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Sérgio Coutinho volta ao centro das investigações em esquema de fraudes em Bonito

Investigação do Ministério Público revela que alvos da operação Águas Turvas já apareciam nas operaçãos Turn Off (Governo do Estado) e na Velatus (Terenos)

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A investigação da Operação Águas Turvas, do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), detalha o caminho percorrido por pelo menos R$ 95 mil em propinas que teriam sido pagas pelo empresário Genilton da Silva Moreira ao então Secretário de Finanças de Bonito, Edilberto Cruz Gonçalves.

As evidências, baseadas em extratos bancários e trocas de mensagens, mostram um esquema sofisticado para ocultar os pagamentos, utilizando "laranjas" que foram alvo de outras operações no Estado: o pai dos irmãos Coutinho, investigados na Operação Parasita e Turn Off, Sérgio Duarte Coutinho.

Sérgio Duarte Coutinho Júnior e seu irmão Lucas Coutinho foram alvos da Operação Turn Off, em novembro de 2023. A investigação revelou um esquema de fraude em licitações das secretarias estaduais de Saúde e de Educação. Os irmãos são investigados por negociar propina a servidores públicos em troca de favorecimento em contratações e vantagem sobre concorrentes.

Trecho do diálogo entre os investigados que aparece nas investigações do MPMS

Águas Turvas 

A investigação aponta que, após a Prefeitura de Bonito realizar pagamentos às empresas de Genilton Moreira por obras supostamente direcionadas, o secretário Edilberto Cruz Goncalves, o Beto, iniciava a cobrança da vantagem indevida.

Em uma das negociações, após a prefeitura pagar R$ 181.989,73 à empresa, em 26 de julho de 2022, Genilton sacou R$ 30 mil em dinheiro e combinou um encontro com o secretário, que sugeriu que se encontrassem no trajeto para Miranda para "dividir o caminho".

Em outra ocasião, para o pagamento de R$ 35 mil, Edilberto enviou a Genilton os dados de duas chaves PIX terceiros. Uma delas, de R$ 15 mil, para Sergio Duarte Coutinho, cujo nome e de seus filhos, segundo o GECOC, já apareceram em outras operações contra a corrupção, como a "Parasita" e a "Turn Off".

As conversas via WhatsApp revelam a naturalidade com que as transações eram tratadas. Após receber R$ 457 mil da prefeitura, em 19 de agosto de 2022, por serviços de manutenção em pontes de madeira, Genilton envia uma mensagem a Edilberto, que responde com um áudio: "Ta rico kkkk". Dias depois, o empresário confirma o repasse da propina: "Deu certo lá viu, eu esqueci de te avisa aí".

A investigação aponta que, após a Prefeitura de Bonito realizar pagamentos às empresas de Genilton por obras supostamente direcionadas, o secretário Edilberto iniciava a cobrança da vantagem indevida. 
Prefeituras investigadas

O Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) e a 1ª Promotoria de Justiça de Bonito instauraram um procedimento investigatório criminal para desarticular um suposto esquema de fraudes em licitações, corrupção e organização criminosa na Prefeitura de Bonito.

A investigação mira altos funcionários da administração municipal, incluindo o Secretário de Finanças, Edilberto Cruz Gonçalves, e empresários da construção civil.

A apuração teve início de forma inesperada, a partir de provas encontradas durante a Operação Velatus, em Terenos, que revelaram um esquema paralelo em Bonito. Em Terenos, o esquema levou a prisão do prefeito Henrique Budke (PSDB). O empresário Genilton da Silva Moreira, que estava preso pela investigação em Terenos até semana passada, foi detido novamente na terça-feira. 

O esquema, segundo o Ministério Público, envolvia desde a fase de planejamento das obras até o pagamento. Servidores públicos, como a gerente de licitações Luciane Cintia Pazette e o fiscal de obras Carlos Henrique Sanches Corrêa, são investigados por supostamente "moldar" os editais para favorecer empresas específicas, como a Base Construtora, de Genilton da Silva Moreira, e a Lopes & Lopes Construtora.

