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Estudantes aprovam medidas de biossegurança no primeiro dia de prova do Enem

Em meio a pandemia do Coronavírus, alunos enfrentam novas regras e se surpreendem com tema da redação

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Com a pandemia da Covid-19 as regras de biossegurança foram mais uma das preocupações dos estudantes que realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) hoje (17). Mesmo assim, participantes aprovam medidas e relataram que a surpresa foi o tema da redação no primeiro dia de prova. 

Neste domingo (17), 82.638 pessoas realizaram a prova do Enem em Mato Grosso do Sul. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) determinou o adiantamento do horário de abertura dos portões para 10h30 e adotou um conjunto de medidas de biossegurança para aplicação da prova.  

O número de estudantes por sala foi reduzido para 50% da capacidade de ocupação total, e todos os locais de prova foram higienizadas antes e depois da avaliação. O uso de máscara é obrigatório durante toda a prova, sob pena de eliminação do participante. 

A higienização das mãos com álcool em gel foi obrigatória quando os participantes acessaram as salas.

O estudante, Luiz Guilherme, 18 anos, explica que é a segunda vez que faz o Enem, e notou que este ano o número de pessoas em sala foi muito menor. “As questões de biossegurança foram bem respeitadas. Eles permitiram tirar a máscara apenas para comer, mas em questão de segurança foi de boa”.  

Guilherme detalha que algumas pessoas tiraram a máscara para comer durante a prova, mas logo colocaram novamente. “Só uma pessoa tirou e não colocou quando acabou de comer e foi advertida, veio um fiscal e já pediu para ela colocar novamente”.  

Segundo Guilherme, a única dificuldade durante o exame foi o calor, pois todas as portas e janelas estavam fechadas e o ar-condicionado desligado. “Eu poderia ter me sentido mais seguro se as janelas e portas estivessem abertas, porque estava tudo fechado, mas o distanciamento foi bem seguro”.  

Kevin Lima Carvalho, 19 anos, relata que pretende cursar tecnologia da informação e, este ano fez o Enem pela segunda vez. Ele explica que todos respeitaram as medidas de biossegurança, por isso se sentiu seguro em realizar a prova. 

“Só a máscara que é meio ruim dá um pouco de falta de ar, foi o que pode ter dificultado mais esse ano, mas foi tudo tranquilo”, relata.  

Hoje (17) os portões para o Enem abriram às 10h30 para a primeira fase da prova. Apesar das medidas de biossegurança serem seguidas nas salas, pequenas aglomerações foram geradas na entrada do local da avaliação, com filas grandes e sem distanciamento.

Tema da redação

Este ano o tema da redação do Enem foi “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”. Os participantes devem fazer um texto dissertativo-argumentativo, apresentar opiniões e organizar a defesa de um ponto de vista em relação ao tema.  

De acordo com Guilherme, o tema foi pertinente, mas esperava algo diferente para este ano, com um contexto relacionado à pandemia ou ao governo federal. 

“Achei bem tranquilo o tema, mas achei que pelo ano que a gente está, não foi muito dentro do contexto do que podia ser falado. Mesmo sendo escolhido bem antes, ninguém esperava esse tema, foi bem aleatório, que nem ano passado que foi sobre a desburocratização do acesso ao cinema”, relata.  

Já Carvalho explica que achou o tema forte e teve dificuldade em começar o texto, mesmo assim conseguiu concluir. “No começo eu pensei em não fazer porque achei um tema muito pesado, por que eu conheço bastante gente com depressão, mas depois eu consegui, escrevi as 30 linhas, mas foi um tema muito complicado”.

Neste domingo, os participantes realizaram as provas objetivas de linguagens e ciências humanas, com 45 questões cada, e a prova de redação. Os estudantes tiveram cinco horas e 30 minutos para completar as questões.  

Próximos dias de prova

O segundo dia de prova será realizado no dia 24 de janeiro (domingo), com questões de ciência da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias. Além das provas impressas, 1.924 pessoas farão a prova de forma digital, que será realizada nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.  

Quem testar positivo ou tiver sintomas de Covid-19 e outras doenças infectocontagiosas até o momento do exame não deverá comparecer ao local de prova e entrar em contato com o Inep pelo telefone 0800-616161. 

Os estudantes que apresentarem justificativa poderão fazer a prova na data de reaplicação do Enem, nos dias 23 e 24 de fevereiro.  

