A ex-vereadora e funkeira Verônica Costa foi indiciada nesta terça-feira (22) sob suspeita de ter torturado e mantido em cárcere privado o ex-marido, em fevereiro deste ano. Segundo a delegada da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), Adriana Cardoso Belém, o ex-marido de Verônica prestou queixa na unidade dias depois do crime.
Ainda de acordo com a delegada, Verônica nega as acusações e diz que o Márcio Giovani Costa já chegou machucado em casa, sob o efeito de drogas. Márcio também negou à polícia as acusações.
Investigadores afirmam que outras quatro pessoas, parentes da funkeira, também foram indiciadas pelo mesmo crime. O inquérito foi enviado no final da tarde de ontem para o Ministério Público do Rio, que decidirá se a denuncia (acusa formalmente) os acusados ou arquiva o caso.
A polícia também afirma que há provas testemunhais de que Márcio Costa não teria saído de casa --ao contrário do que Verônica disse em depoimento na delegacia. Se condenada, a pena para o crime de tortura varia de 2 a 8 anos de prisão.
Na ocasião da suposta agressão, o marido da ex-vereadora ficou internado no Hospital Pasteur, no Méier, zona norte do Rio. Ele teve queimaduras na face, pescoço, tórax, abdômen e membros.
Ao deixar a unidade, Márcio, que ainda apresentava ferimentos aparentes, afirmou que teve medo de morrer durante o tempo em que foi torturado. "Coisa de maluco. Eu torcia para não ser mais torturado. Eles ameaçavam me matar", afirmou. Márcio acusa ainda o padrasto e o irmão de Verônica por participação nas agressões.
Na época, Márcio também afirmou que Verônica foi diagnosticada como sendo bipolar há cerca de dois anos e que faz uso de remédios. A reportagem tentou contato com ela, mas não obteve retorno.