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MODERNIZAÇÃO

Governo de Mato Grosso do Sul estuda implantar pedágio em mais rodovias

Modelos de otimização das estradas estaduais presentes no programa Rodar MS podem trazer trechos pedagiados

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Depois de conceder três lotes de rodovias em Mato Grosso do Sul (Way 306, Way 112 e Rota da Celulose), o governo do Estado estuda a possibilidade de organizar mais um pacote de estradas. Além das três concessões feitas pelo Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE), o Estado conta com uma concessão federal, a da BR-163, operada pela MSVia. 

O projeto desta vez é o Rodar MS, que, como informou o Correio do Estado em matéria publicada na edição de ontem, pretende qualificar trechos de rodovias em Mato Grosso do Sul por meio de contratação de operação de crédito com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) no valor de US$ 250 milhões (na cotação atual, R$ 1,39 bilhão).

Apesar de ter sido estruturado para ser feito por meio de duas modalidades de contrato de restauração e manutenção (Crema), DBM (design, built, maintain) e parceria público-privada (PPP), o projeto está na fase de elaboração de termo de referência para contratação dos estudos e há possibildade de que alguns trechos sejam oferecidos em forma de concessão.

O Correio do Estado apurou com fontes que uma futura concessão pode até mesmo a ajudar a resolver o imbróglio envolvendo a Rota da Celulose, em que XP Investimentos e o consórcio formado pela K-Infra e Galapagos Participações brigam administrativamente para operar o lote de rodovias. 

De acordo com o EPE, somente após a contratação do financiamento é que será definida a natureza do contrato, Crema PPP, Crema DBM ou concessão.

“Para lançamento de uma licitação para PPP e/ou concessão, previamente é necessária a estruturação de projeto contendo a modelagem técnica, operacional, econômico-financeira e jurídica. Estamos na fase de elaboração de termo de referência para contratação desses estudos e seguiremos com os próximos passos sequencialmente, que culminarão na licitação do projeto de PPP e/ou concessão”, disse o EPE, em nota. 

As rodovias deste pacote são as seguintes: MS-141 (em Naviraí), MS-145 (que liga Jateí a Naviraí), MS-290 (que liga Naviraí a Amambai), MS-475 (que vai de Glória de Dourados a Naviraí), MS-488 (de Itaquiraí até o Rio Paraná), MS-134 (que liga Batayporã a São José, no Paraná), MS-274 (que liga o distrito de Macaúba, em Dourados, a Nova Andradina), MS-276 (que liga Anaurilândia a Batayporã), MS-395 (que vai de Brasilândia até Anaurilândia), MS-473 (que vai de Nova Andradina até Novo Horizonte do Sul), MS- 476 (que liga Taquarussu a Batayporã), MS-480 (que liga Anaurilândia a Porto Primavera, no Paraná), MS-377 (que liga Inocência a Água Clara, passando por Três Lagoas) e MS-240 (de Inocência a Paranaíba).

Porém, segundo o governo do Estado, serão apenas trechos dessas pistas, não elas por inteiro. Segundo o EPE, o projeto prevê diversas ações e abordagens preventivas para “manutenção dos ativos rodoviários. O programa não se limita à execução de obras de recuperação e manutenção asfáltica”.

“O programa prevê também: gestão e apoio ao setor de transportes, incluindo a atualização do Programa Estadual de Logística e Transportes (Pelt); gestão e monitoramento ambiental, com foco na resiliência climática, aperfeiçoando o monitoramento do programa Estrada Viva; gestão e monitoramento social; e melhoramento operacional da segurança viária e do diagnóstico, visando a propor intervenções em locais com histórico de acidentes (iRAP)”, explicou o Escritório de Parcerias Estratégicas.

ATÉ O FIM DO ANO

Como mostrou o Correio do Estado, a expectativa do governo do Estado é de que até o fim deste ano a burocracia para a contratação do crédito seja vencida e o recurso seja garantido aos cofres estaduais.

“A operação de crédito ainda não foi assinada. Já foi autorizada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e aprovada pela diretoria do Banco Mundial. Está na fase de análise de garantia da União, ou seja, em trâmites internos do governo federal. Após isso, toda a documentação será encaminhada ao Senado, pois se trata de operação de crédito externa. Somente após este processo a autorização será efetiva. Nossa expectativa é de assinar o contrato ainda em 2025”, trouxe o governo de MS.

Ao todo, serão 800 quilômetros de melhorias em 17 trechos de rodovias, localizadas, em sua maioria, na região sul de Mato Grosso do Sul, que passam por 15 municípios.

PROJETO DIVULGADO

No ano passado, o governo do Estado no ano passado havia anunciado que o projeto seria desenvolvido nos modelos Crema DBM e Crema PPP.

No caso do Crema DBM, seriam até 10 anos de duração, com contratação integrada de projeto, obra e manutenção do pavimento com maior eficiência e pagamento pelo Estado com base no cumprimento de indicadores de desempenho vinculados a resultados previamente estabelecidos. 