As conversas interceptadas mostram diálogos explícitos sobre o direcionamento de obras, a combinação de exigências técnicas nos editais e o posterior acerto de propinas. O MP apura os crimes de fraude à licitação, corrupção ativa, corrupção passiva e organização criminosa.
 

A defesa do empresário foi procurada e, até o momento desta publicação, não havia respondido. O espaço segue aberto para manifestações.

 

Memorando de Entendimento

MS será palco de 'teste agropecuário' com a Google

Agronegócio sul-mato-grossense tende a ser beneficiado com este acordo, sendo palco de testes para modelos que visem elevar os níveis de produtividade, além de apoiar decisões do produtor 

06/12/2025 13h30

A inteligência artificial no campo, segundo o Governo do Estado, pode otimizar toda a cadeia produtiva, aprimorando por exemplo, entre outros pontos, até mesmo a previsão climática. 

A inteligência artificial no campo, segundo o Governo do Estado, pode otimizar toda a cadeia produtiva, aprimorando por exemplo, entre outros pontos, até mesmo a previsão climática.  Reprodução//Secom-GovMS/Saul Schramm

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Através de um acordo de cooperação técnica assinado recentemente, Mato Grosso do Sul está prestes a se tornar palco de um "teste agropecuário" com o Google. 

O Memorando de Entendimento (MoU) assinado com a Google Brasil, conforme o Governo de MS em nota, prevê "cooperação em tecnologia, inteligência artificial e infraestrutura em nuvem, envolvendo áreas essenciais da administração pública". 

Distante aproximadamente uns 980 quilômetros da Capital, o governador de Mato Grosso do Sul viajou com sua equipe de secretários de Estado - Rodrigo Perez (Governo e Gestão Estratégica) e Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) -  até o "coração" da popular Faria Lima, para reunião com executivos da empresa na sede da Google. 

Durante assinatura, Riedel relembrou o foco do Executivo sul-mato-grossense na transformação digital, que ele diz ser fundamental para a "efetividade da gestão estratégica sair do papel e ser executada", alcançando finalmente a população. 

Entre todos os focos a serem abordados, o agronegócio sul-mato-grossense tende a ser beneficiado com este acordo, sendo palco de testes para modelos que visem elevar os níveis de produtividade, além de apoiar as decisões do produtor. 

A inteligência artificial no campo, segundo o Governo do Estado, pode otimizar toda a cadeia produtiva, aprimorando por exemplo, entre outros pontos, até mesmo a previsão climática. 

Em complemento Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, apontou os índices de crescimento econômico e social sul-mato-grossense, que só tendem a melhorar com as ações de modernização e otimização de políticas públicas que passarão a contar com maior amparo tecnológico. 

"Mato Grosso do Sul já é uma potência no agronegócio e a tecnologia pode ser uma aliada para o crescimento do Estado. Queremos apoiar o Governo do Estado a levar o impacto positivo da tecnologia para a população", disse o executivo em nota. 

Demais áreas

Além do campo, as tecnologias do Google também devem ser aplicadas nas mais diversas áreas, possibilitando um melhor desempenho para alunos e até aumentando a eficiência administrativa das unidades escolares da Rede Estadual de Ensino (REE). 

As chamadas soluções de nuvem (para armazenamento de dados e sistemas online) e machine learning (aprendizado de máquina) permitiram um avanço na organização de dados, por parte da gestão pública, além de trazer mais transparência e economia dos recursos.

Toda essa nova base de dados permitirá, ainda, no futuro, que novas aplicações da Inteligência Artificial sejam integradas aos serviços essenciais à população, beneficiando áreas como saúde, segurança e finanças, como bem cita o Governo do Estado. 

