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CAMINHONEIROS

Governo suspende laboratórios que fariam antidoping para caminhoneiros

Governo suspende laboratórios que fariam antidoping para caminhoneiros

FOLHAPRESS

01/05/2015 - 18h13
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O Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), ligado ao ministério das Cidades, suspendeu nesta quinta-feira (30) o credenciamento de todos os três laboratórios que estavam aptos a fazer exames antidoping em motoristas profissionais. A suspensão acontece 30 dias antes de entrar em vigor a lei que determina que todos os motoristas profissionais têm que fazer esse exame na renovação de suas carteiras de habilitação.

A alegação do departamento é que há uma confusão na lei que fala em dois tipos diferentes de empresas que seriam permitidas para fazer os exames.

O previsão do exame foi criada pela Lei do Caminhoneiro e terá que entrar em vigor em 1º de junho. Mas, se não houver laboratórios credenciados para realizar os exames, não haverá como cumprir a legislação.

Os caminhoneiros e motoristas de ônibus teriam que fazer os exames em algum das cerca de 4.000 clínicas credenciadas pelos Detrans de todo o país quando fossem renovar as carteiras. O exame exigido pela lei é feito com a retirada de uma mecha de cabelo do motorista, o que permite a detecção de qualquer tipo de droga usada nos 90 dias anteriores.

As clínicas mandariam para esses laboratórios credenciados pelo Denatran o material colhido para que fosse examinado. Agora, caso esses laboratórios continuem suspensos, não haverá como fazer os exames a partir da data prevista.

O diretor da Citilab, que é um dos laboratórios suspensos, e vice-presidente da Abratox (Associação Brasileira de Provedores de Serviços Toxicológicos de Larga Janela de Detecção), José Martins Neto, disse que a resolução é um "equívoco grave" porque vai suspender os contratos já em andamento entre as empresas credenciadas e as clínicas, impedindo que elas estejam prontas para iniciar os procedimentos em 1º de junho.

Segundo Neto, não há qualquer confusão sobre os tipos de empresas que podem fazer os exames.
"Isso causa uma grande dúvida sobre essas empresas se será possível cumprir a lei. Não há qualquer confusão na lei que justifique essa medida", disse Neto lembrando que pesquisas apontam que de cada três acidentes com motoristas profissionais, dois seriam por causa do uso de drogas.

O Denatran informou que a decisão foi 'tomada para ser possível realizar análise mais minuciosa dos laboratórios e fazer a verificação dos textos para adequação ao que foi publicado' na nova lei dos caminhoneiros, sem informar se será possível iniciar o cumprimento da lei no prazo.

"O exame toxicológico tem o objetivo de identificar o uso de substâncias psicoativas no organismo do motorista e oferecer mais segurança no trânsito em relação ao transporte de cargas e vidas. O exame custa em torno de R$ 270 a R$ 290 e deverá ser apresentado na renovação da CNH a cada cinco anos, ou mudança de categoria", diz o órgão.

moralidade

Conselho entende que 750 iphones do MPMS são gratuitos e engaveta denúncia

Decisão pelo arquivamento da denúncia foi tomada nesta terça-feira (9), dez dias depois da homologação da licitação de R$ 11,22 milhões

10/12/2025 11h45

Denúncia contra licitação para alguel de iphones foi feita em agosto, mas resposta só chegou depois que o certame está concluído

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Em decisão tomada nesta terça-feiar (9), o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) arquivou a denúncia do advogado douradense que viu suposta ilegalidade imoralidade no processo de contratação de serviço de telefonia móvel e o comodato de 750 iphones de última geração pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul. 

Conforme o conselheiro Antônio Edílio Magalhães Teixeira, "no caso do MP/MS, ora em análise, trata-se da contratação de serviço de telefonia móvel com empréstimo gratuito de 750 aparelhos destinados tanto à área-fim quanto à área meio" de serviços institucionais do Ministério Público. 

O advogado Ricardo Feltrin havia levado o caso ao CNMP em agosto deste ano. Ele alegou que "a escolha por aparelhos de luxo, sem justificativa objetiva, contraria os princípios constitucionais da legalidade, moralidade, eficiência e economicidade. É um ato que fere a confiança da população e a própria missão do Ministério Público, que deve primar pelo zelo com o dinheiro do povo”, escreveu o advogado. 

De acordo com ele, não existe “demonstração clara da necessidade técnica de tais aparelhos por afrontar, em tese, princípios previstos no art. 37 da Constituição Federal”. Este artigo diz que a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 

A resposta do Conselho, porém, veio somente dez dias depois da conclusão do certame e da homologação do contrato, que terá custo de R$ 11,22 milhões por um período de cinco anos. 

A vencedora da licitação foi a empresa de telefonia TIM, que ofereceu um desconto de 29,4% sobre o valor máximo estipulado no edital, que era de 15.911.820,00. A licitação estipulava gasto de até R$ 265,19 mil ao mês. Porém, o custo do primeiro ano será bem menor, de R$ 187.049,00. 

Uma das exigências do Ministério Público é que sejam aparelhos da marca iphone  de última geração (16 ou uma versão ainda mais atualizada). Além disso, o edital diz que os aparelhos devem trocados a cada dois anos por equipamentos mais modernos. Os "velhos" serão devolvidos à vencedora da licitação, que poderá revendê-los.

