Cidades

Crueldade

Ex-vereador e esposa prometeram
pagar faculdade para a filha do caseiro

Casal ajudava família do assassino

VÂNYA SANTOS

21/07/2017 - 12h00
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O ex-vereador Cristóvão Silveira, de 65 anos, e a esposa Fátima de Jesus Diniz Silveira, de 56 anos, prometeram pagar a faculdade da adolescente de 12 anos, filha do caseiro Rivelino Mangelo, 45 anos, acusado de matar o casal com golpes de faca e facão. Além de comprar remédios para a esposa do caseiro, vítimas também se comprometeram a comprar próteses para que a mulher voltasse a andar.

A mulher de 40 anos é cadeirante, tendo em vista que não consegue mais andar porque amputou os pés em decorrência de picadas de formigas. Ela e Rivelino estão juntos há 13 anos e têm uma filha de 12. O homem tem outros 9 filhos com mulheres diferentes, dentre eles, Alberto Rivelino Nunes Mangelo, 21 anos, e Rogério Nunes Mangelo, 19 anos, também acusados de envolvimento na morte do ex-vereador e sua esposa.

Conforme a cadeirante, ela chegou a se separar de Rivelino, mas no começo deste ano foi procurada por ele, que pediu para reatar o relacionamento e informou que havia conseguido emprego como caseiro no Sítio Bem Te Vi.

A mulher conta que nunca teve problema com o ex-vereador e sua esposa. Pelo contrário, o casal ajudava a comprar remédios e disse que compraria próteses para que a cadeirante voltasse a andar. Além disso, também prometia pagar a faculdade da filha do caseiro e sempre comprava roupas de grife para a adolescente.

De acordo com a companheira, Rivelino havia discutido com Silveira porque o ex-vereador não queria que Rogério, filho do caseiro, continuasse trabalhando no local. Rogério trabalhou no sítio em junho e depois foi dispensado porque o ex-vereador recebeu informação de que o rapaz seria violento.

Desde então, Rivelino passou a ter comportamento estranho, nervoso, agressivo, discutia por qualquer coisa e não deixava que ninguém que aproximasse de seu aparelho celular.

CASO

Duplo assassinato aconteceu no Sítio Bem Te Vi, de propriedade das vítimas, localizado no km 24 da MS-080, na região do Distrito de Aguão, em Campo Grande. Ação dos criminosos teve início por volta das 16h de terça-feira e terminou às 18h. Polícia descobriu cerca de duas horas depois.

No sítio existem quatro imóveis, sendo um ocupado pelas vítimas, um onde mora o caseiro com a esposa cadeirante a filha de 12 anos, um onde são armazenados ferramentas e sacos de ração e, por fim, outro desocupada. Crime aconteceu no imóvel utilizado como depósito.

Fátima estava com a calça abaixada na altura dos pés, vestia apenas calcinha e uma blusa. Ela teve o corpo queimado, em seu pescoço havia um corte profundo e a suspeita é de que tenha sido estuprada pelos marginais.

No cômodo ao lado, foi encontrado o corpo do ex-vereador. Ele estava com vários cortes provocados por facão e teve o rosto desfigurado. Silveira foi escalpelado – teve o couro cabeludo arrancado - e os dedos da mão decepados, provavelmente, ao tentar se defender dos golpes.

rapper

Oruam visita o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Pai do rapper é um dos líderes do Comando Vermelho e cantor se declarou como "a voz dos presidiários"

13/03/2025 16h31

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande

Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no presídio federal de Campo Grande Foto: Reprodução / Instagram

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O rapper Oruam visitou o pai, Marcinho VP, no Presídio Federal de Campo Grande. Fotos e vídeos da visita foram compartilhados pelo músico nessa quarta-feira (12), nas redes sociais. Marcinho VP é apontado como um dos líderes da facção Comando Vermelho e está preso desde 1996 por tráfico e homicídio.

Em uma das postagens, Oruam se declarou como "voz dos presidiários", mas apagou a mensagem pouco tempo depois.

"Eu falo pelos presos, eu represento os excluídos. Cadeia é lugar de ressocialização, eu canto para tirar meu pai do crime, coisa que o estado não faz, apenas alimenta a burguesia com mentiras dos pobres. O sistema falhou ‘com nós’, mas nós não precisamos dele”, postou o rapper.

