Cidades

CIDADE BRANCA

Festival de Pesca Esportiva de Corumbá rompe liminar através da PGE/MS e segue a todo vapor

Evento começou ontem (03) e segue até domingo (05), com 256 equipes e até mesmo categoria infanto-juvenil

Continue lendo...

Corumbá é palco do Festival Internacional de Pesca Esportiva de Corumbá (FIPEC), que começou na última sexta-feira (03) e vai até amanhã (05), mas que precisou romper liminar através da Procuradoria-Geral do Estado de Mato Grosso do Sul para chegar a acontecer. 

Pouco antes das iscas caírem nas águas da Cidade Branca, a Associação porto-alegrense pediu uma liminar judicial, tentando suspender o evento que, como destaca o Governo do Estado, beneficia diversos setores da economia local, e é uma dos maiores do setor em todo o Brasil. 

Vale ressaltar que, conforme assessoria da PGE, o pedido foi indeferido tanto no âmbito da 1ª instância como também pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, já que a Procuradoria refutou a alegação de período de piracema. 

Segundo manifestou a Procuradoria, na época e local em que a competição acontece há permissão legal para realização desse tipo de pesca, e defendeu a constitucionalidade da legislação, sobretudo por o festival ser considerado "uma manifestação cultural do povo brasileiro", além de não haver evidência científica segura dos maus-tratos ao animal.

Ainda, a PGE vale-se do Decreto Estadual nº 15.166/2019, que prevê a proibição da pesca predatória no período do defeso (novembro a fevereiro), na bacia do Rio Paraguai, Taquari, Miranda e Aquidauana, salvo a modalidade da pesca amadora ou desportiva, exclusivamente no sistema pesque-solte, na calha do Rio Paraguai.

“Na análise dos direitos postos em conflito, procuramos sensibilizar os magistrados de que o palco para a discussão (judicial) era inadequado e o momento era inoportuno, pois a suspensão judicial de um evento dessa magnitude e na véspera de sua realização, além de ferir a Lei, geraria tamanho prejuízo à população que poderia se tornar irreversível”, apontou o procurador do Estado, Jaime Caldeira Jhunyor. 

Ainda, ele afirma que estudos garantem a viabilidade da modalidade pesque e solte, desde que feita de forma adequada, usando equipamentos compatíveis com o porte do peixe (anzóis sem farpas e alicates, de preferência, de plástico). 

Também, a diretora-presidente da Fundação de Turismo do Pantanal de Corumbá, Ana Cláudia Boabaid, frisa que o pesque e solte é regulamentado. 

“Não é permitido o uso de anzóis com farpas, atuamos na educação ambiental, mostrando a necessidade de preservar para o futuro do planeta e também da prática e ainda trabalhamos no escopo da economia que geramos para os corumbaenses", disse ela.  

Efeitos do evento

Vale ressaltar, inclusive, que o Festival tem cobertura do canal especializado Fish TV - com mais de uma década de história -, que projeta Corumbá para todo o mundo com sua transmissão. 

realizado pela Prefeitura Municipal de Corumbá e Associação Corumbaense das Empresas de Turismo (ACERT), em parceria com o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, só no ano passado foram 216 barcos inscritos. 

Segundo a organização do evento, o torneio vem sendo promovido desde a década de 90 e o número de competidores é maior neste ano, com 274 equipes inscritas, e outras 1.200 crianças pescando na região pantaneira que tem cerca de 300 espécies de peixes. 

Na categoria adulto, além de todos receberem um troféu para equipe, os três melhores concorrem a prêmios em dinheiro, que variam de R$ 500 a R$ 2000.

Para a infanto juvenil, além dos três primeiros levarem um troféu para casa, os prêmios são: 

  • 1º lugar: 1 Headphone da JBL
  • 2º lugar: 1 caixa de som da JBL
  • 3º lugar: 1 kit escolar.

Ainda, o evento promove sorteio de prêmios com: um barco de alumínio; dois motores de popa; uma bicicleta; um hoverboard; um tablet; celular, além de um caro e uma moto zero km. 

Através de seu presidente, Luiz Antônio Martins, a Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo (Acert), comenta que Corumbá aparece como a cidade com mais barcos hotéis do Brasil, e que não só o setor de hotelaria, mas também bares, restaurantes e o comércio em geral são beneficiados. 

Além disso, comunidades centenárias que vivem nessa região, os Ribeirinhos também são beneficiados através do comércio das iscas vivas, as quais são uma exigência do Festival.  **(Com assessoria)


Assine o Correio do Estado

PESSOA FÍSICA

Comissão da Câmara aprova projeto que autoriza estandes de tiro particulares

Poderão ser considerados estandes de tiro particulares espaços fixos, móveis ou permanentes, instalados em imóveis privados, tanto na área urbana quanto rural

17/12/2025 10h30

Comissão da Câmara aprova projeto que autoriza estandes de tiro particulares

Comissão da Câmara aprova projeto que autoriza estandes de tiro particulares Arquivo/Correio do Estado

Continue Lendo...

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que permite a construção e o uso de estandes de tiro particulares por pessoas físicas. A proposta é do deputado federal Marcos Pollon (PL-MS).

O projeto prevê que os estandes possam ser usados para prática esportiva, recreativa e treinamentos com armas de fogo. A justificativa é que, para além da posse legal, o uso responsável do armamento depende de prática frequente e treinamento adequado.

Com a aprovação na comissão, o texto segue agora para análise da Comissão de Desenvolvimento Urbano. Antes de chegar ao plenário, a proposta ainda precisará passar por outras etapas de tramitação na Câmara.

