Cidades

MEIO AMBIENTE

Governo pede e Justiça amplia
devastação no Pantanal

Imasul usa decisão anterior para pedir desmate de 4,1 mil hectares

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Depois de conseguir autorização na Justiça para desmate de 20,5 mil hectares na Fazenda Santa Mônica, em Corumbá, agora, o governo do Estado, por meio da procuradoria jurídica do Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), obteve anuência judicial para que proprietários da Fazenda Cruz Alta, no mesmo município, também fossem autorizados a suprimir 4,1 mil hectares de vegetação nativa da propriedade.

O instituto entrou com o pedido em agravo referente à Santa Mônica, sob julgamento do desembargador e presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS), Divoncir Schreiner Maran, para que a decisão que beneficiou a propriedade fosse ampliada à Cruz Alta. 

Assim, em 26 de setembro, o desembargador deferiu “pedido formulado pelo Imasul, para estender os efeitos da suspensão de liminar deferida nestes autos (...) até o trânsito em julgado”.

Dessa forma, assim como decisão de primeiro grau – que impedia o desmate na Santa Mônica – foi reformada em segunda instância, o mesmo ocorreu em relação à Cruz Alta, usando a prerrogativa de determinação que autorizou a supressão dos 20,5 mil hectares.

 pedido de extensão da decisão para liberar o desmatamento, por sua vez, foi feito no dia 21 de setembro. Na petição, o procurador-geral do Imasul, Flávio Luiz Vidal dos Santos, pede a cassação de liminar concedida pelo juiz André Luiz Monteiro, da Vara de Fazenda Pública de Corumbá, sob alegação de que o objeto e a relação jurídica discutidos nos processos são similares.
Na liminar, publicada no dia 19 de junho, Monteiro suspendeu autorização ambiental que permitiu o desmatamento de 4,1 mil hectares em área de vegetação remanescente da Fazenda Cruz Alta.
Ele também determinou que fosse interrompida toda intervenção na propriedade, sob multa de até R$ 5 mil por hectare, e ponderou que “a leve suspeita de que existe a possibilidade de perigo ao meio ambiente já é razão suficiente para acionar a sua proteção, quanto mais no caso concreto em que a área tutelada é deveras extensa e localizada em área de uso restrito de planíce inundável do Pantanal”.

IRREGULARIDADES

Assim como no caso da Fazenda Santa Mônica, esta decisão é resultado de uma ação do Ministério Público Estadual (MPMS).

Na ação, a promotora Ana Rachel Borges de Figueiredo Nina, da 2ª promotoria de justiça de Corumbá, alega que apurou o desmatamento de 9,83 hectares no imóvel rural Fazenda Cruz Alta, para o qual não foi constatado junto ao Imasul a expedição da respectiva autorização ambiental.

Além disso, a promotora afirma que o Imasul autorizou supressão vegetal de 4,1 mil hectares, sem observar o Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado, as Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e o Código Florestal.

Ainda conforme Ana Rachel, foram identificadas várias falhas no Termo de Referência que embasou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), no próprio Estudo e no procedimento de licenciamento ambiental, “o que traz sérios riscos ao meio ambiente, em especial, àquela parte do Pantanal onde a atividade será executada”.

Para o MPMS, é “inegável que a supressão vegetal em 4.187,1542 hectares no Bioma Pantanal compromete o ecossistema, porque pode causar o atropelamento e afugentamento de animais silvestres; a alteração da qualidade do ar; a contaminação do solo; riscos de incêndios; a exposição do solo a intempéries; a perda do banco de sementes; a redução de matéria orgânica do solo; a dificuldade do fluxo gênico da fauna e flora; a extinção de espécies vegetais e animais; e a formação de processos erosivos”.

PASTAGEM

Em novembro de 2016, o Imasul realizou audiência pública referente a licenciamento ambiental da Fazenda Cruz Alta, para a substituição da mata nativa. A justificativa para a substituição era a possibilidade de aumentar em 300% a produção de gado. “A Fazenda Cruz Alta tem hoje capacidade de lotação de 0,25 a 0,30 vacas por hectare e, com a substituição de parte das pastagens nativas por cultivadas, esta lotação deverá ficar em torno de 0,8 a 0,9 vacas por hectare”, informava, na época, nota do empreendimento.

Qualquer mudança no bioma do Pantanal exige atender a diversas normas legais. O processo de licenciamento deve seguir resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente.

 

AGITAÇÃO

Pela expansão noturna, 14 de Julho será fechada pelos próximos 3 dias

Decisão foi tomada pela Prefeitura de Campo Grande, a fim de expandir o movimento noturno, mas acontecerá somente nesta sexta-feira (23), sábado (24) e domingo (25), no período das 20h às 23h30

22/08/2024 15h45

14 de julho vira ponto de bares e restaurantes na noite de sextas, sábados e domingos

14 de julho vira ponto de bares e restaurantes na noite de sextas, sábados e domingos Foto: Divulgação

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A Prefeitura de Campo Grande determinou o fechamento da Rua 14 de Julho exclusivamente para esta sexta-feira (23), sábado (24) e domingo (25), especialmente no período das 20h30 até às 23h30.

Segundo justificativa do executivo municipal, a razão seria para fomentar o movimento noturno naquela região, já que, nos últimos dias, está bem agitada pela abertura de novos bares e restaurantes no Centro da Capital. Esse "experimento" é um teste para estudar formas de fomentar as atividades da cidade.

A Prefeitura garantiu a presença da Agetran e da Guarda Civil Metropolitana no local para evitar maiores transtornos e má organização. Ainda, foi informado que as ruas transversais à 14 de Julho não serão fechadas, seguindo de maneira normal o fluxo de veículos por ali.

