Cidades

TRANSFERIDO

Fernandinho Beira-Mar é transferido da Capital para Catanduvas

Fernandinho Beira-Mar é transferido da Capital para Catanduvas

R7

18/12/2010 - 13h51
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O narcotraficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, que estava preso no presídio federal de Campo Grande foi transferido na manhã deste sábado (18) para a penitenciária federal de Catanduvas (PR).

Beira-Mar saiu escoltado por agentes penitenciários federais em um comboio para a Base Aérea de Campo Grande. Lá, ele embarcou em uma aeronave da Força Aérea Brasileira, com destino a Catanduvas. Não há detalhes sobre o que motivou a transferência de Beira-Mar.

Ele já esteve preso em Catanduvas, em 2006, um mês após o presídio federal ser ocupado. Ele foi a primeira pessoa a ficar no local. Essa é a 12ª transferência de Beira-Mar desde que ele foi preso na Colômbia em 2001.

O narcotraficante cumpria pena no presídio de Campo Grande desde 25 de julho de 2007, após ser transferido de Catanduvas. Beira-Mar desde então estava sob o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), onde o preso fica em isolamento total em relação aos outros e monitorado 24 horas por dia.

Cartas do crime

No começo desta semana, o R7 revelou que a polícia do Rio de Janeiro investiga o conteúdo de uma carta que teria sido enviada por Beira-Mar a aliados cariocas. No bilhete, segundo policiais, o bandido revela que enviava cocaína para a Europa e que tinha planos de abrir pelo menos três empresas no Rio de Janeiro.

Segundo policiais, na carta, apreendida no início deste semestre, há informações de que a quadrilha trazia do exterior mensalmente cerca de 450 kg de cocaína, dos quais 300 kg seriam enviados para a Europa e os outros 150 kg abasteceriam o mercado do Rio de Janeiro. No mesmo bilhete, é mencionado que o grupo de Beira-Mar seria responsável pelo envio, por mês, de cerca de cinco toneladas de maconha para o Rio de Janeiro, sendo que o lucro seria dividido meio a meio com um suposto sócio.

De acordo com um agente, a carta ainda traz comentários sobre homicídios de supostos informantes da polícia e de cobranças de dívidas. Em outro trecho, o bandido cita que, se os endividados não queriam lhe pagar em dinheiro, tinham que entrar como sócios em pelo menos três empresas que ele pretendia abrir no Estado.

Em cartas atribuídas ao traficante, ele escreve para um cúmplice encomendando um sequestro. Em um trecho, Beira-Mar diz "o primeiro contato será feito com o bispo geral do Brasil. A pessoa vai ligar para ele avisando que estamos com a vítima e que queremos em troca da liberdade dele, a liberdade do miliciano Batman e de mais dois que estão com ele. Avise ao bispo para não envolver a mídia e pessoalmente acertar os destalhes com o ministro da Justiça".

Superação

Primeiro tetra-amputado do mundo a usar quatro próteses fará palestra em MS

Pedro Pimenta teve braços e pernas amputados devido à complicações causadas por meningite bacteriana

11/12/2024 13h30

Pedro Pimenta

Pedro Pimenta Divulgação

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Nesta quinta-feira (12), o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul (Crea-MS) promoverá uma palestra inspiradora e gratuita com Pedro Pimenta, um exemplo notável de superação e resiliência.

O evento, que faz parte do 2º Workshop "Somar É Transformar Juntos", patrocinado pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), acontecerá no dia 12 de dezembro, quinta-feira, às 19h, no auditório do Crea-MS.

História de superação

Pedro Pimenta

Pedro Pimenta, aos 33 anos, é uma figura extraordinária no cenário de superação pessoal. Tetra-amputado aos 18 anos devido a uma meningite bacteriana, ele se tornou o primeiro no mundo a viver com total autonomia usando quatro próteses. 

Formado em economia pela University of South Florida (EUA), Pedro é autor do best-seller "Superar é Viver" e CEO e cofundador da Da Vinci Clinic.

Sua jornada de reabilitação em um centro de recuperação para veteranos de guerra em Oklahoma, nos Estados Unidos, foi um ponto de virada crucial em sua vida. Esta experiência não apenas o ajudou a se adaptar à sua nova realidade, mas também o inspirou a fundar a Da Vinci Clinic, um centro de referência na América Latina para a recuperação de amputados, especialmente em casos desafiadores.

Meningite e amputação

A meningite bacteriana pode levar à amputação de membros devido a uma série de complicações graves associadas à infecção.

