Cidades

ATENDIMENTO ESPECIAL

Idade avançada dos pais é fator de risco para autismo

Prefeitura de Campo Grande publicou, nesta terça-feira (14), plano de atendimento à pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA)

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A Prefeitura de Campo Grande instituiu plano de atendimento especial às pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na rede pública de saúde, através de suplemento publicado no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), nesta terça-feira (14).

Segundo o documento publicado, estão relacionados com o aumento de risco para o autismo:

  • Idade dos pais (idade da mãe de 30 anos ou mais; idade do pai a partir de 40 anos);
  • Período pré-gestacional (hipertensão materna crônica, sobrepeso materno, uso de antidepressivo materno, doença autoimune materna);
  • Período gestacional (hipertensão, sobrepeso, pré-eclâmpsia, ISRSs ou acetaminofeno).

Ainda, para fundamentar a edição publicada, a prefeitura se baseou em vários estudos e dados que refletem o aumento no número de crianças.

Por exemplo, citou uma pesquisa realizada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, do qual afirma que 1 em cada 36 crianças de 8 anos são autistas no país norte-americano, o que significa 2,8% da população.

Sobre o atendimento à pessoa com TEA na capital, a publicação prevê “incluir uma diversidade de caminhos para o alcance da atenção qualificada, visando à garantia da produção do cuidado continuado, comunitário/territorial, incluindo a atenção básica e o acesso à complexa densidade tecnológica.

Ao mesmo tempo, precisa haver a efetiva garantia de direitos das pessoas com TEA e seus familiares exige, necessariamente, o desenvolvimento do trabalho em rede intersetorial, assim como a interação com os sistemas de garantia de direitos”.

Além do mais, o documento esclarece que as pessoas diagnosticadas com TEA devem ter atendimentos e centros especializados em âmbitos como ambulatorial, odontológico e psicossocial.

Para ler a publicação completa e detalhada, clique aqui.

CADASTRO MUNICIPAL

Desde setembro de 2020, via um Decreto Municipal publicado, há o Cadastro Municipal da Pessoa com Deficiência e com Transtorno do Espectro Autista, do qual visa conhecer o número de pessoas com o TEA e outras deficiências, além do grau de severidade delas.

O cadastro deve ser realizado pelas Unidades de Saúde da Atenção Primária, da Atenção Psicossocial e Serviços contratados ou conveniados ao SUS, que prestam atendimento de reabilitação à PCD ou TEA.

Há também a Carteira de Identificação da Pessoa com Deficiência e com Transtorno do Espectro Autista, que pode ser solicitada na Secretaria de Assistência Social (SAS).

PRIORIDADE

A prioridade no atendimento para pessoas com TEA é lei há quase 24 anos, desde novembro de 2000. Também, segundo uma outra lei publicada em julho do ano passado, introduziu o uso de um cordão de fita com estampas de girassóis para reconhecer pessoas com deficiências ocultas, aquelas que não são facilmente percebidas à primeira vista.

Porém, o uso do símbolo é opcional e não substitui os documentos que comprovam o diagnóstico, além dos direitos não estarem diretamente associados ao uso do cordão.

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CAMPO GRANDE

Fercomércio lamenta prejuízo e culpa Consórcio e Prefeitura por greve de ônibus

Com transporte coletivo servindo mais de 100 mil passageiros por dia, impactos são imediatos e abrangentes, indo além de afetar inclusive milhares de funcionários impedidos de chegar aos seus locais de trabalho

16/12/2025 10h10

greve do transporte coletivo na Cidade Morena, que entra em seu segundo dia nesta terça-feira (16), já é a maior das últimas três décadas,

greve do transporte coletivo na Cidade Morena, que entra em seu segundo dia nesta terça-feira (16), já é a maior das últimas três décadas, Marcelo Victor/Correio do Estado

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Diante de um cenário de greve em Campo Grande, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso do Sul emitiu uma nota nesta terça-feira (16) em que lamenta o prejuízo, alegando que a falta de ônibus afeta a população de inúmeras formas, e colocando a culpa dessa paralisação sobre o Consórcio Guaicurus e a Prefeitura da Capital. 

Essa greve do transporte coletivo na Cidade Morena, que entra em seu segundo dia nesta terça-feira (16), já é a maior das últimas três décadas, desde que os ônibus ficaram parados por três dias em 1994, sendo que a atual paralisação reivindica: 

  • Pagamento do 5º dia útil, que deveria ter sido depositado em 5 de dezembro – foi depositado apenas 50% - está atrasado
  • Pagamento da segunda parcela do 13º salário – vai vencer em 20 de dezembro
  • Pagamento do vale (adiantamento) – vai vencer em 20 de dezembro

Em nota, a Fecomércio chama atenção para os reflexos da paralisação em pleno período que antecede as celebrações de fim de ano, bem pontuada como a época anual de maior movimentação econômica, em um cenário classificado como "de grave crise" e com prejuízos que se alastram por toda a comunidade. 

