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MS realiza Dia D da vacinação contra o sarampo neste sábado

Ocorrências em países vizinhos com a Bolívia declarando emergência de saúde pública fez autoridades da saúde de Mato Grosso do Sul abrir os olhos com uma possível reintrodução do vírus

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Mato Grosso do Sul realiza, neste sábado (30), o Dia D da vacinação contra o sarampo em todos os municípios do estado, após os países vizinhos registrarem um ‘boom’ de casos confirmados nos últimos meses.

Até o dia 8 deste mês, a Bolívia havia confirmado 269 casos da doença, declarando Emergência de Saúde Pública no território. Além deste, o Paraguai também confirmou casos de sarampo este ano, o que fez Mato Grosso do Sul abrir os olhos acerca de uma possível reintrodução do vírus.

Diante disso, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), intensificou o ataque contra a doença, diante da campanha ‘MS Vacina Mais: Sarampo’, que começou no dia 18 de agosto e vai até este domingo (31), com o Dia D realizado hoje nos 79 municípios sul-mato-grossenses.

Em Campo Grande, a ação acontece na Praça Ary Coelho, a partir das 8h. Até o momento, a Capital tem cerca de 86% do público-alvo da vacina imunizado, um pouco abaixo da meta imposta pelo Ministério da Saúde, que é de 95%. Mesmo sem registro de casos da doença no município desde 2021, a superintendente de vigilância em saúde e ambiente, Veruska Lahdo, mostra preocupação com as ocorrências no Paraguai e Bolívia.

“Tendo em vista os crescentes casos da doença em países que fazem fronteira com o estado e que Campo Grande é um corredor para quem tem como destino ou partida a região da fronteira, a decisão por ampliar a vacinação contra o sarampo é uma das estratégias adotadas para que não tenhamos casos confirmados no município”, explica.

“Temos observado um crescimento na cobertura vacinal, que há anos seguia abaixo da meta, mas com a circulação do vírus em regiões tão próximas, há a necessidade de reforçar a vacinação”, conclui Valesca.

Ao Correio do Estado, a secretária municipal de saúde, Rosana Leite, disse que a expectativa não está em termos de número, mas sim em conscientizar as pessoas sobre a vacinação contra sarampo e garantiu que há estoque de sobra.

"Se não deu para vir hoje, que vá durante a semana em qualquer unidade de saúde. Se acabar, nós temos em estoque", disse.

Até a semana epidemiológica 32, Mato Grosso do Sul registrou 29 casos suspeitos, dos quais 25 já foram descartados e 4 seguem em investigação. 

“A vacinação é a principal forma de prevenção. É fundamental que todos verifiquem sua situação vacinal e procurem o serviço de saúde para se proteger e proteger a comunidade”, reforça a secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone.

O público-alvo vai de crianças de seis meses até adultos de 59 anos, mas as doses variam de acordo com a faixa etária. Confira:

  • Crianças de 6 a 11 meses - Dose Zero.
  • Crianças de 12 meses - 1ª dose (Tríplice Viral).
  • Crianças de 15 meses - 2ª dose (Tetra Viral: Tríplice Viral + Varicela).
  • Adolescentes e adultos de 15 a 29 anos - que não consigam comprovar duas doses.
  • Adultos de 30 a 59 anos - que não consigam comprovar pelo menos uma dose.
  • Trabalhadores da saúde - que não tenham como comprovar duas doses.

Não podem receber a vacina: gestantes, crianças menores de seis meses, pessoas com imunossupressão grave e indivíduos com histórico de reação alérgica grave à vacina.

Além da vacinação, a ação contará com testagem rápida, orientações de combate a endemias vetoriais e serviços da Coordenadoria de Controle de Zoonoses (CCZ).

Brasil livre do sarampo

Em 2024, o Brasil recebeu a recertificação de país livre do sarampo, resultado do fortalecimento da vigilância e da retomada da vacinação. Em 2016, o país já havia conquistado esse status, mas, em 2018, as baixas coberturas vacinais permitiram a reintrodução do vírus. No último ano, a cobertura da vacina tríplice viral ultrapassou a meta nacional de 95%.

Para reverter a queda nos índices, o Ministério da Saúde investiu na vacinação em áreas de fronteira e em locais de difícil acesso, além de implementar a busca ativa de casos suspeitos, realizar o Dia S de mobilização, promover oficinas de resposta rápida frente a casos suspeitos e organizar webinários sobre manejo clínico do sarampo.

