A denúncia levou órgãos de fiscalização até uma farmácia, onde verificaram a venda de remédios tarja preta sem receita médica, no comércio localizado na rua dos Cafezais, no Jardim Centro-Oeste, em Campo Grande.
Participaram da ação o Conselho Regional de Farmácia (CRF-MS), a Vigilância Sanitária e a Secretaria Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor (Procon-MS).
Além da venda de remédios que só podem ser adquiridos com prescrição médica, a denúncia indicava que o estabelecimento estava comercializando anabolizantes e esteroides.
Foram apreendidas aproximadamente 500 caixas de medicamentos, que estavam armazenadas de maneira irregular em um anexo utilizado como depósito, onde não havia controle de temperatura e não se respeitavam normas básicas de condições sanitárias.
Crédito: Paulo Ribas / Correio do EstadoDenúncia
No local, foram verificados alimentos vencidos dispostos para venda. Essa não é a primeira vez que o comércio passa por um 'pente-fino': em 2019, a fiscalização já havia apontado irregularidades.
A denúncia teria sido encaminhada ao Conselho Regional de Farmácia, informando que em outubro de 2024, devido a um quadro de ansiedade, uma pessoa teria procurado o local e adquirido o medicamento Clonazepam sem apresentar receita médica, e sem receber nenhuma orientação sobre como utilizar tal medicação.
Ocasião em que percebeu o atendente buscou a medicação em um local fora da farmácia (um tipo de quarto), e não no estoque, sendo que, sem conhecimento sobre o medicamento e sem orientação, passou a ingerir 5 gotas, até que parou de sentir o efeito, e assim foi progredindo a dose, para 16 gotas, 30 gotas, até chegar a tomar um frasco inteiro de uma vez, sempre comprando na mesma farmácia, sem receita médica.
"O CRF-MS ressalta a necessidade do cumprimento das legislações, do código de ética e de demais práticas que garantam a legalidade do exercício profissional e o funcionamento dos estabelecimentos farmacêuticos. O CRF-MS tem atuado de forma eficiente para manter no mercado de trabalho os bons profissionais, o que garante a defesa da profissão, bem como uma melhor proteção à sociedade.
O Conselho acompanhará a conclusão dos fatos para dar prosseguimento aos trâmites legais previstos na legislação da profissão", diz a nota do CRF.
Veja a nota da prefeitura
"A Secretaria Municipal de Saúde informa que a interdição da drogaria em questão foi resultado de uma ação conjunta da Vigilância Sanitária, Procon, Decon e Conselho Regional de Farmácia, realizada após denúncia de comercialização de medicamentos controlados sem a devida prescrição médica. Durante a fiscalização, foram constatadas diversas irregularidades, entre elas a venda irregular de medicamentos, já que o estabelecimento não possuía alvará para essa atividade, além da presença de produtos sem comprovação de origem e armazenados de forma inadequada. Todos os medicamentos foram apreendidos e o local permanece interditado".