Já o Crema PPP seria um projeto mais longo, com duração de até 30 anos, e, segundo o EPE, com a mesma dinâmica de operação do anterior.

SAIBA

As obras de qualificação das rodovias vão passar pelos seguintes municípios: Jateí, Naviraí, Iguatemi, Eldorado, Novo Horizonte do Sul, Itaquiraí, Nova Andradina, Angélica, Anaurilândia, Bataguassu, Taquarussu, Água Clara, Três Lagoas, Inocência e Paranaíba.

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Cidades

Veículos batem de frente e três pessoas da mesma família morrem na BR-267

Motorista de um Virtus tentou fazer uma ultrapassagem, quando colidiu de frente com um Corolla; todas as vítimas estavam no veículo atingido

16/12/2025 18h36

Veículos bateram de frente e três pessoas da mesma família morreram

Veículos bateram de frente e três pessoas da mesma família morreram Foto: Divulgação / PRF

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Três pessoas morreram em um acidente envolvendo dois carros de passeio, na manhã desta terça-feira (16), na BR-267, em Nova Alvorada do Sul. O acidente aconteceu durante uma tentativa de ultrapassagem.

De acordo com informações da PRF, um veículo Toyota Corolla, com placas de São Miguel de Guaporé (RO), seguia no sentido Nova Alvorada do Sul a Distrito de Casa Verde, enquanto um Virtus, com placas de Três Lagoas, seguida no sentido contrário.

Na altura do km 177, os veículos bateram de frente. Segundo testemunhas, o Virtus teria tentado fazer uma ultrapassagem e acabou colidindo com o Corolla.

Com o impacto da batida, duas passageiras no Corolla, de 55 e 73 anos, morreram na hora. Um outro passageiro, de 74 anos, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu posteriormente no hospital. O motorista, de 53 anos, não teve ferimentos graves.

Conforme informações, as vítimas eram a esposa, pai e mãe do motorista.

No Virtus estavam o condutor e um passageiro, de 42 e 37 anos, respectivamente. Ambos tiveram lesões consideradas leves e foram encaminhados ao hospital em Nova Andradina, mas não correm risco de morte.

Ainda segundo a PRF, foi realizado o teste do bafômetro nos motoristas, com resultado negativo para alcoolemia em ambos.

Informações preliminares são de que a família que estava no Corolla saiu de Rondônia para visitar familiares no interior de São Paulo.

Durante os trabalhos de resgate e perícia, parte da pista ficou interditada. As causas do acidente serão investigadas pela Polícia Civil.

Outro acidente com duas mortes

Na madrugada desta terça-feira (16), outro acidente deixou duas pessoas mortas e três feridas, na BR-158, em Três Lagoas.

Conforme reportagem do Correio do Estado, Fernanda Taina Costa da Silva, de 28 anos, conduzia um Fiat Palio, e Fernando Marconi Ramos, de 27 anos, trabalhava como moto-entregador. Ambos colidiram em ua região conhecida como anel viário Samir Tomé.

No Palio conduzido, além da motorista estavam três crianças, de 9 anos, 5 anos e nove meses, que tiveram de ser levadas ao Hospital Regional, mas o estado de saúde de todas era considerado estável. As três estavam no banco traseiro e as duas maiores estavam conscientes e orientadas.

Imagens divulgadas pelo site 24hnewsms mostram que a motocicleta atingiu a parte frontal do veículo e o piloto acabou sendo jogado sobre o para-brisa, do lado da condutora.

Embora não haja testemunhas, os policiais que atenderam à ocorrência constataram sinais de frenagem da moto, que a moto seguia pelo anel viário no sentido ao shopping Três Lagoas, quando foi atingida frontalmente pelo carro, que teria invadido a pista contrária por motivos ainda ignorados. 

 

Cabe recurso

Jogo do bicho: deputado Neno Razuk é condenado a 15 anos de prisão

Condenação foi proferida  pela 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

16/12/2025 17h45

Deputado estadual Neno Razuk (PL)

Deputado estadual Neno Razuk (PL) Foto: Wagner Guimarães / Alems

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O deputado estadual Roberto Razuk Filho, conhecido como Neno Razuk (PL), foi condenado a 15 anos e 7 meses de prisão, apontado como o "cabeça" de um grupo criminoso para tomar o controle do jogo do bicho em Campo Grande. A condenação foi proferida  pela 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) nesta segunda-feira (15) e sentencia outras 11 pessoas. 

Conforme os autos do processo que corre em segredo de Justiça, os réus tentaram anular a condenação sob pedindo a nulidade das investigações. Em resposta ao Correio do Estado, André Borges, advogado de defesa do deputado, disse que irá recorrer da sentença. "Defesa certamente recorrerá; processo está longe de encerrar; Neno confia na decisão final da justiça", declarou. 

