Cidades

ESGOTO

Edital da PPP da Sanesul será lançado no segundo semestre

Previsão é de que sejam investidos R$ 3,8 bilhões pela concessionária em 30 anos

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O Governo do Estado prevê que até o início do segundo semestre deste ano seja lançado o edital da Parceria Público-Privada (PPP) para o esgotamento sanitário da Empresa de Saneamento Básico de Mato Grosso do Sul (Sanesul). A parceria prevê que a empresa interessada terá que apresentar proposta com base no valor máximo a ser cobrado pela tarifa do serviço. Neste caso, o valor teto será de R$ 2,37 por metro cúbico de esgoto tratado. 

O projeto está em fase de consulta pública e ainda não há prazo para ser realizado o leilão, organizado pela Brasil, Bolsa, Balcão (B3), a bolsa de valores do País, localizada em São Paulo. 

O modelo utilizado será concessão administrativa e após o período do contrato, as melhorias serão entregues para a Sanesul. Com isso, a empresa contratada fará os maiores investimentos nos 10 primeiros anos e durante o restante do período receberá os ganhos com isso e só precisará fazer aumento pontuais conforme o crescimento da população.

A ideia da concessão começou a ser desenvolvida em 2016 e foi concluída em 2019. O contrato será de 30 anos e a previsão é de que durante este período sejam investidos R$ 3,8 bilhões pela empresa vencedora da concorrência. Sendo que desse valor, R$ 1 bilhão será de obras e R$ 2,8 bilhões é de operação e manutenção do sistema de esgoto. A previsão é de que durante esse período de concessão o valor será pago por meio da tarifa do tratamento.

Com esse valor, o objetivo é que já nos 10 primeiros anos de contrato o sistema de esgoto chegue a atender 98% da rede em todas as 68 cidades cobertas pela Sanesul, como a data base do projeto é 2019, esse número deverá ser atingido até 2029. 

Atualmente os municípios atendidos pela empresa tem média de 40% de esgotamento sanitário. “A ideia da PPP é antecipar investimentos que nós sozinhos não conseguiríamos fazer e não existe política pública federal hoje que nos dê condições de captar esse recurso”, afirmou o diretor-presidente da empresa, Walter Carneiro.

“O maior benefício é o esgotamento sanitário na residência, isso é saúde, qualidade de vida, evitar despesas e gastos com saúde pública. Nós estamos muito convictos e muito otimistas com o modelo, que o Brasil discute no Congresso Nacional o novo marco do regulamento. A gente em Mato Grosso do Sul está saindo na frente e vai ser um dos primeiros estados a ter o serviço de esgotamento universalizado”, declarou o titular da Secretaria de Estado de Governo e Gestão (Segov), Eduardo Riedel, durante audiência pública sobre o projeto, realizada ontem (31), no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Mato Grosso do Sul (Crea-MS).

Até o dia 4 de março o projeto está aberto a consulta pública, para sugestões e críticas, depois disso o edital deve ser concluído em mais 40 dias, quando segue para a B3. “Tem algumas etapas que a lei exige que sejam cumpridas, a gente está seguindo essa liturgia rigorosamente para fazer o que a legislação determina”, explicou Carneiro.

De acordo com o projeto, além dos investimentos da empresa a ser contratada, nos primeiros quatro anos a Sanesul ainda fará investimentos da área, de contratos que já foram fechados e ainda serão executados. Nesse período a previsão é de que o esgotamento chegue a 75% da rede.

INTERIOR
Segundo o diretor-presidente da Sanesul, atualmente um terço das cidades atendidas pela empresa pública tem menos de 40% da rede de esgoto implantada, porém, a mesma quantidade tem mais de 40%. Na contramão disso, alguns municípios menores, mas com grande apelo turístico, chegam a mais de 80% do esgotamento.

Este é o caso de Bonito, Bodoquena e Porto Murtinho. O primeiro município, porém, é a cidade atendida pela Sanesul com a maior cobertura, chegando a 96%. “Nesses municípios menores, com um apelo turístico mais forte, existiu uma preocupação da empresa, dentro de uma política de preservar a questão ambiental e se fazer os investimentos que se veem necessários”, explicou Carneiro. 

Para o presidente da Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul), Pedro Caravina, que é prefeito de Batagussu, o projeto trará muitos benefícios para a população, que vão além do esgotamento. “Esse projeto de universalização é fundamental para todos os municípios, é um projeto audacioso e importante para melhorar a qualidade de vida da população, então conta com o apoio dos municípios. O ideal é 100%, isso é o sonho de qualquer município, porque isso está ligado diretamente com a saúde pública, está provado que a cada real investidos no saneamento você economiza três com doenças infecciosas”.

TEMPO

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Inmet divulgou previsão para a estação, que começa hoje (21)

21/12/2025 20h00

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão

Saiba em que regiões do Brasil deve chover acima da média no verão Paulo Pinto/Agência Brasil

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O verão do Hemisfério Sul começa neste domingo (21), e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê condições que podem causar chuvas acima da média em grande parte da regiões Norte e Sul do Brasil, além de poucas áreas do Nordeste e do Centro-Oeste.

No Norte, a maior parte dos estados deve ter mais precipitações e temperaturas mais elevadas. As exceções são o sudeste do Pará e o estado do Tocantins, que podem ter volumes de chuva abaixo da média histórica.

“A temperatura média do ar prevista indica valores acima da média climatológica no Amazonas, no centro-sul do Pará, no Acre e em Rondônia, com valores podendo chegar a 0,5 grau Celsius (°C) ou mais acima da média histórica do período (Tocantins). Nos estados mais ao norte da região, Amapá, Roraima e norte do Pará, são previstas temperaturas próximas à média histórica”, estima o Inmet.