Em 2025, como apoio à contenção do surto na Bolívia, o Ministério da Saúde disponibilizou 600 mil doses da vacina contra o sarampo para doação, reforçando o compromisso do país com a cooperação internacional em saúde e com o enfrentamento das doenças imunopreveníveis na região.

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CAMPO GRANDE

Bioparque Pantanal terá Papai Noel mergulhador em programação especial de Natal

Atração promete encantar visitantes de todas as idades

14/12/2025 18h00

Atração promete encantar visitantes de todas as idades

Atração promete encantar visitantes de todas as idades Divulgação/ Gov MS

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O Bioparque Pantanal preparou uma programação especial de Natal para receber o público em dezembro, com uma das atrações mais aguardadas do período: o Papai Noel Mergulhador.

A apresentação está marcada para as 10h dos dias 23 e 24 e promete surpreender famílias e visitantes ao unir magia, educação ambiental e o contato direto com a biodiversidade.

A ação, que já se tornou tradicional no calendário do atrativo, leva o personagem natalino para dentro dos tanques, reforçando de forma lúdica a importância da conservação ambiental e da relação harmoniosa entre o ser humano e a natureza.

Atenção nos horários!

No dia 24 de dezembro, o Bioparque Pantanal funcionará em horário especial, das 8h30 às 14h30, permitindo que o público aproveite a véspera de Natal com uma experiência diferente em um dos maiores complexos de água doce do mundo. O último horário de entrada será até 13h30.

Já nos dias 25 e 31 de dezembro, não haverá visitação. O empreendimento também permanecerá fechado entre 1º e 7 de janeiro de 2026, período destinado à realização de manutenções internas, voltadas à segurança dos visitantes e ao bem-estar dos animais. As atividades serão retomadas normalmente no dia 8 de janeiro.

Bioparque Pantanal

Inaugurado em março de 2022, o Bioparque Pantanal já recebeu mais de 1 milhão de visitantes e se consolidou como referência nacional em turismo científico, inclusivo, sustentável e contemplativo. O espaço é reconhecido pela estrutura moderna e pelo compromisso com a educação ambiental, acessibilidade e conservação da fauna.

A visita ao Bioparque Pantanal é gratuita, mas o agendamento é obrigatório e deve ser feito exclusivamente pelo site bioparquepantanal.ms.gov.br.

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MANIFESTAÇÃO

"Sem anistia", manifestantes protestam contra PL da Dosimetria em todo o Brasil

Atos ocorreram em diversas cidades e classificam projeto como anistia disfarçada aos envolvidos no 8 de Janeiro

14/12/2025 17h00

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo Divulgação/ Agência Brasil

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Manifestantes de diversas cidades brasileiras foram às ruas neste domingo (14) em protesto contra a aprovação do chamado Projeto de Lei da Dosimetria, que altera o cálculo das penas aplicadas aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Para os organizadores, o texto representa uma “anistia disfarçada” e abre caminho para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de seu governo.

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reuniram movimentos sociais, centrais sindicais, estudantes e partidos de esquerda. Pela manhã, manifestações ocorreram em capitais como Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Maceió, Fortaleza, Salvador e Brasília.

Na capital federal, o protesto teve início em frente ao Museu da República e seguiu em direção ao Congresso Nacional. Durante o trajeto, manifestantes entoaram palavras de ordem e exibiram cartazes com frases como “Sem anistia para golpista” e críticas diretas ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Campo Grande

Em resposta a aprovação por 291 a 148 votos na última quarta-feira (10), centenas de campo-grandenses liberais se encontraram na esquina da Rua 14 de Julho com a Avenida Afonso Pena para protestar contra a tentativa de Anistia das pessoas que foram condenadas pelo 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além de apoiadores, a manifestação contou com a presença de algumas autoridades da esquerda de MS, como o deputado estadual Pedro Kemp (PT), que foi o primeiro político a chegar no local.

Em conversa com a reportagem, o parlamentar falou sobre o movimento desta manhã e a importância de dar uma rápida resposta ao PL da Dosimetria.

"Mais uma vez, a população dá um recado para a Câmara dos Deputados, que está votando na contramão de tudo aquilo que a população deseja, porque quem atentou contra a democracia, quem quebrou a série dos poderes em Brasília, quem tentou dar um golpe de estado no Brasil tem que ser condenado e pagar por esses crimes. Dar uma lição na história de que nós não aceitamos mais golpes no Brasil", disse o petista.

O ex-deputado estadual e agora candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pelo Partido dos Trabalhadores, como oficializado neste sábado (13) pelo presidente do partido, Fábio Trad também compareceu ao protesto.

