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Empresários pedem moratória da pesca do Dourado em Corumbá

Empresários pedem moratória da pesca do Dourado em Corumbá

SÍLVIO ANDRADE

05/04/2011 - 10h17
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Empresários de turismo de Corumbá, principal polo de pesca esportiva do Pantanal, lançaram campanha pela preservação do dourado, peixe considerado o rei dos rios, propondo a modalidade de pesque-solte por tempo indeterminado. A redução do estoque pesqueiro dos rios pantaneiros é uma constatação, sendo o dourado uma das espécies que sofre maior pressão por ser um peixe de característica esportiva.

A proposta, embora tenha alcançado sucesso na Argentina e Paraguai e se tornado lei em Cáceres (MT), onde está proibida por três anos a captura do dourado, há resistência de alguns setores. A Embrapa Pantanal, com sede em Corumbá, quer uma discussão mais ampla e sugere levar o assunto para análise do Conpesca (Conselho Estadual de Pesca), que hoje não tem conselheiros nomeados e está desativado.

Em Corumbá não se acha dourado nas bancas do porto geral, mantidas por pescadores profissionais, ou nos supermercados, contudo o pesquisador Agostinho Catella, da Embrapa, afirma que a espécie tem “alto valor de revenda” em Mato Grosso do Sul. Segundo ele, o peixe é fonte de renda para os pescadores profissionais. “Se deixarem de pescar que compensações vão ter?”, questiona o pesquisador. 

A posição do técnico, feita durante o lançamento da campanha, causou mal-estar no trade turístico, que esperava o respaldo do órgão federal. “O dourado não é consumido na região, não tem mercado, e se tem valor comercial fora do município é um fator ainda mais preocupante. Está havendo pressão da pesca profissional, pois hoje o amador quase não lacra o dourado”, contestou o empresário Luis Antônio Martins.

Estudos

Segundo a Acert (Associação das Empresas de Turismo de Corumbá), que se manifestou contra a nova lei de pesca estadual, considerada predatória, a maioria dos pescadores que vem ao Pantanal é favorável a não captura do dourado. “O pescador tem nos cobrado uma posição, o dourado desapareceu dos nossos rios. De dez peixes lacrados em Corumbá um é dourado”, diz a presidente Joice Santana Marques. Para Agostinho Catella, é preciso aprofundar os estudos relacionados ao pesque-solte. “Há indícios de que a mortalidade seja alta após a devolução do peixe ao rio, e que a proteção à espécie seria parcial”, sustenta. O pesquisador disse que a Embrapa Pantanal coleta dados e apresentará até meados do ano estudos sobre crescimento e avaliação do nível de exploração e rendimento da pesca do dourado. 

Uma lei

A campanha da Acert será desenvolvida junto aos pescadores amadores, os quais semanalmente lotam os barcos-hotéis e sobem o Rio Paraguai em busca de aventura. A entidade produziu material de divulgação e as operadoras estão pedindo adesão no ato da contratação da embarcação. “Se o pesque-solte deu certo na Argentina e no Paraguai por que não daria no Pantanal? Já estamos atrasados”, diz Joice.

“Na Argentina, a piranha deles hoje é o dourado”, completa a presidente da Acert, lembrando que a campanha pró-dourado quer mexer com o íntimo dos pescadores para conscientizá-los da importância de preservar a nobre espécie. “O nosso pescador também tem uma visão diferente hoje. Ele quer pescar o dourado por ser um peixe brigador, pela emoção. Quando muito pede para comer o peixe no barco”, diz ela.

O objetivo final da Acert é tornar o pesque-solte do dourado uma lei, como ocorreu em Cáceres. Na cidade mato-grossense, a iniciativa dos empresários de turismo teve o apoio da secretaria estadual de Meio Ambiente e a proibição da captura estende-se até 2013. A entidade também aguarda uma lei municipal que proíbe a saída do pescado, a fim de impedir a pesca predatória financiada por atravessadores.

Educação e ensino

UFGD divulga gabarito preliminar do vestibular 2026; confira

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

17/12/2025 18h18

Divulgação/ UFGD

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital.  

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

Confira a lista preliminar da 1ª opção de curso aqui!

Confira a lista preliminar da 2ª opção de curso aqui!

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Cidades

Tribunal de Justiça aprova projeto com 300 cargos para assessores de confiança

Aprovado na LOA para 2026, TJMS terá orçamento avaliado em mais de R$ 1,4 bilhão, o que equivale a um aumento de 7,3% em relação ao valor atual

17/12/2025 17h30

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul Foto: Divulgação / TJMS

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul aprovou, nesta quarta-feira (17), projeto que cria novos cargos em comissão de assessoria. De acordo com o órgão público, a medida busca enfrentar o aumento da demanda processual, reduzir atrasos e garantir melhores condições de trabalho às unidades judiciais, especialmente aquelas com maior acúmulo de processos.

Ao todo, o projeto prevê a criação de 300 cargos para assessores comissionados, sendo 50 vagas para assessor de desembargador e 250 para assessoria vinculados a juizes de primeiro grau, divididos em 150 para a entrância especial, 75 para a segunda entrância e 25 para a primeira entrância, além de cargos de assessoramento jurídico-administrativo. 

Durante a discussão na sessão administrativa do Órgão Especial, foi destacado que o Judiciário estadual enfrenta dificuldades decorrentes da vacância de cargos e da elevada carga de trabalho em determinadas varas. Como alternativa, a administração propôs a ampliação do número de assessores, priorizando juízos mais sobrecarregados, de forma gradual e conforme a disponibilidade orçamentária.

A iniciativa da presidência do TJMS, sob o comando do desembargador Dorival Renato Pavan, será submetida à apreciação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, após os trâmites necessários, poderá ser implementada conforme as possibilidades financeiras do Tribunal.

Aumento na gastança

Em meio ao cenário de corte de gastos por conta da queda na arrecadação de tributos, o Governo do Estado publicou, na terça-feira (16), no Diário Oficial, a Lei Orçamentária Anual (LOA), que prevê aumento de gastos nos Poderes.

Enquanto os orçamentos dos respectivos setores aumentaram em 7,9%, a estimativa de crescimento geral de receitas do Executivo, responsável pelos repasses a estes órgãos públicos, teve acréscimo de apenas 2,9%. 

O Tribunal de Justiça, que terá mais 300 salários de assessores para pagar caso seja implementado o projeto, simplesmente acrescentou R$ 100 milhões ao orçamento de 2026, passando dos atuais R$ 1.364.912.200,00 para R$ 1.464.780.100,00, o que equivale a um acréscimo de 7,3%.

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