Cidades

ENSINO MILITARIZADO

Governo anuncia inclusão de duas escolas da Capital em programa de ensino cívico-militar

Unidades integrão principal projeto educacional de gestão Bolsonaro

RAFAEL RIBEIRO

27/09/2019 - 14h43
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O Governo de Mato Grosso do Sul anunciou nesta sexta-feira (27), por meio de seu sítio oficial na internet, que duas escolas de sua rede de ensino, ambas em Campo Grande, integrarão o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares a partir de 2020. 

De acordo com a gestão Reinaldo Azambuja (PSDB), as primeiras unidades educacionais de caráter militarizado serão a Escola Estadual Aberto Elpídio Ferreira Dias, no Jardim Anache, na região norte, e na Escola Estadual Marçal de Souza, no Jardim Los Angeles, na região sul.

O modelo de escola cívico-militar é uma proposta do governo federal para uma gestão escolar compartilhada entre educadores e militares. O Ministério da Educação (MEC) afirmou no dia 5 de setembro, quando o programa foi lançado, que a meta é construir 216 escolas neste modelo em todos os 26 estados e no Distrito Federal até 2023. A adesão é voluntária.

O MEC explica que as ações das escolas cívico-militares vão se concentrar em três principais áreas: a educacional, cujas atividades para fortalecer valores “humanos, éticos e morais” e incentivar a formação integral dos alunos, a didático-pedagógica, cujas atividades de supervisão escolar e psicopedagogia para melhorar o processo de ensino e aprendizagem, e a administrativa, cujas ações para melhorar a infraestrutura e organização das escolas.   

ESCOLHA

Atendendo a diretriz do MEC, o Governo de Mato Grosso diz que realizou consultas públicas com as comunidades para avaliar a aceitação do projeto.

Na Aberto Elpídio Ferreira Dias, que ainda sequer foi inaugurada, a gestão diz que 93% dos entrevistados aprovaram o método. Segundo a Secretaria de Estado da Educação, o modelo usado será uma proposta de metodologia desenvolvida em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado.

Já a Marçal de Souza é responsável pelo atendimento a 800 estudantes dos ensinos Fundamental e Médio. Segundo a pesquisa, 80% dos moradores da região aprovaram a adoção do modelo sugerido pela gestão Jair Bolsonaro (PSL).

"Foram escolhidas duas unidades em Campo Grande, uma no Norte e outra no Sul da cidade, ambas em regiões de vulnerabilidade. De acordo com a proposta do programa, as escolas terão apoio financeiro para infraestrutura, uniforme e material pedagógico, além da formação da equipe pedagógica e administrativa", disse o superintendente de Políticas Educacionais da secretaria, Hélio Daher, coordenador de implantação das escolas cívico-militares em Mato Grosso do Sul

Na matriz curricular, a novidade será a inserção de uma disciplina referente à atuação dos militares. O restante das unidades curriculares serão as mesmas utilizadas nas demais escolas da Rede Estadual de Ensino, de formação geral básica, que contemplam a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

“É importante deixar claro que o Programa não visa a militarização dos estudantes. Não serão escolas militares. A atuação será em colaboração, nas áreas de gestão escolar e gestão educacional, a fim de contribuir com a melhoria do ambiente escolar. Vale destacar, ainda, que os militares não ocuparão cargos dos profissionais da educação, previstos – por exemplo – na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Um bom exemplo é o trabalho desenvolvido na EE Lino Villachá, no bairro Nova Lima, que possui um projeto em parceria com o Corpo de Bombeiros, com essa característica, há quase dois anos e com absoluto sucesso”, completou o dirigente.

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O PROGRAMA

O modelo cívico-militar é diferente do modelo das escolas militares mantidas pelas Forças Armdas. De acordo com o MEC, as secretarias estaduais de educação continuariam responsáveis pelos currículos escolares e caberia aos militares a atuação como monitores na gestão educacional.

Na prática, a gestão da escola é compartilhada: professores cuidam da parte pedagógica e os militares, da administração e da disciplina.

EM MATO GROSSO DO SUL

O desejo de ter no Estado instituições de nsino de caráter militar vem desde o início da gestão Reinaldo Azambuja (PSDB).

