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SAÚDE FINANCEIRA

Em crise, Santa Casa mantém reforma no pronto-socorro

Mesmo com deficit financeiro, o hospital segue com construção de salas para as alas verde, amarela e vermelha, o que deve reduzir o número de pacientes nos corredores

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judson marinho

Mesmo alegando dificuldades financeiras, a Santa Casa de Campo Grande mantém reforma milionária no pronto-socorro da instituição. O objetivo, segundo o hospital, é melhorar a acomodação dos pacientes, já que alguns são atendidos nos corredores do setor de urgência e emergência da unidade.

Com deficit anual de R$ 158 milhões, como mostrou reportagem do Correio do Estado, e atendendo um número acima de sua capacidade de pacientes de Campo Grande e do interior de Mato Grosso do Sul, a Santa Casa vem investindo na melhoria da infraestrutura do hospital, que, além de ser referência médica no Estado, está há mais de 100 anos em funcionamento.

Com investimento privado da ordem de R$ 3 milhões, a Santa Casa de Campo Grande vem trabalhando na reforma das alas verde, amarela e vermelha desde 2023. Segundo a direção do hospital, a construção das salas onde deverão ser alocados de 7 a 10 leitos está avançada.

Por conta da reforma, alguns pacientes tiveram de ser realocados para outros espaços do hospital, para que as melhorias estruturais fossem feitas sem que houvesse a paralisação de atendimento no pronto-socorro.

As reformas de reordenação do espaço físico das áreas mencionadas têm como objetivo melhorar a infraestrutura do hospital para os pacientes atendidos no pronto-socorro, principalmente para aqueles que, em função da superlotação do hospital, são atendidos nos corredores da unidade.

Além da reforma das alas, uma nova sala está sendo construída para atender pacientes que chegam em viaturas do Samu em estado grave, correndo risco de vida.

Nomeada de sala de estabilização, o local terá um aparato médico para estabilizar com rapidez os pacientes graves e, após realizado os procedimentos necessários, realocá-los nas demais alas do pronto-socorro.

Nesta sala de estabilização, segundo o diretor técnico do hospital, William Lemos, os pacientes serão atendidos temporariamente, não havendo a possibilidade de manter leitos no espaço.

REAJUSTE NO CONVÊNIO

Em busca do equilíbrio econômico-financeiro do contrato com a Prefeitura de Campo Grande, a Santa Casa tem solicitado reuniões com a administração municipal desde agosto de 2024, para propor um reajuste do convênio.

A cobrança tomou forma quando, por meio da análise técnica da gestão hospitalar, chegou-se a um consenso de que o contrato atual do hospital filantrópico com o município é deficitário e prejudicial, em função dos valores de custeio operacional atuais.

De acordo com o balanço financeiro do hospital filantrópico, somando subsídios para custeio financeiro da Santa Casa e recursos para custear leitos, a Prefeitura de Campo Grande endereça R$ 61 milhões ao hospital por ano.

A direção da Santa Casa entende que os valores atuais estão defasados, já que o contrato feito com a prefeitura foi baseado na tabela de preços do governo federal para contratos da saúde de 2008.

“Esta tabela de 2008 é muito defasada, e o contrato com o município faz dois anos que não recebe realinhamento. Neste período, ocorreu inflação no preço de remédios, aumento do dólar, equipamentos importados que compramos e tivemos várias obrigações de reajuste de salários de funcionários, por isso, hoje o valor de contrato com o município é insuficiente”, declarou a presidente da Santa Casa, Alir Terra Lima, ao Correio do Estado.

SUSPENSÃO DE CIRURGIAS

Conforme informado pela direção do hospital, a suspensão das cirurgias eletivas ocorreu em razão do desabastecimento de insumos, já que as especialidades médicas demandam de recursos e equipamentos para se manterem ativas.

A suspensão foi decidida como forma de o hospital cortar gastos com a realização de consultas e cirurgias, suspendendo procedimentos de especialidades que não se enquadram como urgência e emergência médica.

Dessa forma, os insumos, que estão escassos na Santa Casa, podem ser utilizados no setor de urgência e emergência, que segue em atendimento, assim como as alas do centro de terapia intensiva (CTI) e a unidade de terapia intensiva (UTI).

Ao Correio do Estado, a presidente do hospital, Alir Terra Lima, informou que as consultas para procedimentos e cirurgias eletivas só devem voltar ao normal quando houver o reajuste do contrato entre a Santa Casa e a Prefeitura de Campo Grande.

“Para o serviço eletivo voltar, é necessário ocorrer o realinhamento do contrato [com o município] e o pagamento salarial dos médicos. Com o realinhamento, conseguimos cumprir com as nossas obrigações, voltando a operar normalmente“, disse Alir Terra.

SAIBA

Conforme informou a direção técnica da Santa Casa, atualmente, as cirurgias eletivas suspensas na Santa Casa são das especialidades de urologia, ortopedia, cirurgia geral, cirurgia cardíaca, cirurgia plástica, angiologia cirúrgica, cirurgia vascular e cardiopediatria.

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solidariedade

Campanha arrecada alimentos para instituições beneficentes de MS

Alimentos não perecíveis poderão ser doados até o dia 21 de dezembro

06/12/2025 12h00

Divulgação

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A campanha nacional de arrecadação de alimentos "Alimento a Gente Compartilha", organizada pelo Instituto Assaí, irá arrecadar alimentos não perecíveis até 21 de dezembro em todas as mais de 300 lojas do Assaí, incluindo as seis presentes em Mato Grosso do Sul.

