Cidades

VIOLÊNCIA HORRENDA

Homem usa baygon e isqueiro como maçarico para torturar namorada em cárcere privado

Agressões contra a jovem de 20 anos começaram ainda no sábado (28), após aniversário da vítima, e só tiveram fim na tarde desta segunda (30)

Continue lendo...

Preso na tarde de segunda-feira (30), pelos crimes de cárcere privado, estupro e tortura, Rhayann Medeiros dos Santos, de 27 anos é acusado de cometer crueldades contra a então namorada, de 20 anos, após o aniversário da jovem, com violências que duraram três dias e deixaram a vítima em estado de choque. 

Conforme relato da delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Drª. Elaine Cristina Ishiki Benicasa, a vítima informou que estava namorando o autor das agressões há um ano e quatro meses, sendo que as agressões teriam começado após o casal sair para celebrar o aniversário da jovem. 

"Ambos saíram pra comemorar junto com alguns amigos, ingerindo bebida alcoólica. Em seguida, retornando à casa do autor começaram os atos criminosos de extrema crueldade, caracterizando um ódio muito grande do autor em relação à vítima", disse a delegada.

Sendo que a vítima encontrava-se em cárcere desde seu aniversário, 28 de janeiro, depois de tantos atos de tortura aproveitou de um descuido do agressor, teve acesso ao celular que ele havia escondido e mandou uma mensagem para seu irmão, que por sua vez acionou a polícia Militar.

No local, o autor chegou a negar para a PM que a vítima estava na residência, mas adentrando a casa os policiais puderam constatar as cenas. 

Encaminhada para delegacia, a vítima relatou que no sábado, quando voltavam para casa, ainda no carro, o agressor teria desferido um "mata leão", tentando enforcar a jovem, momento esse em que ela desmaia, já acordando na residência do autor. 

Instrumentos de tortura

Classificado como ciumento, a delegada afirma que o autor teria lançado álcool na cara da vítima, após ela acordar de um desmaio. 

"Em seguida, na posse de uma balança de peso, ele desfere dois golpes na região da face da vítima, que começa a gritar", sendo ameaçada em seguida pelo agressor, para que mantivesse o silêncio. 

Depois desses dois golpes, o agressor pega então um ferro de passar roupa, soltando primeiramente o vapor quente na cara da vítima, que coloca as mãos para se defender. Ele então ordena que ela retire as mãos, e depois encosta o ferro quente na face da jovem. 

"Em seguida ele amarra a vítima, seus pés e seus punhos, com essa fita 'silver tape' e joga água quente nas regiões da virilha da vítima. Ela apresenta a face toda agredida e com queimaduras em várias partes do corpo", aponta a delegada.

Seguindo o relato, a delegada explica que, depois, ele ainda pede que a vítima fique nua e enquanto a jovem estava com mãos e pés amarrados, ele utiliza um isqueiro bic e um inseticida, utilizando os dois como maçarico para queimar algumas regiões do corpo da jovem. 

"De acordo com a vítima ele fazia isso muito lentamente e também, usando esse método, ele chegou a queimar não só regiões do corpo da vítima, mas também os cílios, sobrancelha, perna, coxa, lábio, braço e também o seio esquerdo da declarante", aponta a delegada. 

Conforme a Dra. Elaine, ele ainda teria pego um fogareiro, daqueles usados para acender carvão de narguilé, e encostou na perna da vítima para queimar a jovem. 

"Pediu pra que ela fosse tomar tomar banho. Novamente ele queimava a vítima, fazendo com que alguns cabelos, grandes tufos, caíssem ao chão", complementa a titular da Deam. 

Em seguida o casal chega a uma relação sexual que, conforme declarado pela vítima, não foram consensuais. "Ela manteve relação por puro medo, obviamente, por toda situação que ela já se encontrava", pontua. 

Ainda, a medida tomada pelo autor de ir até a farmácia para comprar remédios, como pomadas para cicatriz e queimaduras, seria porque ele dizia que a vítima só saíria de lá quando estivesse curada das agressões, para que isso não servisse de provas contra o agressor. 

