Cidades

MATO GROSSO DO SUL

Em MS, 37 cidades ainda 'não sabem o que fazer' com o lixo

Enquanto apenas metade do Estado possui "plano municipal" finalizado, 44 municípios dizem fazer coleta seletiva, entre eles a Capital que já se mostrou ineficaz no processo

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Lixo: material sem valor ou utilidade; detrito oriundo de trabalhos domésticos; industriais ou basicamente aquilo que se joga fora, por mais comum que possa parecer, ainda se mostra dificuldade em que quase metade do Mato Grosso do Sul, onde cidades ainda "não sabem o que fazer" com seus resíduos. 

É o que informa a Confederação Nacional de Municípios, através do mapa Observatório dos Lixões, que dá detalhes quanto ao Plano Municipal; o tipo de disposição do lixo e se as cidades possuem ou não coleta seletiva, entre outros indicadores. 

Dos 79 municípios sul-mato-grossenses, como consta no Observatório dos Lixões, apenas a Capital e outras 41 cidades são descritas com plano municipal finalizado, enquanto as demais localidades são classificadas nas categorias: 

  • - Não iniciado; 
  • - Não informado e 
  • - Em Elaboração. 

Justamente nessa última categoria é onde se encontra a maioria dos 37 municípios que "não sabem o que fazer com o lixo", com 19 "em elaboração" e ainda 10 cidades que não informaram à Confederação Nacional dos Municípios (CNM) a situação de seus planejamentos. 

Há cerca de dois anos, essa ausência de plano municipal para destinação do lixo era observada em 21 cidades, como acompanha o Correio do Estado, situação observada agora em oito municípios que ainda não iniciaram seus devidos planejamento, sendo:

  • Bandeirantes
  • Ribas do Rio Pardo
  • Jaraguari
  • Maracaju 
  • Bela Vista
  • Angélica
  • Batayporã
  • Coronel Sapucaia

Situação da Capital

Nesse contexto de planejamento, Campo Grande finalizou seu plano de gestão de resíduos, apostando na opção de aterro sanitário como tipo de disposição escolhida, indicando ainda que possui coleta seletiva, porém sem inclusão de catadores nesse processo. 

Além disso, esse processo de coleta seletiva da Cidade Morena é descrito ineficaz, como bem disse a gestora ambiental, Ana Cristina Franzoloso anteriormente em entrevista ao Correio do Estado. 

Isso porque Campo Grande oferta a coleta seletiva em apenas alguns lugares, além do fato da população não colaborar com a separação adequada do lixo no descarte de recicláveis. 

Campo Grande conta até mesmo com uma legislação específica - a Lei Complementar n. 209/2012 - que inclusive multa aquele munícipe que não separar as porções de recicláveis. 

Pela lei, diante desse descarte inadequado, a lei estabelece que essa porção reciclável pode ser passível de multa que varia entre R$ 1.201,01 e 5.033,07.

 

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PORTO MURTINHO

Ponte da rota bioceânica atrasa e conclusão fica para 2026

Porém, mesmo que ficasse pronta em 2025, ela não poderia ser utilizada porque as obras de acesso estão só começando e vão levar ao menos dois anos

04/10/2024 10h46

Cerca de 60% dos trabalhos da ponte em Porto Murtinho estão concluídos e previsão é de que sejam concluídos em fevereiro de 2026

Cerca de 60% dos trabalhos da ponte em Porto Murtinho estão concluídos e previsão é de que sejam concluídos em fevereiro de 2026 Toninho Ruiz

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Inicialmente previstas para serem concluídas em novembro do próximo ano, as obras da ponte sobre o Rio Paraguai, em Porto Murtinho, devem sofrer um pequeno atraso e agora a previsão é de que os trabalhos terminem em fevereiro de 2026. 

Este atraso, porém, não fará diferença na implementação da chamada rota bioceânica, já que as obras de acesso a essa ponte no lado brasileiro mal começaram e devem ser concluídas somente no final de 2026, caso o cronograma seja cumprido à risca. 

Além disso, do lado paraguaio as obras de pavimentação de rodovias também só devem ser concluídas no final de 2026.

O trecho entre as cidades de Mariscal Estigarríbia e Poso Hondo, já próximo da fronteira com a Argentina, está em andamento e deve ficar pronto na mesma época em que serão concluídos os trabalhos de acesso à ponte em Porto Murtinho. 

As informações foram repassadas durante reunião de acompanhamento das obras da Rota Bioceânica na tarde dessa quinta-feira (3), coordenada pela Divisão de Integração de Infraestrutura do Ministério das Relações Exteriores.

O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, que participou da reunião, informou que o atraso na conclusão da ponte foi comunicado pelo Consórcio PYBRA, responsável pela obra. 

