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Genes podem explicar rápido avanço da aids em algumas pessoas

Genes podem explicar rápido avanço da aids em algumas pessoas

correio braziliense

17/06/2011 - 20h00
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Uma pesquisa espanhola divulgada esta semana no Journal of Clinical Investigation afirma ter encontrado uma explicação genética para os casos em que a aids surge quase imediatamente depois da infecção pelo vírus.

O estudo pode, no futuro, resultar em estratégias individualizadas para a administração de antirretrovirais. Leia a seguir a notícia na íntegra a seguir.

Genes "apressam" o vírus da aids

Ao ser infectado pelo vírus HIV, o paciente se vê diante de um panorama de indefinição sobre o futuro de sua saúde.

Características próprias do agente infecioso fazem com que alguns pacientes desenvolvam a doença rapidamente, enquanto outros passam décadas sem nenhum sintoma da aids.

Uma pesquisa espanhola, divulgada na edição de ontem do Journal of Clinical Investigation, afirma ter encontrado uma explicação genética para os casos onde a aids surge quase imediatamente depois da infecção pelo vírus.

Segundo o estudo, seis genes, presentes em cerca de 8% da população mundial, são os responsáveis pela baixa resposta imunológica ao vírus, facilitando sua rápida instalação.

A pesquisa pode, no futuro, resultar em estratégias individualizadas para a administração da medicação aos soropositivos.

A descoberta, feita por cientistas do Instituto de Pesquisas de aids IrsiCaixa e do Departamento de Saúde da Catalunha, ambos da Espanha, foi possível depois do mapeamento de 25 mil genes de 66 pacientes, a maioria portadora do tipo B do vírus - o mais comum na Europa e na América.

"A localização desses genes nos pacientes estudados é semelhante à localização de genes semelhantes previamente conhecidos em macacos.

Esse dado nos dá fortes indícios de que se trata de uma característica presente em todas as pessoas e não apenas nas populações estudadas", disse ao Correio Javier Martínez-Picado, principal autor do estudo.

A identificação fecha um ciclo iniciado em 2004, quando pesquisadores norte-americanos encontraram genes que têm a função inversa: permitem uma resposta eficaz ao vírus, retardando o aparecimento dos primeiros sintomas.

"No futuro, será possível fazer exames para detectar o tipo de resposta imune que cada paciente dará à doença.

Saber se ele é do tipo que vai desenvolver a aids precocemente ou tardiamente permitirá desenvolver estratégicas mais eficazes de medicação", conta o pesquisador espanhol.

Futuro

Segundo o cientista Enrique Argañaraz, do Laboratório de Virologia Molecular da Universidade de Brasília (UnB), a pesquisa também abre uma nova perspectiva para o desenvolvimento de uma futura vacina.

"Durante o processo de resposta ao vírus, a célula picota o HIV e apresenta uma parte dele ao sistema de defesa do organismo, que baseia nele a sua reação imunológica", explica o professor.

Se o fragmento apresentado é de uma parte importante do vírus, a resposta poderá ser mais eficaz no combate à aids e, portanto, o desenvolvimento da doença será dificultado.

"Entender quais mecanismos genéticos estão envolvidos nesse processo de seleção do fragmento poderá, no futuro, ajudar a criar terapias que ensinem a célula a escolher partes mais eficazes para atacar", completa.

Outro pondo ainda obscuro da infecção por HIV é a resposta que cada paciente dá ao tratamento. Ao contrário de outras doenças, a quantidade de vírus presente no organismo não está diretamente ligada à intensidade da doença.

"É possível ter um índice de infestação altíssimo e não desenvolver um caso grave da aids, e vice-versa", conta Argañaraz. Esse deve ser o novo passo dos pesquisadores espanhóis.

"Ampliamos nossa amostra de 66 para 120 pacientes e pretendemos verificar se há uma causa genética tanto para a resposta diferente que cada pessoa tem ao tratamento quanto para a forma que o organismo desses pacientes reage ao vírus", completa Javier Martínez-Picado.

Cidades

Portaria autoriza IBGE a contratar 39 mil temporários para Censo Agro e de população nas ruas

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado

18/12/2025 19h00

Agentes do IBGE em MS

Agentes do IBGE em MS FOTO: Marcelo Victor/Correio do Estado

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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) E O Ministério do Planejamento e Orçamento informaram a autorização de contratação temporária de 39.108 trabalhadores para atuarem no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na realização do Censo Agropecuário e do Censo da População em Situação de Rua. A Portaria Conjunta MGI/MPO Nº 90 liberando as admissões foi publicada na quarta-feira, 17.

