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Ida ao RS rende enxurrada de seguidores ao prefeito "mais louco do Brasil"

Desde o último domingo, horas depois de começar a postar informações de que iria socorrer vítmas no RS, ganhou mais de 67 mil seguidores

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Não é de agora que o auto-entitulado “prefeito mais louco do Brasil”, Juliano Ferro, de Ivinhema, pode ser considerado um fenômeno nas redes sociais. Porém, o fato de largar a administração da prefeitura nas mãos de seu secretariado e de percorrer 1,5 mil quilômetros para socorrer vítimas dos alagamentos em Porto Alegre fez com que o número de seguidores no Instagran disparasse. 

Até sábado, um dia antes de pegar a estrada, tinha 582 mil seguidores no Instagran, além de 287 mil no Facebook. Nesta quarta-feira, às 11:20 horas, estava com 649 mil, o que significa acréscimo de superior a 11%, ou 67 mil novos seguidores em apenas quatro dias. 

A disparada no número de seguidores começou logo depois que começou a postar os primeiros vídeos sobre a coleta de donativos em Ivinhema e outras cidades do sul do Estado e depois que anunciou que iria a Porto Alegre para socorrer vítimas com seu jetski. 

Ao longo dos 1,5 mil quilômetros de estrada fez outras postagens. Mas, assim que chegou ao local dos alagamentos e a partir do momento em que disse ter feito o primeiro resgate o ritmo das adesões disparou. Na segunda-feira, seis mil pessoas passaram a seguí-lo no Instagran.

No dia seguinte, quando efetivamente colocou a moto aquática nas águas, outros 21,6 mil viraram “seu fã”. Nesta quarta-feira, até 11 horas da manhã, já eram outros 25 mil interessados em receber os vídeos que posta. 

Desde sábado fez 33 publicações, tendo a maior parte ele como protagonista. Em seus “passeios” no meio das áreas alagadas bate seguidamente na mesma tecla: “cadê o Exército, a Marinha e a Aeronáutica”.

Faz questão de afirmar que não quer criticar estas instituições, mas ao mesmo tempo diz que a situação é de guerra e defende que os militares deveriam estar em peso atuando na região, inclusive os militares de Mato Grosso do Sul. 

Antes de anuciar viagem, Juliano Ferro vinha perdendo seguidores, mostram os dados

Conforme reportagem publicada pelo Correio do Estado nesta quarta-feira, seis equipes da Força Aérea Brasileira e do Exército de Campo Grande, com cerca de 80 homens, estão desde a semana passada atuando no resgate de vítimas dos alagamentos na sul do País. 

Para o prefeito, porém, isso é pouco. O comboio do qual ele fez parte rumo a Porto Alegre foi formado por oito caminhonetes e carros de passeio levando pelo menos 15 jetskis e barcos para atuar no resgate de pessoas e animais na região metropolitana da capital gaúcha. 

Embora estivesse em contato constante com voluntários que já estavam socorrendo vítimas, o grupo chegou a Porto Alegre sem saber se teria local para as refeições ou para dormir, segundo o “digital influencer” Juliano Ferro. 

Na última postagem, 11 horas da noite de terça-feira, fez questão da mostrar o local onde ele o restante dos proprietários das motos aquáticas e das caminhonetes de última geração conseguiram pouso: em um salão de festas de uma das unidades do condomínio Alphaville, considerado por ele como sendo de alto luxo. 

Segundo ele, o condomínio estava sem água, e assim como os demais moradores, todos estavam consumido água de piscinas particulares ou da área comunitária do residencial. Dormiram no chão e a janta foi servida em marmitex. Porém, estavam com ar condicionado, o que ele considerou um luxo para quem foi praparado para dormir ao relento. 

Alguns dos vídeos postados pelo prefeito tem mais de 30 mil curtidas e acima de 1,6 mil comentários. A quase totalidade dos cometários são favoráveis ao comportamento do prefeito. As críticas normalmente ficam por um determinado período e acabam sendo excluídas pela assessoria de Juliano Ferro, que nesta quarta-feira postou um vídeo no meio do lago do Guaíba informando que teria de interromper os trabalhos mais cedo porque um temporal estava se aproximando.

Cidades

Brasil soma mais de 500 mil casos de dengue; queda de quase 70%

Maioria dos casos prováveis foram entre mulheres

10/03/2025 22h00

Brasil soma mais de 500 mil casos de dengue; queda de quase 70%

Brasil soma mais de 500 mil casos de dengue; queda de quase 70% 41330/PIXABAY

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De janeiro a março deste ano, o Brasil registrou 502.317 casos prováveis de dengue. Durante o período, foram confirmadas 235 mortes pela doença, enquanto 491 óbitos permanecem em investigação. O coeficiente de incidência no país, neste momento, é de 236,3 casos de dengue para cada 100 mil habitantes. Brasil soma mais de 500 mil casos de dengue; queda de quase 70%Brasil soma mais de 500 mil casos de dengue; queda de quase 70%

Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde. De acordo com a plataforma, 55% dos casos prováveis de dengue registrados este ano foram entre mulheres e 45%, entre homens. As faixas etárias que mais concentram casos são de 20 a 29 anos, de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos.

