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RADARES

Empresa de São Paulo vai operar "Big Brother" do trânsito

Serget Mobilidade Viária venceu a concorrência para fiscalização eletrônica com proposta de R$ 47,9 milhões por dois anos de contrato com a prefeitura da Capital

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A Serget Mobilidade Viária foi a vencedora da licitação feita pela Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) para cuidar dos radares de Campo Grande.

Além dos equipamentos de costume para fiscalização do trânsito, também está prevista a implantação, por parte da empresa vencedora, de 85 câmeras de monitoramento, número quatro vezes maior que o atual, transformando o trânsito da Capital em um “Big Brother”.

A empresa venceu a concorrência com uma oferta de R$ 47,9 milhões, quase R$ 3 milhões a menos que os
R$ 50,2 milhões estipulados pelo certame.

O contrato deverá ser assinado em 15 dias, segundo consta no edital, já que não houve apresentação de recurso por parte das outras concorrentes.

A vencedora é de São Paulo, entretanto, tem filiais espalhadas por vários estados brasileiros, inclusive em Mato Grosso do Sul, onde tem um escritório em Anastácio.

Apesar de não ter firmado contrato anterior nem com o governo do Estado e nem com a Prefeitura de Campo Grande, a empresa atua em Mato Grosso do Sul em duas rodovias federais, a BR-262 e a BR-419.

O contrato com o Ministério dos Transportes foi firmado em 2023 e tem vigência até o ano que vem, para “implantação e manutenção de dispositivos de segurança e de sinalização rodoviária”.

Em Campo Grande, o contrato prevê que a empresa vencedora será responsável pela “instalação, monitoramento e manutenção dos equipamentos registradores de infrações, incluindo o fornecimento de plataforma de gestão de dados, central de monitoramento, sistema de análise e inteligência de imagens veiculares e o sistema de processamento de imagens e infrações de trânsito”.

Conforme mostrou matéria do Correio do Estado de maio deste ano, as câmeras serão do tipo pan-tilt-zoom (PTZ), equipamento que permite ao operador controlar remotamente a panorâmica, com movimentação horizontal de 360 graus e movimentação vertical de 180 graus (pan-tilt), além de produzir imagem de alta qualidade e ter memória de 512 MB RAM e 128 MB de memória flash. As câmeras deverão funcionar 24 horas por dia.

Atualmente, 20 câmeras PTZ já fazem o monitoramento de alguns pontos de Campo Grande, como na rotatória da Avenida Tamandaré com a Avenida Dom Antônio Barbosa e a Rua Dr. Euler de Azevedo e no cruzamento da Avenida Manoel da Costa Lima com a Avenida das Bandeiras.

Agora, porém, esse número será quadruplicado. Pelo documento, são sugeridos 65 novos endereços, o que significa que os 20 equipamentos já existentes devem ser mantidos ou aperfeiçoados.

A licitação também prevê a instalação e a manutenção de lombadas e radares eletrônicos em mais de 350 faixas de rolamento em Campo Grande.

Além dos equipamentos fixos, estão previstos mais três radares móveis de monitoramento de velocidade para a Capital.

TESTES

O edital também previa que os equipamentos seriam testados antes de a administração municipal declarar um vencedor. Em um dia de fiscalização, os equipamentos, aprovados pela equipe técnica do Executivo municipal, conseguiram flagrar uma série de infrações, que vão desde motoristas em alta velocidade até conversões proibidas e paradas indevidas pelas vias da Capital.

Os testes foram realizados no dia 6 em seis pontos distintos na cidade, sendo eles: 

  • Av. Afonso Pena esquina com a Rua Rui Barbosa no sentido centro/bairro;
     
  • Av. Júlio de Castilho, oposto ao número 810 no sentido bairro/centro;
     
  • Av. Duque de Caxias, próximo ao número 2.400 no sentido centro/bairro;
     
  • Rotatória na confluência das Avenidas Gury Marques, Costa e Silva, Senador Antônio Mendes Canale e Dr. Olavo Vilella de Andrade no sentido bairro/centro;
     
  • Av. Gury Marques próximo ao Anel Rodoviário no sentido bairro/centro; e
     
  • Sede Administrativa da AGETRAN (Av. Gury Marques, 2395).

