Cidades

FORMAÇÃO

IBGE treina 2,5 mil recenseadores para realização do Censo 2022 em MS

O recenseador tem como principal função entrevistar os moradores durante a coleta de informações do Censo

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Começou, nesta segunda-feira (18), o treinamento presencial de capacitação de recenseadores do Censo 2022. Apenas em Mato Grosso do Sul, são 2,5 mil futuros recenseadores e, em escala nacional, são mais de 180 mil.

Em todo o Estado, o treinamento acontecerá em cerca de 127 locais, espalhados nos municípios. No país, o treinamento acontece em cerca de 5 mil locais.

Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o recenseador tem como principal função entrevistar os moradores durante a coleta.

As jornadas de trabalho de recenseadores costumam ser de 25 horas semanais a 40 horas semanais.

Conforme divulgado, a remuneração é por produção, ela pode variar de acordo com o tempo dedicado ao serviço e o grau de dificuldade na abordagem aos domicílios.

Os futuros recenseadores podem calcular uma estimativa neste simulado, disponível neste link.

Treinamento

O treinamento presencial que acontece em Mato Grosso do Sul possui uma carga horária de oito horas e durará cinco dias, sendo encerrado na sexta-feira (22).

Apenas o grupo de recenseadores que coletarão dados dos Povos e Comunidades Tradicionais (PCT), como indígenas e quilombolas, terão mais um dia de capacitação, até segunda-feira (25).

Segundo a gerente de Treinamentos de Censos, Cynthia Damasceno, mesmo o treinamento presencial começando apenas agora, o mesmo já foi iniciado anteriormente de forma remota.

“Preparamos um curso em EAD (Ensino a Distância) com conceitos fundamentais do Censo e esse conteúdo caiu na prova do processo seletivo simplificado. Os recenseadores passaram também por uma etapa autoinstrucional com a leitura prévia do Manual do Recenseador e do Manual de Entrevista”, disse.

O gerente substituto de Treinamentos de Censos, Miguel Montenegro, acrescenta que, durante o treinamento presencial, conceitos fundamentais são retomados agora que o censo se aproxima.

“Também aproximamos esse treinamento presencial do início da coleta para que o conhecimento que o recenseador acaba de adquirir fique ‘fresco’ na cabeça dele”, explica.

Saiba

Ainda segundo Cynthia Damasceno, o IBGE utiliza o bem-sucedido treinamento em cascata, também aplicado em operações anteriores, que consiste em treinar pessoas para capacitarem outras pessoas.

“É um processo, uma sequência, uma onda. É o método que usamos para, a partir de um grupo de especialistas do IBGE nos temas censitários, capacitar um número cada vez maior de servidores que atuam como técnicos e multiplicadores”, disse.

Ela explica que, a partir desse método, todos atuam em cadeia, com conteúdos passando pelos coordenadores e técnicos das Unidades Estaduais, pelos coordenadores censitários de subárea (CCS), agentes censitários municipais (ACM) e agentes censitários supervisores (ACS), que são os últimos multiplicadores.

Conteúdo programático

Conforme divulgado pelo IBGE, durante o período de capacitação, os futuros recenseadores reforçam o aprendizado sobre os diversos temas relacionados ao Censo e ao IBGE,são eles:

  • O que é um setor censitário e como fazer o percurso e a cobertura.
  • Cadastro de endereços e captura de coordenadas.
  • Questionários básico e da amostra, e seus respectivos quesitos.
  • Ética e integridade no recenseamento.
  • Condutas de abordagem do recenseador.
  • Atividades práticas e simulações no DMC (dispositivo móvel de coleta).

Durante o curso, os futuros recenseadores contam materiais elaborados pela Coordenação Operacional de Censos (COC).  

Além dos manuais e mapas impressos, também são distribuídos produtos nos formatos digitais: manuais, slides, protocolos, dentre outros recursos instrucionais.

Eles contam ainda com aplicativos de treinamento para realização de atividades práticas. incluindo o próprio aplicativo de coleta (com insumos de treinamento), que simula exatamente como é o trabalho do recenseador em campo.  

 

FAMÍLIA TENTOU IMPEDIR

Casal com deficiência consegue autorização judicial para namorar

Pais da jovem de 24 anos, que tem deficiência psicomotora, entraram na justiça para impedi-la de namorar um rapaz deficiente visual

20/09/2024 18h00

Família de jovem entrou com ação para impedir namoro com rapaz deficiente visual

Família de jovem entrou com ação para impedir namoro com rapaz deficiente visual Foto: divulgação

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Um casal de jovens, sendo um rapaz de 22 anos com deficiência visual, e uma mulher de 24 anos com deficiência neuropsicomotora, conseguiram autorização judicial para namorar, após os pais da menina moverem ação para impedir o relacionamento.

De acordo com a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, o conflito começou quando a jovem saiu da aula e foi até a casa do namorado, quando deveria ter ido para a casa dos pais.

Pai e mãe registraram boletim de ocorrência, alegando que a filha teria sido impedida de voltar para casa, e também moveram ação judicial questionando e pedindo a interrupção do namoro.

Quando os pais tentaram levá-la de volta para casa, ela expressou o desejo de ficar com o namorado. Mesmo assim, a família se recusou a recebê-la de volta caso o rapaz estivesse presente.

A filha, por sua vez, demonstrou receio de ser forçada a permanecer na casa dos pais e não conseguir voltar para o namorado, o que gerou um conflito que levou ao processo judicial.

