drogas.

Material apreendido

Durante a operação, foram apreendidos:

  • Entorpecentes
  • Balança de precisão
  • Dinheiro
  • Celulares dos suspeitos

A quantidade de drogas apreendidas era suficiente para a produção de pelo menos 100 "paradinhas" de crack.

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