CORONAVÍRUS

Atraso da vacina atualizada da Covid atrai críticas de fora da política ao governo Lula

No início da semana, a pasta atribuiu a demora na compra das vacinas ao processo de compra

19/04/2024 16h00

Integrantes da comunidade científica, profissionais de saúde, entre outros grupos, lançaram nesta semana um abaixo-assinado cobrando do Ministério da Saúde a entrega das vacinas preparadas para novas variantes. Myke Sena / Ministério da Saúde

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O atraso na compra da vacina atualizada da Covid tornou o governo Lula (PT) alvo de críticas que extrapolam o campo da política e grupos como o centrão.

Integrantes da comunidade científica, profissionais de saúde, entre outros grupos, lançaram nesta semana um abaixo-assinado cobrando do Ministério da Saúde a entrega das vacinas preparadas para novas variantes e mais medidas para fortalecer o combate à doença que matou ao menos 3.012 pessoas em 2024 —cerca do dobro das 1.544 mortes confirmadas por dengue no mesmo período.

"É inadmissível o total abandono que estamos vivendo em um país reconhecido mundialmente por nossas campanhas de vacinação e por um governo eleito com esta pauta", afirma o texto publicado no site "Qual Máscara?", que reúne informações sobre o combate ao novo coronavírus.

Procurada nesta sexta-feira (19), a Saúde não se manifestou sobre as críticas. No início da semana, a pasta atribuiu a demora na compra das vacinas ao processo de compra e afirma que faz o possível para agilizar o contrato.

O documento recebeu originalmente 15 assinaturas. Mais de 1.780 pessoas aderiram à carta após o texto ser divulgado nas redes sociais.

A conduta negacionista de Jair Bolsonaro (PL) na pandemia e o desdém do ex-presidente pelas vacinas foram fortemente explorados por Lula na campanha eleitoral de 2024. A falta de novas doses, agora, levanta críticas à gestão petista.

Em fevereiro, a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, afirmou no X que a vacina adaptada à variante XBB chegaria ao Brasil no mês seguinte. Em março, a ministra Nísia Trindade prometeu começar a vacinar grupos prioritários em abril.

O imunizante, porém, ainda não foi comprado, o que fez a Saúde adiar o começo da campanha de imunização da Covid-19.

Integrantes da Saúde esperam fechar nesta sexta-feira (19) a compra da vacina da Moderna. O Departamento de Logística da pasta já deu aval para adquirir 12,5 milhões de doses, por R$ 725 milhões.

A ideia do ministério é que um primeiro lote chegue ao Brasil em cerca de uma semana. Como é preciso distribuir os imunizantes aos estados e municípios, a nova projeção é de começar a campanha em maio.

"Vai haver uma necessidade anual de atualização [das doses]. O Brasil é que dormiu no ponto, não comprou as vacinas", afirma Monica De Bolle, professora de economia na Universidade Johns Hopkins e mestre em Imunologia e Microbiologia pela Universidade de Georgetown. Ela também assina a carta publicada no site "Qual Máscara?".

De Bolle diz que a vacina bivalente, última ofertada pelo SUS, já está desatualizada e não protege corretamente contra as formas predominantes da Covid-19.

"A bivalente tem dois pedaços da proteína Spike, que é a de superfície do vírus, a principal, que conecta o vírus às nossas células. Essa vacina tinha a versão original da Spike, ainda do vírus que emergiu de Wuhan, e mais uma versão da Spike de uma variante da Ômicron que não está mais em circulação", explica. "Como nem o vírus original de Wuhan nem essa variante específica estão em circulação, a bivalente é uma vacina que não adianta muita coisa."

A Anvisa aprovou há quatro meses o uso no Brasil da vacina da Pfizer para a variante XBB. Em março, concedeu o mesmo aval para o imunizante da Moderna.

O ministério afirma que planejava uma compra de imunizantes no meio de 2023, mas aguardou estas novas versões surgirem no mercado. A Saúde abriu um processo de compra emergencial das 12,5 milhões de doses após o aval dado à Pfizer.

O período de lances para a proposta de contrato da vacina começou em 8 de março. Participaram da disputa Pfizer e Moderna, que apresentou menor preço. Mais de um mês depois, ainda não há desfecho da compra. A Saúde espera anunciar a contratação nesta sexta, e atribui o atraso aos recursos apresentados na inédita disputa de duas empresas por um contrato de vacina do SUS.

A carta direcionada à Saúde, publicada no site "Qual Máscara?", também reclama da entrega de doses desatualizadas às crianças.