Em outubro de 2017, o Correio do Estado revelou com exclusividade o projeto, chamado de Colégio Tiradentes. O projeto seria inspirado no modelo usado no Amazonas desde 2012 e um coronel da Polícia Militar do estado da região norte participou da elaboração da metodologia.

Um ano se passou e o máximo que o projeto andou foi com o anúncio de que Chapadão do Sul e Paranaíba foram confirmadas como as duas primeiras cidades do Estado a terem uma escola com total administração da Polícia Militar. Mas os projetos não avançaram nas câmaras municipais locais. A meta da gestão era ter cinco unidades do tipo em até dois anos.

Apesar do apoio até certo ponto incondicional ao modelo por parte da secrtaria estadual, entidades como a Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) e Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP) se mostraram contrários ao projeto no início.  

CONCLAVE

Igreja católica define data para começo de seleção do novo papa

Cardeais se reuniram hoje na 5ª Congregação Geral para debaterem qual seria o primeiro dia do Conclave, após o período de luto por Francisco ser respeitado

28/04/2025 12h30

135 cardeais estão aptos a votar no Conclave, que começa no próximo dia 07

135 cardeais estão aptos a votar no Conclave, que começa no próximo dia 07 Foto: Vatican News

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Na manhã desta segunda-feira (28), os cardeais se reuniram na 5ª Congregação Geral para definir a data para o começo do Conclave, processo secreto para a eleição do sucessor do papa Francisco, e chegaram ao acordo em iniciar no próximo dia 07, informou o Vatican News.

Essa foi a primeira congregação desde a morte do líder da Igreja Católica e foi realizada a portas fechadas no Vaticano, assim como será o Conclave. Ao todo, 135 cardeais de diversos países têm o direito de votar no próximo papa, sendo sete brasileiros:

  • Dom Odilo Scherer, 75 anos, arcebispo de São Paulo
  • Dom João Braz de Aviz, 77 anos, arcebispo emérito de Brasília
  • Dom Leonardo Steiner, 74 anos, arcebispo de Manaus
  • Dom Paulo Cezar Costa, 57 anos, arcebispo de Brasília
  • Dom Jaime Spengler, 64 anos, arcebispo de Porto Alegre
  • Dom Orani João Tempesta, 74 anos, arcebispo do Rio de Janeiro
  • Dom Sérgio da Rocha, 65 anos, arcebispo de Salvador

Dos sete, três foram nomeados pelo Papa Francisco recentemente. São eles: Dom Leonardo Steiner e Dom Paulo Cezar Costa, nomeados em 2022, e Dom Jaime Spengler, nomeado em dezembro de 2024.

Lembrando que, não há duração pré-definida para finalmente um novo pontífice ser escolhido, podendo até durar semanas, meses ou anos. Porém, nos últimos dois Conclaves, que elegeram Bento XVI e Francisco, duraram apenas 48 horas.

Como funciona?

Votação

Durante a preparação, duas mesas são colocadas na Capela Sistina: uma coberta com um pano púrpura e outra para os cardeais escrutinadores. Três grandes vasos de vidro transparente e uma bandeja de prata são colocados sobre a mesa. Após isso é iniciado o processo de votação.

No primeiro dia, há apenas uma votação que, para ser concluída, precisa que um candidato receba um terço dos votos (80). Nessa etapa, cada um dos 120 cardeais escreve o nome do seu candidato em uma cédula. Os cardeais não podem votar em si mesmos e, caso ninguém seja eleito no primeiro dia, novas eleições são realizadas no dia seguinte.

A partir do segundo dia, o modelo de eleição muda: são feitas quatro votações diárias sendo duas pela manhã e duas à tarde. Essa rotina se repete por três dias. Caso não seja definido o novo Papa, os cardeais se retiram por um dia para orar e, ao retomarem as votações, todo o ciclo se repete. 

Esse esquema pode se repetir por até sete vezes. Se mesmo assim nada for definido, pode-se optar por uma votação de maioria absoluta ou um "segundo turno" entre os dois candidatos mais votados.

Quando um cardeal recebe os votos necessários, o decano dos cardeais pergunta se ele aceita a posição. Se aceitar, o novo Papa escolhe seu nome pontifical.