Condenações 

  • Carlito Gonçalves Miranda 10 anos, 9 meses e 24 dias de reclusão, em regime fechado; Não tem o direito de recorrer em liberar e segue sendo procurado;
  • Diogo Francisco 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade;   
  • Edilson Rodrigues Ferreira 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade; 
  • Gilberto Luis dos Santos 16 anos, 4 meses e 29 dias de reclusão, em regime fechado; permanecerá preso;
  • José Eduardo Abduladah 4 anos e 1 mês de reclusão, em regime fechado; permanecerá em prisão domiciliar;
  • Júlio Cezar Ferreira dos Santos 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade;
  • Manoel José Ribeiro 13 anos, 7 meses e 1 dia de reclusão, em regime fechado; permanecerá preso;
  • Mateus Aquino Júnior 11 anos e 7 meses de reclusão, em regime fechado; não terá o direito de recorrer em liberdade e segue sendo procurado;
  • Roberto Razuk Filho 15 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão, em regime fechado; terá o direito de recorrer em liberdade;
  • Taygor Ivan Moretto Pelissari 4 anos, 11 meses e 15 dias de reclisão, em regime fechado; não terá o direito de recorrer em liberdade e segue sendo procurado; 
  • Valnir Queiroz Martinelli 3 anos e 6 meses de reclusão, em regime aberto; terá o direito de recorrer em liberdade;
  • Wilson Souza Goulart 4 anos, 2 meses e 22 dias de reclusão, no semiaberto; terá o direito de recorrer em liberdade; 

Buscas

Em novembro deste ano, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), apreendeu mais de R$ 300 mil durante a operação deflagrada contra alvos ligados à família Razuk. A ação, realizada em conjunto com o Batalhão de Choque da Polícia Militar, também resultou na prisão de três familiares do deputado estadual Neno Razuk. 

Foram detidos o pai do parlamentar, Roberto Razuk, e os irmãos Rafael Razuk e Jorge Razuk. Segundo informações, além do montante em dinheiro, equipes recolheram armas, munições e máquinas supostamente usadas para registrar apostas do jogo do bicho.

Os materiais foram apreendidos durante o cumprimento dos 20 mandados de prisão preventiva e 27 de busca e apreensão executados  em Campo Grande, Dourados, Corumbá, Maracaju e Ponta Porã, além de endereços no Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.

Em Dourados, viaturas foram vistas logo cedo em bairros como Jardim Água Boa e Vila Planalto. A residência de Roberto Razuk foi um dos principais pontos de ação, onde agentes recolheram malotes.

Outro alvo da operação é Sérgio Donizete Balthazar, empresário e aliado político, proprietário da Criativa Technology Ltda., que no início deste ano ingressou no Tribunal de Justiça com mandado de segurança para tentar suspender a licitação da Lotesul, estimada em mais de R$ 50 milhões.

Também aparecem entre os alvos o escritório de Rhiad Abdulahad e Marco Aurélio Horta, conhecido como "Marquinho", chefe de gabinete de Neno Razuk e funcionário da família há cerca de 20 anos.

A família Razuk, já foi alvo de apurações relacionadas ao jogo do bicho em Mato Grosso do Sul. A ação é tratada pelo Ministério Público como uma nova fase dessas investigações.

FASES

Em outubro de 2023, antes das fases da Successione, a Polícia Civil fez uma apreensão de 700 máquinas da contravenção, semelhantes a máquinas de cartão utilizadas diariamente em qualquer comércio, sendo facilmente confundidas.

As prisões foram desencadeadas a partir da deflagração das fases da Operação Successione, que começou no dia 5 de dezembro de 2023. Na ocasião, foram cumpridos 10 mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão. Foi nesta fase que os ex-assessores parlamentares de Neno Razuk foram pegos.

Duas semanas depois, no dia 20 de dezembro, foi deflagrada a segunda fase da operação, com o cumprimento de 12 mandados de prisão e 4 de busca e apreensão. Ela foi realizada após investigações do Gaeco apontarem que a organização criminosa continuou na prática do jogo do bicho, além de concluírem que policiais militares também atuavam nesta atividade.

No dia 3 de janeiro do ano passado, chegou a vez da terceira fase da operação, com mais dois envolvidos presos pela contravenção na Capital.

A disputa pelo controle do jogo ilegal em Campo Grande se intensificou após a prisão de Jamil Name e Jamilzinho, durante a Operação Omertá, em 2019, que eram apontados pelas autoridades como os donos do jogo do bicho em Mato Grosso do Sul. 

Quatro anos depois, Jamil Name Filho foi condenado a 23 anos de reclusão, após um julgamento de três dias.

O termo italiano "Successione"  que dá nome a operação, é uma referência a disputa pela sucessão do jogo bicho em Campo Grande após a operação Omertá. A decisão desta terça-feira cabe recurso. 

**Colaborou Felipe Machado

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