Em decisão liminar, foi determinado que a jovem deveria obrigatoriamente retornar para a casa da família.

Decisão questionada

O rapaz, então, procurou a Defensoria Pública, após a‌ namorada ser retirada a força de sua residência.

Conforme a defensora pública da comarca, Janaína de Araújo Sant’Ana, responsável pela defesa do rapaz, disse que o caso se destaca por sublinhar a importância do respeito à autonomia das pessoas com deficiência.

“Não é um atendimento frequente em nosso cotidiano, por isso, demanda uma escuta com maior atenção, respeito e compreensão ao assistido e às peculiaridades do caso”, explicou.

A Defensoria apresentou uma contestação, destacando que a jovem havia ido à casa do namorado por vontade própria e que os pais dele a trataram com respeito, inclusive levando-a ao médico e cuidando de suas necessidades de saúde.

Diante disso, a Defensoria Pública solicitou uma reconvenção para regularizar o direito de convivência do casal, argumentando que o caso feria o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que garante a autonomia e capacidade legal de pessoas com deficiência em condições de igualdade com os demais.

Em um laudo psicossocial, a jovem alegou que os pais não aceitavam o relacionamento devido à deficiência visual do namorado.

“Assim, após ouvir o assistido e analisar o caso concreto, (dois jovens, que se conheceram na escola, ele com 22 anos pessoa com deficiência visual, ela com 24 anos pessoa com atraso neuropsicomotor, alteração mecânica e de aprendizado que não a impede de manifestar sua vontade), foi possível perceber que os direitos do assistido e de sua namorada estavam sendo violados, e propor a medida judicial adequada”, disse a defensora Janaína Sant’Ana.

A Justiça reconheceu os direitos do casal e concedeu uma liminar permitindo que o casal se encontrasse nos fins de semana, com horários determinados.

No julgamento do mérito, uma sentença final ampliou o tempo de convivência e reconheceu o direito ao relacionamento entre os dois.

“A sentença é recente, mas antes, já tinha sido concedida a liminar, e os pais da moça, apesar de discordarem, estão cumprindo a liminar”, concluiu defensora Janaína.

* Com assessoria

Projeto de Lei

Governo Federal prepara medida para banir celulares nas escolas

Segundo o MEC, as medidas serão anunciadas em outubro. Em MS, o Projeto de Lei nº 3.280 proíbe o uso de celulares, pagers, rádios e outros dispositivos eletrônicos que produzem ruídos ou sons dentro das salas de aula, exceto para estudos.

20/09/2024 17h32

Governo federal prepara projeto de lei de banimento de aparelhos celulares nas escolas

Governo federal prepara projeto de lei de banimento de aparelhos celulares nas escolas Arquivo/ Correio do Estado

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Após a divulgação de um relatório das Nações Unidas alertando sobre os riscos do uso excessivo de telas na infância e na adolescência, o governo federal, por meio do Ministério da Educação (MEC), está finalizando um projeto de lei com o objetivo de banir o uso de aparelhos celulares nas escolas públicas e privadas de todo o país. A medida visa promover um ambiente de aprendizado mais saudável e menos distraído.

De acordo com a pasta, os estudos visam oferecer segurança jurídica para estados e municípios que já vinham discutindo a proibição de eletrônicos em escolas públicas. Ainda de acordo com MEC, as medidas serão anunciadas em outubro deste ano. 

Em entrevista à Folha de São Paulo, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o projeto de lei que visa proibir o uso de celulares nas escolas está em fase de construção.

"Nós estamos trabalhando na elaboração de um projeto de lei porque, na nossa avaliação, uma 'recomendação' seria muito frágil", afirmou Santana. 

Durante a conversa com a Folha de São Paulo, o ministro apresentou um relatório que defende restrições ou até proibições de aparelhos celulares nas escolas, devido à dificuldade de aprendizado e também às questões de saúde mental na adolescência.

"Os estudos mostram que o banimento tem impacto positivo não apenas na atenção em sala de aula e no desempenho dos estudantes, mas também na saúde mental dos professores", argumenta Camilo. 

Em Mato Grosso do Sul, o Projeto de Lei nº 3.280 proíbe o uso de celulares, pagers, rádios e outros dispositivos eletrônicos que produzem ruídos ou sons dentro das salas de aula, exceto para fins pedagógicos. A medida visa criar um ambiente de aprendizado mais concentrado e produtivo para os alunos, evitando distrações causadas pelo uso inadequado de tecnologia no ambiente escolar.

Em contato com a SED (Secretaria de Estado de Educação), foi informado que, caso a medida de proibição de celulares seja implementada em todo o país, é improvável que altere as práticas já adotadas nas escolas do estado. Atualmente, o projeto de lei é incorporado ao regimento interno das instituições públicas e privadas de Mato Grosso do Sul, e, em caso de descumprimento, os pais ou responsáveis podem receber notificações, podendo até resultar em suspensão do aluno em caso de reincidência.

De acordo com o MEC, a data de divulgação do projeto de lei ainda não foi definida, pois o caso está em fase de preparação final.

Outros estados 

Enquanto o MEC finaliza o projeto de lei em nível federal, em São Paulo, o projeto que visa proibir o uso de aparelhos celulares dentro das escolas do estado está avançando na Assembleia Legislativa. 

Nas escolas do Rio de Janeiro, o uso de aparelhos celulares é proibido por decreto municipal.

 

*Informações da Folha de São Paulo 

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