A Organização Europeia de Cooperação Policial (Europol) divulgou hoje (26) que pretende fazer um “retrato exato e atualizado do extremismo de direita” na Europa, principalmente nos países nórdicos. O anúncio da “polícia europeia” surge na sequência dos ataques ocorridos na sexta-feira (22) na Noruega, em que 76 pessoas morreram.
“Estamos preparando um retrato exato e atualizado do extremismo de direita na Europa, particularmente no norte da Europa”, afirmou o porta-voz da Europol, Soren Pedersen.
Nesse sentido, a organização europeia, que disponibilizou todo o apoio possível às autoridades norueguesas, montou um centro operacional com cerca de 50 peritos em serviços de informação, investigadores e especialistas em explosivos e terrorismo.
A Europol pediu ainda a colaboração de peritos de diferentes forças policiais europeias, incluindo da britânica Scotland Yard, para traçar o retrato dos movimentos de extrema direita presentes no território europeu.
“É difícil ainda dizer quanto tempo irá demorar, mas deverão colaborar com a Europol durante uma ou duas semanas”, indicou Pedersen.
Anders Behring Breivik, 32 anos, reconheceu ontem (25) diante do tribunal a autoria dos dois atentados que tiveram como alvo a sede do governo norueguês, no centro de Oslo, e um acampamento de jovens do Partido Trabalhista norueguês, na Ilha de Utoeya, perto da capital norueguesa.
Breivik, um antigo militante de uma formação da direita populista norueguesa (Partido do Progresso) é considerado pela polícia como um “fundamentalista cristão”.