Na manhã desta segunda-feira (31) o acusado, já preso em flagrante na Delegacia, pediu para prestar um depoimento complementar para confessar alguns pontos, uma vez que negou inicialmente todos os fatos.

Durante esse tempo que passaram juntos, de um ano e quatro meses, não há boletins de ocorrência. Porém, segundo a delegada, há outras situações dele, com outras vítimas, relatando violências domésticas. 

"Foi nos falado que era uma pessoa bastante abusada [o agressor]. No local se recusou a cooperar, negou a presença da vítima, tanto que foi importante o uso de força moderada pela Polícia Militar, para que pudesse contê-lo", 

Antes de a polícia chegar ao local, na segunda (30), ele teria ameaçado a jovem com uma vaga na barriga da vítima. Conviventes, os dois não moravam juntos e chegaram a terminar o namoro, quando o relacionamento ainda beirava os quatro meses de duração, mas reataram em seguida. 

Por fim, o agressor, descrito no boletim de ocorrência como "estudante", ainda possuía um comércio recente - localizado na Av. Júlio de Castilho -, que passou a tocar junto com a então namorada. 

"De certo ela solicitou medida protetiva, passou pelo setor psicossocial, e agora é esperar que a família dê esse acolhimento principal, porquê não só as marcas físicas, esse tipos deixam principalmente marcas psicológicas", finaliza a delegada Elaine Cristina Ishiki Benicasa. 

 

Assine o Correio do Estado

Droga líquida

O que é "loló", entorpecente que causou explosão em transportadora

Também conhecido como "lança-perfume", a droga é popular entre os jovens e causa preocupação nas autoridades de saúde pública

23/11/2024 10h30

Reprodução

Continue Lendo...

O conteúdo do pacote que explodiu em uma transportadora em Campo Grande, na tarde da última segunda-feira (18), foi identificado pela polícia como "lança-perfurme", entorpecente líquido popularmente conhecido como "loló".

Mas afinal, o que é loló?

O loló se enquadra em um grupo chamado "drogas depressoras da atividade do Sistema Nervoso Central (SNC)", ou seja, drogas que diminuem atividades cerebrais. Ele consiste em um entorpecente psicoativo feito a partir de solventes químicos.

Geralmente, é comercializado em frascos de alta pressão, mas em eventos, como festas, por exemplo, é comum ser armazenado em latinhas de bebida e garrafinhas plásticas.

O entorpecente evapora rapidamente quando entra em contato com o ar, então seu uso é feito por inalação, através da boca e do nariz. 

Composição

Geralmente, é composto por cloreto de etila, éter e clorofórmio, acompanhados por etanol, e uma essência perfumada ou bala para saborizar.

Efeitos

Um artigo desenvolvido por estudantes da Universidade de São Paulo (USP), explica que os inalantes são absorvidos pelos  pulmões e iniciam seus efeitos rapidamente, ultrapassando a barreira hematoencefálica, uma estrutura que regula a passagem de substâncias entre o sangue e o sistema nervoso central, ou seja, a droga é absorvida com facilidade, e chega rapidamente - em questão de segundos - ao encéfalo. 

Os efeitos da inalação duram pouco tempo, uma média de 10 a 30 minutos, o que faz com que os usuários façam cada vez mais o uso de doses da droga.

A substância inibe os receptores do sistema nervoso central relacionados à excitabilidade neuronal. Dessa forma, surgem efeitos como:

  • excitação;
  • euforia;
  • tranquilidade;
  • hilaridade;
  • sensação de flutuação;
  • relaxamento;
  • alucinações.

Ainda conforme a pesquisa publicada pela USP, com exceção das alucinações, os efeitos iniciais se assemelham aos de consumo de álcool.