O parecer técnico sobre os testes de seis tipos de equipamento trouxe que, logo no primeiro minuto de teste, no dia 6, um motociclista foi flagrado avançando o sinal vermelho no semáforo, como mostram os registros compilados.

Além disso, em um intervalo de apenas um minuto, por volta das 6h55min, o equipamento em teste na Afonso Pena flagrou dois veículos distintos cometendo infrações diferentes, sendo uma conversão proibida e uma parada indevida em cima da faixa de pedestres.

Antes do fim das 24 horas de teste dos equipamentos, esse radar ainda conseguiu captar uma série de outros veículos transitando pelo trecho em alta velocidade após as 19h.

CONTRATO ANTERIOR

A finalização deste processo de licitação põe fim ao contrato do município com o Consórcio Cidade Morena, que desde sua celebração, em 31 de agosto de 2018, já teve sete aditivos, que somaram R$ 54.820.284,75.

Apesar de ter acabado formalmente em setembro do ano passado, o grupo continuou operando os radares na Capital.

*Saiba

Apesar de o contrato com o Consórcio Cidade Morena ter acabado em setembro, o grupo seguiu aplicando multas, o que resultou em uma ação popular que pede a anulação de aproximadamente 320 mil autuações aplicadas no período na Capital. 

 

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Cidades

Com 2,5 milhões de doses aplicadas, MS é líder nacional de vacinação

Campanhas nas escolas foram o principal meio utilizado para ampliar a cobertura vacinal em crianças e adolescentes

16/12/2025 15h00

Arquivo/SES

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Segundo um levantamento divulgado pelo Centro de Liderança Pública CLP, Mato Grosso do Sul atingiu a marca de 100 pontos, nota máxima, no Ranking de Competitividade dos Estados 2025. Ao todo, foram mais de 2,5 milhões de doses de vacinas aplicadas em todo o estado.

Para atingir esse marco, houve um trabalho integrado entre Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), municípios e Governo Federal, com campanhas planejadas, profissionais capacitados e gestão estratégica, para garantir a proteção coletiva e o controle de doenças.

“Essa nota máxima em cobertura vacinal é fruto de um trabalho consistente e coletivo. Esse resultado não se explica em um único dado, mas na soma de profissionais preparados, campanhas planejadas com responsabilidade e uma gestão que coloca a saúde pública como prioridade. Cada dose aplicada representa proteção, confiança e futuro para nossa população”, destaca Frederico Moraes, gerente de Imunização da SES.

Metas atingidas

Diversos indicadores positivos na cobertura vacinal de Mato Grosso do Sul foram responsáveis pelo estado se destacar nacionalmente. Veja os dados extraídos da Rede Nacional de Dados em Saúde RNDS, referentes às doses aplicadas até o dia 01/10/25 às 00:00.

  • Cobertura vacinal infantil acima da meta: BCG (104,68%), Hepatite B >30d (103,80%), Pneumocócica 10 (96,23%), Rotavírus (93,51%) e a Tríplice Viral D1 (96,28%).
  • Campanhas sazonais de sucesso: mais de 1 milhão pessoas vacinadas contra Influenza, destas mais de 400 mil em grupos prioritários (crianças, gestantes e idosos).
  • Vacinas especiais e proteção ampliada: imunização contra dengue com mais de 200mil doses aplicadas, atingindo 100% da meta em 23 municípios do estado;
  • Introdução da dose zero contra sarampo; oferta da meningocócica ACWY dose de reforço aos 12 meses em todos os municípios; extensão da vacina contra o HPV para jovens e adolescentes não vacinados de 15-19 anos até dezembro de 2025 e dez anos sem casos humanos de febre amarela

Um ponto chave para a ampla cobertura vacinal foi o programa “Aluno Imunizado”, que intensificou as ações nas escolas para imunizar alunos e professores. A participação das escolas permitiu alcançar públicos estratégicos, reforçando a cultura de prevenção e a importância da vacinação desde cedo. 

Cidades

Padronização para horário de entrada e saída de hotéis começa a valer

Portaria do Ministério do Turismo deu 90 dias para estabelecimentos se ajustarem a novas regras para check-in e check-out

16/12/2025 14h00

Foto: Álvaro Rezende / Arquivo

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Começaram a valer nesta terça-feira (16) as novas regras para entrada e saída (check-in e check-out) de hóspedes em hotéis brasileiros. A mudança, promovida pelo Ministério do Turismo (MTur), define que a diária cobre 24 horas, dentro das quais os hotéis têm três horas para a arrumação dos quartos.

