Cidades

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Imasul transfere animais de MS para zoológico em São Paulo

Dois filhotes de tuiuiú e três corujas receberão cuidados especiais no novo lar

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O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) realizou na terça-feira (3) a transferência de dois filhotes de tuiuiú (Jabiru mycteria), ave símbolo do Pantanal, e de três corujas para o Zoológico de Itatiba, em São Paulo. Os animais estavam anteriormente alocados no Hospital de Animais Silvestres Ayty, em Campo Grande,

Os filhotes de tuiuiú, carinhosamente nomeados Alto e Pantanal, têm histórias distintas. Um deles foi encontrado sem uma das asas, impossibilitando seu retorno à natureza. O outro, embora saudável, acompanhará o irmão para manter o vínculo e reduzir o estresse do isolamento.

Além dos tuiuiús, foram transferidas duas corujas da espécie jacurutu (Bubo virginianus) e uma coruja-preta (Strix huhula). Todos os animais foram devidamente anilhados para controle e monitoramento.

A transferência faz parte de uma parceria entre o Imasul e o Zoológico de Itatiba, que acolhe animais impossibilitados de retornar à natureza. No novo ambiente, os animais terão acesso a cuidados especializados e instalações adaptadas às suas necessidades.

André Borges, diretor-presidente do Imasul, destacou a importância dessas iniciativas. "A preservação da fauna pantaneira é uma prioridade. Cada ação de resgate e cuidado é uma vitória para o equilíbrio do ecossistema, especialmente em um momento de tantos desafios ambientais".

Resgate

Os filhotes de tuiuiú foram resgatados na região de Miranda após um alerta da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O primeiro foi encontrado no acostamento de uma estrada, incapaz de voar devido à ausência de penas nas asas. A Polícia Militar Ambiental (PMA) de Miranda foi responsável pela captura da ave.

Após o resgate, os animais foram encaminhados ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) e posteriormente ao Hospital Ayty, onde receberam cuidados especializados.

Aline Duarte, coordenadora técnica do Hospital Ayty, ressaltou a importância dos cuidados iniciais: "Quando não é possível a reintrodução ao habitat natural, buscamos alternativas que respeitem sua dignidade e bem-estar".

Enquanto Alto e Pantanal seguem para seu novo lar, um terceiro filhote de tuiuiú, chamado Vegas, permanece sob os cuidados do Imasul. Vegas está em processo de reabilitação e será reintroduzido ao Pantanal assim que estiver apto a viver de forma independente em seu habitat natural.

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Paranhos

Motorista é preso com meia tonelada de cocaína avaliada em R$ 38 milhões

Nos últimos cinco dias, os agentes do DOF apreenderam mais de 1,274 tonelada de cocaína e pasta base em rodovias de Mato Grosso do Sul.

05/12/2024 16h00

A carreta foi encaminhada para sede do DOF em Dourados

A carreta foi encaminhada para sede do DOF em Dourados DOF/ Divulgação

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Um homem de 49 anos foi preso nesta quinta-feira (5) pelos agentes do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) enquanto transportava meia tonelada de cocaína, avaliada em R$ 38 milhões, em um compartimento oculto em uma carreta caçamba, na MS-156, próximo ao município de Paranhos, a 462 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com a polícia, os militares realizavam um bloqueio no trevo de acesso ao município de Paranhos quando abordaram o condutor do veículo. Durante a entrevista, o homem afirmou que estava indo até Laguna Carapã, onde carregaria milho para o Estado do Paraná.

Em vistoria na caçamba do veículo, os policiais localizaram um compartimento oculto, onde encontraram 600 tabletes de droga, que, após a pesagem, totalizaram 500 quilos de cocaína.

Questionado, o motorista afirmou que carregou os entorpecentes em Tacuru e os levaria para o Paraná, onde receberia R$ 200 mil pelo transporte. O material apreendido, avaliado em aproximadamente R$ 38 milhões, foi encaminhado à Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira).

Mais apreensões de cocaína 

Em outra fiscalização, os agentes do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) encontraram na cabine de uma carreta 647 quilos de cocaína e 127 quilos de pasta base de cocaína, no último sábado (30), em Santa Rita do Pardo, a 242 quilômetros de Campo Grande.

Outra apreensão ocorreu na BR-463, em Dourados, quando os policiais do DOF encontraram, em um compartimento oculto de uma carreta, 127 quilos de pasta base de cocaína.