Esse processo ocorre principalmente em decorrência dos seguintes mecanismos:

  • Disseminação da infecção na corrente sanguínea
  • Coagulação intravascular disseminada
  • Síndrome de Waterhouse-Friderichsen

Seja pela infecção se espalhar ou pela redução ou interrupção da circulação sanguínea, as complicações citadas podem gerar necrose (morte das células), ou até mesmo gangrena (nível de necrose avançado, que causa a morte dos tecidos).

Como participar

Embora a entrada seja gratuita, os organizadores sugerem que os participantes façam uma doação de 2 litros de leite no dia do evento como parte de uma ação solidária. 

Para aqueles interessados em participar da palestra, as inscrições podem ser feitas através do link.

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DESDOBRAMENTOS

Afetados pelo 'Nasa Park' têm 3ª reunião com Ministério Público; 'sem esperança'

Audiências individuais com donos de estâncias, chácaras e fazendas assoladas pela tragédia causada pelo rompimento de barragem começam às 13h30

11/12/2024 12h59

Passados 113 dias desde o rompimento da barragem do lago administrado pela A&A Empreendimentos, do condomínio Nasa Park, as famílias afetadas pelo rastro de lama e destruição ainda buscam por indenização

Passados 113 dias desde o rompimento da barragem do lago administrado pela A&A Empreendimentos, do condomínio Nasa Park, as famílias afetadas pelo rastro de lama e destruição ainda buscam por indenização Paulo Ribas/Correio do Estado

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Passados 113 dias desde o rompimento da barragem do lago administrado pela A&A Empreendimentos, do condomínio Nasa Park, as famílias afetadas pelo rastro de lama e destruição ainda buscam por indenização que repare os danos, convocados nesta quarta-feira (11) para a 3.ª reunião junto do Ministério Público. 

Na avenida Pres. Manoel Ferraz de Campo Sales, 214, no Jardim Veraneio em Campo Grande, as audiências individuais com os proprietários de estâncias, chácaras e fazendas estão marcadas para acontecer à partir das 13h30 de hoje (11), nos seguintes horários: 

  • 13h30
    Clarice Sales Sanches (Estância Nossa Senhora Aparecida)
    Luiz Neri - Chácara Vó Cicera
    Rogério Pedroso dos Santos - (Chácara Vila São Marcos)
     
  • 14h00
    José Olavo dos Santos (Chácara BR-163 KM 501)
    João Acacio Melo Minussi (Estância Nossa Senhora de Fátima)
    Luiz Octavio Nespolo (Chácara São Rafael)
     
  • 14h30
    Adriana Maria Santana da Silva (chácara Dois Irmãos parte 1)
    Sebastião Neves de Oliveira (Chácara Canaã)
    Carlos Roberto Vacchiano (Mineradora Quality)
     
  • 15h15
    Gabriela do Prado Lopes (Fazenda Estaca parte 1)
    Luzia Ramos do Prado (Fazenda Estaca)

"Sem esperança"

Entre os afetados, Gabriela do Prado - que viu os animais de sua propriedade serem arrastados junto de móveis e itens de casa - diz que não tem "esperança nenhuma" de que saia da reunião de hoje com um acordo de compensação. 

Morando de aluguel na cidade, após ter sua casa destruída, Gabriela cita os momentos de horror que se estendem através dos meses, acompanhados principalmente de um aumento das despesas, já que a mudança inclui gastos com taxas de condomínio, água, luz, etc. 

Atualmente, inclusive, ela organiza uma galinhada (marcada para o próximo dia 21), com a esperança de angariar fundos e tentar, pelo menos, contornar a conta de luz que está prestes a ser cortada. 

"Vou e venho da chácara todo dia, tem vezes que vou e volto duas vezes no mesmo dia, então aumentou muito o gasto com combustível...", comenta Gabriela. 

Aliado ao aumento de despesas, a renda familiar também foi corroída, já que os cerca de R$ 3 mil que era gerado com a produção da chácara deixaram de existir. 

A família alega que não recebeu apoio financeiro adequado após o desastre e, apesar de haver um bloqueio de R$ 35 milhões relacionados ao Nasa Parque, ela ressalta que nada foi repassado para as vítimas, sendo que a ajuda oferecida, através de cestas básicas, não é vista como uma solução adequada

Gabriela diz que os riscos vividos durante o rompimento, preocupação com a segurança de seus familiares, geraram uma dor intensa que ela diz ser sufocante e que permanece guardada dentro dela, que sente necessidade de sentar para falar de suas dores, porém sem qualquer apoio. 

"No dia da primeira reunião, perguntaram se eu queria assistência psicológica e eu coloquei que sim... estou esperando até hoje. Tenho um filho especial, de 14 anos, que ajudou meu irmão a colocar minhas filhas dentro do carro. Vivi um pesadelo na cidade, não sabia se ele estava vivo... Não ter um amparo psicológico é revoltante e vergonhoso", complementa ela.

 

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