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PANDEMIA

Estudo aponta pico da Covid-19 na véspera do aniversário de Campo Grande

Pesquisadores afirmam que projeção pode não se concretizar se população tomar medidas, como o isolamento

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Com média diária de 388 casos de coronavírus, Campo Grande pode chegar ao pico da Covi-19 no dia 25 deste mês, véspera do aniversário da cidade.

É o que aponta pesquisas desenvolvidos pelas Universidades Federal e Estadual de Mato Grosso do Sul (UFMS e UEMS), apresentadas nesta quarta-feira (19) na Câmara Municipal de Campo Grande.

Dados indicam que até o fim do mês a Capital deve ter 21.670 casos confirmados. Até esta quarta-feira, são 16.988 já confirmados e 254 mortes.

Segundo pesquisadores, essa projeção deve se concretizar caso o comportamento atual da população se mantenha, principalmente no tocante ao distanciamento social, que tem tido baixos índices, com média de 37%.

Conforme os professores Earlandson Ferreira Saraiva, do Instituto de Matemática da UEMS, e Leandro Sauer, da Escola de Administração e Negócios da UFMS, estimativas são feitas com bases em estudos matemáticos que demonstram também que a ocupação de leitos pode chegar a 95%, com possível colapso.  

“Temos um cenário de estabilização, mas manter ou não depende do comportamento das pessoas, o que influencia nos números”, afirmou o professor Earlandson, acrescentando que, mesmo estáveis, as confirmações continuam altas.  

Dados apresentados também mostram que, apesar do aumento de confirmações em agosto, ritmo está menor do que o inicialmente projetado.  

Outra pesquisa, apresentada pelo professor doutor Sandro Marcio Lima, da UEMS, que compara o cenário mundial do coronavírus com o local, aponta que a doença ainda não chegou ao ápice no país.  

Segundo ele, os números estão altos, mas estacionados no mesmo patamar.

“Este comportamento vai se manter? Vai subir ou descer? É o grande gargalo! Nada garante que é o patamar máximo. Está estacionado num patamar elevado. Não dá para acreditar que ainda não teremos ocupação de leitos ainda elevada”, afirmou.

O professor avaliou ainda que a taxa de ocupação de leitos, que oscila entre 80% a 90%, está em um limiar crítico e que, somada a baixa adesão ao isolamento social, preocupa.

“É muito crítico. Pouco se comparado com a necessidade do que precisamos e pouco se comparado com outros países, como Itália onde passou de 60%”, disse, comparando o ideal com a média da capital, de 37%.

Medidas

Quanto as medidas tomadas na semana passada, com a proibição de consumo de bebidas alcoólicas em locais de compra ou públicos, pesquisadores afirmam que a eficácia ou não deve ser avaliada por profissionais de saúde.

Vereadores questionaram se o decreto pode ter sido responsável pelo menor ritmo de contágio, mas o professor Sandro afirma que a questão deve ser ponderada.

Segundo ele, se a medida surtiu efeito, o decreto teve validade até domingo (16) e pode ocorrer de as taxas voltarem a patamares mais alto.

“O comportamento da curva depende das tomadas de decisões. Se estamos tendo um comportamento que está resultando em poucas variações, temos que tomar decisões para reverter isso e sair desse patamar, para que essa curva mude, para um patamar mais aceitável”, alertou o professor da UEMS.

Relatórios são produzidos semanalmente com dados de Campo Grande e Mato Grosso do Sul, subsidiando as secretarias de saúde e também estão sendo solicitados por outras instituições, como a Câmara Municipal e Ministério Público Estadual. 

Veja o vídeo

Câmeras registraram briga entre caminhoneiro morto em motel e travesti

Segundo delegado Sam Ricardo, que investiga o caso, vítima pode ter morrido em razão de overdose

08/01/2025 18h47

Câmeras de segurança registram imagens da briga envolvendo caminhoneiro

Câmeras de segurança registram imagens da briga envolvendo caminhoneiro Divulgação

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Câmeras de segurança registraram os últimos momentos do caminhoneiro encontrado morto em motel no começo da tarde desta quarta-feira (8), na Vila Taveirópolis, em Campo Grande

Durante as imagens de vídeo em que o Correio do Estado teve acesso, é possível visualizar a vítima, identificada como Jeferson Pontes Barbosa, de 32 anos, em vias de fato com uma travesti - sua acompanhante.

Após desentendimento, ambos saem do quarto e a situação sai do controle. É possível identificar o caminhoneiro sendo agredido por socos e tapas. Após as agressões, a vítima vai em direção à entrada do estabelecimento, onde perdeu a consciência e morreu.

Veja o vídeo completo:

 

Caminhoneiro pode ter sofrido overdose

Segundo o delegado da 6ª Delegacia de Polícia Civil (DP), Sam Ricardo - que investiga o caso - a causa da morte de Jeferson pode ter sido uma overdose por cocaína.

