Cidades

ALERTA

Excesso de velocidade é principal causa de multas no trânsito de MS

Levantamento aponta que trafegar acima do permitido neste ano resultou em mais de 180 mil notificações; além disso, atrasar a transferência do veículo e furar o sinal vermelho estão entre infrações mais cometidas

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O excesso de velocidade foi a principal causa de multas este ano em Mato Grosso do Sul. De acordo com o Registro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf), realizado pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), de janeiro a setembro deste ano, foram registrados mais de 180 mil notificações por transitar em alta velocidade no Estado.


O número é maior que o de 2021, porém, os órgãos de controle do trânsito alertam que isso se deve à pandemia da Covid-19, quando muitas pessoas ficaram em casa e muitos estabelecimentos não podiam abrir as portas.


Por isso, o comparativo é feito com os anos anteriores. Quando se olha o recorte de 2020 e de 2019, é possível ver que, apesar de o alto valor acumulado este ano, no mesmo período desses anos houve mais ocorrências de excesso de velocidade.


Em 2019, o Senatran contabilizou 298.237 multas pela infração no Estado, enquanto que em 2020 foram 316.106.


O segundo maior motivo de notificações no trânsito de MS é a falta de registro do veículo no prazo de 30 dias após transferência de proprietário - só neste ano foram 32,1 mil motoristas notificados.
Já o avanço no sinal vermelho vem logo atrás, com 31.706 multas neste ano. O valor é o maior no comparativo com 2019 e 2020.


Vale ressaltar que o Estado aponta queda de 36,9% no número de infrações de trânsito. Entre janeiro e setembro de 2022, cerca de 510 mil notificações, ao todo, foram realizadas, segundo o painel de transparência do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS). No ano anterior, o número chegava a 834 mil.

EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO


De acordo com o chefe da Fiscalização de Trânsito do Detran-MS, Ruben Ajala, o policiamento contra as infrações de trânsito ocorre por meio de diversas ações promovidas pelo órgão.


“A atuação que realiza patrulhamento nas principais vias e realiza as notificações aos condutores recebe dados dos principais índices de acidentes para mapear os bairros onde as maiores infrações são recorrentes. Dessa forma, a autuação é mais rápida e eficaz”, diz Ajala.


O chefe de fiscalização do Detran-MS também afirma que as campanhas são essenciais para a contribuição da sociedade no controle das ruas. 


“Nós buscamos conscientizar os nossos futuros motoristas com visitas nas escolas, por exemplo. Mostrar para os jovens que a intenção é ser um bom condutor, seja você pedestre, seja ciclista ou condutor”, declarou.


Para Ivanise Rotta, chefe de educação da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), todos são corresponsáveis quando se fala em comportamento no trânsito.


“Temos como cultura colocar a culpa em alguém, mas todos somos corresponsáveis. Nós andamos rápido demais em Campo Grande. Queremos percorrer o mais rápido possível para tirar o atraso das coisas, mas isso é errado. Muitas pessoas têm medo da blitz, por exemplo, mas a blitz serve para tirar os perigos de uma rota, seja aquela pessoa que usa o celular no volante, seja o condutor que não usa cinto de segurança. Mais de 40% das apreensões são de pessoas que não têm carteira de motorista”, afirma.


Rotta assegura que a presença policial inibe o mau comportamento. “Quando o ser humano é fiscalizado, ele não comete infração. Uma multa significa um acidente a menos. Quando temos essa visão, há um coro que questiona, mas a multa existe para notificar um perigo. As empresas, as escolas e os canteiros de obras nos procuram para apresentar as palestras de educação no trânsito. Nesse primeiro momento, nós abordamos a população para debater sobre acidentes, os crimes cometidos e as seguranças de todos os trajetos’’, conclui.

LEGISLAÇÃO


Conforme Código de Trânsito Brasileiro (CTB), há três tipos de multa por excesso de velocidade. No caso do condutor que dirige até 20% acima da velocidade permitida na via, ele comete infração média.

Nesse caso, a multa é de R$ 130,16 e é descontado cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Já dirigir em velocidade entre 20% e 50% acima do limite da via é classificado como infração grave, com multa de R$ 195,23 e quatro pontos na CNH.


