Publicação do diário oficial do Estado desta quarta-feira (27) rejeitou recurso administrativo e desclassificou em definitivo a primeira colocada na disputa pela concessão dos 870 quilômetros da Rota da Celulose e declarou vencedora a segunda colocada, o Consórcio Caminhos da Celulose, comandado pela XP Investimentos e uma séria de construtoras.
“O Secretário de Estado de Infraestrutura e Logística no uso de suas atribuições, ratifica o PROVIMENTO ao recurso apresentado pelo Consórcio Caminhos da Celulose, declarando a inabilitação do Consórcio K&G Rota da Celulose, formado pelas empresas K INFRA CONCESSÕES E PARTICIPAÇÕES LTDA e GALAPAGOS PARTICIPAÇÕES LTDA”, diz texto assinado pelo secretário Guilherme Alcântara de Carvalho.
Esta publicação, porém, não significa que o segundo colocado já possa assinar o contrato, pois o consórcio desclassificado ainda estuda a possibilidade de recorrer judicialmente para conseguir a concessão das rodovias BR-262 (entre Campo Grande e Três Lagoas), a BR-267 (entre Bataguassu e Nova Alvorada do Sul) e a MS-040 (entre Campo Grande e Bataguassu).
Além disso, a comissão de licitação que está à frente do processo também ainda precisa de manifestar sobre o imbrógli. Até esta manhã, porém, a comissão não havia se pronunciado sobre um recurso apresentado pela K&G em 11 de agosto.
A segunda colocada recorreu administrativamente depois que o Dnit e a ANTT expulsaram a K-Infra da BR-393, conhecida como Rodovia do Aço, no Rio de Janeiro, por conta de dívidas da ordem de R$ 1,6 bilhão e por conta da falta de manutenção da rodovia.
Foi com base na experiência na administração desta rodovia carioca que o consórcio K&G foi habilitado para participar da licitação. Porém, com a perda desta certificação, a segunda colocada exigiu sua inabilitação e o Governo do Estado atendeu ao pedido.
O leilão aconteceu no dia 8 de maio na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Quatro grupos participaram da disputa. A primeira colocada ofereceu deságio de 9% sobre o valor máximo dos pedágios estipulado pelo edital.
A segunda colocada, declarada vencedora agora, havia oferecido desconto um pouco menor, de 8%. O consórcio que tende a assumir as rodovias é formado pela XP Fundo de Investimentos e uma série de construtoras, como CLD, Caiapó, Ética, Conter e a Disbral (Distribuidora Brasileira de Asfalto).
Em Mato Grosso do Sul, a construtora goiana Caiapó já atua em grandes obras. Está à frente pavimentação da BR-419, na região de Aquidauana, e da construção do acesso à ponte sobre o Rio Paraguai, em Porto Murtinho. Juntas, as obras garantirão mais de R$ 1 bilhão em faturamento à empreiteira.
Outra integrante do consórcio é a construtora Ética, que também atua em Mato Grosso do Sul há pelo menos cinco anos, fazendo a manutenção de 474 quilômetros de rodovias da regional de Costa Rica. A empreiteira, também com sede em Goiás, está prestes a ser declarada vencedora em uma licitação de R$ 90,5 milhões para pavimentar 31 quilômetros da MS-245, no município de Bandeirantes.
Conforme o edital, a empresa vencedora tetá de fazer 115 km em duplicações, 245 km em terceiras faixas, 12 km de marginais, implantação de 38 km em contornos em três cidades. A malha passará ainda a ter 100% de acostamento, o que representa mais de 450 quilômetros.
A previsão é de que o tráfego seja retirado de cidades como cidades de Ribas do Rio Pardo, Água Clara e Bataguassu.
O pedágio será cobrado em doze pontos diferentes, mas em nenhum deles haverá a construção de praças de pedágio, já que toda a cobrança terá de ser feita por meio de tags de cobrança automatizada.