Isso porque ao analisarem o corpo do motorista, a perícia constatou que ele sofreu apenas uma lesão no lábio.

Nesse sentido, não seria possível morrer em razão das agressões sofridas. "A suspeita inicial é de que Jeferson sofreu uma parada cardiorrespiratória. A gente não sabe ainda o motivo, se foi natural ou por overdose, provocada por um possível uso de drogas”, explicou o delegado.

Ainda segundo o delegado, foi o próprio caminhoneiro quem acionou a Polícia Militar, no começo da tarde por volta das 13h. "Pelo o que os nossos policiais militares que estiveram no local me relataram, foi a própria vítima quem fez o acionamento", esclareceu.

Contudo, ao chegarem no endereço, os militares já encontraram Jeferson sem vida. Tanto a travesti envolvida quanto um segundo homem que também estava no quarto, foram levados para a delegacia para prestar esclarecimentos. 

Desentendimento aconteceu por limite de Pix excedido

Segundo o boletim de ocorrência, a briga entre Jeferson e a travesti aconteceu por causa de uma dívida de R$ 100. Conforme o registro, Jeferson teria excedido seu limite de transferência via Pix, e por isso, não conseguiu pagar pelo serviço utilizado integralmente.

O caso foi registrado como crimes de Lesão Corporal Dolosa e Morte a Esclarecer; e segue em investigação pela Polícia Civil.

Falta de Pagamento

Aposentados reclamam de atraso no pagamento em Campo Grande

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Marcos Tabosa, servidores inativos e ativos não receberam

08/01/2025 18h00

Prefeitura de Campo Grande

Prefeitura de Campo Grande Divulgação

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Após a revolta dos professores da Rede Municipal de Ensino (Reme), a Prefeitura de Campo Grande realizou o pagamento nesta quarta-feira (8), no quinto dia útil. No meio desse imbróglio, aposentados relataram não ter recebido o pagamento.

Em conversa com o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sisem), devido a denúncias sobre o não recebimento de salários por parte de Guardas Civis Metropolitanos (GCM) e servidores administrativos, Tabosa garantiu que o pagamento estava na conta.

No entanto, afirmou que os aposentados e os ativos do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG) não receberam.

"Os que não receberam ainda, pelo que fui informado, são do IMPCG, os inativos e ativos. Mas a informação que obtive é que será pago amanhã", informou Tabosa.

Revolta dos professores

O quinto dia útil começou com especulações por parte dos professores do município. Alguns receberam parte do pagamento, enquanto outros não. No entanto, no final da tarde desta quarta-feira (8), servidores da educação teriam tido o restante do valor depositado na conta.

A situação gerou transtorno ainda mais que no dia anterior, a categoria se inflamou pelo não recebimento do pagamento de maneira antecipata, o que ocorreu, por exemplo, no ano anterior. 

O secretário jurídico do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACPMS), Leonel Alves do Bonfim explicou que os professores que não haviam recebido o salário integral pela manhã tiveram o restante depositado ao longo do dia.

A situação teria ocorrido do pagamento fracionado, conforme o secretário, devido a falhas no sistema.

Outras categorias

Em relação à situação envolvendo os servidores da Guarda Civil Metropolitana e os servidores administrativos, o presidente do Sisem reforçou que todas as categorias ligadas ao sindicato, “filiadas e organizadas”, tiveram o pagamento efetuado.

Entretanto, segundo informações de um servidor de carreira, que terá o nome preservado, nem todos receberam.

"Uma grande quantidade ainda não recebeu. Existe um grupo só de guardas mais antigos: alguns receberam, mas a maioria não", afirmou.

Baixo escalão

Entre os servidores que enfrentam dificuldades estão os comissionados, que foram exonerados e supostamente também não receberam. Relatos obtidos de conversas que rolam nos bastidores (a famosa "rádio corredor"), tudo indica que alguns terão de procurar seus “padrinhos políticos” na tentativa de recontratação.

A situação do que foi chamado de “baixo escalão” não parece positiva.

"Realmente, procede que alguns servidores receberam e outros não. Creio que deve atrasar ainda mais. Isso parece afetar principalmente o pessoal do baixo escalão. Tanto que removeram todos que estavam no grupo de comunicação das secretarias, pois são todos comissionados", disse.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande pedindo um posicionamento acerca do salário dos servidores. A resposta recebida foi que o pagamento está na conta.

“A Prefeitura de Campo Grande informa que o pagamento dos salários referentes ao mês de dezembro de 2024 dos servidores públicos municipais — ativos, aposentados e pensionistas — está disponível nas contas dos trabalhadores nesta quarta-feira (8)”.

Em relação aos casos em que o dinheiro não foi creditado, a Secretaria Municipal de Fazenda informou que está fazendo o possível para que a situação seja resolvida ainda hoje.

 

Prefeitura de Campo GrandeReprodução Redes Sociais

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