São Paulo lidera o ranking de estados, com 291.423 casos prováveis. Em seguida estão Minas Gerais (57.348), Paraná (31.786) e Goiás (27.081). Em relação ao coeficiente de incidência, o Acre aparece em primeiro lugar, com 760,9 casos para cada 100 mil habitantes, seguido por São Paulo (633,9), Mato Grosso (470,2) e Goiás (368,4).

Análise

Em nota, o Ministério da Saúde informou que, nos dois primeiros meses de 2025, o Brasil registrou uma redução de 69,25% nos casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período de 2024.

O levantamento corresponde às semanas epidemiológicas 1 a 9, compreendendo o intervalo de 29 de dezembro de 2024 a 1º de março de 2025.

“A queda demonstra a efetividade das medidas adotadas pelo Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios, e reforça a necessidade de esforços contínuos para manter a tendência de redução”, avaliou a pasta.

Dados do ministério indicam que, nos primeiros meses de 2024, o Brasil havia registrado 1,6 milhão de casos prováveis, 1.356 óbitos e 85 em análise.

Saúde

Padilha defende combate à dengue com Estados e municípios e política permanente contra doenças

Novo ministro pretende recorrer às universidades e aos centros de formação de especialistas e que pretende fortalecer a atenção primária à saúde

10/03/2025 21h00

Mosquito da dengue

Mosquito da dengue Reprodução, Fiocruz

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O novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que o combate à dengue deve ser feito a partir de um trabalho conjunto entre o governo federal, os Estados e os municípios. Defendeu que o enfrentamento à covid-19 sirva de aprendizado para estabelecer uma política de combate à dengue e que haja uma "política permanente de Estado para enfrentarmos novas pandemias".

"A pandemia de covid-19, a um custo muito alto, nos apontou caminhos para enfrentar possíveis surtos e endemias. Só se enfrenta o problema de saúde pública com ciência. Isso significa ter profissionais mobilizados e bem orientados, estabelecer mensagem correta para mobilização das famílias e comunidades. Unir esforços em vez alimentar conflitos políticos entre União, Estados e municípios", declarou, em seu discurso de posse nesta segunda-feira, 10.

"Essa é a nossa diretriz nas ações contra a dengue. Porque o mosquito não é do prefeito, do governador ou do presidente. Ele está dentro das casas das pessoas e dos locais de trabalho. Somente seremos bem sucedidos em reduzir os focos do mosquito, a transmissão da doença e os casos graves e óbitos se trabalharmos juntos", completou o novo ministro da Saúde.

O novo ministro da Saúde disse que pretende recorrer às universidades e aos centros de formação de especialistas e que pretende fortalecer a atenção primária à saúde. Padilha afirmou que seu único inimigo à frente do Ministério da Saúde será o "negacionismo" e que pretende "impulsionar um amplo movimento nacional pela vacinação".

Padilha defendeu, ainda, a revisão da tabela SUS, modelo de remuneração que complementa os pagamentos dos hospitais pelo Sistema Único de saúde. Disse que pretende estabelecer um novo modelo que sinalize aos Estados, municípios e à rede privada que o SUS pagará mais pelos atendimentos.

"Sei que a tabela SUS, da forma como remunera os serviços hoje, não acabará com a peregrinação do nosso povo por atendimento médico especialista. Teremos a coragem e ousadia necessárias para superar o modelo da tabela SUS, enterrá-lo de uma vez por todas e criar um novo modelo que garanta acesso à nossa população. Começaremos essa superação pelos procedimentos que mais geram tempo de espera, como as ofertas de cuidado integral propostas pela equipe da ministra Nísia", declarou.

"Queremos um novo modelo de remuneração que sinalize aos Estados, municípios e aos serviços privados que pagaremos mais e melhor para o atendimento especializado que aconteça no tempo correto. Uma tabela que poupe o tempo e reduza o tempo de espera", afirmou.

Padilha tomou posse nesta segunda-feira como novo ministro da Saúde. Ele, que já ocupou a pasta de 2011 a 2014, substitui Nísia Trindade. A Secretaria de Relações Institucionais, que era ocupada por Padilha, será comandada, a partir de agora, por Gleisi Hoffmann, que também tomou posse nesta segunda-feira. A cerimônia, realizada no Palácio do Planalto, estava lotada com autoridades e convidados presentes.

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