A ponte sobre o Rio Paraguai terá 1,3 mil metros e cerca de 60% dos trabalhos estão concluídos. Os custos, orçados em cerca de 95 milhões de dólares, estão sendo bancados pela Itaipu Binacional. 

“Vínhamos trabalhando com a possibilidade de ficar pronta em novembro de 2025, mas agora ficou para fevereiro de 2026. As obras estão em ritmo normal, já conseguiram recuperar o atraso da paralisação no lado brasileiro, então as contratações estão todas andando”, afirmou o secretário.

VAI DEMORAR

Mas, a parte mais atrasada é mesmo a construção da alfândega e dos 13 quilômetros da rodovia que vão interligar a BR-267 à ponte. Segundo Jaime Verruck, “já montaram o canteiro de obra e já receberam a ordem de serviço. Estão contratando as pessoas e iniciarão pela construção das pontes”.

No dia 20 de setembro, durante evento na Federação das Indústrias, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que as obras estavam começando exatamente naquele dia. 

“Eu fiz questão de vir hoje aqui na Fiems, porque é pé quente. Exatamente hoje começou a obra da alça dos 13 quilômetros. É importante lembrar que é uma alça, ela é suspensa tanto no início quanto no final da ponte, então ela tem uma complexidade. A ordem de serviço a gente deu em dezembro e a previsão era que as obras começassem em março. Mas o importante é que hoje iniciou”, afirmou a ministra naquele dia. 

As obras foram contratadas por R$ 472 milhões e serão bancadas pelo Governo Federal. A previsão é de que os trabalhos se estendam por dois anos e a meta é que ainda antes do final de seu terceiro mandato, no final de 2026, o presidente Lula venha a Porto Murtinho para inaugurar tanto a alça de acesso quanto a ponte, segundo a ministra.

A licitação das obras de acesso foi oficializada pelo DNIT em 16 de novembro do ano passado e o vencedor foi um consórcio denominado PDC Fronteira, formado pelas empreiteiras Caiapó, Paulitec e DP Barros, de Goiás e São Paulo, que venceram por terem oferecido o menor preço. 

A previsão é de que sejam gerados, inicialmente, 280 postos de trabalho diretos e 160 indiretos. 

Além do investimento de quase meio bilhão de reais na alça de acesso à ponte, o Governo Federal prevê investimento de R$ 200 milhões na recuperação do trecho final da BR-267, entre e Alto Caracol e Porto Murtinho.

 

INTERIOR

Gaeco faz operação contra compra de votos em MS

Ministério público encontrou lista com 900 nomes e valores ao lado que variavam entre 150 e 500 reais

04/10/2024 10h14

Ao todo 13 residências e cinco veículos foram alvos de busca e apreensão, com R$ 75 mil em espécie sendo apreendidos

Ao todo 13 residências e cinco veículos foram alvos de busca e apreensão, com R$ 75 mil em espécie sendo apreendidos Reprodução/Gaeco

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Sidrolândia, distante cerca de 70 quilômetros da Capital de Mato Grosso do Sul, amanheceu debaixo de uma devassa feita por policiais do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), mirando indivíduos ligados à então prefeita e candidata à reeleição, em apuração de possível compra de votos. 

Batizada de "Operação Vigília", cerca de 13 residências e cinco veículos foram alvos de busca e apreensão em Sidrolândia. 

Policiais devidamente trajados e carros oficiais foram vistos pelas ruas de Sidrolândia desde a primeira hora da manhã desta sexta-feira (04). Confira: 

Na mira

Longe pouco mais de 48 horas do primeiro turno das eleições deste ano, até mesmo o escritório de coordenação de campanha de Vanda, que fica no bairro Porto Seguro II, recebeu visita de agentes do Gaeco.

Essa ação obedece à decisão judicial do Juiz Eleitoral de Sidrolândia, que requereu ao Ministério Público investigação do crime de compra de votos e demais correlatos nesta eleição.

Das práticas criminosas, o grupo é investigado por planejar a compra de votos, coagindo eleitores, sendo que em apenas uma das casas, conforme o Ministério Público, foi encontrada uma lista com 900 nomes. 

Não só isso, mas ao lado dos nomes estavam listados uma série de valores, que variavam entre 150 e 500 reais, sendo que o Gaeco apreendeu aproximadamente R$ 75 mil em espécie na manhã de hoje (04), bem como diversos celulares. 

Além do escritório de campanha, conforme a mídia local, alguns nomes próximos da atual prefeita também foram visitados, como os ex-secretários de Fazenda e Saúde; Waldemar Acosta e a advogada Elaine Brito, respectivamente, entre outros. 

Também o nome que assumiu interinamente a Secretaria Municipal de Governo e Desburocratização, Edno Ribas e Ademir Osiro, ex da pasta de Turismo de Sidrolândia, aparecem nas apurações oficiais que até o momento não foram confirmadas pelo Gaeco. 
**(Matéria atualizada às 11h04 para correção de informações)

 

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