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PESCA E TURISMO

Dourado de volta aos rios e Cota Zero por vir animam setor em MS

Na avaliação de empresários, retração inicial deve dar lugar a crescimento de 40% do ramo, em médio prazo

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Com a moratória do dourado e a proibição da captura e do transporte das demais espécies de peixes das bacias dos rios Paraguai e Paraná por pescadores amadores, a partir de 2020, Mato Grosso do Sul poderá se tornar o maior polo de pesca esportiva do Brasil, hoje um dos segmentos que mais crescem no País, aliado às belezas do Pantanal. 

Será um destino diferenciado, unindo a esportividade do “rei” do rio (dourado) e a exuberante fauna e flora do bioma com mais de 80% de sua área preservada. Esta perspectiva está sendo desenhada não apenas pelo governo do Estado, que proibiu a matança do dourado por cinco anos e zerou a cota de pesca, mas pelo trade turístico e especialistas em pesca esportiva. A moratória do dourado já surte efeito nos rios da bacia pantaneira, onde a espécie voltou a predominar, e o mercado da pesca trabalha com um cenário otimista para a temporada de 2020 quanto ao fluxo de pescadores no Estado. 

“Tem ocorrido desistência de pacotes pela falta do peixe e não por causa da Cota Zero. Diminuiu o número de pescadores porque você fica cinco dias no rio e não pega um peixe nobre. Foi assim que perdemos o mercado para outras regiões e para a Argentina, que saiu na frente na preservação do dourado”, afirma o empresário Luiz Antônio Martins, um dos pioneiros em pesca amadora em Corumbá, principal destino desse esporte no Estado.  

A avaliação do empresário é unânime entre os operadores: pode ocorrer uma queda de 20% no movimento de pescadores no Pantanal, no próximo ano, mas em médio prazo estima-se um crescimento do setor em mais de 40%. “Essa queda será compensada com o aumento do estoque pesqueiro. O dourado já reapareceu nos rios, todo barco de Corumbá pesca o nosso ‘rei’ do rio e vamos atrair esse turista brasileiro que vai para a Argentina”, aposta Martins. 

Com uma das maiores estruturas fluviais – são 60 barcos operando, entre pesca e esporte e recreio –, Corumbá reduziu seu fluxo turístico nos últimos anos por conta da dificuldade de se pescar dourado, pacu, pintado ou jaú, principais espécies. No ano passado, a cidade recebeu 20 mil pescadores, metade do registrado há dez anos. “Metade dos nossos clientes não leva mais peixe. A Cota Zero vai mudar o perfil desse pescador”, diz o empresário, atual presidente da Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo (Acert). 

FOMENTO

“Mato Grosso do Sul é o único destino de pesca que tem uma biodiversidade como a do Pantanal, cuja riqueza ambiental deve ser mais explorada e integrada a esse segmento esportivo”, afirmou o secretário-adjunto da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Ricardo Senna. 

Ele participou da elaboração da nova legislação de pesca decretada pelo governador Reinaldo Azambuja.  “Vamos promover o Pantanal como um lugar onde se pesca e se faz safári fotográfico”, disse. 

Para atrair o turista brasileiro e estrangeiro para esse santuário ecológico, segundo Senna, é preciso garantir o peixe, que já não se captura como há uma década. “Com o apoio do trade turístico e das associações de pescadores à Cota Zero, vamos inserir Mato Grosso do Sul na rota dos grandes negócios da pesca e do ecoturismo, diversificando a nossa economia”, frisou. 

O secretário-adjunto apontou que o Estado “é um mercado em potencial dentro da pesca esportiva, para atrair os 70 mil brasileiros que vão em busca do dourado em Corrientes, na Argentina, gastando em média dois mil dólares por viagem e gerando meio bilhão de reais por ano”. Ele destacou, ainda, que hoje apenas 50 mil pescadores vêm ao Estado, deixando R$ 200 milhões. “É o mesmo rio [Paraná], mas lá [Argentina] o pescador pega e solta; aqui, ainda se mata o peixe.” 

Cidades

Corpo de turista que desapareceu no Rio Aquidauana é encontrado

Três pessoas caíram da embarcação na tarde de sábado (07); nenhum dos tripulantes da embarcação estariam usando o equipamento de segurança, sendo o colete salva-vidas

09/12/2024 13h30

Corpo de homem que desapareceu no Rio Aquidauana é encontrado

Corpo de homem que desapareceu no Rio Aquidauana é encontrado Reprodução

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Foi encontrado na manhã desta segunda-feira (9), o corpo do homem que desapareceu no Rio Aquidauana após a embarcação em que ele estava virar, no último sábado (7). 

Identificado como Marcos Rosa Tolentino, de 56 anos, estava junto com o filho e o piloto do barco no momento do acidente. 

Segundo repassado, nenhum dos tripulantes da embarcação estariam usando o equipamento de segurança, sendo o colete salva-vidas. O corpo foi encontrado a 1 quilômetro de distância de onde a embarcação virou.

Informações repassadas pelo Corpo de Bombeiros indicam que, ainda na tarde de sábado (07), a família aproveitava os últimos instantes em território sul-mato-grossense para registrar o passeio. 

Conforme a mídia local, o Corpo de Bombeiros foi acionado por volta de 15h30 para atender à ocorrência de desaparecimento. 