Nas imagens publicadas, Oruam aparece ao lado de outros familiares, vestido de rosa, em frente a Peninteciária Federal de Campo Grande.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Uma publicação compartilhada por 22 (@oruam)

Conforme reportagem do Correio do Estado, o rapper já declarou que odeia visitar o pai por considerar a situação "desumana".

No documentário "O Grito - Regime Disciplinar Diferenciado", sobre o sistema penitenciário brasileiro, Oruam disse que foi concebido na prisão, durante uma visita intíma, e que nunca conviveu com o pai fora das grades.

"Eu nunca vi meu pai na rua. Nós nunca convivemos com nosso pai em nenhum momento da nossa vida. Quando eu nasci, meu pai já tava preso", disse.

Há pouco mais de um ano, Marcinho VP, foi transferido para a Penintenciária Federal de Campo Grande, onde ainda permanece, e o rapper daz visitas frequentes à capital sul-mato-grossense para vê-lo, mas diz que é constragedor e uma tortura.

"[São] mais de 15 celas. Passa o maior constrangimento para entrar e só fala pelo interfone. Como tu vai ver teu pai por um vidro no meio?", disse na produção da Netflix.

"Não pode nem encostar na pessoa, abraçar, falar. É tortura. Presídio Federal é tortura. Para nós que somos família é desumano. Se eu vou ver meu pai, eu quero encostar, dar um beijo",acrescentou Oruam.

Por fim, o rapper disse que aprendeu a conviver com a saudade. "Na minha mente eu sei que ele não vai estar aqui", concluiu.

Marcinho VP 

Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, é apontado com nome proeminente da criminalidade do Rio de Janeiro há quase três décadas, sendo um dos principais líderes do Comando Vermelho, ao lado de Fernandinho Beira Mar.

Preso desde 1996 , ele está em penitenciárias federais desde 2010, atualmente em Campo Grande.

No entanto, o encarceramento não impediu que Marcinho VP continuasse no mundo no crime. Mesmo de dentro do presídio, ele ordenou uma série de crimes que foram cometidos por outros faccionados.

Nos últimos 14 anos, ele cumpre pena em unidades federais. 

Marcinho VP é pai do rapper Oruam, que já fez manifestações públicas pedindo a liberdade do pai, sendo a mais polêmicas a apresentação no Lollapalooza 2024, onde vestiu uma camiseta que pedia a liberdade de Marcinho VP.

O cantor tem uma tatuagem em homenagem ao pai e também ao traficante Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.

Decisão.

STF libera R$ 16 milhões do governo estadual por acordo sobre terra indígena de MS

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível

13/03/2025 16h00

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João

Conflito durante a retomada indígena na região de Antônio João Foto: Reprodução

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O Supremo Tribunal Federal (STF) por meio do ministro Gilmar Mendes autorizou a distribuição dos R$ 16 milhões depositados em janeiro pelo governo de Mato Grosso do Sul, acordo de regulação da terra Nhanderu Marangatu, e que estava em litígio entre indígenas e fazendeiros em Antônio João, interior do estado. O repasse é referente ao depósito judicial, previsto em repasse aos proprietários das terras. 

Serão R$ 791.062,86 enviados a Salazar Advogados Associados e outros R$ 15.208.937,14 em favor um procurador do grupo de fazendeiros.

“Solicito que esta Suprema Corte seja informada tão logo seja efetivada a referida transferência”, destaca o ministro, que deu o parecer sobre a emissão dos alvarás na última quarta-feira (12).

Cabe destacar que o repasse estava autorizado desde o fim do ano passado, e segundo o ministro deve ser concluído o mais breve possível.  

“No que concerne ao montante depositado pelo Estado do Mato Grosso do Sul (...), determino a imediata expedição de alvarás com as seguintes especificações, ressalvada a responsabilidade das partes, inclusive criminal, pela indicação dos responsáveis pelo recebimento do montante, caso verificada incorreção nas informações apresentadas”, diz outro trecho da decisão.

Ao todo, a União repassou R$ 27.887.718,98  a título das benfeitorias apontadas em avaliação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em 2005, valores  corrigidos pela inflação e a Taxa Selic.Os proprietários também devem receber indenização, pela União, no valor de R$ 101 milhões pela terra nua.

Cabe destacar que o pagamento indenizatório de R$ 27 milhões aos produtores rurais que viviam na terra situada na fronteira com o Paraguai, próximo à faixa de 150 quilômetros paralela à linha divisória do território nacional foi firmado em acordo indenizatório histórico realizado em setembro do ano passado após o STF determinar que a área é território ancestral indígena.

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