E foi exatamente por conta desta cláusula que o conselheiro Antônio Edílio Magalhães Teixeira entendeu que os aparelhos estavam sendo oferecidos gratuitamente. Ele utilizou este argumento porque o advogado havia citado o caso em que o Conselho Nacional de Justiça havia barrado a compra de 50 iphones para o Tribunal de Justiça do Maranhão por considerar "desproporcional" a aquisição dos aparelhos de última geração. 

Indagado pelo Correio do Estado se pretendia recorrer da decisão do CNMP, o advogado afirmou que era o "fim da linha administrativa. E, assim como muitos outros, não estou disposto a entrar com ação popular na Justiça diante de como sabemos que as coisas funcionam. Não ia dar em nada, infelizmente", resignou-se. 

Os salários dos cerca de 1,2 mil servidores do MP variam entre R$ 15 mil e até R$ 200 mil. Porém, não existe previsão de que a cedência dos aparelhos e da linha telefônica com acesso ilimitado à internet seja descontada dos vencimentos. Em setembro a apple lançou a última versão do iphone, o 17, e seu custo médio está entre oito e nove mil reais nas lojas brasileiras. 

O QUE DIZ O MPMS

Conforme o MP, a instituição conta atualmente com 943 servidores e 256 promotores ou procuradores. E,  conforme a assessoria do MP, o "quantitativo de aparelhos foi definido para garantir a cobertura mínima necessária aos serviços institucionais, observando critérios de segurança da informação, natureza das atribuições, disponibilidade de plantão, atuação em campo, qualidade dos registros nas investigações e outras exigências técnico-operacionais". 

De acordo com o MP, o contrato prevê o comodato de aparelhos celulares sob demanda, de forma que pagará apenas pelo que efetivamente utilizar.

A escolha por iphones de última geração ocorreu porque são dispositivos modernos e possibilitam agilidade na comunicação, acesso remoto a informações processuais e administrativas, documentação de evidências com fotos e vídeos de alta qualidade, e segurança da informação. Além disso, diz o MP, "apoiarão operações de combate a crimes organizados e à corrupção, garantindo eficácia na produção de elementos probatórios". 

A medida, explica a assessoria, "visa aprimorar a comunicação institucional, permitindo maior celeridade nas intimações e notificações judiciais e extrajudiciais, e apoiar projetos estratégicos, como o “Alô Maria da Penha”, que fortalece a proteção de mulheres vítimas de violência doméstica e articula a rede de órgãos de segurança e justiça para respostas ágeis e efetivas".

TRÁFICO DE DROGAS

Operação "Casa Bomba II" prende chefes de organização criminosa

Ação localizou imóvel utilizado de depósito para guardar drogas, e criminosos tinham os entorpecentes apreendidos como "reserva de valor"

10/12/2025 10h37

Operação Casa Bomba II preende dois líderes de organização criminosa em Maracaju

Operação Casa Bomba II preende dois líderes de organização criminosa em Maracaju Divulgação

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Durante a manhã desta quarta-feira (10), a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul deflagrou a operação Casa Bomba II, em Maracaju, cidade a 159 quilômetros de Campo Grande. Ação envolveu um helicóptero, além do batalhão de choque e do Canil.

Parte do desdobramento de uma operação de busca e apreensão realizada em julho deste ano no município do interior do estado sul-mato-grossense, a operação estava em busca de uma grande quantidade de drogas. 

Na ação de hoje foram localizados cofres embutidos dentro da parede de uma casa, o que nomeou a operação como “Casa Bomba II”.

Operação Casa Bomba II preende dois líderes de organização criminosa em Maracaju

Com apoio da Delegacia de Rio Brilhante, do 15º Batalhão da Polícia Militar, do Grupamento Aéreo (CGPA), do Batalhão de Choque e do Canil do 11º BPM, a apreensão aconteceu na localização e contou com um helicóptero da CGPA, para realizar a segurança da cidade e possível fuga dos envolvidos, por se tratar de uma organização criminosa.

Avaliada em R$ 120 mil, as drogas apreendidas foram apenas uma parte da operação. Após as investigações, a Polícia Civil identificou a atuação da organização criminosa responsável pela comercialização das drogas na região e pelos esconderijos dos entorpecentes. 

Segundo as informações, as drogas apreendidas eram utilizadas como reserva de valor pelos criminosos e o imóvel em que estavam escondidas havia sido adquirido com dinheiro de origem do tráfico de drogas comandado pela organização.

Conforme as provas reunidas na investigação, foi solicitado ao Poder Judiciário a prisão preventiva dos integrantes da facção criminosa e pelo sequestro do imóvel adquirido com dinheiro ilícito. As ordens, então, foram cumpridas nesta manhã.

Foram cumpridos dois mandados de prisão para os chefes da organização, e outras quatro pessoas foram conduzidas à Delegacia de Maracaju por estarem com porções fracionadas da ‘mercadoria’.

"Casa Bomba"

A operação leva o nome de "Casa Bomba" devido a utilização de um imóvel para armazenar drogas, que são comercializadas posteriormente em pontos de vendas de tráfico de drogas.

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