Cidades

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Homens invadem posto e encurralam médicos

Homens invadem posto e encurralam médicos

NATHÁLIA CORRÊA

23/01/2010 - 08h11
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Revoltados com a demora no atendimento, cerca de 20 homens invadiram a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Almeida na noite de quinta-feira, encurralaram médicos e só não houve quebra- quebra porque integrantes da Guarda Municipal conseguiram apaziguar os ânimos. Este foi o segundo caso, neste mês, em que as pessoas se insurgem contra os serviços prestados nos postos da Capital e se voltam contra os profissionais. No último dia 9, uma médica foi agredida verbal e fisicamente por uma paciente no Posto de Saúde da Coophavila II. De acordo com o registro policial feito à época, uma moradora do assentamento Eldorado – a 80 quilômetros de Campo Grande – procurou atendimento por estar sentindo fortes dores de cabeça. Três horas depois de estar aguardando, ela foi ao banheiro quando, então, houve a chamada de seu nome. Ao reclamar, acabou discutindo com a médica e, nervosa, cometeu a agressão física. Em consequência, foi alvo de inquérito policial. A assessoria da Secretaria Municipal de Saúde confirmou o fato ocorrido na Vila Almeida, acrescentando que a demanda nos postos tem sido maior nos últimos dias em virtude da epidemia de dengue. Porém, esclareceu que a manifestação das pessoas não teria sido em proporções graves, tentando minimizar o ocorrido. De acordo ainda com as informações oficiais, quatro médicos estavam trabalhando naquela unidade. Até às 22h – quando ocorreu a invasão – tinham sido atendidas pelo menos 250 pessoas. Para a assessoria, há necessidade de paciência por parte daqueles que procuram as unidades de saúde justamente pela grande demanda, tendo em vista o temor generalizado pela propagação da dengue. Demora Ontem à tarde, o problema da demora continuava na unidade da Vila Almeida, segundo algumas pessoas que aguardavam atendimento. Com sintomas da dengue, Ana Carolina Cardoso, de 28 anos, disse que esperava assistência médica havia mais de três horas. Ela reclamou da falta de critérios para priorizar o atendimento. “Já que na UPA a consulta é feita por ordem de gravidade, e não por chegada, o pré-exame deveria ser mais criterioso. Não ligo se alguém, pior do que eu, for atendido primeiro. O problema é que muitas pessoas, que chegam bem vestidas, são passadas na frente”. Ainda conforme Ana Carolina, ao questionar sobre a demora a uma atendente do posto de saúde, teria ouvido como resposta: “Então fique esperando em pé na porta”. Procurada para falar a respeito, a coordenação da unidade preferiu não se pronunciar.

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Helicóptero de resgate cai e deixa mortos em Minas Gerais

O grupo atuava em buscas na região onde caiu um avião monomotor, em Ouro Preto

12/10/2024 17h02

Helicóptero atuava em resgate quando caiu

Helicóptero atuava em resgate quando caiu Foto: Divulgação

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Um helicóptero que transportava uma equipe do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais para realizar uma operação de resgate caiu e ocasionou a morte de todos os seis tripulantes O grupo atuava em buscas na região onde caiu um avião monomotor, em Ouro Preto.

A equipe era composta por quatro bombeiros, um médico e um enfermeiro. Desde o fim da tarde de sexta-feira, 11, o helicóptero estava desaparecido.

A equipe tinha conseguido acessar o local do acidente do monomotor e aguardava melhoria do tempo para retornar. A última informação dada pelo comando da aeronave foi de que não havia visibilidade e segurança para retornar.

"As buscas foram intensas em dificuldade, em um terreno íngreme e acidentado. E também a chuva era muito intensa", disse o porta voz do Corpo de Bombeiros, 1.° Tenente Henrique César Barcellos.

Segundo ele, o comandante do helicóptero tinha ampla experiência em operações de resgate e atuou em Brumadinho, quando uma barragem de rejeitos rompeu e deixou mais de 200 mortos.

Cidades

Comunidade indígena será indenizada por pulverização aérea de agrotóxicos em MS

Pulverização aérea de agrotóxico em lavoura de milho atingiu moradias da comunidade indígena Tey Jusu, em Caarapó, e causou problemas de saúde

12/10/2024 16h33

Agrótico atingiu moradias e indígenas tiveram sintomas, como dor de cabeça e febre

Agrótico atingiu moradias e indígenas tiveram sintomas, como dor de cabeça e febre Divulgação / MPF-MS

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Moradores da comunidade indígena Tey Jusu, localizada no município de Caarapó, serã indenizados por danos decorrentes da pulverização aérea de agrotóxico, que atingiu moradias, em desacordo com as normas ambientais. 

Decisão é da Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), que julgou recurso e reconheceu o direito dos povos tradicionais neste caso.

Conforme o processo, um parente do proprietário da fazenda contratou uma empresa para fazer a pulverização do agrotóxico em uma lavoura de milho, mas o fungicida também acabou acabou atingindo casas de indígenas da região.

No caso, foi utilizado o produto “Nativo”, fungicida classificado como “muito perigoso”, cuja instrução de uso inclui “proteger casas, rios, lagos e nascentes”.

O Ministério Público Federal (MPF) havia movido ação civil pública na qual afirmou que, após a aplicação do fungicida, pessoas da comunidade, inclusive crianças, apresentaram dor de cabeça, dor de garganta, diarreia e febre. 

Em primeira instância, a 1ª Vara Federal de Dourados fixou a indenização por danos morais coletivos em R$ 150 mil e não estabeleceu valor para reparação do dano ambiental, por considerar não haver comprovação. 

Tanto o MPF quanto o produtor rural e demais condenados recorreram, com o MPF pedindo a reparação do dano ambiental e os réus pedindo absolvição ou redução dovalor da indenização por danos morais coletivos.

Recurso

No julgamento do recurso, a Primeira Turma do TRF3 deu parcial provimento às apelações.

O Colegiado considerou que a aplicação do produto não obedeceu às regras de instrução normativa do Ministério da Agricultura e Pecuária, por não respeitar distância mínima de 250 metros de moradias, tendo em vista que havia barracos dentro da lavoura. 

“Apesar de a dispersão do agrotóxico ter se limitado a 90 hectares da propriedade, como sustentaram os requeridos, foi comprovado que indígenas haviam construído barracos de lona plástica junto a esta lavoura de milho e dentro dela”, segundo o acórdão. 

Segundo a decisão, “a pulverização aérea de agrotóxico sobre comunidade indígena, uma vez comprovada, como foi no caso, é dano ambiental notório porque improvável, pelas regras de experiência comum, que dela não derivem riscos à saúde, à segurança e ao bem-estar, no caso, dos silvícolas Tey Jusu que fixaram moradia na circunscrição e dentro da lavoura em questão”.  

Assim, foi estabelecida a reparação do dano ambiental e determinada a redução do valor da indenização por danos morais coletivos, de R$ 150 mil para R$ 50 mil, para limitá-lo à quantia pedida pelo MPF. 

O proprietário da fazenda, o parente do fazendeiro, que foi responsável pela contratação do serviço; a empresa contratada  e o piloto responsável pela dispersão do fungicida foram condenados ainda ao pagamento de R$ 170 mil à comunidade indígena, para reparação do dano ambiental.

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