Anúncio do resultado

Ao final de cada votação, são dados sinais ao mundo exterior para informar se o novo Papa foi definido.

  • Fumaça negra: Indica que não houve eleição naquela rodada de votação.
  • Fumaça branca: Sinaliza que um novo Papa foi eleito.

Morte do Papa

O Papa Francisco, líder da Igreja Católica desde 2013, morreu no dia 21 de abril aos 88 anos, às 2h35 pelo horário de Brasília, 7h35 pelo horário local. As informações foram confirmadas pelo portal Vatican News.

Francisco ficou internado durante 40 dias no início deste ano. No dia 14 de fevereiro, ele foi diagnosticado com pneumonia bilateral, por essa razão, foi exigido o uso de antibioticoterapia com cortisona. Além disso, precisou de transfusões de sangue em decorrência de uma baixa contagem de plaquetas, identificadas junto à anemia.

O papa também chegou a ser considerado clinicamente em condição delicada durante o período em que esteve internado, apresentando sinais iniciais de insuficiência renal leve.

Apesar de alguma melhora, os médicos classificaram seu quadro como "reservado", indicando que sua recuperação ainda era incerta e exigia cuidados intensivos.

Os problemas respiratórios enfrentados por Francisco demandaram o uso de ventilação mecânica não invasiva um procedimento em que uma máscara é colocada sobre o rosto para facilitar a entrada de ar nos pulmões sem a necessidade de entubação.

Na manhã deste domingo (20) ainda chegou a aparecer aos fiéis, em uma cadeira de rodas, dizendo "queridos irmãos e irmãs, boa Páscoa a todos".

Jorge Mario Bergoglio foi o primeiro sacerdote latino-americano a se tornar papa, sucedendo Bento XVI, que renunciou ao posto. Após dois dias de conclave, foi eleito pontífice em 13 de março de 2013, adotando o nome de Francisco, em homenagem a São Francisco de Assis - santo italiano que abdicou de uma vida de posses para se dedicar aos pobres e à natureza.

*Colaborou Mariana Piell e Alicia Miyashiro

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PORTO GERAL (CORUMBÁ)

Homem de 23 anos é ferroado por arraia no Pantanal

Ele teve ferimentos no pé esquerdo e alegou dores intensas, vermelhidão e inchaço

28/04/2025 12h02

Arraia do Bioparque Pantanal - IMAGEM ILUSTRATIVA

Arraia do Bioparque Pantanal - IMAGEM ILUSTRATIVA

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Homem, de 23 anos, foi ferroado por uma arraia no Rio Paraguai, na prainha do Porto Geral, em Corumbá, município localizado a 416 quilômetros de Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, o rapaz nadava no rio, quando pisou no animal e foi ferroado. Ele teve ferimentos no pé esquerdo e alegou dores intensas, vermelhidão e inchaço.

O Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS) foi acionado e encaminhou a vítima até o pronto socorro de Corumbá.

As arraias, também conhecidas como raias ou peixes batóides, são peixes cartilaginosos marinhos "parentes" dos tubarões. Mas, também existem arraias de rios de água doce, mais especificamente da família Potamotrygonidae.

As arraias são conhecidas por seus corpos achatados e barbatanas peitorais que se assemelham a asas. Se defendem pela cauda, que é cheia de espinhos. Ferroada de arraia é uma lesão causada pelo ferrão venenoso de sua cauda.

A dor é intensa e pode causar sintomas como inchaço, vermelhidão, náuseas, vômitos, sangramentos, desmaio, dificuldade respiratória e cãibra.

O tratamento envolve limpeza da ferida com soro fisiológico, aplicação de água quente, antibióticos e vacinas antitetânica para prevenir infecções

Além disso, é necessário retirar os espinhos e conter o sangramento. "Poderá ser necessária uma intervenção cirúrgica para fechar a ferida, a depender da gravidade, mas geralmente são necessários alguns meses até a lesão se fechar por completo", acrescentou o CBMMS.

Para evitar picadas de arraias, não pise nelas. Uma forma eficaz é entrar na água arrastando os pés, o que sinaliza sua presença e permite que a arraia se afaste. Esta técnica, chamada de "arrasto de arraia", permite que a arraia se desloque sem ser pisada. 

 

 

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