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Governo chinês restringe acesso a redes Wi-Fi em cafés

Governo chinês restringe acesso a redes Wi-Fi em cafés

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26/07/2011 - 21h30
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Novas regulamentações que exigem que bares, restaurantes, hotéis e livrarias instalem um software de monitoramento de internet caro está fazendo com que vários empresários chineses cortem o acesso à internet e decepcionem os clientes que esperam ter Wi-Fi gratuito enquanto tomam um café.

O programa, que custa às empresas cerca de US$ 3.100, dá às autoridades chinesas as identidades dos que entram no serviço de internet sem fio de um restaurante, café ou escola particular e monitora sua atividade on-line. Aqueles que ignoram as regras encaram uma multa de US$ 2.300 e a possibilidade de revogação de sua licença.

"Do ponto de vista das pessoas comuns, essa política é injusta", disse Wang Bo, dono de um café. "É apenas um esforço de controlar o fluxo de informação."

Não está claro se as novas medidas serão restritas à área central de Pequim, mas estima-se que os oficiais de segurança chineses estejam focados em seus esforços de aumentar o controle, depois das manifestações que ocorreram no Oriente Médio e no norte da África.

A China já tem uma das maiores restrições à internet do mundo. No ano passado, o governo bloqueou mais de um milhão de sites, muitos deles pornográficos, mas também o Facebook, o Twitter, o YouTube e o Evite. Outras regulamentações recentes tornam difícil que indivíduos não afiliados a uma empresa criem páginas pessoais.

Quando o assunto é ferramentas de pesquisa e microblog, tópicos e palavras que o Partido Comunista considera como uma ameaça à estabilidade nacional são filtradas. Em cafés públicas, onde muitos dos trabalhadores chineses acessam à web, os consumidores precisam entregar uma identificação antes de usar o computador.

As novas medidas, ao que tudo indica, foram criadas para coibir o uso relativamente anônimo da internet em cafés ou restaurantes.

"Para ser honesto, eu posso ter acesso à internet em casa ou no trabalho, mas é bom poder sentar em um lugar confortável e navegar pela web", disse Wang Fang, 28, um publicitário que frequentemente trabalha das cadeiras do Kubrick, um café que cortou o acesso ao Wi-Fi no começo deste mês. "Se não há internet, não tenho razão pra vir pra cá."

O escritório de segurança pública de Dongcheng não respondeu à requisição de comentários na última segunda-feira (25), mas, de acordo com um aviso bastante divulgado, a medida serve para impedir a ação de criminosos que usam a internet para "conduzir chantagem, realizar tráfico de bens, apostar, propagar informações perigosas e espalhar vírus de computadores."

O fabricante do software, a Shanghai Rain-Soft Software, recusou-se a discutir como o produto funciona. A empresa recebeu cerca de US$ 310 mil para criar o programa, segundo um site do governo.

Uma dona de livraria disse que já desconectou a conexão Wi-Fi gratuita de sua loja, mas não por razões financeiras. "Eu me recuso a fazer parte dessa vigilância orwelliana que força os consumidores a se identificar a um governo que quer monitorar como eles usam a internet", disse a mulher, que não quis se identificar.

EXÉRCITO BRASILEIRO

Exército quer ter 20% de militares mulheres até 2035

No primeiro ano de alistamento militar feminino, foram 478 mulheres inscritas para disputarem 99 vagas

22/04/2025 17h30

General de Exército Luiz Fernando Estorilho Baganha

General de Exército Luiz Fernando Estorilho Baganha FOTO: Gerson Oliveira

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Nesta terça-feira (22), durante um Encontro Institucional realizado no Comando Militar do Oeste -(CMO), o General de Exército Richard Fernandez Nunes, Chefe do Estado-Maior do Exército (Ch EME), afirmou que até 2035, a expetativa é que pelo menos 20% dos militares brasileiros seja composto por mulheres.

A informação foi confirmada pelo chefe do Comando Conjunto do Centro de Coordenação de Operações do Comando Militar do Oeste (CCOp/CMO), general de Exército Luiz Fernando Estorilho Baganha, que lembrou que, esse ano foi o primeiro no qual mulheres puderam de alistar voluntariamente ao serviço militar em Mato Grosso do Sul.

Conforme Baganha, até o momento foram 478 mulheres inscritas para disputarem 99 vagas, que serão distribuídas entre a base de administração e apoio, o Colégio Militar e o Hospital Militar de Campo Grande, o que representa uma disputa de quatro mulheres por vaga. “Haverá um processo seletivo para a escolha de quem assumirá essas vagas, e dentro daquela previsão para 2035, as selecionadas vão começar a servir com a gente a partir de 2026. São quase 500 inscritas e esse número só tende a aumentar a cada ano”, disse.