"É um momento muito importante, mas não só para a esquerda, para todos os democratas. Eu convido também a direita liberal que respeita a democracia, aquela direita dos anos 90 que respeitava a vontade das urnas, que não apoiava os Estados Unidos contra o próprio Brasil. Ela deveria estar aqui conosco, porque o que está em jogo aqui hoje não é só uma disputa partidária, é uma questão de civilização e barbárie", destaca.

Paulista ocupada

Em São Paulo, a Avenida Paulista foi ocupada por manifestantes concentrados nos quarteirões próximos ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). O ato reuniu representantes de sindicatos, movimentos sociais, estudantis e partidos políticos contrários ao projeto.

Durante o protesto, o coro de “sem anistia” foi repetido diversas vezes. Cartazes com dizeres como “Congresso inimigo do povo” ganharam destaque, assim como críticas ao comando da Câmara. Parte dos participantes vestiu roupas verde e amarelas para reforçar a rejeição à anistia dos envolvidos nos atos golpistas.

A votação do PL na Câmara ocorreu em meio a um episódio de tensão, após a retirada forçada do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) da Mesa Diretora pela Polícia Legislativa. Jornalistas foram impedidos de acompanhar a ação, e profissionais da imprensa relataram agressões.

Parlamentares da oposição avaliam que, com as mudanças previstas no texto, Bolsonaro poderia ter a pena reduzida de 7 anos e 8 meses para cerca de 2 anos e 4 meses em regime fechado, conforme o cálculo atual da Vara de Execuções Penais.

Segundo Juliana Donato, da Frente Povo Sem Medo, a mobilização foi motivada pela gravidade da proposta. “Nós entendemos que isso é uma anistia. Os crimes cometidos contra a democracia são muito graves e não podem ser perdoados. A impunidade abre espaço para novas tentativas de golpe”, afirmou. Ela acredita que a pressão popular pode influenciar a tramitação do projeto no Senado.

Protestos no Rio

No Rio de Janeiro, milhares de pessoas ocuparam as ruas próximas ao Posto 5, em Copacabana. O ato contou com a participação de movimentos sociais, sindicatos, estudantes, parlamentares, artistas e militantes de esquerda.

A manifestação ganhou caráter cultural com a participação de artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil, que se apresentaram durante a tarde. O evento foi batizado de “Ato Musical 2: o retorno”, em referência a uma mobilização anterior contra a PEC da Blindagem.

Além do PL da Dosimetria, os participantes protestaram contra a escala de seis dias de trabalho por um de descanso, o marco temporal para demarcação de terras indígenas, o feminicídio e cobraram transparência em investigações envolvendo o Banco Master.

Uma performance realizada por um grupo de mulheres chamou atenção ao comparar parlamentares favoráveis ao projeto a “ratos traiçoeiros”, com a distribuição de animais de borracha e fotos de deputados que votaram pela redução das penas.

A aposentada Angela Tarnapolsky, de 72 anos, afirmou que não poderia se omitir diante do que considera retrocessos democráticos. “Depois de tudo o que vivi desde a ditadura, é impossível aceitar um Congresso com esse nível de retrocesso”, declarou.

O deputado Glauber Braga participou do ato e agradeceu o apoio popular. Com a suspensão de seu mandato por seis meses, ele afirmou que levará o gabinete “para as ruas” e seguirá mobilizado contra o PL da Dosimetria e contra as chamadas emendas Pix, que permitem repasses de recursos públicos sem detalhamento do uso.

O que prevê o projeto

O PL da Dosimetria estabelece que os crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado Democrático de Direito, quando cometidos no mesmo contexto, sejam punidos apenas com a pena mais grave, e não pela soma das penas. O texto também reduz o tempo necessário para a progressão de regime, do fechado para o semiaberto ou aberto.

A proposta pode beneficiar, além de Bolsonaro, militares e ex-integrantes do alto escalão do governo anterior, como Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e Augusto Heleno.

Parlamentares da oposição preveem, para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que o total da redução pode levar ao cumprimento de 2 anos e 4 meses em regime fechado em vez dos 7 anos e 8 meses pelo cálculo atual da vara de execução penal, segundo a Agência Câmara de Notícias. Mas a definição dos novos prazos será do STF e pode ser influenciada pelo trabalho e estudo em regime domiciliar, que diminuem o período de prisão.

O texto original previa anistia a todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e dos acusados dos quatro grupos relacionados à tentativa de golpe de Estado julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mas esse artigo foi retirado do projeto.

**Colaborou Felipe Machado**

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