Para a Federação, uma vez que o transporte coletivo de Campo Grande serve um número acima de 100 mil passageiros por dia, os impactos são imediatos e abrangentes, indo além de afetar inclusive milhares de funcionários impedidos de chegar aos seus locais de trabalho. 

"Resultando em faltas, redução da produtividade e perdas salariais. Para muitos, a ausência de ônibus significa a impossibilidade de manter o emprego, afetando o sustento de suas famílias", cita.

Além disso, o texto não deixa de destacar o quanto o período que antecede o Natal é crucial para o comércio de Campo Grande, com a própria dificuldade no deslocamento em si sendo responsável por derrubar o fluxo de possíveis consumidores. 

Para a Fecomércio, a falta de ônibus na Cidade Morena impacta ainda o custo de vida diante do "aumento exorbitante nos preços das corridas por aplicativos e táxis", que aumentam os gastos não somente para quem vai às compras, mas para qualquer família que necessite de deslocamento para atendimento em postos de saúde e hospitais, por exemplo. 

Culpa de quem? 

Em complemento, o texto que mede os impactos da greve lista ainda o que a Fecomércio-MS cita como atores responsáveis por levar ao colapso do sistema por não cumprirem com seus deveres. 

Segundo a Federação, o Consórcio Guaicurus por um lado atribui parte de seus problemas à falta de repasses da Prefeitura de Campo Grande, o que faz a concessionária passar por uma crise financeira e dificuldades em obter crédito 

"No entanto, o atraso sistemático no pagamento dos trabalhadores, em um serviço público essencial, demonstra uma falha grave de gestão e compromisso", diz o texto. 

Para a Fecomercio, o segundo responsável seria justamente o poder concedente, nesse caso quem é responsável pelo município: a Prefeitura, que afirma estar em dia com os repasses e critica a falta de comunicação formal sobre a greve. 

"Contudo, a crise do transporte coletivo não é um evento isolado, e a omissão na fiscalização rigorosa do contrato de concessão, ou na busca por soluções preventivas para problemas administrativos alertados na Câmara Municipal, torna o poder público co-responsável pelo caos instalado". 

Por fim, a Federação lembra o atual momento "sensível para a economia e para a vida social da Capital", dizendo ser inadmissível que a população seja penalizada pela falta de atitude e descumprimento de obrigações básicas por parte do Consórcio e pela falta de ação efetiva do poder Executivo. 

"Exigimos uma solução imediata e definitiva para que o serviço seja restabelecido com urgência, garantindo os direitos dos trabalhadores e a mobilidade da população, a fim de minimizar os danos causados por esta crise de gestão e responsabilidade".
**(Colaborou Naiara Camargo)

 

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TRÁFICO DE DROGAS

PRF prende suspeito em flagrante em Operação Duplicis no interior do Estado

Combate ao tráfico de drogas, Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão, e prende investigado em flagrante

16/12/2025 09h35

Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão em Operação de combate ao tráfico de drogas

Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão em Operação de combate ao tráfico de drogas Divulgação/PRF

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Na manhã desta terça-feira (16), a Polícia Federal deflagrou a Operação Duplicis, e cumpriu sete mandados de busca e apreensão, por tráfico de cocaína em duas cidades do interior do Estado.

Com objetivo de combater o tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul, a ação aconteceu em Corumbá e em Miranda, cidades a 426 quilômetros e a 207 quilômetros de Campo Grande respectivamente.

A ação iniciou quando um investigado foi preso em flagrante na BR-262, que seguia de Corumbá para a Capital sul-mato-grossense. Na ocasião, a droga encontrada com o suspeito seria distribuída em Miranda, que fica entre o trajeto Corumbá-Campo Grande.

Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão em Operação de combate ao tráfico de drogas

Então, com as investigações e apuração do caso, a PRF pôde identificar outros suspeitos envolvidos no esquema criminoso.

Entre os sete criminosos, um deles estava escondendo tabletes de cocaína em sua casa, e foi preso em flagrante após a polícia bater em sua porta e encontrar os pacotes de droga armazenados.

Os mandados foram expedidos devido às provas coletadas na investigação, que identificou também os eventuais fornecedores dos entorpecentes que estavam vindo do outro município.

A Polícia Federal levou a droga apreendida para ser periciada e analisada. Quanto aos investigados, os sete poderão responder pelo crime de tráfico de drogas, que tem pena base de 5 a 15 anos, além de multa, a depender do agravamento de cada caso.

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