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SAÚDE

Estudo indica eficácia do isolamento social contra o novo coronavírus

Pesquisa faz comparação entre medidas adotadas nas regiões Sul e Norte

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Com base nos dados do Ministério da Saúde, o engenheiro químico e professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Eduardo Lima verificou que há uma tendência de diminuição do número de mortes pela covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, após a adoção de medidas restritivas à circulação de pessoas.

De acordo com o professor, os estudos têm indicado que a adoção de estratégias de isolamento social surte efeito, em média, de 10 a 14 dias, após o início da medida - mesmo período de incubação do vírus.

Ao analisar os dados oficiais de óbitos por milhão de habitantes, Lima concluiu que os resultados mostram uma tendência mais constante de achatamento da curva após a decretação das medidas restritivas. "Os casos vinham em uma crescente exponencial, mas o gráfico mostra que isso desacelerou, o que é a constatação científica e aferida por números de que o isolamento é eficaz", disse.

Segundo o pesquisador, a comparação entre as regiões Norte e Sul evidencia o impacto positivo do isolamento social. "Até o 11º dia após atingir uma morte por milhão de habitantes – o que na região Sul aconteceu em 12 de abril e, na região Norte, em 15 de abril -, ambas seguiam praticamente a mesma curva, apresentando uma taxa de aumento de cerca de 30% de mortes ao dia”, afirmou.

Com a adoção de medidas de restrição à circulação mais rigorosas, o Sul conseguiu desacelerar o avanço da doença, ao contrário da Região Norte, onde foi registrada menor adesão ao isolamento social. No 20º dia após atingir uma morte por milhão de habitantes, o Sul apresentava taxa de aumento das mortes por dia perto de 10% enquanto, no Norte, esse índice estava perto de 20%.

“Em cerca de dez dias, o Sul reduziu de 30% para perto de 10%. Enquanto o Norte reduziu de 30% para 20% a taxa de aumento do número de mortes por dia”, disse. “Esse foi o problema. Isso fez a curva exponencial de casos da Região Norte explodir. Por isso, deu o problema de sobrecarga no sistema de saúde”.

De acordo com o professor da Uerj, em 27 de abril, a Região Sul tinha 16 óbitos por milhão de habitantes ao passo que a Região Norte apresentava 26 óbitos por milhão de habitantes.

O pesquisador afirma ver com preocupação a situação atual da epidemia no Brasil. “A gente ainda tem aumento expressivo de número de casos, ainda não tem um indicativo de que a gente esteja próximo de chegar ao pico de propagação e governadores e prefeitos estão discutindo medidas de relaxamento do isolamento”, disse Lima.  

“Enquanto a gente ainda não tem uma vacina ou um remédio com comprovação científica de que funcione, a gente não tem outra estratégia que seja tão indicada quanto o isolamento social”, destacou.

Mato Grosso do Sul

Domingo tem temperaturas acima dos 40 e sensação térmica de 48ºC

Na região norte do estado, umidade relativa do ar chegou a 7%

08/09/2024 18h30

Em Campo Grande, a máxima registrada foi de 38,7ºC, com sensação térmica de 44ºC.

Em Campo Grande, a máxima registrada foi de 38,7ºC, com sensação térmica de 44ºC. Marcelo Victor/Correio do Estado

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Neste domingo, termômetros chegaram a marcar 41,6ºC em Mato Grosso do Sul, com sensação térmica de 48ºC, conforme levantamento divulgado pelo meteorologista da Uniderp, Natalio Abraão.

A maior temperatura, de 41,6ºC, foi registrada em Aquidauana, município 139 km a oeste de Campo Grande. A sensação térmica na cidade, neste domingo, foi de 47ºC, ficando atrás apenas da registrada em Porto Murtinho, município localizado no estremo oeste do estado, que foi de 48ºC; os termômetros registraram 41,5ºC.

Outros quatro municípios dos 33 monitorados tiveram temperaturas acima dos 40ºC:

  • Nhumirim: 41,4ºC, com sensação térmica de 46ºC;
  • Corumbá: 41,1ºC, com sensação térmica de 47ºC;
  • Miranda: 40,7 ºC, com sensação de 46ºC;
  • Água Clara: 40,1ºC, com sensação de 45ºC.

Em Campo Grande, a máxima registrada foi de 38,7ºC, com sensação térmica de 44ºC.

Clima desértico

Além das altas temperaturas, o estado vem sendo "castigado" pelo tempo seco. Neste domingo (8), a umidade relativa do ar chegou a 7%, segundo monitoramento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O índice baixo e alarmante foi observado às 15h, nos municípios de Coxim e Sonora, ambos localizados na região norte do estado.