No entanto, após essa fase, os usuários costumam apresentar sintomas como:

  • confusão;
  • perda do autocontrole;
  • sonolência;
  • descoordenação muscular;
  • diminuição dos reflexos;
  • fala pastosa;
  • cefaleia;
  • vertigem;
  • batimentos cardíacos acelerados;
  • zumbidos nos ouvidos;
  • náuseas e vômitos;
  • e desorientação.

Em casos de inalação intensa e repetitiva, a depressão do sistema nervoso central é tamanha que pode levar à morte por parada cardiorrespiratória, diz a pesquisa.

História

A droga se popularizou no Brasil no início do século XX, importada da Argentina. Inicialmente, era borrifada entre os foliões em bailes e carnavais, se tornando, inclusive, símbolo das festividades cariocas.

A "brincadeira" tomou maiores proporções quando a mistura deixou de ser borrifada em determinado público e passou a ser diretamente inalada pelos jovens. Para isso, eram utilizados lenços molhados.

Com o avanço do abuso do uso da substância, inúmeras mortes por intoxicação começaram a ser registradas, causadas por parada cardiorrespiratória.

Em 1961, a fabricação, o comércio e o uso do produto foram proibidos no país por decreto do presidente Jânio Quadros, o que posteriormente gerou a Lei N° 5.062/6612, que vigora até os dias de hoje.

Obviamente, a legislação não fez com que as pessoas parassem de consumir o entorpecente, e o loló continua tendo espaço, principalmente entre os jovens.

Um dos ilícitos mais consumidos do Brasil

Uma estimativa feita pela Fundação Oswaldo Cruz, divulgada no “III Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira”, 2019, revelou que as substâncias tipo loló estão entre as drogas ilícitas mais consumidas no país, atrás apenas de maconha e cocaína em pó.

Em números absolutos, estima-se que 4,2 milhões de brasileiros já tenham consumido inalantes do tipo em algum momento da vida.

Explosão em transportadora

Na tarde da última segunda-feira (18), um pacote explodiu ao ser manuseado pelo funcionário de uma transportadora localizada no bairro Coronel Antonino, em Campo Grande.

Imagens da câmera de segurança do local mostram que o funcionário não chegou a abrir a caixa. Ele derrubou o pacote, e no momento em que pegou de volta, a embalagem explodiu. Confira:

Conforme noticiado anteriormente pelo Correio do Estado, o funcionário sofreu um corte no rosto, e foi socorrido pelos próprios colegas.

Assine o Correio do Estado.

Jaraguari

Polícia Civil apreende meia tonelada de cocaína e dois fuzis em MS

Carga apreendida foi avaliada em aproximadamente R$ 15 milhões

23/11/2024 09h15

Operação apreendeu meia tonelada de cocaína e dois fuzis

Operação apreendeu meia tonelada de cocaína e dois fuzis Foto: Divulgação / PCMS

Continue Lendo...

Por meio da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar), a Polícia Civil  apreendeu 523 kg de cocaína, dois fuzis e outros 205 kg de maconha em Jaraguari, cidade distante 55 km da Capital.

A ação realizada nesta sexta-feira (22) se deu por meio denúncia  de que fardos de drogas haviam sido avistados na região. A carga apreendida foi avaliada em aproximadamente R$ 15 milhões.

Operação Células 

Na última quinta (21), foi deflagrada em Dourados a operação “Células”, também em combate ao tráfico de drogas. A ação foi coordenada pela 2ª Delegacia de Polícia Civil do município  e contou com apoio de cerca de 60 policiais.  

Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, que fecharam oito “bocas de fumo”. Dez pessoas foram presas em flagrante por  tráfico de drogas, associação para o tráfico, posse irregular de arma de fogo de uso permitido e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.

Foram encontrados cocaína, maconha e crack, um revólver de calibre 38, um revólver de calibre 32, munições de calibres diversos e mais de R$ 20 mil em espécie.

De acordo com a Polícia Civil, a expressão “Células” se refere aos diversos núcleos de traficantes que atuam espalhados por diversos bairros do município. O objetivo da ação é desmantelar e enfraquecer esses grupos. 

Assine o Correio do Estado
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).