Essa família teria vindo do Estado de São Paulo, hospedando-se em um rancho localizado próximo à rodovia BR-262, entre os municípios de Aquidauana e Anastácio, indica o portal O Pantaneiro. 

O acidente

Visitantes em Mato Grosso do Sul, uma família vinda de São Paulo viveu momentos de tensão, após um barco virar no meio do Rio Aquidauana e o patriarca do grupo desaparecer, levado pela correnteza e força das águas no interior do Estado. 

Próximo a Cachoeira do Campo, eles subiam o rio no momento em que o barco virou, quando pai; filho e piloto caíram no Aquidauana. 

Conforme os populares no local, o homem (branco, alto e vestido de bota e calça jeans) de aproximadamente 60 anos estava em um lugar seguro num primeiro instante, porém, teria ido em busca do filho. 

Ainda, a mídia detalha que piloto e o filho citado teriam conseguido se segurar no barco.  

Sem a mesma sorte, o idoso segue desaparecido, sendo que as buscas foram suspensas no período noturno ontem (07), porém retomadas no primeiro horário da manhã de domingo (08).

Inclusive, ao Corpo de Bombeiros, o filho desse homem relatou Que seu pai entrou em um poço fundo do Rio Aquidauana e, com isso, acabou se afogando. 

**Colaborou Leo Ribeiro**

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NARCO ESTADO?

Sob domínio do tráfico, Paraguai dispensa ajuda dos EUA

Com cerca de 300 integrantes, a Senad, um grupo de elite especializado no combate ao tráfico, não quer mais ajuda da DEA, o grupo especializado norte-americano

09/12/2024 12h50

Senad e DEA atuaram em conjunto para interceptar carregamento de mais de 4 tonelada de cocaína em um porto próximo a Assunção

Senad e DEA atuaram em conjunto para interceptar carregamento de mais de 4 tonelada de cocaína em um porto próximo a Assunção

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Publicação do jornal norte-americano The Woshington Post, um dos mais renomados dos Estados Unidos, publicou reportagem na última sexta-feira (6) informando que a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (SENAD) estava abrindo mão da ajuda direta que há anos vinha recebendo da Drug Enforcement Administration (DEA) no combate ao narcotráfico no país vizinho. 

Com cerca de 300 integrantes, o grupo de elite da polícia que integra a Senad tem forte presença na região de fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul e, além de receber informações e treinamento da polícia dos EUA, recebe equipamentos dos norte-americanos. 

A parceria entre a Senad e a DEA foi firmada ainda durante a ditadura do ex-presidente Alfredo Stroessner, que comandou o Paraguai durante quase 35 anos, de agosto de 1954 até fevereiro de 1989. 

E, diante da repercussão negativa que o fim desta parceria estava causando, o ministro do interior do Paraguai, Enrique Riera, convocou coletiva de imprensa negando que o Paraguai estava abrindo mão da ajuda da DEA. Ele garantiu que a partir de agora este apoio dos EUA será redirecionado à Polícia Nacional. 

Polícia Nacional é a chamada “polícia comum” e, segundo o ministro, o grupo de inteligência da DEA vai passar a assessorar esta polícia, embora os agentes da Senad sejam exclusivamente destinados ao combate ao tráfico de drogas. 

Um dos primeiros a reagir foi o ex-presidente Mario Abdo Benitez, que classificou o rompimento como um “grande retrocesso” no combate ao narcotráfico, que, segundo ele, não tem mais fronteiras. O deputado colorado Maurício Espínola é outro que não poupou críticas. 

“Sem cooperação internacional, a luta contra o crime organizado é impossível”, afirmou, segundo reportagens do jornal ABC Color, o principal do país vizinho. Segundo outro deputado, Gerardo Soria, este é mais um passo para transformar o Paraguai em um “Narco Estado”. 

Conforme oposicionistas, o rompimento aconteceu depois de uma operação policial na qual foi morto o deputado Lalo Gomes, em 19 de agosto deste ano, em Pedro Juan Caballero, cidade que faz divisa com Ponta Porã. 

Lalo Gomes era investigado por supostamente ser o responsável pela lavagem de dinheiro de traficantes com Fernandinho Beira-Mar, Cabeça Branca e o sul-mato-grossense Jarvis Gimenes Pavão. Oficialmente, ele teria reagido a tiros a uma operação policial em sua casa. Para familiares, porém, ele teria sido executado por agentes da Senad. 

Para deputados de oposição ao atual governo, com este rompimento pretende-se impedir que a DEA  interfira nas investigações que poderiam resultar na descoberta que integrantes do Governo fazem integram grupos de narcotraficantes, principalmente de cocaína. 

E é justamente a cocaína que nos últimos três ou quatro anos, segundo estes críticos, tomou conta do Paraguai, que antes enfrentava principalmente o tráfico e plantio de maconha. 

Boa parte desta cocaína acaba passando por Mato Grosso do Sul rumo ao grandes centros consumidores e rumo aos portos de Santos e Paranaguá, de onde as drogas são despachadas para a Europa e a Ásia. 

Só nos primeiros 11 meses deste ano as polícias de Mato Grosso do Sul apreenderam 17 toneladas de entorpecentes. Até 2020, o volume anual variava entre 4 e 5 toneladas. 

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