Cidades

TRAGÉDIA AÉREA

Especialistas questionam causa de acidente aéreo na Coreia do Sul

Acidente aéreo matou pelo menos 179 pessoas neste sábado (28) quando um avião da Jeju Air explodiu no Aeroporto Internacional de Muan

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Especialistas em aviação questionam a principal hipótese levantada por autoridades sul-coreanas até aqui para explicar a causa do acidente aéreo que matou pelo menos 179 pessoas neste sábado (28) quando um avião da Jeju Air explodiu no Aeroporto Internacional de Muan, no sudoeste da Coreia do Sul.

Seis minutos antes da explosão e dois minutos antes de o piloto declarar emergência, a torre de controle emitiu um alerta sobre uma revoada de pássaros no local, disse a agência de notícias Yonhap. Em seguida, a torre autorizou o pouso.

As autoridades do país consideram a colisão contra essas aves a principal hipótese do acidente, e vídeos mostram a aeronave deslizando sem trem de pouso em alta velocidade antes de atingir um muro no fim da pista do aeroporto.

Mas até agora não há evidências de que essa colisão de fato ocorreu, e especialistas questionam a ideia de que um pássaro seria capaz de impedir a utilização do trem de pouso, bem como a resposta das autoridades após o acidente.

"Por que os bombeiros não despejaram espuma na pista [para retardar o avião]? Por que eles não estavam próximos quando o avião fez o pouso forçado? Por que o pouso não começou no início da pista? E por que havia um muro de alvenaria no final da pista?", disse o jornalista especializado Geoffrey Thomas à agência de notícias Reuters.

"Uma colisão com pássaros não é incomum e acontece com certa frequência, mas ela geralmente não causa uma perda total da aeronave por si só", acrescenta Thomas. Já o especialista em segurança aérea Geoffrey Dell disse que nunca viu "um choque com uma ave impedir a utilização do trem de pouso".
Além disso, os especialistas apontam que mesmo que um pássaro tenha danificado os motores da aeronave ao ser sugado pela turbina, eles não teriam parado de funcionar imediatamente, dando tempo para que os pilotos lidassem com a situação. Também não está claro por que o avião não perdeu velocidade depois de atingir a pista.

"Em uma situação como esta, quando é necessário aterrissar sem trem de pouso, o ideal é chegar com a menor quantidade de combustível possível, com bombeiros a postos, cobrindo a pista com espuma e selecionando o ponto mais distante do fim da pista para chegar ao solo", disse Thomas. "Essas medidas geralmente evitam uma tragédia."

Socorristas já encontraram as caixas-pretas do avião, responsáveis por gravar conversas na cabine do piloto e por armazenar dados do voo. Essas gravações serão cruciais para entender o que houve nos minutos anteriores à explosão, mas sua análise pode demorar meses para ser concluída.

O governo da Coreia do Sul, mergulhado em crise após o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol motivado por sua tentativa de autogolpe, declarou luto oficial de sete dias no país após o acidente, o pior envolvendo o país desde 1997.

O CEO da Jeju Air, Kim E-bae, emitiu um curto comunicado pedindo desculpas às famílias das vítimas e afirmando que apoiá-las é a maior prioridade da empresa neste momento.

O Ministério dos Transportes e Infraestrutura não se pronunciou sobre a causa do acidente, dizendo apenas que descartava o tamanho relativamente curto da pista, com 2,5 km de comprimento, como tendo sido determinante para a tragédia.

Testemunhas ouvidas pela imprensa sul-coreana relataram ter visto o avião tentar o pouso pelo menos uma vez antes de se chocar com a pista sem trem de pouso. Kim Yong-cheol disse ter ouvido um som de metal raspando contra uma superfície duas vezes antes da explosão.

Já a emissora News1 teve acesso às mensagens enviadas por um dos passageiros logo antes antes do acidente no qual ele relata ter visto um pássaro preso em uma das asas do avião. Segundo a News1, a última mensagem enviada foi: "devo dizer minhas últimas palavras?".

