Cidades

FRAUDE E CRIME AMBIENTAL

Ibama flagra falsificação de Arla e aplica R$ 10 milhões em multas

Empresas utilizavam ureia agrícola na fabricação do reagete usado em veículos movidos a diesel. Com isso, em vez de reduzir, o produto eleva a emissão de poluentes

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Operação do Ibama, PRF e Inmetro  resultou na aplicação de multas que somam R$ 10.144.000,00, apreensão de 48.460 litros de  Arla-32 e 67 toneladas de ureia agrícola. Uma fábrica clandestina foi fechada e 150.000 litros do combustível estão com a venda proibida temporariamente.

A operação, que começou na segunda-feira (2) e terminou nesta sexta-feira (6), aconteceu nos municípios de Campo Grande, Jaraguari, Terenos e Dourados, onde foram vistoriadas cinco empresas. Nenhuma tinha licença ambiental. E, duas produziam o reagente com a utilização de ureia agrícola, composto químico não permitido pelas normas vigentes. 

O reagente é usado para reduzir a emissão de gases poluentes de veículos movidos a diesel fabricados a partir de 2012. Ele é uma solução à base de ureia a 32,5% e água desmineralizada. Conforme o Ibama, ele reduz em 60% a emissão de óxidos de nitrogênio (NOx) convertendo-o em moléculas de nitrogênio e água, tornando a fumaça dos veículos pesados menos tóxica.

Além das empresas fabricantes, também foram fiscalizadas oito empresas distribuidoras e revendedoras.  As empresas em desacordo com as normas foram suspensas até a regularização das atividades.

O agente produzido com a utilização de ureia agrícola não tem eficácia no controle da emissão de gases. Pelo contrário, agrava os riscos de poluição do ar.

E, além dos ilícitos ambientais, a produção com ureia agrícola configura crime fiscal e contra as relações de comércio, por meio da concorrência desleal, tendo em vista a isenção tributária sobre a ureia agrícola como forma de fomento para a agricultura do país.

Normalmente são utilizados cerca de cinco litros de Arla a cada 100 litros de diesel. Ele é vendido pelas concessionárias dos caminhões, postos de combustíveis e diretamente pelos fabricantes e distribuidores do produto. 

REDE DE POSTOS

Durante a operação, o flagrante mais grave foi registrado em uma fábrica que funcionava no bairro Centenário, região sul de Campo Grande. O proprietário da empresa, denunciado por um concorrente, também tinha uma unidade em Jaraguari. Em ambas usava uréia agrícola para produzir o reagente, segundo a superintendente estadual do Ibama, Joanice Lube Battilani.

Os clientes deste falsificador do reagente revendia para proprietários de caminhões de caminhonetes em praticamente todo o Estado, inclusive para veículos utilizados pelas forças policiais. A superintendente do Ibama acredita que os administradores dos postos não soubessem que estavam revendendo produto adulterado. 

Ainda de acordo com Joanice, testes que normalmente são feitos pelo Ibama e Inmetro nas rodovias não detectam a falsificação, pois a coloração e a dosagem não são detectados. Somente testes mais apurados, feitos em laboratório, descobrem a fraude. E, depois da descoberta da circulação de produto adulterado é que foi feita a operação. 

Conforme Joanice, a ureia automotiva é toda importada de países como Rússia, Alemanha e China. Por conta disso é mais cara, levando fraudadores a utilizarem ureia normalmente procedente da Bolívia. 

 
 

OPERAÇÃO PANTANAL

Chuvas trazem alívio temporário para as queimadas no Pantanal

Pancadas de chuva do fim de semana trouxeram um respiro para o bioma, que sofria com a pior estiagem de sua história

16/09/2024 12h05

Incêndio em coxim se alastrou rapidamente devido ao tempo seco no norte do Estado

Incêndio em coxim se alastrou rapidamente devido ao tempo seco no norte do Estado Foto: reprodução

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Em meio à seca histórica, uma frente fria com grandes pancadas de chuva trouxe um alívio temporário para as queimadas no Pantanal sul-grossense neste último domingo (15). 

De acordo com o informativo do Governo do Estado sobre a ‘Operação Pantanal’, diversas regiões de Mato Grosso do Sul, incluindo a parte pantaneira, registraram uma diminuição significativa dos focos de fogo devido à intensa precipitação do fim de semana. 

As chuvas elevaram a umidade relativa do ar do bioma em 10%, aliviando os efeitos da pior estiagem dos últimos 70 anos.

Em Corumbá , cidade que há dois dias foi 'engolida' por fumaça tóxica de queimadas no Pantanal, as chuvas atingiram um acumulado de 10mm. Apesar de fraca, as precipitações foram constantes e auxiliaram no combate aos incêndios que cercam a capital pantaneira. No entanto, a situação é mais complexa no norte do estado, onde o clima seco e as altas temperaturas ainda predominam.

