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Forças de Kadhafi retomam cidade de Brega,

Forças de Kadhafi retomam cidade de Brega,

g1

30/03/2011 - 13h10
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As forças leais ao ditador da Líbia, Muammar Kadhafi, retomaram nesta quarta-feira (30) o controle da cidade de Brega, a leste de Ras Lanuf, que já havia sido reconquistada pela manhã, anunciaram à France Presse fontes ligadas aos rebeldes em Ajdabiyah, onde também houve bombardeios.

A informação ainda não foi confirmada, mas jornalistas em Ajdabiyah, cidade situada 80 km a leste de Brega, podiam ouvir tiros de canhão nesse setor.

A reconquista de Brega poucas horas depois da de Ras Lanuf confirmaria a rápida progressão do exército governamental para o leste do país, reduto dos insurgentes. Ela ocorre mesmo após os bombardeios ocidentais terem fragilizado as tropas de Kadhafi.

Mais cedo, rebeldes deixaram a cidade petroleira de Ras Lanuf após pesados bombardeios feitos pelas forças governamentais.

A rápida reversão vem apenas dois dias após os rebeldes terem corrido para oeste ao longo da mais importante estrada costeira.

Na ofensiva geralmente usada pelo governo, tanques e artilharia desencadeiam um feroz bombardeio sobre as cidades e forçam rebeldes a fugir rapidamente.

A Líbia enfrenta uma verdadeira guerra civil desde a metade de fevereiro, quando manifestações de opositores se intensificaram e se tornaram uma revolta armada pela saída de Kadhafi, há 42 anos no poder.

No dia 17 de março, a ONU aprovou uma resolução que permitia quaisquer medidas para evitar um massacre de civis. Logo depois, uma coalizão internacional começou a bombardear o país.

"Kadhafi nos atingiu com foguetes enormes. Ele entrou em Ras Lanuf", disse o rebelde lutador Muftah Faraj, à agência de notícias Reuters depois de se retirar da cidade. "Nós estávamos no portão ocidental e fomos bombardeados", disse outro rebelde, Hisham.

Ajdabiyah
Um ataque aéreo contra as forças de Kadhafi foi lançado nesta quarta-feira pouco antes das 15h GMT (12h de Brasília) a oeste de Ajdabiya, comprovou um jornalista da France Presse.

Depois do ataque aéreo, a vários quilômetros da cidade, era possível ver uma enorme bola de fogo de dezenas de metros, seguida uma coluna de fumaça negra, constatou jornalista.

O ataque, o primeiro em dois dias, foi imediatamente saudado por uma centena de rebeldes posicionados na entrada oeste de Ajdabiyah.

Bastidores
Enquanto os combates prosseguem, numa reunião em Londres, as potências mundiais pressionaram Kadhafi a renunciar.

Na conferência, os 40 governos e organismos internacionais concordaram em prosseguir com o bombardeio aéreo sob a liderança da Otan das forças da Líbia até que Kadhafi cumpra a resolução da ONU que pede o fim da violência contra civis opositores ao regime. No encontro ainda foi criado um grupo de 20 países e organizações, incluindo estados árabes, a União Africana e a Liga Árabe, para coordenar o apoio internacional para uma transição ordenada para a democracia na Líbia.

"Todos nós devemos continuar a aumentar a pressão e aprofundar o isolamento do regime de Kadhafi por outros meios também", disse a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, após a reunião. "Isso inclui uma frente unificada de pressão política e diplomática que torna claro a Kadafi que ele deve ir."

Os Estados Unidos, Grã-Bretanha e o Qatar sugeriram que Kadhafi e sua família poderiam ser autorizados a ir para o exílio se eles aceitaram a oferta de por fim de seis semanas de derramamento de sangue. Washington e Paris também levantaram a possibilidade de armar os rebeldes, apesar de ambos sublinharem que nenhuma decisão tenha sido tomada.

No entanto, o presidente Barack Obama disse à rede de televisão NBC que ele já havia concordado em fornecer ajuda, como equipamentos de comunicação, suprimentos médicos e, potencialmente, auxílio transporte para a oposição da Líbia, mas nenhum equipamento militar.
 

Golpe

Idoso tem cinco anos de desconto indevido na aposentadoria em MS

A Defensoria Pública constatou que um estelionatário realizou um empréstimo utilizando os dados de um idoso, que teve dinheiro descontado desde 2019

14/01/2025 19h00

Reprodução Redes Sociais

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A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, ao ser procurada pela filha de um idoso de 71 anos, constatou que, desde 2019, um banco vinha descontando valores indevidos da aposentadoria da vítima.

Com o auxílio da Defensoria, o idoso conseguiu uma liminar na Justiça que impede o banco de realizar novos descontos enquanto o caso é analisado. Os descontos estavam relacionados a um empréstimo consignado que a vítima afirmou nunca ter contratado.

A situação só veio à tona quando a filha do aposentado percebeu os descontos e, ao revisar os extratos bancários para ajudar o pai, notou discrepâncias. Diante disso, decidiu procurar a Defensoria, que constatou que a assinatura no contrato do empréstimo não correspondia à assinatura do idoso.

Para comprovar, foi realizada a comparação entre a assinatura da vítima no RG e a assinatura no documento do empréstimo, que apresentaram diferenças claras.