VEJA LINHA DO TEMPO DE PIORES ACIDENTE AÉREOS DA COREIA DO SUL

Explosão em Muan é a mais grave desde 1997
1983
Em um dos casos mais graves da Guerra Fria, a União Soviética confundiu um voo da Korea Airlines que invadiu seu espaço aéreo com um avião-espião e derrubou a aeronave, matando todas as 269 pessoas a bordo
1993
Avião da Asiana Airlines pousou fora da pista por engano devido ao mau tempo, causando a morte de mais de 60 pessoas
1997
Voo da Korean Air se chocou contra um morro próximo ao aeroporto de Guam, ilha no Pacífico, matando 228 dos 254 passageiros
2011
Aeronave de carga da Asiana Airlines caiu no mar depois de um incêndio em seu interior; os dois pilotos morreram
2013
Voo da Asiana Airlines se chocou contra muro ao pousar no Aeroporto de San Francisco, nos EUA, matando três pessoas e ferindo outras 180

POR: FOLHAPRESS

Cidades

Segurança passa mal ao inalar gás tóxico em posto de saúde de MS

O vazamento ocorreu na câmara fria da unidade, onde são armazenados os medicamentos

28/07/2025 18h13

Reprodução Governo do Estado

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O Corpo de Bombeiros foi acionado após um segurança inalar gás tóxico proveniente da câmara fria de um posto de saúde, no bairro Cohab, em Ladário, município localizado a 421 km de Campo Grande.

Uma equipe se deslocou para a unidade por volta das 19h21 de domingo (27). O posto fica na rua Nicola Scaffa e o chamado foi feito devido a um vazamento de gás na câmara fria, onde são armazenados os medicamentos da unidade.

Segundo informações levantadas com os profissionais que trabalham no local, o segurança do turno da noite passou mal após inalar o gás tóxico e precisou ser encaminhado ao pronto-socorro.

A equipe precisou entrar na unidade utilizando equipamentos de proteção respiratória. Os bombeiros abriram todas as portas e janelas para permitir a ventilação natural do ambiente.

Durante a inspeção, os bombeiros constataram que a câmara fria emitia um sinal sonoro, que estava ativado.

Após realizar todo o procedimento de segurança, a equipe repassou as orientações necessárias sobre os cuidados que devem ser adotados em casos de vazamento de gás tóxico.

O estado de saúde do profissional, assim como a origem exata do vazamento, não foi informado pela assessoria do Corpo de Bombeiros.

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Chamamento público

ONG intermedia obras ambientais de R$ 3,6 milhões em dois municípios de MS

Edital prevê obras que combatem a erosão do solo e o assoreamento de rios

28/07/2025 18h00

Foto: Divulgação

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Com obras em torno de R$ 3,6 milhões, o Instituto Taquari Vivo abriu processo seletivo para contratação de empresa especializada na readequação de estradas vicinais e construção de terraços nos municípios de Figueirão e Alcinópolis.  A ONG venceu o Edital de Chamamento Público lançado pelo Governo do Estado e intermediará as obras que combatem a erosão do solo e o assoreamento dos rios da região. 

As intervenções devem beneficiar diretamente áreas de alta vulnerabilidade ambiental. Os municípios possuem solos arenosos e são fortemente impactados pelas condições precárias das estradas e pelo uso intensivo do solo, o que agrava o carreamento de sedimentos para os cursos d’água.

A contratação prevê a execução de 25 quilômetros de readequação de estradas rurais de leito natural, 375 quilômetros de terraços com camalhão central e 2.460 encabeçamentos nas extremidades dos terraços em cada um dos dois municípios. O objetivo é conter a erosão e impedir que sedimentos continuem impactando negativamente os rios locais.

A empresa vencedora terá até 180 dias para concluir os trabalhos após a emissão da ordem de serviço, com possibilidade de prorrogação mediante justificativa técnica. A fiscalização e a aprovação das obras ficarão sob responsabilidade do próprio Instituto Taquari Vivo.

Ainda segundo o edital, não será permitida subcontratação, e as empresas deverão comprovar experiência prévia na execução de obras similares, além de equipe técnica  para garantir o cumprimento das metas ambientais e estruturais previstas.

Serviço

As empresas interessadas devem encaminhar suas propostas até o dia 14 de agosto de 2025, às 17h30, para o e-mail [contato@taquarivivo.org]. O processo seletivo será conduzido com base no critério de menor preço global. 

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