Tempestade de poeira, areia e terra devem atingir municípios de Mato Grosso do Sul no mês de julho.
Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, o meteorologista Natálio Abrahão afirmou que fumaça e névoa seca, em decorrência dos incêndios no Pantanal, poderão causar o fenômeno no mês que vem.
Tempestade de areia é um fenômeno natural que ocorre em locais de tempo seco, elevadas temperaturas, solo seco e umidade relativa do ar baixa.
É provocada por redemoinhos de vento, cujo resultado é a névoa seca onde há suspensão de partículas sólidas, mas não aquosas, pelo ar. São frequentes em desertos, pois possuem umidade do ar baixíssima e muita areia.
Geralmente, o fenômeno ocorre nas estações de primavera e verão, mas, devido às condições climáticas, deve se antecipar para o inverno.
“As condições atuais da tempestade estão se fortalecendo para uma eventual tempestade de poeira e areia, porque o chão, o solo, está se aquecendo. Já estava quente antes das queimadas. E agora, com ela, a tendência é que ela fique muito mais quente e o ar mais leve, ele vai jogar muito mais fumaça, partículas, polígens, tudo para atmosfera e esse negócio aí com rajada de tempestade de vento, vai se transformar em poeira e areia”, explicou o meteorologista.
HISTÓRICO
Em 15 de outubro de 2021, tempestade de areia/poeira/terra transformou o dia em noite em vários municípios de Mato Grosso do Sul.
O céu vermelho encobriu diversas regiões e veio acompanhado de fortes ventos em todos os bairros de Campo Grande. As cenas registradas em Campo Grande foram aterrorizantes e assustadoras.
Houve destelhamento de casas, quedas de árvores, pessoas machucadas, queda de postes, paralisação do fornecimento de energia, rompimento de fiações, ruas/casas alagadas, entre outros.
Os ventos derrubaram uma árvore que esmagou um carro e uma moto, na avenida Bandeirantes. O motociclista foi socorrido em estado grave a passageira do carro, surpreendentemente, conseguiu se salvar.