Cidades

Documento

Habeas Corpus escrito em papel higiênico é aceito no STJ

Habeas Corpus escrito em papel higiênico é aceito no STJ

Terra

22/04/2015 - 09h03
Continue lendo...

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou, pela primeira vez, um Habeas Corpus escrito em um papel higiênico por um preso. O material chegou ao prédio do tribunal na última segunda-feira (20) em uma carta simples enviada pelos Correios e endereçada ao presidente do STJ, ministro Francisco Falcão. O conteúdo da carta surpreendeu a equipe da Coordenadoria de Atendimento Judicial do tribunal, pois continha um pedido de habeas corpus, escrito de próprio punho por um preso, em aproximadamente um metro de papel higiênico, caprichosamente dobrado.
“Estou aqui há dez anos e é a primeira vez que vejo isso”, afirmou o chefe da Seção de Protocolo de Petições, Henderson Valluci. A carta foi aberta pelo mensageiro Gilmar da Silva, que também ficou surpreso. “Achei diferente, foi a correspondência mais surpreendente que já vi aqui”, falou.

O Habeas Corpus é conhecido no meio jurídico como “remédio heroico”, já que pode ser impetrado por qualquer pessoa, em qualquer meio, sem a necessidade de advogados. Seguindo o protocolo, o papel higiênico foi fotocopiado e digitalizado, para então ser autuado. Em breve, o processo será distribuído a um ministro relator.

Segundo o STJ, o autor está preso no Centro de Detenção Provisória Pinheiros I, em São Paulo (SP). Na peça, ele conta que participou de uma rebelião em 2006 e estaria encarcerado irregularmente há nove anos por um crime já prescrito. Ele pede liberdade.

O pedaço de papel higiênico utilizado será colocado no acervo do Museu do STJ, ao lado de outras peças curiosas, como um lençol utilizado por um detento em 2014 para formular seu pedido de liberdade.

logística reversa

Só 14 das 2,6 mil lojas de baterias de MS cumprem legislação ambiental

Mesmo assim, a maior parte recebe licenciamento do Imasul. E, por conta de supostas ilegalidades, o MPMS abriu uma série de inquéritos em Campo Grande

11/12/2025 12h30

MPMS instaurou 15 inquéritos civis para investigar por que empresa de Campo Grande não seguem a legislação da logística reversa

MPMS instaurou 15 inquéritos civis para investigar por que empresa de Campo Grande não seguem a legislação da logística reversa

Continue Lendo...

Mato Grosso do Sul tem uma frota de cerca de 1,9 milhão de veículos e, em média, eles são obrigados a trocar de bateria a cada três anos, ou menos. Para atender a essa demanda, existem em torno de 2,62 mil lojas espalhadas pelo Estado. Porém, somente 14 delas estão regularizadas junto ao Instituto Brasileiro de Energia Reciclável (IBER).

Os dados fazem parte de uma denúncia que este Instituto entregou ao Ministério Público Estadual em abril do ano passado. E, depois da coleta de uma série de informações, nesta quinta-feira (11) o MP anunciou, no diário oficial, a abertura de inquérito civil para investigar possíveis irregularidades relativas a 15 destas empresas que atuam em Campo Grande. 

Por lidarem com produtos altamente tóxicos, já que baterias contêm grande quantidade de chumbo e ácido, todas estas empresas deveriam ter adesão formal à política nacional de logística reversa, que consiste na coleta e devolução de resíduos sólidos à indústria para que sejam reaproveitados ou descartados de forma ambientalmente adequada. 

Em 2021 o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) firmou uma espécie de convênio com o IBER se comprometendo a exigir que as empresas que compram e/ou revende baterias recebessem licenciamento ambiental somente se cumprissem toda a legislação da logística reversa. 

Porém, segundo o IBER, isso não estaria acontecendo e por conta disso o Instituto decidiu pedir ajuda ao Ministério Público. Ainda de acordo com o IBER, o Imasul não só estaria fazendo vistas grossas no que se refere à concessão de licenciamento, mas estaria até mesmo ignorando denúncias sobre supostos crimes ambientais. 

O Instituto, conforme revelam os inquéritos instaurados nesta quinta-feira, fez uma denúncia formal em fevereiro de 2024 relativa a duas empresas que não estariam cumprindo as normas da logística reversa.

Porém, a denúncia simplesmente permaneceu engavetada no Imasul, reclamam os responsáveis pelo IBER. 

Além da falta de controle sobre a reciclagem ou descarte das baterias velhas, a investigação do Ministério Público destaca que o Estado faz fronteira com o Paraguai e Bolívia, o que facilita a possível compra de produtos que estejam em desacordo com as exigências brasileiras. 

Os 15 inquéritos instaurados pelo promotor Luiz Antônio Freitas de Almeira, da 34ª promotoria de justiça de Campo Grande, cobram explicações diretamente às empresas. Porém, o Imasul também está sendo alvo, já que estaria concedendo licenciamento sem obedecer às normas legais a ao acordo firmado com o Instituto.

De acordo com o IBER, o principal problema das baterias é a contaminação por chumbo, um metal pesado,  que pode causar danos irreversíveis ao sistema nervoso, ao sangue, aos rins, aos ossos e ao cérebro. 

Ainda conforme o Instituto, o chumbo pode ser liberado ao meio ambiente por meio de  vazamentos, explosões, incêndios, corrosão ou descarte inadequado das baterias. O chumbo pode se acumular no solo, na água, no ar e na cadeia alimentar, afetando a flora, a fauna e a saúde humana.

Outro problema das baterias é a contaminação por ácido sulfúrico, uma substância corrosiva e tóxica que pode causar queimaduras, irritações, lesões oculares e respiratórias. O ácido sulfúrico pode ser liberado no ambiente por derramamentos, vazamentos ou descarte inadequado das baterias. 

CRIME

PF afasta servidora flagrada desviando produtos da Receita Federal

Suspeitas se iniciaram após a análise de imagens do circuito interno de segurança

11/12/2025 12h00

O material recolhido será periciado, e a PF não descarta novas diligências nos próximos dias

O material recolhido será periciado, e a PF não descarta novas diligências nos próximos dias Divulgação

Continue Lendo...

A Polícia Federal afastou, nesta quinta-feira (11), uma servidora suspeita de chefiar um esquema de desvio de mercadorias de alto valor apreendidas na Alfândega de Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. A medida faz parte da Operação La Mano de Dios, deflagrada após a Corregedoria da Receita Federal apontar os primeiros indícios das irregularidades.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados à servidora e a funcionários terceirizados da unidade. Durante as diligências, a PF encontrou produtos de origem ilícita tanto na casa da investigada quanto na residência de um dos terceirizados.

As suspeitas ganharam força após a análise de imagens do circuito interno de segurança, que registraram o uso indevido de um veículo apreendido para retirar bens do depósito sob a falsa justificativa de doação a uma entidade religiosa.

O nome da operação remete ao gol de Diego Maradona na Copa do Mundo de 1986, em referência ao modo como os envolvidos atuavam mesmo sob monitoramento das câmeras da alfândega.

O material recolhido será periciado, e a PF não descarta novas diligências nos próximos dias.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).