Essa ação e outras iniciativas futuras também fazem parte de um parceria entre o executivo, comerciantes e moradores da região, considerando um aumento do trânsito de veículos, aumento de resíduos e aumento dos ruídos.

Revitalização

Em 2019, a população campo-grandense pôde contar com a entrega da revitalização da rua 14 de Julho, após as obras do Reviva Campo Grande.

A revitalização do centro e da rua 14 de Julho foi realizada como forma de valorização do centro histórico da Capital.

Além disso, buscou-se promover a criação de um espaço cultural onde se possa realizar manifestações sócio-culturais. Em um resgate histórico, o mini documentário, produzido por Rogério Zanetti, nos dá uma proporção da influência da rua 14 de Julho no crescimento da cidade. Assista um curto trecho do material no vídeo abaixo:

Nome

Inicialmente, a rua recebeu o nome de 14 de julho em homenagem à Queda da Bastilha.

Segundo o geógrafo Antônio Firmino, a intenção era fazer uma alusão à modernidade e, na época, a Revolução Francesa e seus ideais de "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" passavam a mensagem que se queria para o centro de Campo Grande.

Como relatado ainda no documentário já citado nesta reportagem, em 1930, a rua foi chamada de Rua Aníbal de Toledo, nome do presidente do então estado de Mato Grosso antiga designação para o cargo de governador.

No mesmo ano, foi chamada também de João Pessoa, em homenagem ao vice-presidente que havia sido assassinado. Entretanto, o espaço nunca deixou de ser a 14 de Julho para a população campo-grandense e permanece assim até a atualidade.

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Interior

Incêndio em caminhão de algodão atinge vegetação seca na BR-163

O fogo que atingiu o km-744 até o km-760 interditou a rodovia por até quatro horas.

22/08/2024 15h03

Divulgação/ Edição MS

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O motorista de um caminhão carregado com algodão levou um susto quando o veículo pegou fogo nas margens da BR-163, próximo ao município de Coxim, a 278 quilômetros de Campo Grande. As chamas se espalharam rapidamente pela vegetação, causando a interdição total da pista por quatro horas.

Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o fogo começou na carga do veículo quando o motorista estacionou o caminhão nas margens da rodovia. Em poucos minutos, as chamas se espalharam pela vegetação seca ao longo do trecho entre o km 744 e o km 760. O condutor do veículo não sofreu ferimentos.

Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Corpo de Bombeiros e da concessionária responsável pela rodovia, a CCR-MSVias, estiveram no local e interditaram a pista nos dois sentidos. As causas do incêndio serão investigadas.

Em nota, a empresa que administra a rodovia informou que o congestionamento atingiu quase 15 quilômetros. Veja abaixo a nota na íntegra.

“O Centro de Controle Operacional da CCR MSVia foi acionado por volta das 09h50 para atender uma ocorrência no km 744 da BR-163/MS, em Coxim. No local, uma carreta pegou fogo em sua carga, com algodão, e posteriormente as chamas atingiram a vegetação do local. As equipes da Concessionária estão no local, e contam, ainda, com auxílio do Corpo de Bombeiros. Não houve vítimas. Por conta da ocorrência, e para segurança dos motoristas, a pista está totalmente interditada. No momento, há retenção de 4km na pista sul, e 5km na pista norte".


Incêndios em rodovias 

Na tarde de ontem (21), motoristas que passavam pela BR-163, próximo ao município de Sonora, a 387 quilômetros de Campo Grande, se depararam com um incêndio de grandes proporções que iniciou em uma área extensa que percebe a uma usina entre as de Itiquira e Ouro Branco, no Mato Grosso, e se espalhou para o território de Mato Grosso do Sul.

As chamas assustaram os motoristas que passavam pela região. O fogo começou em um canavial próximo a Sonora, às margens da BR-163, e se alastrou pela região do Rio Correntes, que dá acesso a Rondonópolis (MT).

O fogo se alastrou rapidamente pelo matagal, assustando motoristas que diminuíram a velocidade devido à fumaça. Conforme informações da concessionária Nova Rota do Oeste, o incêndio se espalhou por 4 quilômetros.

Por causa do incêndio que causou preocupação à população na região, que fica na divisa com Mato Grosso, a Usina Sorona, localizada no município de Sonora, enviou uma nota à imprensa de esclarecimentos sobre o fogo que alastrou rapidamente pela vegetação seca nas margens da BR-163. 

Divulgação/ 


Tempo 

Uma nova frente fria deve voltar a derrubar as temperaturas em Mato Grosso do Sul a partir da próxima quinta-feira (22), segundo a previsão do Climatempo. De acordo com o portal, as temperaturas começarão a cair durante a noite de quinta e sexta-feira. 

Conforme a previsão, durante a semana, as mínimas devem alcançar temperaturas abaixo dos 10º C em algumas localidades do Estado. No entanto, apesar do clima mais ameno, a frente fria deve chegar sem chuvas, acompanhada de sol, muitas nuvens durante o dia e períodos de céu nublado. 

De acordo com Valesca Fernandes, coordenadora do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS(CEMTEC), a tendência é que a massa de ar frio tenha mais incidência nas regiões sul e sudoeste de MS. 

A frente fria chegará após uma semana marcada por altas temperaturas e baixa umidade. A partir desta quinta-feira (15), os próximos dias serão extremamente quentes. Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEDAMEN), grande parte do Estado ficará em nível de “alerta” para a probabilidade de queimadas. 

 

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