Na ocasião, o general do CMO também falou da integração do Exército Brasileiro com outras forças de segurança estadual no combate ao crime transfronteiriço. “Nós temos uma facilidade de comunicação e de atuação, inclusive cedendo meios para que a segurança pública utilize, fazendo parte do uso da infraestrutura que eles têm, da capilaridade que nós temos e a logística que nós temos. Claro que há sempre espaço para melhorias e esse é o nosso trabalho, procurar estreitar relacionamentos”, salientou.

Durante a reunião, Baganha disse ainda que, uma das prioridades para o Exército de Mato Grosso do Sul é concluir a base do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira - (SISFRON), que objetiva proporcionar ao Exército Brasileiro os meios necessários de monitoramento e controle para operação na faixa de fronteira terrestre brasileira, e destina-se ao sensoriamento, ao apoio às operações e à decisão, a fim de permitir a atuação de forma efetiva nas áreas de fronteira da Amazônia, do Centro-Oeste e do Sul.

Sendo assim, o sistema coopera, dessa maneira, para a segurança, a redução de ilícitos transfronteiriços, a preservação ambiental, a proteção de comunidades indígenas e a obtenção do efeito dissuasório, por meio da utilização da capacidade operacional do Exército Brasileiro, na selva e em outros ambientes do País, isoladamente ou em conjunto com outros órgãos governamentais.

General de Exército Luiz Fernando Estorilho Baganha

Também presente no encontro, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel parabenizou o Exército pelo trabalho executado e apresentado, e salientou a importância desse trabalho para a segurança pública social. “A segurança pública faz parte de um item que muito importante, que gera emprego, renda, desenvolvimento para o Estado, e ainda tem essa capacidade de dar tranquilidade ao investidor e é fator decisório para que investidores venham para cá. O Exército coloca todas essas ações aqui e é um grande aliado do Mato Grosso do Sul”, afirmou em discurso.

Mobilização

Paralisação nacional deixará escolas municipais e estaduais sem aula nesta quarta-feira

A ação foi convocada pela CNTE e faz parte da 26ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública.

22/04/2025 17h03

Paralisação nacional deixará escolas municipais e estaduais sem aula nesta quarta-feira

Paralisação nacional deixará escolas municipais e estaduais sem aula nesta quarta-feira Foto: Divulgação / Governo de MS

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Os professores e trabalhadores da rede municipal e estadual de Campo Grande irão aderir ao Dia Nacional da Paralisação, uma ação convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), como parte da 26ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública. 

A decisão foi tomada hoje (22) em assembleias com a participação da Federação dos Trabalhadores da Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) e do Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), onde oficializaram a adesão ao movimento. 

Com isso, as escolas da rede municipal e estadual da Capital e de outros municípios de Mato Grosso do Sul não terão aula nesta quarta-feira (23), data da paralisação. 

O movimento tem o apoio de várias entidades e é uma “resposta aos ataques sofridos pela educação pública brasileira e um chamado à valorização urgente para quem faz a educação acontecer”, segundo o CPERS, o sindicato de professores do Rio Grande do Sul, um dos apoiadores do ato. 

Convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o movimento reunirá professores, funcionários, especialistas e demais trabalhadores da educação pública em atos por todo o Brasil. 

Entre as pautas defendidas estão a realização de concurso público para o ingresso de profissionais, o cumprimento do Piso Nacional do Magistério, revisão dos salários em 12,14% para todos os segmentos da educação pública, revogação da alíquota previdenciária de 14% para aposentados, melhores condições de trabalho, entre outras. 

Em Campo Grande, a mobilização será na Praça do Rádio Clube a partir das 9h e sairá em passeata pelas ruas centrais da cidade no dia 23. Além da passeata, a semana será marcada por debates e palestras sobre assuntos que, segundo a FETEMS, “se alastram pelo país e o mundo e que precisam ser enfrentados com contundência pelos setores progressistas da sociedade”, falando sobre a privatização das escolas públicas. 

Após a mobilização, às 14h, a FETEMS promove uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), em parceria com os deputados Estaduais Pedro Kemp e Gleice Jane, do PT, onde será debatido o Projeto de Lei 2614/2024, que institui o Plano Nacional de Educação (PNE), que, quando aprovado, terá validade de 10 anos a partir de 2025. Além do debate, também haverá uma palestra ministrada pela Professora Andréia Militão, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). 
 

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