As cinco lojas de Campo Grande e a de Dourados, estarão mobilizadas na arrecadação, com pontos de coleta para receber doações de alimentos não perecíveis e itens de cesta básica, como arroz, feijão, óleo, açúcar, leite em pó, macarrão, farinhas, enlatados e molhos.

"Mais de 100 organizações sociais parceiras serão diretamente beneficiadas. Essas instituições utilizam os alimentos doados para preparar refeições, montar cestas básicas, distribuir marmitas e atender famílias que enfrentam fome ou insegurança alimentar em diferentes regiões do Brasil. A campanha se consolidou como uma das maiores mobilizações solidárias da rede e desempenha um papel essencial para a manutenção dos projetos atendidos, especialmente no período de fim de ano, quando a demanda aumenta.", explica Fábio Lavezo, Gerente de Sustentabilidade e Investimento Social do Assaí.

No Mato Grosso do Sul, as contribuições beneficiarão instituições como a AACC, Casa Peniel, Cotolengo e o Instituto SOS Gente, que redirecionarão os alimentos para as famílias atendidas.  Nos dias de maior mobilização, cerca de 10 voluntários das instituições sociais parceiras estarão presentes nas lojas para sensibilizar o público e apoiar o recolhimento das doações.

Criada em 2023, a campanha cresce anualmente em engajamento e impacto. Em 2025, o Instituto busca alcançar o objetivo de 460 toneladas de alimentos arrecadados, somando, ao longo das três edições, aproximadamente 1.300 toneladas destinadas a pessoas em vulnerabilidade alimentar. Ao final do período, o Instituto Assaí acrescentará 15% sobre o total arrecadado para ampliar o impacto coletivo da ação. 

Serviço

Campanha: Alimento a Gente Compartilha "Do coração para o prato"
Período: até 21 de dezembro de 2025
Onde doar: 

CAMPO GRANDE

Assaí Coronel Antonino
Localização: Av. Cônsul Assaf Trad, s/n - Mata do Jacinto 

Assaí Acrissul
Localização: Av. Fábio Zahran, 7.919 - Jardim América

Assaí Aeroporto
Localização: Av. Duque de Caxias, 3.200 (Próx. ao aeroporto) - Santo Antônio

Assaí Joaquim Murtinho
Localização: Rua Joaquim Murtinho, 3.167 - Tiradentes

Assaí Gunter Hans
Localização: Av. Doutor Gunter Hans S/N Cophavila II - Campo Grande

DOURADOS

Assaí Dourados
Localização: Rua Coronel Ponciano de Mattos Pereira, 785 Conj Habit. Terra Roxa

INTERIOR| MS-141

Acidente com carreta e caminhão-tanque mata motociclista em MS

Identificado como José Silva do Nascimento, o motociclistas de 55 anos não resistiu aos ferimentos e morreu antes mesmo da chegada das equipes de socorro

06/12/2025 11h00

Acidente aconteceu no fim da tarde de ontem (05), por volta de 17h,

Acidente aconteceu no fim da tarde de ontem (05), por volta de 17h, Reprodução/IviNotícias

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Grave acidente registrado em trecho MS-141, no fim da tarde de sexta-feira (05), teve um motociclista como vítima fatal após seu veículo ser atingido por um caminhão-tanque e uma carreta que iam no mesmo sentido da rodovia, entre os municípios de Ivinhema e Naviraí. 

Identificado como José Silva do Nascimento, conforme apurado pelo portal local IviNotícias, o motociclista de 55 anos não resistiu aos ferimentos e morreu antes mesmo da chegada das equipes de socorro. 

Esse acidente aconteceu no fim da tarde de ontem (05), por volta de 17h, com as suspeitas iniciais indicando uma possível frenagem de José no trecho da rodovia, quando o mesmo teria notado que se aproximava de um radar. 

A motocicleta Honda 160 de José se envolveu em acidente junto de: 

  • um caminhão-tanque de óleo lubrificante 
  • uma carreta Scania R440. 

Entenda

Com todos os veículos possuindo placas do Mercosul, esse acidente aconteceu próximo ao trevo de acesso ao distrito de Guassulândia, distante aproximadamente 281 quilômetros de Campo Grande, entre os municípios de Naviraí e Ivinhema.

Todos os veículos seguiam o mesmo sentido, com a motocicleta estando à frente no momento em que teria "reduzido bruscamente", já que próximo ao trecho, como mostram gravações in loco da equipe do IviNotícias, há um radar instalado na via que delimita a velocidade máxima a 60 quilômetros por hora. 

A dinâmica do acidente evidencia que o caminhão-tanque de óleo lubrificante, que seguia logo atrás de José, não teve tempo hábil o suficiente para frear e atingiu o motociclista, que teria perdido o equilíbrio e rodado na pista, segundo narrado pelo motorista. 

Porém, logo em seguida veio a carreta que também não conseguiu evitar a batida, atingindo José na sequência e projetando o corpo do motociclista para fora da pista. 

Enquanto José, apontado como morador de Naviraí, foi encontrado já sem sinais vitais, informações apontam que o motorista da carreta teria ficado muito abalado, recebendo atendimento no local. 

Importante reforçar que, ambos os motoristas dos veículos de carga permaneceram no local do acidente, prestando os devidos auxílios e realizando todos os procedimentos legais. 

 

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