Nos últimos anos, as apreensões de cocaína têm mantido o setor de segurança do Estado em alerta devido às enormes quantidades de entorpecentes apreendidos em curto espaço de tempo.

 

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Caso Sophia

Promotoria detalha crueldades contra Sophia, mas Christian recusa ouvir

Durante o debate, a promotora Lívia Carla Guadanhim Bariani apresentou conversas entre Stephanie e Christian sobre as surras aplicadas em Sophia. Os áudios e fotos deixaram a plateia e os juízes perplexos

05/12/2024 15h30

A promotora Lívia Carla Guadanhim apresentou conversas entre Stephanie e Christian sobre as surras aplicadas em Sophia

A promotora Lívia Carla Guadanhim apresentou conversas entre Stephanie e Christian sobre as surras aplicadas em Sophia Fotos: Naiara Camargo

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A promotora Lívia Carla Guadanhim iniciou os debates nesta quinta-feira (5), escancarando a crueldade que Sophia, de apenas 2 anos, sofreu nas mãos do padrasto Christian Campoçano. Durante a sessão, foram apresentadas aos jurados conversas trocadas entre o casal, nas quais narram os motivos das 'birras' da menina, que chegou à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Coronel Antonino, em janeiro de 2023, em estado cadavérico.

Segundo a promotora, que teve acesso aos documentos do Gaeco, foram apresentados aos jurados vídeos e fotos explicando sobre a rotação do pescoço de Sophia. Também foram exibidas conversas de WhatsApp nas quais Christian Campoçano relata a Stephanie de Jesus Silva que bateu em Sophia com uma mamadeira porque ela se recusava a dormir.

A promotora Lívia Carla Guadanhim apresentou conversas entre Stephanie e Christian sobre as surras aplicadas em SophiaChristian Campoçano em audiência antes do início dos debates/ Imagens: Naiara Camargo

Em uma dessas conversas, a promotora revelou que Sophia foi agredida quando fez xixi nas roupas. Nesse momento, Lívia Carla questionou os juízes sobre o processo de desfralde, que geralmente ocorre por volta dos 2 anos de idade.

“Preciso de uma atenção neste momento. Quem é mãe, quem é pai, sabe como funciona a questão dos desfraldes, né? É uma lavação de roupa, lençol, sofá, o tempo inteiro. Porque aquela criança estava aprendendo. Como nós aprendemos também todos os dias”, disse a promotora.

Em um momento mais delicado do debate, a promotora Lívia Carla Guadanhim exibiu no telão conversas de Christian, em que ele dá risada em um áudio enviado para Stephanie, relatando que deu uma 'chicotada cabulosa' em Sophia e que, se fosse com cinto de couro, ela teria sangrado. Nesse momento, todos na plateia ficaram paralisados diante da crueldade das agressões reveladas nos áudios.

Neste momento, a promotora encerra a apresentação mostrando à plateia áudios e conversas entre o casal, que revelam como a violência extrema sofrida por Sophia fazia parte do cotidiano da família. Frases como 'o bebê está gritando feito uma retardada mental', 'Sophia está endemoniada aqui' e 'acabei de dar um remédio para ela e um quebra-costela para ela dormir' deixaram os jurados perplexos diante da brutalidade da violência.


Último dia de debate 

A promotora Lívia Carla Guadanhim apresentou conversas entre Stephanie e Christian sobre as surras aplicadas em SophiaChristian Campoçano pediu para se retirar do jurí e não ouviu a promotora apresentando conversas das agressões/ Naiara Camargo

O julgamento de Christian Campoçano e Stephanie de Jesus Silva começou às 10h30 da manhã, com a promotora Lívia Carla Guadanhim Bariani apresentando as crueldades que Sophia sofreu, reveladas por meio de conversas de WhatsApp do casal.

Após o interrogatório, o réu Christian Campoçano, acusado de homicídio triplamente qualificado e estupro de vulnerável, pediu para não assistir ao debate e deixou o plenário antes mesmo de a promotora iniciar sua fala. Ele informou aos juízes que estava ansioso e, por isso, optou por não assistir ao depoimento da promotora.

Stephanie de Jesus da Silva permaneceu o tempo todo olhando para baixo, sem demonstrar nenhuma reação.

Os debates de hoje constituem a última etapa do júri, quando a defesa do acusado apresenta suas teses sobre o crime para os jurados. A previsão é que o Conselho de Sentença anuncie o veredito, por volta das 21h, sob a presidência do juiz.

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