"As contratações têm como objetivo viabilizar a operacionalização dos levantamentos censitários, que envolvem desde o planejamento técnico até a coleta, supervisão e processamento das informações em todo o território nacional. Os contratos serão firmados nos termos da Lei nº 8.745, de 1993", informou o MGI, em nota à imprensa.

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado, observando as políticas de reserva de vagas previstas em lei e assegurando que "todas as etapas do certame estejam alinhadas à efetividade das ações afirmativas".

A portaria determina que o IBGE defina a remuneração das vagas, "respeitando os critérios legais relacionados à relevância e à complexidade das funções".

O edital de abertura das inscrições para o processo seletivo simplificado será publicado em até seis meses, "contados a partir da publicação do ato normativo".

O IBGE ainda aguarda a aprovação do orçamento de R$ 700 milhões necessários aos preparativos do já atrasado Censo Agropecuário em 2026, para que possa ir à coleta de campo em 2027.

O cronograma inicial previa os preparativos em 2025 e coleta em campo em 2026, mas foi adiado por falta das verbas demandadas no orçamento da União. O levantamento censitário prevê a coleta de informações de cerca de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o País.

No novo cronograma, caso os recursos previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual sejam garantidos, o IBGE dará início em outubro de 2026 ao cadastro de estabelecimentos para coleta de dados online, que começaria a ser feita em janeiro de 2027. Em abril de 2027 teria início a coleta presencial.

 

Prognóstico

Verão começa neste domingo e será marcado por calor acima da média em MS

Prognóstico aponta que podem ocorrer ondas de calor no Estado, enquanto as chuvas serão irregulares e podem ficar abaixo da média para a estação

18/12/2025 18h44

Calor deverá ficar acima da média durante o verão em Mato Grosso do Sul

Calor deverá ficar acima da média durante o verão em Mato Grosso do Sul Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começa às 11h03 (horário de MS) deste sábado (21) e será marcado por chuvas irregulares e temperaturas elevadas em Mato Grosso do Sul. É o que aponta prognóstico divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec).

A estação, que vai até o dia 20 de março de 2026, é climatologicamente caracterizada pelos dias mais longos e noites mais curtas, calor, maior disponibilidade de umidade na atmosfera e aumento significativa de pancadas de chuvas.

O primeiro dia do verão é o dia mais longo do ano e a noite mais curta.

Calor acima da média

De acordo com o prognóstico, a tendência climática para este verão em Mato Grosso do Sul indica temperaturas acima da média histórica, ou seja, a previsão aponta para um trimestre com condições mais quentes que o normal no Estado.

"Essa condição favorece a ocorrência de períodos mais quentes, sobretudo em dias com menor nebulosidade e ausência de precipitação", diz o documento.

Quanto as temperaturas, a média da estação varia entre 24°C a 26°C. A previsão para o trimestre janeiro-fevereiro-março de 2026 indica que as temperaturas ficarão ligeiramente acima da média histórica, com máximas acima de 30°C.

Segundo o Climatempo, o verão deverá ter maior influência da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) e a estação terá períodos de veranico, quando várias áreas do País terão dias mais quentes do que o normal, com menos chuva do que o normal para o período.

O Sul do Brasil e as áreas de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai devem enfrentar períodos de calor intenso, que eventualmente poderão ser considerados como onda de calor, segundo o Climatempo.

Dessa forma, a previsão aponta para um trimestre com condições mais quentes que o normal em Mato Grosso do Sul.

Chuvas irregulares

A média de chuva que é esperada para o verão, conforme os dados históricos baseados em períodos de 30 anos pelo Cemtec, indicam que as precipitações variam entre 400 a 600 mm. 

Para o verão 2025/2026, a tendência climática indica uma previsão  de irregularidade na distribuição das chuvas ao longo do trimestre.

"Os volumes de precipitação tendem a oscilar em torno da média histórica, podendo apresentar totais ligeiramente acima ou abaixo da média histórica", diz o Cemtec.

Uma característica marcante do verão é a ocorrência de rápidas e frequentes mudanças nas condições do tempo. São comuns as chuvas de curta duração e forte intensidade, conhecidas como chuvas de verão.

Segundo o Cemtec, dependendo do ambiente atmosférico atuante, esses eventos podem evoluir para tempestades intensas, acompanhadas de descargas elétricas, rajadas de vento e, ocasionalmente, granizo.

Em razão da intensidade pluviométrica concentrada em curtos intervalos de tempo, essas chuvas podem ocasionar impactos como alagamentos, enxurradas e elevação rápida do nível de córregos e rios, situações típicas do período de verão.

A maior frequência dessas tempestades ocorre, geralmente, no período da tarde, em decorrência do aquecimento diurno mais acentuado e dos mecanismos de modulação diurna da atmosfera.

Além disso, o verão é o período do ano de maior incidência de raios.

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