E o condutor que dirigir em velocidade 50% acima do limite da via é classificado como infração gravíssima. Em casos assim, a multa é multiplicada por três e resulta no valor de R$ 880,41, com suspensão da carteira de habilitação.


Com as alterações do CTB feitas recentemente, o condutor que exceder 40 pontos na CNH perde o direito legal de dirigir de acordo com a lei 14.071/2020, que alterou Código de Trânsito Brasileiro.


Os pontos na carteira são somados de acordo com a classificação da multa. Leves equivalem a três pontos, as médias quatro, graves cinco e gravíssimas sete.

SAIBA

Mato Grosso do Sul se prepara para iniciar a campanha de adoção ao Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC), que visa beneficiar condutores que não cometeram infrações de trânsito nos últimos 12 meses, como desconto na locação de veículos, pedágios e outras instituições interessadas em aderir o serviço. Para participar, os condutores deverão autorizar a inclusão da CNH no programa por meio do Portal de Serviços da Senatran ou pelo aplicativo da Carteira Digital de Trânsito, disponível na loja de aplicativos do iOS e Android.
 

 

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Projeto de Lei

Governo Federal prepara medida para banir celulares nas escolas

Segundo o MEC, as medidas serão anunciadas em outubro. Em MS, o Projeto de Lei nº 3.280 proíbe o uso de celulares, pagers, rádios e outros dispositivos eletrônicos que produzem ruídos ou sons dentro das salas de aula, exceto para estudos.

20/09/2024 17h32

Governo federal prepara projeto de lei de banimento de aparelhos celulares nas escolas

Governo federal prepara projeto de lei de banimento de aparelhos celulares nas escolas Arquivo/ Correio do Estado

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Após a divulgação de um relatório das Nações Unidas alertando sobre os riscos do uso excessivo de telas na infância e na adolescência, o governo federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), está finalizando um projeto de lei com o objetivo de banir o uso de aparelhos celulares nas escolas públicas e privadas de todo o país. A medida visa promover um ambiente de aprendizado mais saudável e menos distraído.

De acordo com a pasta, os estudos visam oferecer segurança jurídica para estados e municípios que já vinham discutindo a proibição de eletrônicos em escolas públicas. Ainda de acordo com MEC, as medidas serão anunciadas em outubro deste ano. 

Em entrevista à Folha de São Paulo, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o projeto de lei que visa proibir o uso de celulares nas escolas está em fase de construção.

"Nós estamos trabalhando na elaboração de um projeto de lei porque, na nossa avaliação, uma 'recomendação' seria muito frágil", afirmou Santana. 

Durante a conversa com a Folha de São Paulo, o ministro apresentou um relatório que defende restrições ou até proibições de aparelhos celulares nas escolas, devido à dificuldade de aprendizado e também às questões de saúde mental na adolescência.

"Os estudos mostram que o banimento tem impacto positivo não apenas na atenção em sala de aula e no desempenho dos estudantes, mas também na saúde mental dos professores", argumenta Camilo. 

Em Mato Grosso do Sul, o Projeto de Lei nº 3.280 proíbe o uso de celulares, pagers, rádios e outros dispositivos eletrônicos que produzem ruídos ou sons dentro das salas de aula, exceto para fins pedagógicos. A medida visa criar um ambiente de aprendizado mais concentrado e produtivo para os alunos, evitando distrações causadas pelo uso inadequado de tecnologia no ambiente escolar.

Em contato com a SED (Secretaria de Estado de Educação), foi informado que, caso a medida de proibição de celulares seja implementada em todo o país, é improvável que altere as práticas já adotadas nas escolas do estado. Atualmente, o projeto de lei é incorporado ao regimento interno das instituições públicas e privadas de Mato Grosso do Sul, e, em caso de descumprimento, os pais ou responsáveis podem receber notificações, podendo até resultar em suspensão do aluno em caso de reincidência.

De acordo com o MEC, a data de divulgação do projeto de lei ainda não foi definida, pois o caso está em fase de preparação final.


Outros estados 

Enquanto o MEC finaliza o projeto de lei em nível federal, em São Paulo, o projeto que visa proibir o uso de aparelhos celulares dentro das escolas do estado está avançando na Assembleia Legislativa. 

Nas escolas do Rio de Janeiro, o uso de aparelhos celulares é proibido por decreto municipal.

