Um galho de uma figueira centenária destruiu um carro HB20, de cor preta, por volta das 15h20 desta terça-feira (08), em frente ao Colégio Dom Bosco, na Avenida Mato Grosso, nas proximidades da Rua 14 de Julho, em Campo Grande.
No momento em que o galho caiu e ficou atravessado em parte da via, uma motorista que passava conseguiu frear a tempo. Ela relatou que um motociclista havia passado instantes antes de o galho atingir o asfalto.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros esteve no local para realizar o corte e a remoção do galho que caiu. Em conversa com a reportagem, o sargento Leon, dos bombeiros, explicou que a árvore deverá passar por uma avaliação da Prefeitura Municipal de Campo Grande.
"Aparentemente, era um galho podre. É uma árvore centenária que, posteriormente, a Prefeitura vai ter que podar, porque há risco de queda, o que pode prejudicar outros veículos", disse o sargento.
Os bombeiros fizeram o corte do galho e liberaram a pista. Segundo Leon, esse é o procedimento autorizado para ser realizado pela corporação.
"[Na árvore] o bombeiro não pode mexer sem o aval da Prefeitura, que precisa autorizar por se tratar de uma árvore centenária. Com a autorização, ou eles mesmos cortam, ou os bombeiros vão e fazem o corte", informou.
Após a liberação da via, a viatura dos bombeiros deixou o local. Pouco depois das 16h, o supervisor de enfermagem da Santa Casa, Sérgio Santos Silva, de 32 anos, chegou e se deparou com o veículo que havia deixado estacionado no canteiro central completamente destruído.
O enfermeiro contou que, normalmente, estaciona o carro na Rua 14 de Julho, mas, como não havia vagas, parou pela primeira vez no local onde ocorreu o incidente.
"Parei aqui hoje porque eu tinha uma reunião no meu trabalho. Deixei o carro e fui trabalhar, aí aconteceu isso", relatou.
Sem qualquer aviso ou bilhete no veículo, ele afirmou que pretende procurar os bombeiros para ter acesso ao registro da ocorrência. Também disse que estava fotografando o carro para enviar à seguradora e que pretende acionar a administração municipal.
"A árvore não fui eu que plantei, não sou eu que faço a manutenção dela. Alguém vai ter que se responsabilizar por isso", desabafou.
Sem nenhum representante de órgão municipal no local para prestar informações nem mesmo uma viatura da Guarda Civil Metropolitana (GCM) o enfermeiro considerou que houve falha por parte da administração pública.
"Da Guarda Civil, não espero nada diferente. Espero, sim, que tentem me multar por alguma infração. Negligência total do órgão público. O imposto a gente paga para ter o serviço. E eu, como cidadão, já estou sendo lesado não estou recebendo o serviço. Não tinha nem um aviso pendurado sobre o ocorrido, nem boletim de ocorrência. Mas, se eu tivesse parado por alguns minutos numa vaga amarela, com certeza teria o papelzinho da notificação".