Segundo o defensor público Pedro Lenno Rovetta Nogueira, responsável pelo caso, as provas indicam que o contrato foi realizado de forma fraudulenta, sugerindo que os dados do idoso foram utilizados por um estelionatário.

Isso, conforme apontado, teria sido possível devido a falhas no sistema de segurança da instituição financeira, cujo nome não foi divulgado. O defensor destacou que casos semelhantes são comuns e orientou a população a procurar a Defensoria Pública em situações desse tipo.

O processo segue na Justiça, e a Defensoria pediu a anulação do contrato de empréstimo, a devolução de todos os valores descontados e uma indenização de R$ 10 mil por danos morais para a vítima.

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Ribas e Campo Grande

Ex-militar suspeito de furtar computadores de megafábrica de celulose seguirá na prisão

Preso na véspera de Natal sob suspeita de furtar computadores da Suzano, meses depois de furtar o TRE-MS, ex-sargento e técnico de T.I. teve habeas corpus negado

14/01/2025 18h27

Computadores, como o da imagem no detalhe, foram furtados de megafábrica de celulose

Computadores, como o da imagem no detalhe, foram furtados de megafábrica de celulose Fotomontagem

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O ex-sargento do Exército Brasileiro, ex-técnico de informática terceirizado do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) e ex-funcionário da Suzano, Higor Prates de Amarilha, 34 anos, vai continuar na cadeia, se depender do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).

Higor foi preso em flagrante no dia 24 de dezembro, véspera de Natal, por suspeita de furtar pelo menos 14 computadores portáteis (notebooks) da megafábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, onde trabalhava.

Os equipamentos, que custam em torno de R$ 5 mil a unidade em lojas oficiais, estavam sendo vendidos a R$ 1,3 mil no mercado paralelo, conforme investigação da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros (Garras).

Amarilha vai continuar preso porque o desembargador da 3ª Câmara Criminal do TJMS, Fernando Paes de Campos, ratificou na semana passada, no retorno do recesso, a decisão do colega plantonista Dorival Pavan, que negou habeas corpus ao ex-técnico de TI da megafábrica de celulose da Suzano S.A.

“Observa-se que a prisão preventiva está justificada na gravidade concreta da conduta, haja vista que o paciente foi acusado pelo furto de ao menos 14 (quatorze) notebooks da empresa em que trabalha, Suzano S.A., que somaram aproximadamente R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), ao longo de 2 (dois) meses, além de outros objetos apreendidos em posse do suspeito que guardam fortes suspeitas de serem provenientes de furto da empresa vítima”, asseverou Dorival Pavan ao negar habeas corpus impetrado pela Defensoria Pública.

Amarilha e a Defensoria Pública só recorreram ao tribunal porque antes tiveram o mesmo habeas corpus negado pelo juiz de plantão.

Na investigação, os policiais do Garras, ao consultar outros técnicos de informática da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, revelaram que Higor havia feito a exclusão dos notebooks furtados do sistema que controla o acervo patrimonial da empresa.

Os policiais do Garras chegaram a Higor Amarilha na véspera de Natal, depois de localizar um dos notebooks que pertenceu à Suzano com um rapaz identificado como Carlos Henrique.

Ao ser abordado pelos policiais, o rapaz estava com um dos computadores, do modelo Dell Latitude 3440, que depois comprovou-se ter sido subtraído da Suzano.

Carlos, que revende computadores, disse aos policiais ter comprado de outro rapaz, cujo nome é Ian de Souza Mendes. Ian foi abordado, e, na abordagem, os investigadores do Garras descobriram Higor.
Higor havia revendido a Ian pelo menos 10 dos 14 notebooks furtados por R$ 1,3 mil cada um. Ian e Carlos acabaram enquadrados por receptação culposa.

Posteriormente, na casa de Higor, outro notebook igual aos furtados da Suzano foi encontrado. Ele foi preso e passou o Natal longe da família.

Outro furto

Apesar de ser ex-sargento do Exército Brasileiro e réu primário, como alega a Defensoria Pública, Higor havia sido preso meses antes, no dia 25 de julho, desta vez pela Polícia Federal.

É porque ele responde juntamente com Patrick Olavo Lang por prática parecida de furto de computadores, só que no Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS). No caso específico, Higor desviava os computadores do TRE-MS, e Patrick revendia.

Na época, o juiz federal Luiz Augusto Imassaki Fiorentini relaxou o flagrante de Higor, sob a condição de que ele se recolhesse em casa todas as noites, a partir das 20h, e de que não deixasse a comarca por mais de sete dias sem autorização judicial.

Exército

No Comando Militar do Oeste, Higor foi 3º Sargento. Seu nome até aparece em reportagem sobre a conclusão de um curso de Planejamento, Instalação, Manutenção e Configuração de Circuito Fechado de Televisão, realizado no 6º Centro de Telemática de Área (6º CTA).

Na época, Higor falou da competência de seus colegas:

“Essa foi uma excelente oportunidade de aprendizado. Além do professor, houve uma equipe que nos ajudou de todas as formas para que conseguíssemos colocar na prática tudo o que aqui foi ensinado. Saímos daqui capacitados para instalação do sistema, tanto aqui no CMO quanto nas demais organizações militares”, finalizou.

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