Pelo texto, poderão ser considerados estandes de tiro particulares espaços fixos, móveis ou permanentes, instalados em imóveis privados, tanto na área urbana quanto rural, desde que o local pertença ou esteja sob posse legítima do proprietário. Esses estandes deverão ser cadastrados na Polícia Federal e vinculados ao CPF do responsável.

Para funcionar, os estandes terão que cumprir uma série de exigências. Entre elas estão isolamento acústico e estrutural adequado, medidas de segurança para evitar acidentes e autorização da prefeitura quanto à localização, respeitando o Plano Diretor e o Código de Posturas do município. 

As condições de segurança também deverão ser atestadas por engenheiro registrado no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), por meio de Anotação de Responsabilidade Técnica.

A proposta afirma ainda que a medida busca garantir o direito ao treinamento com armas de fogo de forma segura, fiscalizada e dentro das regras previstas em lei.

Assine o Correio do Estado

SUCCESSIONE

Neno Razuk é condenado a 15 anos por relação com o jogo do bicho

Deputado estadual poderá recorrer da pena em liberdade; além dele, outras 11 pessoas também tiveram condenações proferidas no mesmo processo

17/12/2025 09h00

Deputado estadual Neno Razuk (PL)

Deputado estadual Neno Razuk (PL) Foto: Wagner Guimarães / Alems

Continue Lendo...

A 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) decidiu pela condenação do deputado estadual Roberto Razuk Filho, conhecido como Neno Razuk (PL), em investigação que apontou ele como o chefe de uma organização crimonosa voltada ao jogo do bicho. A pena é de 15 anos e 7 meses de prisão. A condenação foi proferida  na segunda-feira e sentencia outras 11 pessoas.

Investigação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) aponta que Neno Razuk seria o líder de organização criminosa que estaria intensificando suas práticas em Campo Grande após as prisões de Jamil Name e Jamil Name Filho durante a Operação Omertà, deflagrada em 2019 pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) contra milícias armadas.

Conforme consta em documento que decretou as prisões preventivas de 20 alvos da quarta fase da Operação Successione, deflagrada no mês passado, a família Razuk é “conhecida há décadas pela exploração ilegal do jogo do bicho e com expertise nas negociatas relacionadas ao ilícito”.

O texto diz ainda que eles “tem praticado crimes de toda ordem, entre os quais assaltos à mão armada e lavagem de dinheiro”, mais especificamente na região de Dourados.

Além de Neno, também foram condenados: Carlito Gonçalves Miranda; Diogo Francisco; Edilson Rodrigues Ferreira; Gilberto Luis dos Santos; José Eduardo Abduladah; Júlio Cezar Ferreira dos Santos; Manoel José Ribeiro; Mateus Aquino Júnior; Taygor Ivan Moretto Pelissari; Valnir Queiroz Martinelli; e Wilson Souza Goulart.

Neno Razuk pegou 15 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão, em regime fechado, porém, terá o direito de recorrer em liberdade. Ao Correio do Estado, o advogado André Borges, que faz a defesa do deputado, disse que vai recorrer da sentença.

“Defesa certamente recorrerá; processo está longe de encerrar; Neno confia na decisão final da justiça”, declarou.

Deputado estadual Neno Razuk (PL)

BUSCAS

Em novembro deste ano, o Gaeco apreendeu mais de R$ 300 mil durante a operação deflagrada contra alvos ligados à família Razuk. A ação, realizada em conjunto com o Batalhão de Choque da Polícia Militar, também resultou na prisão de três familiares do deputado estadual Neno Razuk.

Foram detidos o pai do parlamentar, Roberto Razuk, e os irmãos Rafael Razuk e Jorge Razuk. Segundo informações, além do montante em dinheiro, equipes recolheram armas, munições e máquinas supostamente usadas para registrar apostas do jogo do bicho.

Os materiais foram apreendidos durante o cumprimento dos 20 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão executados  em Campo Grande, Dourados, Corumbá, Maracaju e Ponta Porã, além de endereços no Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.

Também estava entre os alvos de prisão Rhiad Abdulahad e Marco Aurélio Horta, conhecido como “Marquinho”, chefe de gabinete de Neno Razuk e funcionário da família há cerca de 20 anos.

Segundo a apuração do Gaeco, Rhiad teria assumido os negócios com o jogo do bicho após a prisão do pai, José Eduardo Abduladah, na primeira fase da operação, em 2023.

A primeira fase da Operação Successione foi deflagrada em dezembro de 2023 e cumpriu 10 mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão. Foi nesta fase que os ex-assessores parlamentares de Neno Razuk foram pegos.

JOGO DO BICHO

Segundo a investigação, a disputa pelo controle do jogo do bicho em Campo Grande se intensificou após a prisão de Jamil Name e Jamil Name Filho, durante a Operação Omertá, em 2019, que comandavam a contravenção na Capital.

Após as prisões, a família Name teria vendido seus pontos para um grupo de São Paulo, o MTS – que seria uma abreviação diferente para Mato Grosso do Sul, porém, segundo as investigações do MPMS, o grupo dos Razuk teria tentado tomar esses pontos “na marra” e sob o uso de violência. Foi uma tentativa de roubo a um malote do jogo do bicho que chamou a atenção das autoridades para investigar a situação.

“A organização criminosa, comandada por Neno Razuk, efetuou, ao menos, três assaltos muito similares em desfavor dos denominados recolhes, motociclistas responsáveis pela arrecadação diária dos valores provenientes do jogo do bicho nos diversos pontos em que atuam [e à época trabalhando para outra organização, conhecida por MTS e vinda de São Paulo], executados à mão armada, todos na data de 16/10/2023, à luz do dia, contando com aparato especial para a investida, o que chamou a atenção das autoridades, que iniciaram as investigações que culminaram no ajuizamento de ação penal”, mostra trecho da investigação do MPMS.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).