Na visão do Executivo de MS, esse novo acordo é tido como um passo decisivo rumo a uma administração mais moderna, inteligente e conectada às necessidades da população. 
**(Com assessoria)

 

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SEM ACORDO

Dentistas negam proposta de Adriane Lopes e podem virar ano em greve

Categoria está em estado de greve desde o dia 15 de novembro, e acordo com o executivo municipal ainda está 'longe' de acontecer

06/12/2025 12h30

Proposta da Prefeitura foi abaixo do esperado pela classe, que recusou em Assembleia nesta sexta-feira (5)

Proposta da Prefeitura foi abaixo do esperado pela classe, que recusou em Assembleia nesta sexta-feira (5) Foto: Divulgação/Sioms

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Há cerca de 20 dias em estado de greve, os dentistas que trabalham na rede pública de Campo Grande negaram a proposta da Prefeitura e indicaram entrar em greve a partir do dia 17 de dezembro, seguindo assim por 30 dias caso não haja acordo com o executivo municipal.

Desde o dia 15 de novembro, o Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul (Sioms) e a Prefeitura Municipal de Campo Grande estão em sério debate sobre o descumprimento judicial referente ao reposicionamento do plano de cargos e carreiras, provisionado desde 2022.

Nesta última semana, o executivo enviou uma proposta à categoria, para tentar chegar a um acordo antes que uma paralisação ocorra.

Sobre o reposicionamento do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR):

  • 30% dos reflexos financeiros no mês de maio de 2026;
  • 35% no mês de maio de 2027;
  • 35% no mês de fevereiro de 2028;

Já sobre o auxílio alimentação:

  • 50% dos reflexos financeiros no mês de outubro de 2027;
  • 50% no mês de março de 2028;

Sobre o índice inflacionário, a Prefeitura pontuou “estar impossibilitada por questões legais”.

Porém, a proposta foi negada pela categoria. Na assembleia desta sexta-feira (5), além de votar sobre o acordo ou não com o executivo, os dentistas também indicaram data para a greve, iniciando-se no dia 17 de dezembro e durando cerca de 30 dias, ou seja, até dia 17 de janeiro. Todavia, a data é passível de alteração e até anulação caso as partes entrem em acordo.

“Haverá um cuidado, que foi discutido nesta Assembleia, para não haver prejuízos à população, tanto que 100% dos atendimentos em plantões, sejam ambulatoriais ou emergenciais, vão continuar em funcionamento. Então, a população que tiver alguma situação de dor ou de procura do cirurgião-dentista da unidade de saúde, de emergência, terá seu atendimento garantido”, explica o presidente do Sioms David Chadid.

Novela

A categoria afirma que o movimento é consequência do descumprimento, por parte da gestão municipal, do prazo judicial para efetivar o reposicionamento salarial determinado pela Justiça, decisão já confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Desde maio deste ano, a categoria busca reaver ajustes salariais que ficam entre 15% e 68%.

O descumprimento da liminar que garante a progressão vertical da carreira foi considerado o estopim para a organização da assembleia, uma vez que, segundo o sindicato, os profissionais estão há três anos sem atualização salarial e a não regulamentação do auxílio-alimentação.

Entre os pedidos, os sindicalistas querem a implementação a partir de abril de 2026 de auxílio alimentação de R$ 800, além de reposição de 15% sobre os pagamentos de plantões a partir de setembro do próximo ano - sendo os dois últimos pedidos escalonados em duas parcelas. 

Além de reposições salariais, a categoria também está pedindo melhores condições de trabalho. Em uma assembleia recente, cerca de 100 dentistas relataram condições precárias de trabalho nas unidades municipais de saúde, incluindo compressores quebrados, falta de insumos básicos, como luvas e rolinhos de algodão, além da pressão crescente sobre os profissionais, fatores que, segundo o sindicato, impactam diretamente a qualidade do atendimento à população.

*Colaborou Alison Silva

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