 

*Informações da Folha de São Paulo 

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Pequenos Milagres

Bebê adianta em 15 dias e nasce no banco do carro na Capital

Desde a segunda gestação, a mãe de Nicolas fazia acompanhamento com uma doula para ter um parto normal

20/09/2024 17h00

Divulgação Redes Sociais

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O bebê Nicolas antecipou o nascimento em 15 dias, pegando a mãe, que comprava os últimos itens do enxoval, de surpresa, e acabou nascendo no banco do carro, com auxílio de bombeiros da Capital.

A mãe, Michele Salvaterra, de 36 anos, encarou o parto natural como uma vitória planejada há muito tempo, muito antes da gestação do terceiro filho.

Tudo começou no projeto social do Parque Ayrton Senna, onde ela teve acesso ao trabalho da doula Renata Balle, que, em conversa com o Correio do Estado, explicou que, desde o primeiro parto, Michele gostaria de ter tido um parto natural, mas não aconteceu.

“A história da Michele não começa nessa gestação. Ela tem uma trajetória muito bacana de superação. Na segunda gestação, a gente se conheceu no projeto social que eu atendia no parque. Só que, durante a gestação dela, o projeto foi cancelado. Mas, com todo esforço e dedicação, ela foi até meu espaço, e eu a recebi para que pudesse terminar a preparação dela comigo”, explicou a doula Renata Balle.

Durante a segunda gestação, em 2023, Michele acabou desenvolvendo diabetes gestacional, o que levou a um parto induzido. “Ela foi para o Hospital Universitário, onde teve o parto induzido. Eu estava com ela, e ela [conseguiu] ter o parto normal.”

Terceira gestação

Desde o início da gestação de Nicolas, a mãe procurou o espaço para seguir com o treinamento aplicado, que envolve a discussão das fases da gestação, entre outras coisas, como:

  • Relaxamento;
  • Respiração;
  • Percepção corporal;
  • Autoconhecimento;
  • Mobilidade pélvica;
  • Força para sustentar seu próprio peso.

A doula enxerga em Michele uma mulher dedicada, que teve o presente de Deus e, apesar da surpresa, recebeu o que pediu.

Com o parto de Nicolas estimado para o dia 15 de outubro, a mãe relatou que, durante a madrugada, sentiu algumas contrações; entretanto, nessa fase da gravidez, não se preocupou por ser algo normal.

Ela foi até o espaço fazer o treinamento físico e conversou com outras mães. Antes de ir para casa, aproveitou para comprar algumas coisas que faltavam no enxoval do filho, quando sentiu o aumento das contrações.

Ao contatar a doula, foi orientada a ir até a maternidade com o marido. No cruzamento da Avenida Ernesto Geisel com a Manoel da Costa Lima, a unidade do Corpo de Bombeiros foi acionada para socorrer mãe e filho, que nasceu no banco do carro.

“Quando o bombeiro veio, foi para pegar o Nicolas, que já estava coroando”, contou Michele.

Com relação ao acompanhamento com a doula, ela relatou ter sido fundamental. “Os treinamentos foram primordiais, pois me deram segurança para entender cada fase do trabalho de parto e tranquilidade durante a gestação, em relação a dores e atividades do dia a dia.”

Michele com o bebê Nicolas, a doula Renata e o papai  / Divulgação Redes Sociais

Nicolas nasceu com 3.300 kg e 48 centímetros. Às 12h desta sexta-feira (20), mãe e bebê receberam alta do Hospital Regional, e a família está toda reunida em casa.

 

Outro caso

Durante a madrugada de quarta-feira (20), a equipe da Unidade de Resgate (UR) recebeu o chamado para levar uma gestante em trabalho de parto até o Hospital Regional.

Ao perceberem que não teriam tempo, a Unidade de Resgate de Serviço Avançado (URSA) foi acionada, e o parto ocorreu na viatura.

Divulgação Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul

“Interceptamos a viatura UR no caminho para o hospital e realizamos o parto. A paciente estava coroando o bebê, e o parto foi realizado sem intercorrências. Após isso, prestamos toda a assistência à mãe e à criança e encaminhamos os dois ao Hospital Regional”, explicou o Tenente médico Miranda, que realizou o parto.

 

 

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