Em Costa Rica, também no norte de MS, a umidade foi de 9% no mesmo horário. Confira o levantamento completo:

Município Umidade Relativa Mínima*
Coxim, Sonora 7%
Costa Rica 9%
Amambai, Aquidauana, Jardim, São Gabriel do Oeste, Sidrolândia 10%
Água Clara, Cassilândia, Corumbá, Dourados, Maracaju, Miranda, Porto Murtinho 11%
Campo Grande, Chapadão do Sul, Ivinhema, Ponta Porã, Três Lagoas 12%
Bataguassu, Paranaíba, Rio Brilhante 13%
Itaquiraí, Juti 14%
Sete Quedas 15%
*Às 15h

Previsão

Conforme noticiado no dia 30 de agosto, a meteorologia espera que a onda de calor, que atinge o estado desde o dia 2 de setembro, dure até o dia 19 deste mês.

Em Campo Grande, o cenário deve se manter o mesmo observado neste domingo durante toda a semana, segundo o Clima Tempo. São esperadas mínimas de 25ºC e máximas de 38ºC, e a umidade deve variar entre 14 e 27%.

Para Dourados, são esperadas mínimas de 21ºC e máximas de 40ºC, com umidades que variam de 13 a 50%.

Em Três Lagoas, as máximas também podem chegar aos 40ºC, e as mínimas a 21ºC, e umidades mínimas e máximas de 13 e 70%.

Corumbá terá temperaturas máximas de 41ºC, mínimas de 21ºC e umidades que variam de 11 a 56%.

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Cidades

Carreta que transportava soja tomba em trecho da BR-163

A pista foi interditada por meia hora nesta tarde. No momento, o fluxo segue normal

08/09/2024 18h00

Carreta carregada de soja tomba em trecho da BR-163

Carreta carregada de soja tomba em trecho da BR-163 Gerson Oliveira

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Na manhã deste domingo (08), uma carreta, que levava um carregamento de soja, tombou no KM 495 Sul, da BR-163. O motorista não ficou ferido.

Segundo informações da CCR MS, a pista só foi interditada para realizar o destombamento, que ocorreu das 15h às 15h35. No momento, o fluxo segue normal.

Outros acidentes

Em agosto deste ano, uma outra carreta que levava soja, tombou no km 609, na BR-163, no município de São Gabriel do Oeste. O motorista, um homem de 43 anos, não sofreu ferimentos graves.

De acordo com informações, o veículo perdeu o controle e acabou tombando. A equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a CCR MSVia foram acionadas e estiveram no local. 

Já em junho, ainda na BR-163, em Belterra, oeste do Pará, um motorista de uma carreta que transportava produtos de lojas virtuais, perdeu o controle da direção e tombou o veículo. O motorista sofreu escoriações devido ao acidente.

Rodovia da morte

Números compilados de 2018 mostram que no Mato Grosso do Sul e na Região Centro-Oeste, a BR-163 ainda mantinha o título de "rodovia que mais mata", sendo que a privatização de 2013 buscava tirar o título macabro do trecho. 

Cerca de dois anos após a privatização, os números de 2015, de fato, apontavam para uma queda de mais de 50% nas mortes, com a PRF indicando que os 64 óbitos de 2014 haviam caído para apenas 30 em 2015.

Acontece que os números voltaram a subir, e as melhorias na via estão paradas há sete anos, já que a CCR MSVia, não cumpriu com o contrato, que previa a duplicação de todos os 845 km da BR-163, de Mundo Novo, na divisa com o Paraná, a Sonora, na divisa com o Mato Grosso. Desde o início da concessão, há dez anos, foram duplicados apenas cerca de 155 km.

O prazo para a duplicação completa terminaria em 2024, mas a concessionária fez apenas a duplicação necessária para iniciar a cobrança de pedágio, nos três primeiros anos.

A rodovia não recebe investimentos desde 2017, quando a empresa solicitou o reequilíbrio do contrato. A CCR chegou a dizer em 2019 que não tinha interesse em permanecer com a rodovia e até cobrou a devolução de ativos da União, no valor de R$ 1,4 bilhão.

Desde então, o Governo Federal vem prorrogando o contrato com a CCR MSVia para a administração da BR-163.

Em 2023, foram realizadas audiências públicas em Brasília e em Mato Grosso do Sul para debater o futuro da rodovia federal que corta o estado. Em julho, uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou a assinatura do acordo consensual entre o Governo e a CCR MSVia.

Dois meses depois, a União e o Estado fizeram uma proposta para que a CCR MSVia continuasse com a concessão, apresentando regras para assinatura do novo contrato, como a manutenção do pedágio, a duplicação de mais 68 km de rodovia e a implantação de 63 km de faixa adicional, 8 km de marginais e 9 km de contornos.

A CCR MSVia teria mais 20 anos com a BR-163, porém, com esse novo acordo, o prazo será estendido por mais 15 anos. Nos primeiros três anos contratuais, haverá investimento de boa parte do total de recursos destinados.

A empresa promete a duplicação de mais 190 km e mais 170 km de terceira faixa.

O novo contrato, que prevê R$ 12 bilhões de investimento na rodovia, deveria ter sido assinado no primeiro mês de 2024. No entanto, um impasse do Tribunal de Contas da União atrasou o processo, que ainda está parado.

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