Sul

Na Região Sul, a previsão indica condições favoráveis a chuvas acima da média histórica em todos os estados, com os maiores volumes previstos para as mesorregiões do sudeste e sudoeste do Rio Grande do Sul, com acumulados até 50 mm acima da média histórica do trimestre.

“Para a temperatura, as previsões indicam valores predominantemente acima da média durante os meses do verão, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul, chegando até 1°C acima da climatologia”. 

Nordeste

Para a Região Nordeste, há indicação de chuva abaixo da média climatológica em praticamente toda a região, principalmente na Bahia, centro-sul do Piauí, e maior parte dos estados de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Os volumes previstos são de até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Por outro lado, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média no centro-norte do Maranhão, norte do Piauí e noroeste do Ceará.

Centro-Oeste

Na Região Centro-Oeste, os volumes de chuva devem ficar acima da média histórica somente no setor oeste do Mato Grosso. Já no estado de Goiás, predominam volumes abaixo da média climatológica do período.

Para o restante da região, são previstos volumes próximos à média histórica. “As temperaturas previstas devem ter predomínio de valores acima da média climatológica nos próximos meses, com desvios de até 1°C acima da climatologia na faixa central da região”, diz o InMet.

Sudeste

Com predomínio de chuvas abaixo da média climatológica, a Região Sudeste deve registar volumes até 100 mm abaixo da média histórica do trimestre.

Deve chover menos nas mesorregiões de Minas Gerais (centro do estado, Zona da Mata, Vale do Rio Doce e Região Metropolitana de Belo Horizonte). A temperatura deve ter valores acima da média em até 1°C, segundo os especialistas do InMet.

Verão

A estação prossegue até o dia 20 de março de 2026. Além do aumento da temperatura, o período favorece mudanças rápidas nas condições do tempo, com a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas.

Caracterizado pela elevação da temperatura em todo país com a maior exposição do Hemisfério Sul ao Sol, o verão tem dias mais longos que as noites.

Segundo o InMet, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação devem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 milimetros. As duas são as regiões mais extensas do país e abrigam os biomas Amazônia e Pantanal, que vivenciam épocas de chuva no período.

TEMPO

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

21/12/2025 19h00

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano

Solstício faz deste domingo o dia mais longo do ano Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começou oficialmente às 12h03 (horário de Brasília) deste domingo, 21. A data marca o solstício de verão no Hemisfério Sul, fenômeno astronômico que faz deste o dia com o maior número de horas de luz ao longo de todo o ano.

As diferentes estações ocorrem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e ao movimento de translação do planeta em torno do Sol. O solstício de verão acontece quando um dos hemisférios está inclinado de forma a receber a maior incidência possível de luz solar direta

No mesmo momento, ocorre o solstício de inverno no Hemisfério Norte, quando se registra a noite mais longa do ano. Em junho, a situação se inverte: o Hemisfério Sul entra no inverno, enquanto o norte passa a viver o verão.

Além dos solstícios, há os equinócios, que acontecem na primavera e no outono. Eles marcam o instante em que os dois hemisférios recebem a mesma quantidade de luz solar, fazendo com que dia e noite tenham duração semelhante.

O que acontece no verão?

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional (ON), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o verão é a estação mais quente do ano justamente por causa da inclinação de cerca de 23 graus do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita. Esse ângulo faz com que os raios solares atinjam mais diretamente um hemisfério de cada vez.

Quando é verão no Hemisfério Sul, os raios solares incidem de forma mais intensa sobre essa região do planeta, o que resulta em dias mais longos e temperaturas mais elevadas.

Os efeitos das estações do ano são maiores nos locais distantes do equador terrestre. "Nas regiões próximas ao equador, a duração dos dias varia pouco ao longo do ano. Essa diferença aumenta progressivamente em direção aos polos, onde os contrastes são máximos", explica Nascimento.

Previsão do tempo para os próximos dias

Com a chegada do verão neste domingo, São Paulo deve ter dias quentes nas próximas semanas e pode bater o recorde de temperatura do ano na véspera do Natal. De acordo com o Climatempo, os próximos dias também devem ser com menos chuvas e tempo seco na capital paulista.

O que esperar do verão de 2025/2026 no Brasil

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia indicam que a maior temperatura registrada em São Paulo em 2025 foi de 35,1°C, em 6 de outubro. A expectativa para o dia 24 de dezembro é de que a temperatura se aproxime de 35°C, o que pode igualar ou até superar o recorde do ano.

O calor deve ser uma constante em grande parte do Brasil. Nesta semana, o Rio de Janeiro pode registrar até 38°C e Belo Horizonte e Vitória devem alcançar máximas entre 32°C e 34°C, com pouca chuva. O tempo quente também deve chegar à região Sul e ao interior do Nordeste, com máximas próximas dos 35°C. No Norte, as máximas se aproximam de 32°C.

O verão se estende até às 11h45 do dia 21 de março de 2026 e será marcado pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre o oceano Atlântico Sul e inibe a formação de nuvens. O fenômeno climático deve atuar como um bloqueio atmosférico, afastando algumas frentes frias que passam pelo Brasil.

A Climatempo prevê que a chuva do verão 2025 e 2026 fique um pouco abaixo da média para estação em quase todo o País. A maior deficiência deve ser na costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e em áreas do interior do Maranhão e do Piauí.

Já o fenômeno La Niña não deve ser o principal fator climático neste verão, devido à sua fraca intensidade e curta duração. A atuação do fenômeno está prevista para se estender até meados de janeiro de 2026 e sua influência sobre as condições climáticas desta estação tende a ser limitada.

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