"Ainda em 2023, as crianças ficaram privadas da dose atualizada da versão infantil da vacina bivalente, tendo de contar apenas com as vacinas produzidas para as cepas originais, que não estão mais em circulação. A vacina mais atual, desenvolvida contra a variante XBB, está disponível para o público do hemisfério norte desde setembro de 2023, com dose de reforço já liberada para a vacinação de idosos nos Estados Unidos desde fevereiro de 2024", diz o texto.

O mesmo documento mostra preocupação com o número de doses da compra emergencial, que não cobre nem sequer grupos prioritários, também aponta falta de dados confiáveis sobre a doença e baixa testagem no Brasil.

A Saúde afirma que também fará outra compra regular de vacinas —o plano da pasta é adquirir cerca de 70 milhões de imunizantes neste ano.

"Países como os Estados Unidos, Dinamarca, Japão, Chile e Paraguai já vacinam a população desde o segundo semestre de 2023 [com doses preparadas para a XBB]. O Ministério alega que as vacinas bivalentes protegem igualmente (o que não é verdade), mas cidades como o Rio de Janeiro sinalizam a falta completa de estoque de vacinas bivalentes para Covid", afirma ainda o grupo, na carta direcionada à Saúde.

Nas redes sociais, o divulgador científico Atila Lamarino também questionou a estratégia do governo Lula sobre a Covid. "Com tantos sinais conflitantes, queria entender qual estratégia pretendem seguir e o porquê", disse em publicação no X.

Questionada sobre críticas que a atual gestão pode receber pela falta de doses no início da semana, Ethel Maciel disse que o ministério fez todo o possível para acelerar o contrato.

"A gente depende da aprovação da Anvisa [do registro da vacina atualizada], que aconteceu em dezembro. A gente iniciou a compra, que está acontecendo agora. Tivemos essa questão do pregão, com duas concorrentes. Do ponto de vista do Ministério da Saúde, tudo o que poderia ser feito para que o processo fosse o mais célere possível, foi feito", disse a secretária.

Servidores

Governo Lula amplia proposta de reajuste para 9,5% para servidores federais da educação

Para o ano que vem, o governo aumentou a proposta de reajuste de 4,5% para 9,5%. E para 2026, saiu de 4,5% para 3,5%

19/04/2024 14h00

O governo também acolheu a maioria dos pedidos para reestruturação da carreira. Foto: Gerson Oliveira

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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez nesta sexta-feira (19) uma contraproposta a técnicos e servidores da educação para 2025 e 2026 em numa nova mesa de negociação.

Para o ano que vem, o governo aumentou a proposta de reajuste de 4,5% para 9,5%. E para 2026, saiu de 4,5% para 3,5%. Além disso, os pagamentos já seriam feitos em janeiro de 2026, não em maio, como é praxe.

O governo também acolheu a maioria dos pedidos para reestruturação da carreira.

A proposta foi feita em reunião de lideranças sindicais no Ministério da Gestão e Inovação com integrantes do governo. Em frente à sede da pasta estavam integrantes da categoria em protesto.

Do lado do Executivo estiveram presentes o secretário-executivo-adjunto da Educação, Gregório Grisa, e o secretário de Gestão de Pessoas, José Celso Cardoso.

Também participaram representantes da Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil) e do Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica).
De acordo com o governo, há 220 mil pessoas nesta carreira.

"A gente colocou na mesa agora, para avaliação das entidades, para apreciação dos sindicatos, uma proposta de reajuste que representa um avanço expressivo, quando comparada à proposta que o governo fez ainda no final do ano, que era de 4,5% em 2025, 4,5% em 2026", disse Grisa.

"A gente traz a proposta agora, inclusive adiantando para o mês de janeiro de 2025, já ter 9% em 2025. Então a gente dobra a proposta feita anteriormente para essa carreira de técnicos administrativos", completou.

Ao final da reunião, os secretários do governo falaram com jornalistas sobre a proposta. À tarde, a mesa de negociação será com professores.

Docentes de universidades, centros de educação tecnológica e institutos federais das cinco regiões do Brasil entraram em greve no último dia 15, após o governo não prever reajuste às categorias.
Eles exigem aumento salarial de 22%, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06% —a primeira ainda para este ano e outras para 2025 e 2026.

De acordo com balanço de quinta-feira (18) da Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), há 24 instituições paralisadas e outras 11 com indicativo de greve. Já a Fasubra diz que 66 das 69 instituições aderiram à greve.

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