Em Coxim, um incêndio em vegetação tomou grande proporção devido às rajadas de vento e tempo seco, condições que fizeram com que o fogo se alastrasse rapidamente. 


Confira:

 

 


Novos incêndios 

Apesar do alívio proporcionado pelas chuvas recentes, a previsão meteorológica indica um aumento gradual das temperaturas nos próximos dias, o que pode reavivar o risco de novas queimadas.

Segundo o Governo do Estado, um efetivo  efetivo de 162 bombeiros militares de Mato Grosso do Sul, divididos em diferentes cidades ainda trabalham no combate às queimadas 

Além destes, a operação ainda conta com o apoio de 27 bombeiros do Rio Grande do Sul e Sergipe, 76 militares da Força Nacional de Segurança Pública e representantes da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, Força Aérea, polícias Federal e Militar de Mato Grosso do Sul, agentes do IBAMA, ICMBio e brigadistas do PrevFogo.

Durante a semana, a meteorologia ainda prevê um aumento gradativo nas temperaturas. Segundo a previsão, os próximos dias devem ser marcados por mais calor em Mato Grosso do Sul.

Depois de um amanhecer mais fresco, os termômetros vão subindo durante a manhã e à tarde, principalmente entre esta segunda-feira e terça-feira (16 e 17).

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caso pleyboy da mansão

Segundo júri de Jamilzinho tem somente uma mulher

Duas outras chegaram a ser sorteadas, mas acbaram sendo substituídas a pedido da defesa. Jurados ficarão totalmente isolados durante quatro ou cinco dias

16/09/2024 10h44

Ao contrário do julgamento do ano passado, desta vez Jamil Name Filho preferiu ficar no presídio de Mossoró e participar do júri por vídeo

Ao contrário do julgamento do ano passado, desta vez Jamil Name Filho preferiu ficar no presídio de Mossoró e participar do júri por vídeo

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Somente uma mulher faz parte dos sete jurados que vão dizer se os quatro acusados de envolvimento com o assassinato de Marcel Hernandes Colombo, o Playboy da Mansão, são ou não culpados pela execução, ocorrida em 18 de outubro de 2018. 

O número de mulheres poderia ser maior, mas duas delas foram dispensadas. Além disso, um homem também foi dispensado após a realização do sorteio. 

Normalmente os advogados de defesa preferem um júri formado por homens, já que, em tese, estes são menos susceptíveis aos argumentos emotivos geralmente utilizados pela acusação. 

No primeiro júri ao qual foi submetido Jamil Name Filho, pela morte de Matheus Xavier, em julho do ano passado, o corpo de jurados foi composto por cinco homens e duas mulheres. Mesmo assim, ele foi condenado a 23,5 anos de prisão por ter sido mandante da morte do estudante. 

Os nomes das cerca de 25 pessoas que fariam parte do sorteio dos jurados já eram de conhecimento dos advogados de defesa e acusação, que normalmente fazem um estudo prévio sobre o perfil destes jurados. Por isso, no momento do sorteio, dispensaram três das pessoas que haviam sido inicialmente escolhidas.

Por ser um julgamento que deve durar quatro ou cinco dias, ficarão praticamente isolados dos familiares e vão dormir em um hotel, onde  terão segurança especial durante todo o período.

Alimentação, hospedagem e transporte ficarão por conta da Justiça. Os celulares de todos foram recolhidos e partir do início do julgamento teriam de se pedir a um oficial de justiça caso precisem de algo. Este oficial, por sua vez, terá de pedir autorização do juiz para atender às solicitações.

Previamente informados, praticamente todos já foram ao fórum com malas ou mochilas, pois tinham conhecimento de que poderiam ser sorteados e que teriam de ficar em isolamento. 

Cadê o pistoleiro?

Além de Jamil Name Filho, estão sendo julgados o policial federal  Everaldo Monteiro de Assis e os guardas municipais Marcelo Rios e Rafael Antunes Vieira. Jamilzinho é acusado de ser o mandante e os demais, teriam servido de intermediários. 

O homem que teria feito os disparos,  Juanil Miranda Lima, porém, nunca foi localizado. Ele faz parte da lista vermelha da Interpol, aquela que reúne os bandidos mais procurados do país, mas nunca mais foi localizado. 

Existem suspeitas, inclusive, de que ele tenha sido morto e seu corpo nunca tenha sido localizado. Outros pistoleiros que prestaram serviço a esta quadrilha foram mortos e até esquartejados, como ocorreu Rafael Leonardo do Santos,  encontrado carbonizado em 22 de agosto de 2013 às margens do anel viário de Campo Grande. 

Conforme o MPE, Marcel Colombo foi morto porque dois anos antes teria agredido Jamilzinho após um desentendimento em uma casa noturna de Campo Grande. 

 

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