Advogada de 30 anos, Gabriela de Oliveira está grávida de seu primeiro filho e buscou comprar um carro para amenizar a correria cotidiana, mas o que deveria ser um maior conforto tornou-se um verdadeiro pesadelo após o veículo se mostrar quase "sucateado" e apresentar defeitos após 20 dias de uso por parte da futura mamãe.
Esse negócio foi inicialmente fechado entre Gabriela e a Movida Locação de Veículos, que fica na Rua Ceará n°66, filial que fica localizada no bairro Vila Antônio Vendas, em Campo Grande, nas pessoas do vendedor Marcos Cesar Barbosa e do gerente Alexander Nammoura.
Com a empresa sendo notificada extrajudicialmente no último dia 12, passada cerca de duas semanas, segundo Gabriela, até o momento os problemas não foram resolvidos, com o gerente sendo acionado pelos compradores e alegando que avisaria assim que obtivesse o retorno.
Até o momento, Gabriela foi informada apenas que os documentos e provas teriam sido encaminhados para quem está acima da gerência da Movida em Campo Grande, cobrando constantemente uma resposta definitiva.
Procurada, a gerência da Unidade Movida em questão foi procurada, limitando-se a expressar que não manifestará qualquer resposta à imprensa, pedindo que fosse acionado o Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) da Seminovos Movida.
Entenda
Ainda em 17 de outubro a advogada teria adquirido seu Polo Comfortline TSI, modelo 1.0, seminovo. Com aproximadamente 62 mil quilômetros, foram desembolsados R$83,5 mil na compra do veículo, que Gabriela recebeu em suas mãos um dia depois.
Grávida de seu primeiro filho, com seis meses de gestação, Gabriela buscava o veículo justamente como alternativa, para lidar com a dificuldade na locomoção ao trabalho através do transporte coletivo, porém, o carro durou apenas 20 dias antes de deixar a advogada a pé.
Na ponta do lápis, foram percorridos apenas 800 quilômetros antes de apresentar defeito em 06 de novembro, o que seria o equivalente ao deslocamento de 40 km diários.
Dos defeitos, foi inicialmente constatada uma impossibilidade de acionar a marcha ré, o que fez Gabriela procurar a Movida. Orientada, ela conversou com a responsável pela garantia, Gestauto Brasil, que por sua vez pediu que ela levasse o carro até a Oficina Chevy Car.
O Polo foi levado até a oficina em questão no mesmo dia 06 de novembro, onde lhe foi dito que um técnico terceirizado comparece uma vez por semana para lidar com as questões "mais complicadas".
Acreditando que o veículo ainda teria garantia de fábrica, ela optou por tirar o Polo da Chevy Car em 10 de novembro e levá-lo até a autorizada da Volkswagen, Autobel, que fica na Rua Joaquim Murtinho n. 2452.
Ali, além de ficar a par das "péssimas condições mecânicas", Gabriela ainda ouviu da Volkswagen que o Polo não realizou nenhuma revisão nas autorizadas e, portanto, não haveria qualquer garantia de fábrica ativa.
Diante disso, foi cobrado R$525,00 pela avaliação, além do gasto com instalação de câmera de ré e colocação de buzina, que somam mais R$780,00 à quantia, além dos R$218 pagos pela transferência. Para o conserto das avarias, foi inicialmente apontado um orçamento de R$20.681,50.
Problemas
Sendo que o veículo teria sido entregue sem "sequer proceder uma limpeza profunda", além das marcas de oxidação, corrosão e ferrugem, conforme descrito na notificação, entre as "péssimas condições" listam-se:
- Condensador danificado/torto,
- Vazamento retentor do volante,
- Marcas no agregado indicando massa ou solda,
- Coxins do motor danificados,
- Coxins do câmbio danificados,
- Cárter do motor danificado/amassado,
- Cárter do câmbio danificado/amassado, protetores do assoalho danificados,
- Coxins escapamento soltos,
- Haste danificada,
- Mangueira radiador danificada/emendada, etc
Diante do estado, foram solicitadas providências urgentes para o cancelamento da venda e compra perante o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS), indicando inclusive que o automóvel se encontra no pátio a autorizada a menos de 100 metros da Movida, à disposição das notificadas
"O veículo está na Autobel, sem condições de retirar porque está com coxins do motor danificados", expõe Gabriela, que chegou a informar a Movida sobre o risco da peça cair.
Ela detalha o receio de que, no fim, a família tenha que arcar com todas as despesas para retirar o carro do local, prazo que segundo Gabriela vai até hoje (24).
"Essa situação tem causado sérios transtornos psicológicos, vez que a aquisição do automóvel foi com propósito de minimizar as dificuldades do uso do transporte coletivo durante a gravidez; o pior e a falta de resposta da Movida. A gestação já deixa a mulher mais sensível, situação que se agrava com esse transtorno", conclui Gabriela.