A regra permite que os hotéis definam seus próprios horários de check-in e check-out dentro desses critérios, e essas informações devem ser comunicadas ao hóspede de forma clara e prévia, tanto pelos hotéis como pelas agências de turismo e as plataformas digitais intermediárias de reservas.

A medida foi modificada por meio de uma portaria do MTur publicada em setembro, com prazo de 90 dias para vigorar.

Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Manoel Linhares, a prática já era adotada pelas redes de hotéis usualmente, mas havia um pedido do setor para que o assunto fosse regulamentado e incluído nas últimas mudanças promovidas na Lei Geral do Turismo.

“São três horas de intervalo entre as saídas e entradas dos hóspedes, para que nossos colaboradores tenham tempo de preparar a hospedagem e para que a gente possa receber melhor. Isso no Brasil já era de praxe, mas, com a regulamentação exata, serve para tirar qualquer dúvida”, explica.

Além das três horas de intervalo para limpeza da hospedagem, a regulamentação também flexibiliza a cobrança de tarifas diferenciadas para entrada antecipada ou saída postergada e detalha a comunicação sobre horários e frequência dos serviços de arrumação, higiene e limpeza da unidade habitacional.

Por meio de nota, a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), que reúne agências de viagens e operadoras, avaliou de forma positiva a regulamentação do tema.

“A definição objetiva do período de hospedagem ajuda a alinhar expectativas do viajante no momento da compra e reduz ruídos na comercialização de pacotes turísticos, trazendo mais segurança para toda a cadeia”, destaca.

Além de maior transparência, a flexibilização quanto às tarifas diferenciadas permite ajustes conforme a disponibilidade de cada meio de hospedagem informa a nota da Abav.

“Embora a adaptação possa exigir ajustes, especialmente para pequenos empreendimentos, a entidade entende que a medida acompanha práticas já adotadas internacionalmente e contribui para a modernização e competitividade do turismo brasileiro”, conclui.

Registro de Hóspedes

As mudanças promovidas pelo MTur incluem ainda a adoção do novo modelo digital da Ficha Nacional de Registro de Hóspedes (FNRH), em substituição ao modelo de papel. A portaria que trata do assunto foi publicada em novembro, com prazo de 90 dias para começar a valer em 13 de fevereiro.

Com a adoção da nova ferramenta, os estabelecimentos terão um QR Code, com link para a página de pré-check-in, que poderão ser preenchidas pelos hóspedes. No momento de entrada, o estabelecimento só precisará conferir os dados com os documentos apresentados.

“Fica o check-in mais tranquilo, tanto para a hotelaria como para o hóspede que, na sua chegada, já vem de um voo cansativo e, às vezes, pega um grupo e fica em uma fila esperando para preencher uma ficha, aquela coisa toda”, afirma Manoel Linhares.

A versão digital da ficha ficará também disponível na Plataforma FNRH Digital, com outras funcionalidades, como elaboração de relatórios analíticos, módulo de reservas e módulo de consulta para os hóspedes.

Demandas

De acordo com Manoel Linhares, as mudanças são regulamentações importantes para o setor, mas ainda há demandas a serem incluídas nas leis que tratam do turismo no país, como a regulamentação de aplicativos de hospedagem, como os que alugam imóveis por temporada.

“Nós, hoteleiros, geramos emprego e temos uma carga tributária muito alta, como é do conhecimento de todos. Nós temos a responsabilidade de dar o melhor aos nossos hóspedes, desde o check-in ao check-out. E o que acontece? Esses aplicativos não ficam nem no Brasil, então a operação é desigual”, avalia.

A demanda é antiga, mas com o surgimento de diferentes plataformas e o impacto sentido pelo setor, a avaliação da ABIH é de urgência.

“Só em Fortaleza, do ano passado para cá, fecharam seis hotéis. Se nós não tivermos essa demanda, vão fechar muitos hotéis, como já estão fechando no Brasil todo”, conclui Linhares.

A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com a assessoria do MTur sobre a regulamentação das plataformas para locação de imóveis por temporada. Até a publicação, não houve resposta. O espaço permanece aberto.

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